Busque dar sentido aos seus sentimentos
Dê-lhes a solidez de que tanto precisam
Enseje para que eles não se tornem um tormento
Faça-os fluírem em direção à vida.
Busque fortalecê-los em plena abundância
Canalize-lhes energia que lhes dê alento
Faça com que se nutram de doce fragrância
Cuide por demais se seus sentimentos.
Libere-os das amarras que tanto a torturam
Mergulhe num mar de novas possibilidades
Dê o grito de liberdade que seu coração precisa
Para que possa encontrar um amor de verdade.
E ser feliz!
Euclides Riquetti
13/07/2013
sábado, 13 de julho de 2013
sexta-feira, 12 de julho de 2013
O Ximbé e o Virso - Bahia, Meu Deus do Céu!
Na quinta-feira, fui dar uma banda no centro de Joaçaba. É andar por lá e encontrar amigos de longa data, principalmente quando se anda pela Rua XV. Toda a cidade que se preza tem uma Rua XV. E, em meu estado, também uma Rua Felip Schmidt. Por serem sempre as primeiras ruas a receberem nomes quando das fundações das cidades, estão localizadas sempre na sua área central.
Pois que ao entrar numa loja para reclamar do defeito de um poduto ( a gente compra de marcas famosas, em lojas igualmente famosas, mas são importados da China também...), deparo com um cidadão moreno, cabelo agrisalhando-se, jeito humilde e simpático, inicio conversa: "Bom dia, senhor. Carteira do Internacional e jaqueta do Vasco?"
"Sim, respondeu-me. Sou vascarino". Na minha cidade de origem, Capinzal/Ouro, quando era criança tinha muios amigos que usavam o termo vascarino em vez de vascaíno. Lembro que o Valério e o João Luiz Beviláqua dizem isso também. São vascaínos! Trajava uma bela de uma jaqueta preta, da Kappa, com um discreto distintivo do meu time, Vasco da Gama , aquele senhor. Disse-lhe que também era vascaíno. Cruz de malta na testa. Tenho uniforme, até!
Perguntei-lhe se era de Herval d'Oeste, confirmou-me que era. (algo me fazia supor que era de lá) Perguntei-lhe se ele conhecia o Vilson da Rosa, o "Virso", e ele começou a rir e imitá-lo, falando igualzinho a ele, com aquela fonética peculiar dele. Conhecia o Virso, sim, até trabalhou com ele há uns quarenta anos atrás, lá em Capinzal, na Pedeira que ficava pra cima dos Caetano, perto de Frestão, um prostíbulo que ali havia no início da década de 1970. E começamos a conversar como se nos conhecíamos de há muito.
"Sou o Ximbé, trabalhei com os Lautério, com o pai do Virso. Aprendi a cortá pedra com eles, pedra de obras, de calçamento, de mão, de tudo o que é tipo", falou-me. Olhei para aquele rosto judiado pelo tempo, mas que irradiava uma indescritível simpatia. Os sulcos e as rugas na testa e no rosto muito visíveis, denotando sofrimento, luta pela sobrevivência, exposição aos danos do tempo, do sol, do frio, das chuvas e dos ventos que roçaram aquele pele envelhecida...
Deixei-o bem à vontade, ele até sentou num banco ali na loja e continuamos nossa conversa. Eu tinha tempo, estava a esperar o retorno do gerente, para que me atendesse, Contou-me algumas das aventuras deles, rimos muito. Depois, sugeriu-me:"Quando encontrá o Virso, grite pra ele: Bahia, meu Deus do Céu!. E depois você me conta quanta risada ele deu"!". Perguntei-lhe por que e ele foi dizendo:
"Uma veiz, quando nóis tava acampado na Pedreira de Capinzal, fizemo uma chopana com madera roliça e cubrimo e fizemos as perede com mato. Tudo de mato. E num é que uma noite uma vela tacô fogo no barraco e queimô tudo? E o Virso, quando viu aquilo tudo, gritô assustado: Bahia, meu Deus do céu! E foi um Deus nos acuda. Mais conseguimo tirá as ropa e as panela antes do fogo tomá conta. E mudemo pruma caverna, um tipo de gruta que tinha no paredão de pedra, e nunca mais fizemo chopana. Tinha o Hélio, otro cortadô, que cada vez que via o Virso, gritava: Bahia, meu Deus do Céu! E o Virso se matava de tanto dá risada. Dava de vê de longe os dentre branco dele"
O entusiasmo do Ximbé me contagiou. Disse-me que o Virso é um vencedor na vida, que está muito bem. Fiquei contente. E prometi que ainda nos vamos reunir eu, ele e o Virso para contar uns causos. O Ximbé tem três anos mais do que eu e o Vilson. Algo me diz que eu o conhecia dos tempos da infância. O rosto me é familiar, mas o apelido, não.
Ah, para ajudar você a entender e lembrar, a expressão "Bahia, meu Deus do Céu" vem de uma música do final da década de 1960, da dupla paranaense Jacó e Jacozinho.
Agora é esperar que o Virso comece a fazer o muro aqui no Bairro e marcar nosso encontro. Para rir muito, pois isso é impagável, nos faz bem, estimula nossas células boas!
Euclides Riquetti
14-07-2013
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Pois que ao entrar numa loja para reclamar do defeito de um poduto ( a gente compra de marcas famosas, em lojas igualmente famosas, mas são importados da China também...), deparo com um cidadão moreno, cabelo agrisalhando-se, jeito humilde e simpático, inicio conversa: "Bom dia, senhor. Carteira do Internacional e jaqueta do Vasco?"
