sábado, 28 de dezembro de 2013
Pós-Natal em Erechim
Fui passar meu Pós-Natal em Erechim. 150 Km de Joaçaba, indo por Capinzal/Piratuba. Umas estradas muito sinuosas, o extremo calor da quinta-feira. Objetivo: Buscar as origens de uma pessoa de 83 anos, bonita e elegante. Sobre isso vou escrever nos próximos dias.
Erechim sempre me surpreende. Mesmo as coisas que não mudaram por lá, como a estrutura viária da cidade. A Avenida Maurício Cardoso, cortando a área central, que, de olho, assim, julgo ter uns 30 metros de largura. Estacionamento em ambos os lados, um canteiro central que formata uma praça, com largura entre 9 e 10 metros, e as pistas duplas de rolamento para os "autos". Magnífica; As calçadas para pedestres são de um padrão que estava na mora há 30 anos atrás, aquelas em qu metade dos ladrilhos é preta e a outra metade é branca. Nos canteiros centrais, petit-pavê, lembrando Copacabana. Meu olho palpiteiro e minha mania de propor soluções para consertar o mundo diria: Colocar as guias para os deficientes visuais que não existem, recuperar a estrutura dos canteiros na Rua Alemanha, plantar muitas flores. Muitas e muitas flores. Ficaria uma cidade maravilhosa.
Uma das coisas boas que fiz por duas manhãs foi buscar uma confeitaria na área central. Descobri o "Planeta Pão", uma confeitaria e padaria na esquina da maurício Cardoso com a Joaquim Brasil Cabral. Atendimento nota 10, salgados e doces nota dez, café nota dez. E, olha, que sou muito exigente no quesito "qualidade dos locais onde comer".
Passei numa casa agropecuária e vi cabos para machado. Vou comprar um, de madeira consistente, pesada. Lá em casa foram três cabos de machado quebrados em poucos dias. Num mesmo domingo, meu filho quebrou o do meu e o do machado do vizinho, o Pedro. Comprei dois, devolvi o dele e, no domingo seguinte, quebrou o do meu. Ele só faz churrasco com lenha "da boa" e, como tem muita força, e pega no machado com vontade, acaba quebrando. Ficou muito forte, fez muitos exercícios físicos e foi bem alimentado na infância, o tourinho lá de casa. Saudades dele...
Tenho muitas coisas boas a escrever sobre Erechim e o Distrito de Capo Erê, o Campo das Pulgas. Fazendo anotações num caderno, conversando com pessoas, os parentes: Anzolin, Rosseto, Rigo, Reginato, Cavaletti, Duarte, Michelin, Campesato, Pescador, Dalla Costa, . Parentes por parte da Miriam, a Dona Patroa. A turma era grande...
Adoro Erechim, a cidade do Ipiranga, hiper industrializada, os campos cobertos de trigo no inverno e, agora, de milho e soja. E a chuva que caiu ontem, ao final do dia, mais a que, certamente, virá nas próximas tardes, vai garantir uma "safra cheia", o que é muito bom para a economia da região e do país e, por conseguinte, para ´nós, sul brasileiros!
Euclides Riquetti
28-12-2013
sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
Parabéns, com muito mérito!
À meritocracia não tem sido dado o valor que se deveria dar, lamentavelmente. E, atualmente, há um aprimoramento (ou aparelhamento?...) sofisticado no ato de, legalmente, se compensar a incompetência, através de apadrinhamentos, para que alguns possam ter acesso a cargos púlicos. Através dos chamados "Cargos de Confiança", muitas pessoas são alçadas ao Poder. Não ao trabalho, simplesmente, mas ao exercício do Poder...Para depois se tornarem cabos eleitorais. São contratados porque têm "cotas de votos".
