sábado, 24 de fevereiro de 2024

Pelos oceanos da paixão

 



Viva, intensamente, todos  os  seus momentos
Viva a alegria, muito mais  com  seu coração
Dê asas a todos os seus melhores sentimentos
Navegue, sutilmente, pelos oceanos da paixão.

Viva, porque viver é uma bênção divina e cara
Porque viver é o grande dom que Deus nos dá
Porque viver  é nossa joia mais preciosa e rara
É o nosso pão e o vinho, é nosso melhor  maná.

Viver em harmonia, entregar-se e receber amor
Andar com pés descalços nas areias ou na relva
Render-lhe, com toda a devoção, o devido valor.

Cuidar para que ela jamais venha a ser abalada
Pelos infortúnios advindos desta impiedosa selva
Viver pelo amor, para amar, viver para a amada!

Euclides Riquetti

Busque a paz

 






Evite magoar as pessoas amigas
As de hoje, as de ontem, as antigas.

Busque a paz, onde quer que esteja
Procure  paz, quando quer que seja!

Seja cordial com quem lhe quer bem
Seja gentil e terá gentilezas também.

Busque a paz, onde quer que esteja
Procure  paz, quando quer que seja!

Acalme seu coração conflitado
E reencontre o seu mundo sonhado.

Busque a paz, onde quer que esteja
Procure  paz, quando quer que seja!

Não vale a pena radicalizar
A vida premia quem sabe sonhar.

Busque a paz, onde quer que esteja
Procure  paz, quando quer que seja!

Euclides Riquetti

Acabou...

 


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Acabou, verbo regular, pretérito perfeito
Como o verbo amar, tão imperfeito...

Acabou, como acabam os sonhos leves
E os encantos sublimes, mas breves...

Acabou, do verbo acabar, de fácil conjugação
Como o verbo amar, que expressa tanta paixão...

Acabou, como se acabam os romances
Como acabam nas cores as nuances...

Acabou, como acabam as noites escuras
Como as almas perdem a sua brancura...

Acabou, como acaba a vida um dia
Como acaba, na decepção, a alegria...

Mas, que o acabar-se se torne recomeço
Sem caminhos espinhosos e sem tropeços...

Que o acabar-se torne-se o renascer
Como as flores amarelas costumam florescer...

Que o acabar-se ressurja como um iniciar-se
Como os ventos que, após as tempestades, conseguem

ACALMAR-SE!

Euclides Riquetti

Segure-se no céu azul



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Segure-se no céu azul, agarre-se no firmamento
Deixe-se levar pelo pensamento
Deixe seu corpo levar-se, transportar-se
Pelas ondas do ar, pelas asas do vento...

Jogue um pedaço dessa imensidão azul para colorir o mar
Jogue os raios do sol para azular a água
Jogue a morenice de sua pele para colorir a areia
Use o calor de minhas mãos para enxugar suas lágrimas...

Escute a música  que vem de meu coração
Sinta o sabor dos beijos que eu lhe dei um dia
Transforme meus versos numa bela canção
Seja os acordes de minha melodia.

E então, pouse como a gaivota sobre a areia quente
Mergulhe seus pés nas vagas turbulentas
E ouça  o poema que eu lhe disse num repente
Inspirado em almas brancas, mas  vorazes e sedentas.

Euclides Riquetti

Lula – semeando ventos e colhendo tempestades



       O comportamento de Lula III não é diferente do que era há 20 anos atrás. Continua falando o que acha que deve. Mas duas décadas é uma diferença de tempo muito grande. As coisas mudaram e continuam mudando. Foi eleito de novo em razão do comportamento de Jair Bolsonaro no tocante às suas falas, a sua maneira de comunicar-se. Bem que um poderia aprender com o outro a errar menos.

       Falas de Lula a respeito de Israel e uma comparação chula, para não dizer desastrada,  da guerra desta contra o grupo terrorista Hamas e o Holocausto o colocaram em uma situação muito constrangedora em termos de relações internacionais e diplomacia. Imediatamente. A nação Israel classificou Lula como “persona non grata” àquele país. Isso tem sérias implicações legais e morais. Nem Morais o salva dessa!

       Pretender que os assessores de Lula o aconselhassem a ter um comportamento mais comedido quando se refere às encrencas conflituosos entre outros países, é o mesmo que fosse, lá atrás, pedir aos filhos de Jair Bolsonaro ou a seus servidores que o controlassem. Peixes sempre morrem pela boca...