"Sim, respondeu-me. Sou vascarino". Na minha cidade de origem, Capinzal/Ouro, quando era criança tinha muios amigos que usavam o termo vascarino em vez de vascaíno. Lembro que o Valério e o João Luiz Beviláqua dizem isso também. São vascaínos! Trajava uma bela de uma jaqueta preta, da Kappa, com um discreto distintivo do meu time, Vasco da Gama , aquele senhor. Disse-lhe que também era vascaíno. Cruz de malta na testa. Tenho uniforme, até!
Perguntei-lhe se era de Herval d'Oeste, confirmou-me que era. (algo me fazia supor que era de lá) Perguntei-lhe se ele conhecia o Vilson da Rosa, o "Virso", e ele começou a rir e imitá-lo, falando igualzinho a ele, com aquela fonética peculiar dele. Conhecia o Virso, sim, até trabalhou com ele há uns quarenta anos atrás, lá em Capinzal, na Pedeira que ficava pra cima dos Caetano, perto de Frestão, um prostíbulo que ali havia no início da década de 1970. E começamos a conversar como se nos conhecíamos de há muito.
"Sou o Ximbé, trabalhei com os Lautério, com o pai do Virso. Aprendi a cortá pedra com eles, pedra de obras, de calçamento, de mão, de tudo o que é tipo", falou-me. Olhei para aquele rosto judiado pelo tempo, mas que irradiava uma indescritível simpatia. Os sulcos e as rugas na testa e no rosto muito visíveis, denotando sofrimento, luta pela sobrevivência, exposição aos danos do tempo, do sol, do frio, das chuvas e dos ventos que roçaram aquele pele envelhecida...
Deixei-o bem à vontade, ele até sentou num banco ali na loja e continuamos nossa conversa. Eu tinha tempo, estava a esperar o retorno do gerente, para que me atendesse, Contou-me algumas das aventuras deles, rimos muito. Depois, sugeriu-me:"Quando encontrá o Virso, grite pra ele: Bahia, meu Deus do Céu!. E depois você me conta quanta risada ele deu"!". Perguntei-lhe por que e ele foi dizendo:
"Uma veiz, quando nóis tava acampado na Pedreira de Capinzal, fizemo uma chopana com madera roliça e cubrimo e fizemos as perede com mato. Tudo de mato. E num é que uma noite uma vela tacô fogo no barraco e queimô tudo? E o Virso, quando viu aquilo tudo, gritô assustado: Bahia, meu Deus do céu! E foi um Deus nos acuda. Mais conseguimo tirá as ropa e as panela antes do fogo tomá conta. E mudemo pruma caverna, um tipo de gruta que tinha no paredão de pedra, e nunca mais fizemo chopana. Tinha o Hélio, otro cortadô, que cada vez que via o Virso, gritava: Bahia, meu Deus do Céu! E o Virso se matava de tanto dá risada. Dava de vê de longe os dentre branco dele"
O entusiasmo do Ximbé me contagiou. Disse-me que o Virso é um vencedor na vida, que está muito bem. Fiquei contente. E prometi que ainda nos vamos reunir eu, ele e o Virso para contar uns causos. O Ximbé tem três anos mais do que eu e o Vilson. Algo me diz que eu o conhecia dos tempos da infância. O rosto me é familiar, mas o apelido, não.
Ah, para ajudar você a entender e lembrar, a expressão "Bahia, meu Deus do Céu" vem de uma música do final da década de 1960, da dupla paranaense Jacó e Jacozinho.
Agora é esperar que o Virso comece a fazer o muro aqui no Bairro e marcar nosso encontro. Para rir muito, pois isso é impagável, nos faz bem, estimula nossas células boas!
Euclides Riquetti
14-07-2013
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A Saudosa Biblioteca do Major...formando uma geração de leitores
Só quem já percorreu longos caminhos na vida pode ter uma dimensão mais apurada de quantas mudanças de costumes já ocorreram e a velocidade como isso aconteceu. E, aqui do alto da cidade, também do alto e sagrado altar da maturidade, posso contemplar as planícies da vida e relembrar de incontável número de fatos que já presenciei em minha existência terrena. A outra, vou ter que aguardar para ver como é, o que me reserva, a mim, a você, a todos nós. Do futuro tenho medo, por ter medo do desconhecido, o que é natural no Ser Humano. E eu não sou diferente dos demais... Um caminho para desvendar os mistérios que nos cercam e encorajar-nos a conhecer o futuro é o livro. Viajar através dele, volver-se ao passado e projetar o futuro, imaginar o porvir!
Lembro que, na época em que me iniciei, efetivamente, na carreira de professor público, em Duas Pontes, hoje município de Zortea, após ter lecionado temporariamente no Colégio Industrial Coronel Cid Gonzaga, em Porto União, e no Instituto de Idiomas Yázigy, em União da Vitória, encontrei na Escola Básica Major Cipriano Rodrigues Almeida uma Biblioteca sensacional.
Funcionava numa sala bem arejada, com uns 48 metros de área, as prateleiras bem fornidas de livros, e as mesas e cadeiras de madeira natural envernizadas que foram doadas pela Zortea Brancher S/A, a empresa madrinha da Escola. Vivi ali uma das melhores e mais saudosas experiências de minha vida. Dentro das aulas de Língua Nacional, hoje Língua Portuguesa, costumava levar os alunos para a Biblioteca, cada turma uma vez por semana, onde fazíamos a entrega de livros para os alunos levarem para casa e lerem. Faziam a retirada e iniciavam a leitura ali mesmo.