Diferente de tudo isso, Legislação brasileira já garante espaços, muitíssimo justos, a pessoas portadoras de determinadas limitações ou deficiências. Estas estão sendo contratadas através de concursos públicos e também pelas empresas privadas. E, independentemente da Lei, empregar pessoas com limitações, além de um ato muito digno, também é indicativo de que as empresas estão preocupadas com o seu caráter social. Aqui em Joaçaba, a maioria dos supermercados já emprega jovens assim, que nos atendem muito bem e com surpreendente eficiência. Gosto muito de conversar com eles, tratando-os em igualdade aos demais. E eles se tornam meus leais amigos.
O Brasil é uma dos países que segue muito bem as recomendações das convenções internacionais. Ratificou as Normas Internacionais da Convenção nº 159/83 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), e da Convenção Interramericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra as Pessoas Portadoras de Deficiências, a chamada "Convenção da Guatemala".
A limitação física, mental, sensorial ou múltipla não poderá ser impeditiva de seu acesso ao trabalho e as Convenções, devidamente ratificadas e até regulamentadas por Decretos posteriores, visa a proteger pessoas que tenham dificuldade em fazer sua inserção social.
Recentemente, aconteceram aqui em Joaçaba os PARAJASC. Atletas com deficiências estiveram participando e surpreendendo os que viram suas atuações. Buscam superar suas limitações, tornam-se vencedores, pelos seus próprios méritos. Precisam continuar a serem aplaudidos e incentivados. Contemplados com bolsas e trabalho para que possam trabalhar, estudar e competir. Converso muito com eles e sei que eles querem apenas isso.
A nós todos cabe apoiá-los, defendê-los e cobrar as autoridades que seus direitos ao trabalho, ao estudo e à mobilidade sejam garantidos!
Saudações muito especiais neste Fim de Ano a todos os que conquistam seu espeço pelos próprios méritos!
Euclides Riquetti
27-12-2013
Diferente de tudo isso, Legislação brasileira já garante espaços, muitíssimo justos, a pessoas portadoras de determinadas limitações ou deficiências. Estas estão sendo contratadas através de concursos públicos e também pelas empresas privadas. E, independentemente da Lei, empregar pessoas com limitações, além de um ato muito digno, também é indicativo de que as empresas estão preocupadas com o seu caráter social. Aqui em Joaçaba, a maioria dos supermercados já emprega jovens assim, que nos atendem muito bem e com surpreendente eficiência. Gosto muito de conversar com eles, tratando-os em igualdade aos demais. E eles se tornam meus leais amigos.
O Brasil é uma dos países que segue muito bem as recomendações das convenções internacionais. Ratificou as Normas Internacionais da Convenção nº 159/83 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), e da Convenção Interramericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra as Pessoas Portadoras de Deficiências, a chamada "Convenção da Guatemala".
A limitação física, mental, sensorial ou múltipla não poderá ser impeditiva de seu acesso ao trabalho e as Convenções, devidamente ratificadas e até regulamentadas por Decretos posteriores, visa a proteger pessoas que tenham dificuldade em fazer sua inserção social.
Recentemente, aconteceram aqui em Joaçaba os PARAJASC. Atletas com deficiências estiveram participando e surpreendendo os que viram suas atuações. Buscam superar suas limitações, tornam-se vencedores, pelos seus próprios méritos. Precisam continuar a serem aplaudidos e incentivados. Contemplados com bolsas e trabalho para que possam trabalhar, estudar e competir. Converso muito com eles e sei que eles querem apenas isso.
A nós todos cabe apoiá-los, defendê-los e cobrar as autoridades que seus direitos ao trabalho, ao estudo e à mobilidade sejam garantidos!
Saudações muito especiais neste Fim de Ano a todos os que conquistam seu espeço pelos próprios méritos!
Euclides Riquetti
27-12-2013
quinta-feira, 26 de dezembro de 2013
Navegam seus olhos fundos, entristecidos
Navegam seus olhos fundos, entristecidos
Buscando no horizonte algumas respostas
Talvez buscando entender alguns desatinos
Escrevendo o poema certo nas linhas tortas.