       O Carnaval passou, as pessoas se divertiram, enforcaram seu trabalho, mas a realidade está de volta. Sem almoço grátis! Enquanto isso, o Sul e o Sudeste continuam ajudando a alimentar o Brasil com renda e o mundo com comida.

       Abílio Diniz - o tombar de mais um ícone – A semana iniciou-se com o anúncio da morte do bilionário mega-empresário Abílio Diniz, fundador do Grupo Pão de Açúcar. Há 20 anos li seu livro “Caminhos e Escolhas”, uma verdadeira obra literária biográfica que já teve, ao menos, 14 edições. Mais recentemente, lançou “Novos Caminhos, Novas Escolhas”.

      No primeiro, é contada sua história de adolescente, quando, por ser um pouco pesado, era bulinado pelos colegas de escola. Passou a economizar o dinheiro que deveria usar para pagar os ônibus, para pagar mensalidades em academias. Emagreceu, aprendeu lutas marciais, virou goleiro da Portuguesa de Desportos, maratonista internacional, empresário rico e um grande influenciador das mentes empreendedoras do Brasil.  Recomendo que leiam os livros dele. O primeiro, deem de presente nos aniversários dos filhos, irmãos, sobrinhos e netos. Se o cidadão não se mexer após lê-lo, não vai sair nunca do chão.

       Abílio Diniz, Comendador Francesco Matarazzo, Antônio Ermírio de Moraes, José Andrade Vieira, Atílio Fontana, Saul Brandalise, Auri Bodanese e Plínio David De Nes são referências de pessoas que venceram na vida pelo trabalho, criatividade e inteligência. Admiro pessoas assim. Meu pai, quando seminarista da Vila Pompéia, Seminário São Camilo, no início da Segunda Guerra Mundial, ia, duas vezes por semana, com um colega, buscar o Comendador Matarazzo para que, em cadeiras de rodas, fosse assistir missas na capela do Seminário, às 6 horas da manhã. Temos muitas figuras empreendedoras no Brasil, que cresceram com conduta honesta, a quem aplaudo.

       Perda sentida em Capinzal e Ouro – O ex-Prefeito de Capinzal, Constantino Mência, faleceu em Capinzal na semana passada, aos 89 anos. Mência foi gerente do antigo BESC, Diretor da Cooperzal e comerciante da área imobiliária. Discretíssimo, pautou sua vida no trabalho e na dedicação à sua bela família. Lamento profundamente a sua partida e expresso aos seus familiares minhas mais sentidas condolências. Foi eleito em eleição indireta, concorrendo com Lourenço Antônio Brancher. Deixou muitas importantes realizações em Capinzal, nos anos 60, para suceder Sílvio Santos, que se afastou por problemas de saúde.

       Lançamento da candidatura de Juliano Pedrini para prefeito em Joaçaba – No dia 14 de março próximo, um evento forte do PSD de Joaçaba, capitaneado pelo advogado Alexandre Prazeres, reunirá lideranças e novos filiados. Juliano Pedrini é o nome mais forte a filiar-se e deverá ser o candidato do partido à Prefeitura. O evento acontece às 19 horas, nas dependências do Hotel Joaçaba. Prazeres, em dois meses, fez mais pelo PSD do que figuras históricas e oportunistas de Joaçaba. Pode ser vive de Pedrini, se forem com chapa pura. Ou, então, sai bem estruturado como candidato a Vereador. Saem na dianteira!

Euclides Riquetti – Escritor – w.blogdoriquetti.blogspot.com


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Minha coluna no Jornal Cidadela - Joaçaba - SC

Em 24-02-2024

Nosso Frei Bruno de Deus! Romaria Penitencial neste domingo!

 



Chegando nova Romaria Penitencial de Frei Bruno de Deus





          As rádios de Joaçaba e Herval D ´Oeste,  no período que se sucedeu ao carnaval e, acentuadamente nesta semana, massificaram a população regional com chamadas para a Romaria Penitencial de Frei Bruno. E, o fundo musical delas, muito  motivador,  não poderia ser outro: "Nosso Frei Bruuuuno de Deeeeus!"