Uma pergunta frequente lá: "Professor, posso levar mais do que um?" - podiam, sim! E liam, positivamente, verdadeiramente, maravilhosamente. E, depois, tínhamos um método de produção de textos com uma sequência lógica de aprendizagem, baseada no sistema do Samir Curi Meserani, com seu "Redação Escolar - Criatividade" - o método tinha sido introduzido pelas professoras Elza Melo Zanetti e Victória Leda Brancher Formighieri, esta também Diretora da Escola, que mais tarde veio a tornar-se minha comadre, madrinha da filha Caroline, gêmea com a Michele, que nasceram quando lá moramos e trabalamos. As professoras deram o pontapé inicial, uma base formidável para um trabalho sequencial com expressivos resultados.
E, o gosto pela leitura bem disseminado, mais o trabalho de motivação, somados a uma prática de escrever textos, dentro de uma linha de aprendizagem progressiva de estruturas do Método Meserani, resultavam na formação de alunos escritores. Faziam maravilhosas redações, contos, crônicas, poemas, notícias para nosso jornalzinho. Eram leitores e escritores. Quando me afastei de lá, fui sucedido por outra professora que deu sequência ao nosso trabalho, uma contumaz leitora a Gena Casara.
Mas preciso fazer o registro que mais me apraz do valor incomensurável de nossa Biblioteca: uma coleção de encadernações contendo centenas de exemplares da revista "Seleções do Reader's Digest", que foi doada para a Escola pela família Brancher.
Quantas e quantas vezes peguei aquele material na mão, admirei, abri, li relembrei, viajei no tempo, fui conhecer as reportagens realizadas nos campos da Segunda Guerra Mundial. Edições a partir da década de 1930 até a de 1960. Um material valioso, belo, atraente, encantador.
Mas, com os vendavais ocorridos no início da década de 1980, um ciclone destruiu o prédio escolar e tudo ficou arrazado. Que pena! Todos aqueles livros destruídos, desde "As Terras do Rei Café" até "Os Capitães d ' Areia", de Jorge Amado. E todos os de José de Alencar, Machado de Assis, Carlos Drummond de Andrade, Camilo Castelo Branco, Maria Clara Machado,Euclides da Cunha, Érico Veríssmo, Cecília Meirelles, e mihares de outros, tudo ficou destruído...
Hoje tenho saudosas mas muito boas lembranças daquela escola, de meus colegas professores, de meus alunos. Formamos ma geração de leitores, por issomesmo vencedores. Agora, com as modernas e rápidas tecnlogias de comunicação, consigo ter contato e reatar amizades que ficaram adormecidas, muitas delas por mais de três décadas. Mas vale a pena relembra e comemorar que nossos alunos foram buscar seus espaços em vários estados brasileiros. Que as modernas tecnologias venham todas, mas o livro, esse bem sólido e material, que nos traz em si inimagináveis recursos para nos deleitar, permaneça sempre entre nós!
Euclides Riquetti
12-07-2013
Lembro que, na época em que me iniciei, efetivamente, na carreira de professor público, em Duas Pontes, hoje município de Zortea, após ter lecionado temporariamente no Colégio Industrial Coronel Cid Gonzaga, em Porto União, e no Instituto de Idiomas Yázigy, em União da Vitória, encontrei na Escola Básica Major Cipriano Rodrigues Almeida uma Biblioteca sensacional.
Funcionava numa sala bem arejada, com uns 48 metros de área, as prateleiras bem fornidas de livros, e as mesas e cadeiras de madeira natural envernizadas que foram doadas pela Zortea Brancher S/A, a empresa madrinha da Escola. Vivi ali uma das melhores e mais saudosas experiências de minha vida. Dentro das aulas de Língua Nacional, hoje Língua Portuguesa, costumava levar os alunos para a Biblioteca, cada turma uma vez por semana, onde fazíamos a entrega de livros para os alunos levarem para casa e lerem. Faziam a retirada e iniciavam a leitura ali mesmo.
Uma pergunta frequente lá: "Professor, posso levar mais do que um?" - podiam, sim! E liam, positivamente, verdadeiramente, maravilhosamente. E, depois, tínhamos um método de produção de textos com uma sequência lógica de aprendizagem, baseada no sistema do Samir Curi Meserani, com seu "Redação Escolar - Criatividade" - o método tinha sido introduzido pelas professoras Elza Melo Zanetti e Victória Leda Brancher Formighieri, esta também Diretora da Escola, que mais tarde veio a tornar-se minha comadre, madrinha da filha Caroline, gêmea com a Michele, que nasceram quando lá moramos e trabalamos. As professoras deram o pontapé inicial, uma base formidável para um trabalho sequencial com expressivos resultados.
E, o gosto pela leitura bem disseminado, mais o trabalho de motivação, somados a uma prática de escrever textos, dentro de uma linha de aprendizagem progressiva de estruturas do Método Meserani, resultavam na formação de alunos escritores. Faziam maravilhosas redações, contos, crônicas, poemas, notícias para nosso jornalzinho. Eram leitores e escritores. Quando me afastei de lá, fui sucedido por outra professora que deu sequência ao nosso trabalho, uma contumaz leitora a Gena Casara.