Navegam seus olhos bonitos nas incertezas
Buscando entender os difíceis mistérios da vida
No rio que leva distante, em suas correntezas
Histórias de traumas, de lutas, confrontos e brigas.
Navegam seus olhos com medo de ver as verdades
Estradas que levam no tempo, na busca da cura
E trazem consigo lembranças e muitas saudades
Dos tempos de amor, de ilusão e aventura.
Navegam seus olhos e, ao longe, encontram os meus
Despertos na espera do encontro que tanto desejam
Que aguardam respostas que venham de dentro dos seus
Respostam que acalmem meu ser e também me protejam.
Eu olho seus olhos, seguro suas mãos e você nem me vê
Em pensamentos, desejos, pecados, pecados, desejos
Só quero sentir o perfume sutil que vem de você
E, se possível, roubar de seus lábios apenas um beijo.
Um beijo do amor sentido e não correspondido
Um beijo para não mais ser esquecido!
Um beijo meu
Um beijo seu
Nada mais!
Euclides Riquetti
26-12-2013
Buscando no horizonte algumas respostas
Talvez buscando entender alguns desatinos
Escrevendo o poema certo nas linhas tortas.
Navegam seus olhos bonitos nas incertezas
Buscando entender os difíceis mistérios da vida
No rio que leva distante, em suas correntezas
Histórias de traumas, de lutas, confrontos e brigas.
Navegam seus olhos com medo de ver as verdades
Estradas que levam no tempo, na busca da cura
E trazem consigo lembranças e muitas saudades
Dos tempos de amor, de ilusão e aventura.
Navegam seus olhos e, ao longe, encontram os meus
Despertos na espera do encontro que tanto desejam
Que aguardam respostas que venham de dentro dos seus
Respostam que acalmem meu ser e também me protejam.
Eu olho seus olhos, seguro suas mãos e você nem me vê
Em pensamentos, desejos, pecados, pecados, desejos
Só quero sentir o perfume sutil que vem de você
E, se possível, roubar de seus lábios apenas um beijo.
Um beijo do amor sentido e não correspondido
Um beijo para não mais ser esquecido!
Um beijo meu
Um beijo seu
Nada mais!
Euclides Riquetti
26-12-2013
quarta-feira, 25 de dezembro de 2013
O Natal do Amílcar
Ligou-me o Amílcar para me cumprimentar, desejando Feliz Natal para minha família. Retribuí, conversamos um pouco. Está reclamando do preço da erva-mate: "Óia, Riquetto, tenho saído pra uma entrega com o zenro aqui por Palmas, Pato Branco e no Porto. Mais num tá fácile. A reclamaçón tá muita. Non quá qualidade, que o produto aqui de General (Carneiro) é muito bom. Ma co preço, rapaiz! Imazine que aquele mesmo pacote que era de seis reais agora é de deis, onze!" Falei-lhe que por aqui a situação está igual, mas eu não abro mão de meu mate Charrua. me faz bem, dá um ânimo. Como não ligo pra cerveja, meu negócio, mesmo, é um amargo bem cevado na cuia.
Encontrei o Amílcar e a sua Nena faz menos de um mês, em Canasvieiras. Ele vai uma vez por ano passar uns dias por lá. Eu também vou com frequência e já marco quendo ele também vi que é a forma de nos encontrarmos com facilidade. Na última vez, tive que pegar no pé dele. Deu um óculos "do Paraguay" pra Nena. Ela achou bonito, usou uma manhã e, de tarde, ao colocá-lo, quebrou. Ele ficou lamentando que perdeu os quinze reais que investiu...