          Fiquei encantado com as chamadas e motivado a presenciar, pela primeira vez, da Procissão que acontece na manhã deste domingo, saindo da Praça da Catedral, aqui de Joaçaba,  para o Cemitério Frei Edgar, onde se localiza o jazigo de Frei Bruno. Ao mesmo tempo, vem uma comitiva grandiosa da cidade de Luzerna e se encontram todos no cemitério. Espera-se que 50.000  pessoas se façam presentes, vindas de todo o Brasil. Frei Bruno está com processo de beatificação em andamento, pois há relatos de que tenha operado verdadeiros milagres e concedido milhares de graças.  A cidade tem o Monumento Frei bruno localizado no alto de um morro, no Bairro do Trigo. Está lá, com seu cajado, abençoando nossas duas cidades.

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          Aliás, assim como no Nordeste Brasileiro é comum dar-se  nomes como  Severino ou Raimundo para os filhos, aqui já é comum nomear-se os nascidos como Bruna ou Bruno, principalmente aqueles cujas mães tiveram muitos problemas na gravidez ou no parto. Acreditam que a intercessão do sacerdote as tenha protegido nos momentos difíceis.

          Frei Bruno foi nascido Hubert Linden, em Dusseldorf, na Alemanha, em 08-09-1876 e faleceu em Joaçaba em 25 de fevereiro de 1960.  Chegou ao Brasil, na Bahia, antes mesmo de completar os 18 anos. Depois foi para Petrópolis e, já sacerdote, veio para Santa Catarina, ao Vale do Itajaí. Em 1945 esteve exercendo seus ofícios religiosos aqui em Esteves Júnior, no Município de Piratuba. Depois foi a Xaxim e veio a Joaçaba com quase 80 anos. Era um sacerdote que não esperava as pessoas o procurarem, ele andava a pé, com um guarda-chuva grande e desbotado, indo de casa em casa para levar suas bênçãos. Quando debilitou-se, recebia cartas que respondia, pois não tinha mais condições físicas para deslocamentos.
        Na noite de sexta  foi realizada a Segunda Serenata a Frei Bruno, no grande Pavilhão que leva o seu nome e se localiza ao lado da Catedral Santa Terezinha. O locutor e animador cultural Jaime Telles conduziu o evento, que teve a participação de diversos cantores da região que entoaram hinos sacros m louvor a Ele. Aliás, o Hino a Frei Bruno foi composto pelo Telles, com quem tivemos várias parcerias, já, pois somos detentores de cadeiras junto à Academia de Letras de Santa Catarina. Admiro seu trabalho também como compositor e declamador. Situo entre os melhores declamadores que já conheci. É um paranaense talentoso que veio para nossas cidades e hoje está perfeitamente entrosado com as comunidades. É criterioso em seus comentários, muito respeitado por isso mesmo. Mas, o melhor de sua produção está justamente em poemas e no Hino a Frei Bruno. Escutá-lo interpretando aquilo que ele mesmo compôs faz bem  a nosso espírito.

Reverenciemos, neste domingo, com o fervor de nossas orações, "Noooosso Frei Bruno de Deuuus!!!

Euclides Riquetti
24-02-2013

Uma estrela na escuridão


 


 

Há uma estrela singular em meio à escuridão
Uma nuvem branca em meio à turbulência
Uma doce musa que me traz a inspiração
Uma presença que compensa todas as ausências.

Há um gemido de prazer que vem de uma janela
Um sussurro no ar que me chama à atenção
Um reencontro provável depois de longa espera
Um aceno de olhar, uma provável paixão.

Há uma esperança renovada, uma nova luz que brilha
Uma retomada de caminho, uma possibilidade
Para uma alma frágil, débil, maltrapilha.

Mas há uma força que me levanta, impele e anima
E que me devolve a uma bela realidade:
A de lutar por quem meu coração sugere e determina!

Euclides Riquetti

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

Que bom reencontrar-te

 



Que bom reencontrar-te

Saber que ainda vives

Que teus anos não foram perdidos...

Que teve momentos bem vividos.


Que bom reencontrar-te

Saber que tu existes

Que não foste uma página vazia

Que cultivaste tua alegria.


Que bom reencontrar-te

Ter notícias tuas

O mundo é um labirinto infinito

E, contigo, é ainda mais bonito...


Que bom reencontrar-te

Num lugar de sinuosas ruas

E ver que também gosta de flores

Brancas, vermelhas, de todas as cores...


Que bom reencontrar-te!


Euclides Riquetti

24-02-2024







Meu pai, meu professor: Guerino (Richetti) Riquetti - Início de minha história...