Mas preciso fazer o registro que mais me apraz do valor incomensurável de nossa Biblioteca: uma coleção de encadernações contendo centenas de exemplares da revista "Seleções do Reader's Digest", que foi doada para a Escola pela família Brancher.
Quantas e quantas vezes peguei aquele material na mão, admirei, abri, li relembrei, viajei no tempo, fui conhecer as reportagens realizadas nos campos da Segunda Guerra Mundial. Edições a partir da década de 1930 até a de 1960. Um material valioso, belo, atraente, encantador.
Mas, com os vendavais ocorridos no início da década de 1980, um ciclone destruiu o prédio escolar e tudo ficou arrazado. Que pena! Todos aqueles livros destruídos, desde "As Terras do Rei Café" até "Os Capitães d ' Areia", de Jorge Amado. E todos os de José de Alencar, Machado de Assis, Carlos Drummond de Andrade, Camilo Castelo Branco, Maria Clara Machado,Euclides da Cunha, Érico Veríssmo, Cecília Meirelles, e mihares de outros, tudo ficou destruído...
Hoje tenho saudosas mas muito boas lembranças daquela escola, de meus colegas professores, de meus alunos. Formamos ma geração de leitores, por issomesmo vencedores. Agora, com as modernas e rápidas tecnlogias de comunicação, consigo ter contato e reatar amizades que ficaram adormecidas, muitas delas por mais de três décadas. Mas vale a pena relembra e comemorar que nossos alunos foram buscar seus espaços em vários estados brasileiros. Que as modernas tecnologias venham todas, mas o livro, esse bem sólido e material, que nos traz em si inimagináveis recursos para nos deleitar, permaneça sempre entre nós!
Euclides Riquetti
12-07-2013
quinta-feira, 11 de julho de 2013
Escondendo as panelas.
Não venha querer me dizer que você nunca escondeu uma panela difícil de lavar. Todo o ser humano, quando adolescente, faz isso. E aprende com o irmão mais velho. Ou com o primo mais velho. Ou com o tio. Esconder panelas dificeis de lavar é regra cotidiana para o sexo masculino, aquele mesmo que uma vez se autoentitulava de "sexo forte". Na verdade, em se tratando de lavação de louças, o "sexo forte"sempre foi a mulher. Sempre foi ela que, jeitosamente, esfregou bem o fudo das panelas. O de dentro e o de fora. Sim, porque nos tempos em que poucos tinham fogão de cozer a gás, uma mesma panela nos trazia dois sofrimentos, que vou descrever no segundo parágrafo, pois parágrafo muito comprido é chato, parece que a leitura fica demorada, não dá tempo para o leitor respirar... sentiu isso,leitor (a)?
Bem, se sentiu é porque está um tanto, ou dois tantos, fora de forma. Mas tem como corrigir isso: treinamento. Treinamento full time. É assim que os técnicos de futebol mais antigos diziam nas entrevistas para o rádio. Era mais fácil de dizer do que falar que teriam treino "o dia inteiro". O Inglês, língua sintética, tem muitas palavras cutas e estruturas curtas. Tão curtas quanto são curtos os salários dos professoes no Brasil... Então pelo menos leitura em "half time", que já ajuda!
Veja, amigo, eu enrolei você dizendo que ia falar sobre os sofrimentos de limpar dois fundos de uma mesma panela no segundo parágrafo e nem falei. Então, calma com o dedo no controle, não mude de canal que eu explico: quando ainda o fogão a lenha era o mais usado, principalmente no meio rural ou em cidades menores, para acelerar o crescimento, digo o cozimento, muitas vezes eram retiradas as argolas das chapas dos fogões, de modo que a chama atingisse diretamente a base da panela. Assim, tínhamos dois efeitos: o fundo externo enegrecido, encarvoado, e o interno com aquelas crostas de comida que queimou e grudou porque a mama teve que ir por a roupa no arame para aproveitar o sol antes que ele sumisse. Agora isso mudou também, é varal em vez de arame.
Quando o cheiro de queimado se espalhava pela casa e saía pelas janelas, vinha correndo a mama e dava um jeito de meter a mescola na bóia e desgrudar o que fosse possível. E então dava para aproveitar a comida, mesmo que não ficasse a costumeira delícia. E era nessas horas que as panelas iam para um esconderijo, para que ficasse para ser lavada no dia seguinte.
Um primo meu era bem expert nisso. O Jurandi morava na casa do Nono Serafim Baretta, lá na Linha Bonita. E quando nós íamos lá à noite para rezar o terço ou tomar um mate doce com pipoca melecada, , enquanto todos ficavam batendo papo na sala ele tinha que ir lavar a louça. Então ele cumpria o seu papel de primo mais velho e me ensinava. As panelas com o fundo preto ou cascão de comida grudada por dentro, ele guardava embaixo do lavador. O lavador é aquele móvel que vocês, da cidade grande, chamavam de pia. Dizia o primo Jurandi que, no outro dia, as tias Nair e Lindamir iam ver as panelas sujas escondidas ali e ficariam fulas da vida. E que, então, ele estaria lá na roça ajudando a quebrar milho e elas lavariam. E, quando voltasse, a nona não ia dexar que brigassem com ele por tão pouca coisa. Era bem esperto já o primo, imagine agora, Até está com um contrato com um time de veteranos, aqui da Vila, em Joaçaba. O treinador Torresmo não abre mão da presença do primo no time. Vem lá da Barra Fria jogar aqui.