O Amílcar gosta de fazer uns agrados pra Nena, pra filha e até pro genro. E pra netinha também. Pra Nena, vai dar um óculos bom, daqueles de ótica, com garantia. Pra filha, uma caixinha de bom-bom Ferrero Rocher e uma saída de banho que a Nena ajudou a escolher. Para o genro, uma bomba de chimarrão, daquelas que tem um detalhe com o distintivo, em vermelho, do Internacional de Porto Alegre. Fazer o quê, o Amílcar é do Grêmio, mas agradar o genro também é preciso, pra que ele cuide bem da filha e da neta. Pra netinha, uma sacola cheia de coisas, tudo na cor rosa, que é a que ela gosta: sandálias Pinókio, Camisetas e acessórios Monster High, roupinhas da Lilica Repilica. Claro que foi tudo a Nena que escolheu e ele só "passou o cartón"! Comemos uma porção de camarão do Boka´s de Canasvieiras (Ah, que delícia! Meu primo Juvelino Riquetti, lá de Cascavel e a esposa, também costumam fazer "penitência" na Sexta-feira Santa no Boka´s). Bom que de lá até a Pousada são cinco minutos apenas e, se tomar umas caipiras, volta a pé, sem risco.
Perguntei-lhe se estava tudo bem em casa, disse que estava. Que esperava, ansiosamente, pelo Natal. Acho que vai ganhar uma bermuda da nena, de brim, não quer de Tergal. A única bronca, em casa, é que passou no Mercadinho, lá em Palmas e comprou dois potes de sorvete. Quando chegou em casa, quase apanhou da Nena. Estava tudo derretido, ficou muito tempo dentro do carro.
Maldito do jogo de sinuca, que o fez parar duas horas para uma partidinha com os amigos!
Mas, no mais, tudos nos "trinques"! Retribuo, com alegria, o Feliz natal do Amigo Amílcar, meu colega de Juventude dos tempos do Porto!
Euclides Riquetti
25-12-2013
Encontrei o Amílcar e a sua Nena faz menos de um mês, em Canasvieiras. Ele vai uma vez por ano passar uns dias por lá. Eu também vou com frequência e já marco quendo ele também vi que é a forma de nos encontrarmos com facilidade. Na última vez, tive que pegar no pé dele. Deu um óculos "do Paraguay" pra Nena. Ela achou bonito, usou uma manhã e, de tarde, ao colocá-lo, quebrou. Ele ficou lamentando que perdeu os quinze reais que investiu...
O Amílcar gosta de fazer uns agrados pra Nena, pra filha e até pro genro. E pra netinha também. Pra Nena, vai dar um óculos bom, daqueles de ótica, com garantia. Pra filha, uma caixinha de bom-bom Ferrero Rocher e uma saída de banho que a Nena ajudou a escolher. Para o genro, uma bomba de chimarrão, daquelas que tem um detalhe com o distintivo, em vermelho, do Internacional de Porto Alegre. Fazer o quê, o Amílcar é do Grêmio, mas agradar o genro também é preciso, pra que ele cuide bem da filha e da neta. Pra netinha, uma sacola cheia de coisas, tudo na cor rosa, que é a que ela gosta: sandálias Pinókio, Camisetas e acessórios Monster High, roupinhas da Lilica Repilica. Claro que foi tudo a Nena que escolheu e ele só "passou o cartón"! Comemos uma porção de camarão do Boka´s de Canasvieiras (Ah, que delícia! Meu primo Juvelino Riquetti, lá de Cascavel e a esposa, também costumam fazer "penitência" na Sexta-feira Santa no Boka´s). Bom que de lá até a Pousada são cinco minutos apenas e, se tomar umas caipiras, volta a pé, sem risco.
Perguntei-lhe se estava tudo bem em casa, disse que estava. Que esperava, ansiosamente, pelo Natal. Acho que vai ganhar uma bermuda da nena, de brim, não quer de Tergal. A única bronca, em casa, é que passou no Mercadinho, lá em Palmas e comprou dois potes de sorvete. Quando chegou em casa, quase apanhou da Nena. Estava tudo derretido, ficou muito tempo dentro do carro.
Maldito do jogo de sinuca, que o fez parar duas horas para uma partidinha com os amigos!
Mas, no mais, tudos nos "trinques"! Retribuo, com alegria, o Feliz natal do Amigo Amílcar, meu colega de Juventude dos tempos do Porto!