 


 



    

Alunos da Escola Municipal Professor Guerino Riquetti - Ouro - SC

           Fui privilegiado, sim! Quando eu nasci, em 23 de novembro de 1952, em Linha Leãozinho, então município de Capinzal, (hoje Ouro - SC), meu pai, Guerino Riquetti,  era professor numa escola de ensino primário.  E estava lendo "Os Sertões", de Euclides da Cunha. Ele havia estudado até o primeiro ano de Filosofia, pouco antes da Segunda Guerra Mundial, no Seminário São Camilo, em São Paulo. Ali, hoje, funciona o hospital denominado Instituto São Camilo.
         Meu pai era leitor contumaz. Aos 40 anos, já não lia clássicos da Literatura, mas o Pato Donald, o Mickey, o Tio Patinhas.... Vidrava-se nas criações de Walt Disney. E passou o costume para nós, os filhos. Somos leitores e até escrevemos....
         Ao voltar para a casa dos pais, depois de quase que uma década fora, casou-se e voltou a estudar. Como não tinha documentos, em razão de haver "desertado" do Seminário, teve que fazê-los de novo. Então, abandonou a grafia de "Ricchetti" e mudou a sobrenome para Riquetti, que adotamos até hoje, embora nosso original, de descendência italiana, seja diferente. E, para obter documentos de escolaridade, frequentou o ensino complementar e o antigo "Normal", que equivale ao Magistério, em nível de Ensino Médio, hoje.
           Para quem já tinha estudado o início do curso superior, com formação em Latim e Francês, tocado piano e órgão ainda no Seminário, aulas de línguas e música eram diversão. E começou a lecionar em escolas "isoladas", como Leãozinho, Pinheiro Baixo, Linha Caçador, Barra do Pinheiro, Nossa Senhora da Saúde, Linha Savóia. Depois lecionou no Grupo Escolar Belisário Pena, em Capinzal e no Escolar Joaquim D´agostini, em Lacerdópolis, em 1964. Em 1960, quando lecionava na Savóia, levou-me junto com ele  algumas vezes nesta e aprendi a escrever algumas letras e palavras. Em 1961, com 8 anos de idade, entrei para a escola, efetivamente, no Colégio Mater Dolorum, no primeiro ano.
          Meu pai foi meu primeiro professor, informalmente. E, mesmo quando eu cursava o primário, no Mater, me dava lições d uso dos pronomes oblíquos e aritmética. Aprendi a fazer cálculos para trabalhadores da roça que vinham em nossa casa pedir ajuda a ele. Empreitadas de roçadas ou carpidas eram pagas por "quartas de terra", ou seja, 6.050 m2, um quarto de um alqueire, que tem 24.200 m2. Me ensinava que se multiplicava a base pela altura e se obtinha a área roçada ou carpida.
Para triângulos, fazíamos base vezes altura, divididos por 2. Toda essa prática me ajudou muito na vida. Até hoje gosto de fazer cálculos enquanto faço minhas caminhadas diárias. Ou crio poemas enquanto caminho. Coloco minha mente para funcionar....
          Meu pai me ensinou muitas coisas. Como professor e como pai. Então hoje, lembrando dele, do Ebenezer  Brasil, que lecionava em Linha Bonita, do Thomás (Thomasin) Pilatti, que lecionava em Leãozinho e Linha Bonita, rendo minha homenagem a todos os meus professores, vivos ou de saudosa memória. Grande abraço em todos, aos que foram uma oração sincera e sentida, e aos que restam uma saudação muito carinhosa.

Deus abençoe todos os professores!

Euclides Riquetti
15-10-2016

Se os pássaros te acordarem

 


 



Se os pássaros te acordarem


Se os pássaros te acordarem na madrugada
Embevecendo-te como seu canto divino
Eles querem dizer que em nossa estrada
Há sempre um porto seguro, um destino...

Se o canto deles for triste ou melancólico
Como o da gaivota que sobrevoa o mar
Enchendo o espaço neste vale tão bucólico
Resta-me o sonho de poder te reencontrar...

Se a manhã prometer ser muito prazenteira
Muito agradável, convidativa e promissora
Busca alegrar-te  na alvorada alvissareira...

E, nos lugares por onde for teu pensamento
Vai com tua aura notável, doce e sedutora
Vai me buscar no infinito firmamento!

Euclides Riquetti

Se te chamo de amor, é porque te amo!


