A semana tem sido cruel para os brasileiros. E perversa com Santa Catarina. Pessoas estão morrendo por causa da Covid 19, uma doença pandêmica que atingiu, agrssivamente e letalmente, todos os continentes do planeta. No Brasil, a cada dia um novo recorde em perdas de vidas e em propagação do novo coronavírus. A nova onda, que chegou em Manaus há um mês, agora assola os catarinenses, em especial os moradores do Oeste Catarinense, mais precisamente Chapecó e Xanverê. Hospitais em colapso, sem vagas para UTIs, enfermarias de ala covid lotadas, pessoas morrendo, muita gente sofrendo.
O quadro em Santa Catarina mostra que a região Oeste (Chapecó), Litoral (Florianópolis), e Meio Oeste (aqui de Joaçaba), são as onde ocorrem os maiores índices de contágio, com o colapso do sistema hospitalar. Nas cidades de minhas relações (Capinzal, Ouro, Zortéa - Joaçaba, Herval d Oeste, Luzerna) muitos casos ativos, o número crescendo em vez de diminuirem. A vacinação inicia-se hoje para os idosos acima de 80 anos. Ontem perdi duas pessoas de estreita relação: Edilo Antônio Wagner, morador a uma quadra de minha casa, no Nossa Senhora de Lurdes, em Joaçaba; e Itacir Baretta, meu primo-irmão, morador da Vila São José, em Ouro.
O Wagner era proprietário de um bar, onde trabalhava durante todo o dia, inclusive nos fins de semana. Há cerca de um mês, estava fechado, e as notícias que nos chegavam não eram animadoras. falavam em 50% de chances de recuéração, mas as esperanças eram bem menores. A gente costumava conversar na rua, era prestativo, saía a caminhar por recomendação médica. Um cidadão do bem, que muito trabalhava para dar tudo o que sua família precisasse.Uma lamentável perda!
O Itacir, em abril de 2018, esteve à beira de perder a vida, mas com um atendimento de excelência, em Chapecó, deu a volta por cima. Agora, até uma semana atrás, andava na cidade, em Ouro, onde foi visto pelo meu urmão Hiroito, que, inclusive, brincou com ele. Agora, de uma hora para outra, perdeu a vida...
O Itacir foi nosso colaborador na Prefeitura de Ouro, onde entrou há 40 anos, como motorista de caminhão caçamba. Também, na década de 1980, comandava as reformas e construções de ponte de madeira nos rios em Ouro. Na juventude, era atleta, zagueiro do Esporte Clube Juvenil, em Linha Bonita, Ouro, e jogavam em campo na propriedade de Arturo Viganó. Formava dupla com seu irmão Valdir, de saudosa memória. Eram fortes e vigorosos. Filho de Valentim Baretta, primo de meu avõ Victório Baretta, e Marietina Richetti (Riquetti), irmã de meu pai. O casal Valentin e Marietina teve os filhos Aurora (casada com Antônio Casara, ambos in memorian); Rozimbo (in memorian ), casado com Iês Pierina Morosini; Valdir, casado com uma Luvison; Itacir, casado com Maria Rech; Iracema, casada com Jovelino Tonial; Iria, casada com Diversino Casara (in memoriam); Iraci, casada com Guido Dorigon (moram em Toledo- PR). Olívia, casada com um Rosa), que mora em Linha Dambrós; Adelir, casado com Elba Andrioni; Dircema, casada com Damião.
Estive na casa do Itacir e da Maria duas vezes, para a entrega dos convites para o lançamento dos meus livros, em 2018 e 2020. na primeira, estava internado em Concórdia. na outra, haviam saído para a cidade. Mas encontrei-o, depoism na rua e ele estava muito bem.
Agora, resta-nos rezar para que tenha a almejada felicidade eterna, e saúde para a Maria. E que seus filhos possam se restabelecer em razão da sentida dor da perda de seu querido pai. O mesmo vale para todos os familiares do Wagner. Que Deus os proteja e abençoe!
Euclides Riquetti
05-03-2021