Todo o jovem, moço ou moça, deve ter feito escondido panelas, um dia. Eu pensava que quando ficasse grande não ia precisar me ocupar com questões assim. Mas os tempos mudaram e agora nós precisamos dividir tudo em casa. Os bônus e os ônus. E o meu é lavar a louça muitas vezes ao dia. Sem esconder panelas. Por isso tenho que cuidar bem para não estragar o teflom, senão me ferro...
Euclides Riquetti
11-07-2013
Bem, se sentiu é porque está um tanto, ou dois tantos, fora de forma. Mas tem como corrigir isso: treinamento. Treinamento full time. É assim que os técnicos de futebol mais antigos diziam nas entrevistas para o rádio. Era mais fácil de dizer do que falar que teriam treino "o dia inteiro". O Inglês, língua sintética, tem muitas palavras cutas e estruturas curtas. Tão curtas quanto são curtos os salários dos professoes no Brasil... Então pelo menos leitura em "half time", que já ajuda!
Veja, amigo, eu enrolei você dizendo que ia falar sobre os sofrimentos de limpar dois fundos de uma mesma panela no segundo parágrafo e nem falei. Então, calma com o dedo no controle, não mude de canal que eu explico: quando ainda o fogão a lenha era o mais usado, principalmente no meio rural ou em cidades menores, para acelerar o crescimento, digo o cozimento, muitas vezes eram retiradas as argolas das chapas dos fogões, de modo que a chama atingisse diretamente a base da panela. Assim, tínhamos dois efeitos: o fundo externo enegrecido, encarvoado, e o interno com aquelas crostas de comida que queimou e grudou porque a mama teve que ir por a roupa no arame para aproveitar o sol antes que ele sumisse. Agora isso mudou também, é varal em vez de arame.
Quando o cheiro de queimado se espalhava pela casa e saía pelas janelas, vinha correndo a mama e dava um jeito de meter a mescola na bóia e desgrudar o que fosse possível. E então dava para aproveitar a comida, mesmo que não ficasse a costumeira delícia. E era nessas horas que as panelas iam para um esconderijo, para que ficasse para ser lavada no dia seguinte.
Um primo meu era bem expert nisso. O Jurandi morava na casa do Nono Serafim Baretta, lá na Linha Bonita. E quando nós íamos lá à noite para rezar o terço ou tomar um mate doce com pipoca melecada, , enquanto todos ficavam batendo papo na sala ele tinha que ir lavar a louça. Então ele cumpria o seu papel de primo mais velho e me ensinava. As panelas com o fundo preto ou cascão de comida grudada por dentro, ele guardava embaixo do lavador. O lavador é aquele móvel que vocês, da cidade grande, chamavam de pia. Dizia o primo Jurandi que, no outro dia, as tias Nair e Lindamir iam ver as panelas sujas escondidas ali e ficariam fulas da vida. E que, então, ele estaria lá na roça ajudando a quebrar milho e elas lavariam. E, quando voltasse, a nona não ia dexar que brigassem com ele por tão pouca coisa. Era bem esperto já o primo, imagine agora, Até está com um contrato com um time de veteranos, aqui da Vila, em Joaçaba. O treinador Torresmo não abre mão da presença do primo no time. Vem lá da Barra Fria jogar aqui.
Todo o jovem, moço ou moça, deve ter feito escondido panelas, um dia. Eu pensava que quando ficasse grande não ia precisar me ocupar com questões assim. Mas os tempos mudaram e agora nós precisamos dividir tudo em casa. Os bônus e os ônus. E o meu é lavar a louça muitas vezes ao dia. Sem esconder panelas. Por isso tenho que cuidar bem para não estragar o teflom, senão me ferro...
Euclides Riquetti
11-07-2013
quarta-feira, 10 de julho de 2013
Eu tenho dentro de mim
Eu tenho dentro de mim um lado bem Paraná
E sei bem quando angariei, sei bem como aconteceu
Foi algo que não morreu, de quando morei por lá
E ficou dentro de mim esse meu lado Paraná!
Ficou dentro de minha alma, gravou-se na minha memória
Misturou-se com meu sangue o vinho que fui tomar
Não me esqueço dos bons tempos ali em União da Vitória
E dos amigos que fiz, quando ali fui estudar.
Pesquei no Rio Iguaçu, nadei em suas águas brandas
Li poemas do Furlani e os romances do Zé Cleto
Tive aulas com Nelson Sicuro, professor naquelas bandas
E com o Geraldo Feltrin aprendi um Inglês esperto.
Agora, depois de décadas, ali volto em meu pensamento
Pras dragas retirando areia e no fundo a verde paisagen
Lembranças da ponte do arco que resta através do tempo
Do Cristo no alto do morro, protegendo a bela cidade.
Dos poetas herdei a veia que me tornou compositor
Com os colegas da Fafi eu aprendi a me portar
Nas danças dos domingos à tarde eu fui encontrar o amor
E tornei-me um verdadeiro Bicho do Paraná!
Euclides Riquetti
10-07-2013
10-07-2013
E sei bem quando angariei, sei bem como aconteceu
Foi algo que não morreu, de quando morei por lá
E ficou dentro de mim esse meu lado Paraná!
Ficou dentro de minha alma, gravou-se na minha memória
Misturou-se com meu sangue o vinho que fui tomar
Não me esqueço dos bons tempos ali em União da Vitória
E dos amigos que fiz, quando ali fui estudar.