 







Se te chamo de amor, é porque te amo
Porque te quero, quero só pra mim
E, mesmo,  com o passar dos anos
Nosso amor nunca chegará ao fim!

Se te chamo de gata, é porque te acho
Uma gatinha que me arranha e mia
Me perco em ti, pra ti me despacho
Quero buscar em ti a minha alegria!

Mas se te chamo e não me respondes
Dói-me o coração ferido pela dor
Não sei por que tu tanto te escondes
E tanto recusas receber meu amor!

Euclides Riquetti

Um bom dia bem sul brasileiro

 


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Pra você, um bom dia bem sul brasileiro
Um abração muito carinhoso
Um beijão muito gostoso
Um afago bem prazenteiro! 

Pra você, muito amor e muito carinho
Com alegria, o meu bom dia
Pra que você goste muito e sorria
E fique contente como um...passarinho!

Pra você, eu desejo plenas felicidades
Uma manhã muitíssimo faceira
Uma caminhada na rua ou na esteira
Uma tarde com muita tranquilidade!

Então, daquele meu jeito já costumeiro
Mando-lhe versos e muitas flores:
No palco da vida, somos ambos atores
Eu, você, e nosso bom dia sul brasileiro!

Euclides Riquetti

A canção que vem das estrelas

 

 






Ouça a canção melódica que vem das estrelas
Que brota dos sentimentos e vai pelas estradas
Você pode, sim, facilmente percebê-las
Porque elas se deitam no céu nas madrugadas...

Ouça e preste bem a devida atenção
Cuide de cada nota por ela propagada
Guarde a melhor delas em seu coração
Fiz para você, minha eterna namorada...

A canção que vem das estrelas é meu presente
É algo que lhe dou para que sempre guarde
E, quando a alma de meu corpo estiver ausente
Ouça-a na manhã fresca  e na suave tarde!

Euclides  Riquetti

O Santo, sim; o nome, não! Vamos nos divertir um pouco?

 


 




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          Na Capinzal e Ouro,  na década de 1960 morava um cidadão que tinha muitas atividades. Era polivalente e "se virava" de muitos modos. Não deixava faltar nada para a a família.
Em tempos em que nós nem sabíamos direito "de que lado se situava o mar", ele já conseguia levar sua "tropinha"  para as praias no verão. E o cara também gostava de fazer piadas, de zoar com vida dos outros. Era só alegria!

          Gostava de falar palavras novas que aprendia. Guardava as mais difíceis e, quando surgia a oportunidade, usava nas suas falas. Fez o "ginásio" já bem madurão. Precisava estudar e trabalhar muito porque tinha que garantir o jabá da prole. Queria acompanhar a evolução dos tempos. Em seu estabelecimento, sempre tinha uma grande cuia para o chimarrão.  Sabia como agradar seus fregueses. Era chimarrão e conversa, muita conversa. (Naquele tempo, cliente era só medico e dentista que tinham, os demais eram todos "fregueses"...). E me dizia: "Olhe, Cride, o negócio é usar a Psicologia Aplicada ao Trabalho!"

          Ah, sim! O amigo, a quem chamarei de Zé da Kombi, foi meu colega de aula no Juçá Barbosa Callado. Era bastante aplicado, até. Não faltava às aulas. E lotava a furgona de gente na saída da aula, que ia despejando pela cidade, principalmente em dias de chuva. Nossos professores de Psicologia foram o Dioni Maestri e o Paulo Bragatto Filho. E gostávamos de Psicologia. Tínhamos isso no ginásio na época. Um privilégio!

          Nosso "gente boa", alíás muito boa por sinal, tinha umas "manias". Tantas que sua "vècchia" lhe deu as malas quando achou que o que ele fazia estava demais. E gostava de contar-nos as histórias de suas aventuras. Quando queria dar um "chego" na gandaia, saía de casa para jogar baralho. Ia a pé, deixava a Kombi na garagem. Mas tomava outro rumo.

        Uma das que bem me lembro era de suas escapadelas para os bailecos nas periferias da cidade. Contava-nos e dava risada. Ia para o salão do  "Sete Facadas", era muito amigo dele e bom freguês. Não deixava pendura, embora até crédito fácil tivesse se fosse preciso. Dançava umas "marcas", tomava umas cervejas, investia num abraços (hoje chamam isso de amassos),  e mais nada. E cuidava bem para que a camisa branca, de colarinho, não ficasse com marcas de rouge ou battom. O cheiro de cigarro dizia que era por causa dos palheiros que os companheiros tragueavam no jogo das cartas.