Pesquei no Rio Iguaçu, nadei em suas águas brandas
Li poemas do Furlani e os romances do Zé Cleto
Tive aulas com Nelson Sicuro, professor naquelas bandas
E com o Geraldo Feltrin aprendi um Inglês esperto.
Agora, depois de décadas, ali volto em meu pensamento
Pras dragas retirando areia e no fundo a verde paisagen
Lembranças da ponte do arco que resta através do tempo
Do Cristo no alto do morro, protegendo a bela cidade.
Dos poetas herdei a veia que me tornou compositor
Com os colegas da Fafi eu aprendi a me portar
Nas danças dos domingos à tarde eu fui encontrar o amor
E tornei-me um verdadeiro Bicho do Paraná!
Euclides Riquetti
10-07-2013
10-07-2013
terça-feira, 9 de julho de 2013
Houve uma manhã...
Houve uma manhã em que evadiu-se minha inspiração
Fugiram-me as palavras que costumavam me amparar
Houve uma manhã em que não afaguei teu coração
E em que meus versos se perderam pelo ao ar.
Não foi apenas mais uma manhã de minha vida
Em que no papel eu rabisquei palavras imaginadas.
Mas sim uma manhã de dor, num'alma tão ferida
De flechas venenosas contra mim lançadas.
Mas virão outras que me farão sorrir e versejar
Virão aquelas que incitarão o meu imaginar
Com que farei poemas e canções para quem me seduz.
Então, liberto de meus bloqueios desalmados:
Far-te-ei poemas com versos brancos ou rimados
Levar-te-ei com eles meu amor e minha luz.
Eucldes Riquetti
09-07-2013
Fugiram-me as palavras que costumavam me amparar
Houve uma manhã em que não afaguei teu coração
E em que meus versos se perderam pelo ao ar.
Não foi apenas mais uma manhã de minha vida
Em que no papel eu rabisquei palavras imaginadas.
Mas sim uma manhã de dor, num'alma tão ferida
De flechas venenosas contra mim lançadas.
Mas virão outras que me farão sorrir e versejar
Virão aquelas que incitarão o meu imaginar
Com que farei poemas e canções para quem me seduz.
Então, liberto de meus bloqueios desalmados:
Far-te-ei poemas com versos brancos ou rimados
Levar-te-ei com eles meu amor e minha luz.
Eucldes Riquetti
09-07-2013
segunda-feira, 8 de julho de 2013
A Festa do Colono em Ouro
Início do ano de 1981. Era Prefeito em Ouro o Sr.Ivo Luiz Bazzo. Era também época de fazer realizar um sonho que ele vinha acalentando há um bom tempo: realizar uma festa que viesse a tornar-se tradicional naquele município, cuja base de sustentação econômica era a atividade agropecuária. Trocou umas ideias com sua equipe, e formou uma Comissão Organizadora para fazer com que tudo pudesse ser planejado e executado a baixo custo e desse um bom resultado. Seria a oportunidade de o Poder Público e os cidadãos renderem suas homenagens aos colonos, que foram os grandes responsäveis pela consolidacão de Ouro como referência em agricultura e pecuária.
A Primeira Festa do Colono do Muncípio de Ouro seria promovida em Pinheiro do Meio, a comunidade geograficamente melhor situada no seu território. Tinha um bom campo de futebol, a comunidade estava construindo o primeiro ginásio de esportes rural, havia o prédio escolar também disponível. E era a comunidade com menor número de famílias. Mas os sócios da comunidade foram briosos e investiram dinheiro próprio para que pudessem ter seu ginásio de esportes onde os filhos pudessem jogar. Iriam tomar empréstimos pessoais junto a bancos e emprestar para a sociedade. Depois, com os lucros auferidos no evento, devolveriam os valores a cada um.
Foram então convidadas para uma reunião algumas lideranças representativas que poderiam ajudar na organização da festa: Carlos Tessaro, Presidente da Cooperzal; Carmelino Morosini, Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Ouro; Mauro Brancher, chefe local do escritório da Acaresc; Delmar Antônio Zanela, Gerente do Banco do Brasil; Édio Brusco, Gerente da Perdigão Ouro S/A; Carlos Baretta, vereador da comunidade de Linha Caçador, que representava aquela região do Município; Sérgio Riquetti, Vice-prefeito; Euclides Riquetti, Secretário Municipal de Administração. Feita a primeira reunião, programou-se uma maior, já com outras lideranças que foram sendo incorporadas, como Ozíris D 'Agostini, empresário; Celita Colombo, Supervisora Local de Educação; Álvaro de Oliveira, locutor da Rádio Capinzal Ltda, Nolberto Zulian, contador da Prefeitura; Nízio Dal Pivo, Líder da Comunidade de Pinheiro do Meio e outros.
Definiu-se que a festa, basicamente, teria a seguinte programação: Pela manhã, Missa Celebrada pelo Frei Victorino Prando, no interior do Ginásio com inauguração do mesmo em ato cívico; Serviço de Som, a cargo de Celso Farina; de Serviço de Cozinha durante a manhã e meio-dia pelas senhoras da comunidade; Churrasco ao Meio-dia; Jogo de Futebol entre a Seleção o Interior do Ouro e o Arabutã Futebol Clube à tarde. Os jogadores da Seleção foram convocados pelo Alduir Silva, conhecido como Binde, com ajuda de Eurides Baretta. Estes venceram o Arabutã, do Técnico Valdomiro Correa, por 1 a 0. E, à noite, um grande baile.
No período da tarde, antes do jogo de futebol, foram sorteados brindes arrecadados junto ao comércio de Capinzal e Ouro.
O movimento de pessoas foi muito grande durante todo o dia. Toda a programação foi um sucesso e houve grande sobra financeira, a qual permitiu que as contas fossem pagas.
No ano seguinte, após uma avaliação da Comisão Organizadora, que constatou que a população aprovou o formato do evento, aconteceu a Segunda Festa do Colono, em Pinheiro Baixo. E, com exceção da edição de 1983, que teve que ser suspensa por causa das calamidades decorrentes das enchentes, em todos os anos veio sendo realizada. Até uma década atrás era realizada cada ano em uma comunidade e passou, depois da construção do Centro de Eventos de Nossa Senhora do Caravággio, a ser realizada ali, onde há uma boa estrutura para acomodação das pessoas, estacionameto de veículos, exposição de equipamentos agrícolas e a Capela de Nossa Senhora do Caravággio para celebração de missa. Ainda há a realização de shows e bailes. O Café Colonial, ao final do dia, é sempre um atrativo muito esperado. O formato inicial não teve grandes mudanças nas três décadas de realização.
A Festa do Colono em Ouro é a que comporta o maior número de participantes para eventos desse gênero no Vale do Rio do Peixe.
Euclides Riquetti
08-07-2013
A Primeira Festa do Colono do Muncípio de Ouro seria promovida em Pinheiro do Meio, a comunidade geograficamente melhor situada no seu território. Tinha um bom campo de futebol, a comunidade estava construindo o primeiro ginásio de esportes rural, havia o prédio escolar também disponível. E era a comunidade com menor número de famílias. Mas os sócios da comunidade foram briosos e investiram dinheiro próprio para que pudessem ter seu ginásio de esportes onde os filhos pudessem jogar. Iriam tomar empréstimos pessoais junto a bancos e emprestar para a sociedade. Depois, com os lucros auferidos no evento, devolveriam os valores a cada um.
Foram então convidadas para uma reunião algumas lideranças representativas que poderiam ajudar na organização da festa: Carlos Tessaro, Presidente da Cooperzal; Carmelino Morosini, Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Ouro; Mauro Brancher, chefe local do escritório da Acaresc; Delmar Antônio Zanela, Gerente do Banco do Brasil; Édio Brusco, Gerente da Perdigão Ouro S/A; Carlos Baretta, vereador da comunidade de Linha Caçador, que representava aquela região do Município; Sérgio Riquetti, Vice-prefeito; Euclides Riquetti, Secretário Municipal de Administração. Feita a primeira reunião, programou-se uma maior, já com outras lideranças que foram sendo incorporadas, como Ozíris D 'Agostini, empresário; Celita Colombo, Supervisora Local de Educação; Álvaro de Oliveira, locutor da Rádio Capinzal Ltda, Nolberto Zulian, contador da Prefeitura; Nízio Dal Pivo, Líder da Comunidade de Pinheiro do Meio e outros.
Definiu-se que a festa, basicamente, teria a seguinte programação: Pela manhã, Missa Celebrada pelo Frei Victorino Prando, no interior do Ginásio com inauguração do mesmo em ato cívico; Serviço de Som, a cargo de Celso Farina; de Serviço de Cozinha durante a manhã e meio-dia pelas senhoras da comunidade; Churrasco ao Meio-dia; Jogo de Futebol entre a Seleção o Interior do Ouro e o Arabutã Futebol Clube à tarde. Os jogadores da Seleção foram convocados pelo Alduir Silva, conhecido como Binde, com ajuda de Eurides Baretta. Estes venceram o Arabutã, do Técnico Valdomiro Correa, por 1 a 0. E, à noite, um grande baile.
No período da tarde, antes do jogo de futebol, foram sorteados brindes arrecadados junto ao comércio de Capinzal e Ouro.
O movimento de pessoas foi muito grande durante todo o dia. Toda a programação foi um sucesso e houve grande sobra financeira, a qual permitiu que as contas fossem pagas.
No ano seguinte, após uma avaliação da Comisão Organizadora, que constatou que a população aprovou o formato do evento, aconteceu a Segunda Festa do Colono, em Pinheiro Baixo. E, com exceção da edição de 1983, que teve que ser suspensa por causa das calamidades decorrentes das enchentes, em todos os anos veio sendo realizada. Até uma década atrás era realizada cada ano em uma comunidade e passou, depois da construção do Centro de Eventos de Nossa Senhora do Caravággio, a ser realizada ali, onde há uma boa estrutura para acomodação das pessoas, estacionameto de veículos, exposição de equipamentos agrícolas e a Capela de Nossa Senhora do Caravággio para celebração de missa. Ainda há a realização de shows e bailes. O Café Colonial, ao final do dia, é sempre um atrativo muito esperado. O formato inicial não teve grandes mudanças nas três décadas de realização.
A Festa do Colono em Ouro é a que comporta o maior número de participantes para eventos desse gênero no Vale do Rio do Peixe.