          Naquele tempo, nas redondezas do lugar, do outro lado do rio, havia outros salões: "O Bota Preta", o Sovaco da Cobra" e o "Alegria do Touro". Na entrada deles, sobre a porta, um aviso: "Tire o chapéu e entregue sua arma para o proprietário". Por uma questão de respeito...  Eram os clubes "alternativos" da época. Concorriam, com muitas dificuldades, com o Ateneu Clube, o Floresta e o Primeiro de Maio.

          Tinha um problema, principalmente nos dias de chuva. Não era por causa do guarda-chuva com as hastes de madeira e o cabo de chifre. Era o barro na rua. A rua que levava até o salão do Sr. Fontoura não tinha calçamento e precisava  ter cuidado para não sentar-se ao chão. Não havia tampouco lâmpadas nos postes. E não podia levar lanterna junto porque senão a patroa desconfiava. Mas o problema maior era com os sapatos. Não podia sair  de casa com galochas para ir jogar baralho ali pertinho, ela não iria compreender isso, pensaria que ele estaria aprontando...

          Então, quando ele voltava, mais de meia-noite, lavava os sapatos no riacho Coxilha Seca, ali em frente à Marcenaria São José. Em casa, deixava-os lá fora. No outro dia estavam secos e limpos, não davam  pista pra desconfiança.

          Como na época que não havia televisão nas casas,  as pessoas tinham muito tempo para pensar e bolar sacanagens. Uns amigos dele, uma noite, foram lá e passaram barro nos seus sapatos. E, de manhã, a "Dona Braba" viu aquilo e ficou furiosa. E o acordou dando-lhe chineladas. Ele, sem entender nada, começou a se confundir, pensando que esquecera de lavar os sapatos. Parecia que os tinha lavado. Será que bebera demais e não lembrava direito?! E isso lhe custou uma semana dormindo no sofá da sala...

          Tenho saudade dos causos que o amigo me contava e que nem posso escrever aqui, mas rio sozinho quando lembro deles. Levou azar alguns anos adiante, quando veio a TV. A patroa foi vendo muitas novelas, muitos filmes, por muito tempo,  e começou a ficar esperta na questão. Então a  história não teve um final feliz. Duas malas cheias de roupas e sapatos. E morar na Kombi... Deu-se mal nosso santo. Falo do santo, mas não digo o nome. Nem o apelido!


Euclides Riquetti
16-05-2013

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

Esperando você passar!

 



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Fico esperando você passar
Seus pés marcando-se na areia
Molhando-se na água do mar
Inspiradora musa qual sereia
E eu, aqui, esperando você voltar...

Fico rezando pra que volte logo
E espalhe pelo vento seu perfume
Você é o jogo que eu mais jogo
Na noite escura é o vagalume
Por você não sei se canto ou choro!

E, na minha breguice mulamba
Vou escrevendo este poema novo
Pra reordenar a minha mente bamba
Pra que eu não me torne um louco
E possa navegar em onda branda.

Penso em você e olho pras galés
Que flutuam segurando os sonhos
Meu coração já não suporta um revés
Nem comportamentos medonhos
Apenas quer você, quer muito, quer!

Euclides Riquetti

Devaneios

 


 







                           I

A maciez de tua mão
O ímpeto de meu abraço
Meu peito em teu coração
Em desejo por ti me faço
É uma centelha de paixão
Somos dois no mesmo espaço.

Navegando em pensamentos
Por ti componho um canto  terno
E aglutinando elementos
Havendo verão, havendo  inverno
Exaltarei meus sentimentos
Descreverei  meu sonho eterno!
             
                      II

E, quando o ciclo de tuas mãos se cumprir
Voltando à  maciez depois da  aspereza
E meu coração estiver de novo te a pedir
Para que volte e me traga  a tua beleza
Rezarei para que venhas com teu suave sorrir
Pois a centelha de minha paixão continuará acesa.
E, se meus pensamentos se confundirem
Ou minha voz cansada cessar de cantar
Ou meus olhos tristes já não mais se abrirem
Quererei apenas teu rosto acariciar
Para fazerem nossos corações sentirem
Que eu fiquei sempre aqui a te esperar...

Euclides Riquetti