Euclides Riquetti
08-07-2013
domingo, 7 de julho de 2013
Nadir Susin, O Cabeça Branca
No fial da década de 1970 fui morar em Duas Pontes para lecionar na Escola Básica Major Cipriano Rodrigues Almeida. Guardo excelentes lembranças das pessoas com quem convivi e fiz amizade. Tenho-as na memória como se tivessem congelado sua imagem para mim. Alguns eu ensinei, outros me ensinaram. E, dentre as que me ensinaram algo com sua experiência e maturidade estava Sr. Nadir Susin, marido da Dona Zula, pai do Armando, do Arnaldo (Neco), Adroaldo (ou Arnoldo? o Gordo), e do Cheiro (Haroldo). Na época, os dois primeiros estavam fora, tinham ido estudar e ficaram. O Neco encontrei há mais de 30 anos no Estádio Couto Pereira, em Curitiba, assistindo um Jogo do Coxa contra o Botafogo, do Rio. O Gordo e o Cheiro moravam ainda em casa, nas Duas Pontes, hoje Zortéa.
Quando chegamos ali, no início de 1977, o primeiro casal que veio econtrar-nos foi o saudoso Olivo Susin, marido da Roseli Viel. Recepcionaram-os e nos trouxeram para o Baile do Chopp, no Salão Paroquial de Capinzal. Ficamos muito amigos. Jogávamos futebol no Grêmio Lírio com o Tio Livo, como era chamado. E trabalhávamos na Escola com a Rose, professora de Mtemática.Era irmão do Nadir.
Na Zortea Brancher S/A tínhamos uma hierarquia, primeiro com seis diretores e depois uma espécie de gerente geral dos trabalhos externos. O Sr. Nadir Susin, que também fora motorista de um dos GMCs marítimos, era sócio da empresa. Supervisionava a área externa, tinha conhecimento sobre a indústria, a produção, os caminhões, tratores, equipamentos. Discreto e educado, não levantava a voz jamais. Dava sua opinião sobre as coisas, respeitava a dos outro. Era um pessoa de bom trato.a noite do grande incêndio na Serraria, em 1979, estivemos lado a lado na orientação das ações para evitar um desastre maior.
Exercendo forte liderança comunitária, fizemos parte da Diretoria que, com a vinda dos Padres Missionários, em 1979, assumiu o compromisso de reorganizar a Capela de Santa Catarina, padroeira da localidade. Tínhamos como Presidente o compadre Aníbal Bess Formighieri e com uma equipe formidável conseguimos levar adiante o projeto e fazer nossa parte. Sempre mantivemos uma ótima amizade, mesmo depois que saímos de lá. Aposentado, começou a trabalhar em seu sítio, sempre em plena atividade, como sempre o fez durante toda a sua vida. Há poucos anos perdeu o filho Adroaldo e levou um grande baque. Ontem, às 10 horas, faleceu vítima de infarto, aos 82 anos.
Fiquei sabendo do ocorrido apenas ä noite, através da internet. E comecei a relembrar dos bons tempos em que trabalhamos juntos na empresa, na Escola e para nossa Igreja.: foi-se nosso "cabeça branca", era assim que o chamávamos. Cabeça dos cabelos embranquecidos pela maturidade e pela experiência, do educar pelo exemplo, do servir sem esperar nada em troca.Nadir Susin, o pai que amou sua esposa e seus filhos, que fez história no local em que viveu a maior parte de sua vida. Que Deus o tenha em sua Eterna Glória!
Euclides Riquetti
07-07-2013
Quando chegamos ali, no início de 1977, o primeiro casal que veio econtrar-nos foi o saudoso Olivo Susin, marido da Roseli Viel. Recepcionaram-os e nos trouxeram para o Baile do Chopp, no Salão Paroquial de Capinzal. Ficamos muito amigos. Jogávamos futebol no Grêmio Lírio com o Tio Livo, como era chamado. E trabalhávamos na Escola com a Rose, professora de Mtemática.Era irmão do Nadir.
Na Zortea Brancher S/A tínhamos uma hierarquia, primeiro com seis diretores e depois uma espécie de gerente geral dos trabalhos externos. O Sr. Nadir Susin, que também fora motorista de um dos GMCs marítimos, era sócio da empresa. Supervisionava a área externa, tinha conhecimento sobre a indústria, a produção, os caminhões, tratores, equipamentos. Discreto e educado, não levantava a voz jamais. Dava sua opinião sobre as coisas, respeitava a dos outro. Era um pessoa de bom trato.a noite do grande incêndio na Serraria, em 1979, estivemos lado a lado na orientação das ações para evitar um desastre maior.
Exercendo forte liderança comunitária, fizemos parte da Diretoria que, com a vinda dos Padres Missionários, em 1979, assumiu o compromisso de reorganizar a Capela de Santa Catarina, padroeira da localidade. Tínhamos como Presidente o compadre Aníbal Bess Formighieri e com uma equipe formidável conseguimos levar adiante o projeto e fazer nossa parte. Sempre mantivemos uma ótima amizade, mesmo depois que saímos de lá. Aposentado, começou a trabalhar em seu sítio, sempre em plena atividade, como sempre o fez durante toda a sua vida. Há poucos anos perdeu o filho Adroaldo e levou um grande baque. Ontem, às 10 horas, faleceu vítima de infarto, aos 82 anos.
Fiquei sabendo do ocorrido apenas ä noite, através da internet. E comecei a relembrar dos bons tempos em que trabalhamos juntos na empresa, na Escola e para nossa Igreja.: foi-se nosso "cabeça branca", era assim que o chamávamos. Cabeça dos cabelos embranquecidos pela maturidade e pela experiência, do educar pelo exemplo, do servir sem esperar nada em troca.Nadir Susin, o pai que amou sua esposa e seus filhos, que fez história no local em que viveu a maior parte de sua vida. Que Deus o tenha em sua Eterna Glória!
Euclides Riquetti
07-07-2013
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