Euclides Riquetti
25-12-2013
terça-feira, 24 de dezembro de 2013
Meu Poema de Natal (Oh, oh, oh, oh! ...)
Chega, de novo, o Natal das Crianças
No mundo todo, o Natal de Jesus
O Natal das canções e das belas lembranças
O Natal das noites de luz.
O Natal que aguça a tua sensibilidade
O Natal do Menino envolto em mantos
Que enseja partilha e caridade
Mas tanbém saudades e copiosos prantos.
Vem o esperado Natal do presentes
Da Missa do Galo, das renas e dos trenós
No Norte o frio, no Sul as noites quentes
Natal do amor pleno ou dos corações sós...
Espero o Natal que chega amanhã
Dos docinhos, das uvas, peras e panetones
Das ceias com aves, pêssegos e maçãs
De "emotions, emoções e emociones".
Que venha, pois, o Papai Noel
Com a neve no Norte, ou aqui tropical
A pé, em trenó, ou num carrossel
Só pra te dizer: Feliz Natal!
Oh, oh, oh, oh!!!
Euclides Riquetti
24-12-2013
No mundo todo, o Natal de Jesus
O Natal das canções e das belas lembranças
O Natal das noites de luz.
O Natal que aguça a tua sensibilidade
O Natal do Menino envolto em mantos
Que enseja partilha e caridade
Mas tanbém saudades e copiosos prantos.
Vem o esperado Natal do presentes
Da Missa do Galo, das renas e dos trenós
No Norte o frio, no Sul as noites quentes
Natal do amor pleno ou dos corações sós...
Espero o Natal que chega amanhã
Dos docinhos, das uvas, peras e panetones
Das ceias com aves, pêssegos e maçãs
De "emotions, emoções e emociones".
Que venha, pois, o Papai Noel
Com a neve no Norte, ou aqui tropical
A pé, em trenó, ou num carrossel
Só pra te dizer: Feliz Natal!
Oh, oh, oh, oh!!!
Euclides Riquetti
24-12-2013
segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
Quatro anos de uma tragédia (As lembranças de Dona Noeli)
Conheci a Dona Noeli Lorenzetti Gabriel num jogo de "voleibol câmbio", na Colônia de Férias do Hotel SESC do Cacupé, em Florianópolis, na tarde do dia 07 de novembro deste ano. Estava ali, ao lado da quadra, vendo o jogo. Convidei-a a entrar no jogo, pelo nosso time. Justificou-se, disse que não estava acostumada a jogar. Era educada, demonstrava ser uma pessoa muito respeitosa e sensível. Acabou aceitando o convite e participou das brincadeiras que nos eram oferecidas pelos recreadores do SESC. No seu crachá, o nome: Noeli. As amigas a chamavam de Noila!
No dia 9, sábado, nos encontramos na fila do Restaurante, na hora do almoço. Já havíamos retirado as bagagens dos alojamentos, deveríamos voltar a Joaçaba logo depois. E, nessas ocasiões, costumamos fazer amizades com pessoas que trazem si seus segredos, suas histórias, seus dramas. E, assim, nem me lembro como, começamos a conversar, eu e a Noila, como se fôssemos amigos de longa data. Foi imediata empatia. Falamos de família, de filhos. Ela é de Concórdia, eu disse que morava em Joaçaba, então passou a me relatar sobre um filho que morara em Joaçaba quando ele tinha 22 anos, era piloto de aviões e instrutor de voo. Viera para Joaçaba para dar aulas de voo no Aeroclube.
Dona Noila falava-me com alegria do filho, com muito orgulho. Disse-me que aqui ele viera jovem e surpreendeu os Srs. Beló e Avelino Dorini Primo, pois estes não imaginavam que alguém tão jovem pudesse vir ensiná-los a pilotar aviões.
Perguntei-lhe onde ele estava e seu rosto serenou, mas sem perder o brilho do semblante de uma mãe que fala com orgulho do filho: "Meu filho morreu, foi em 23 de dezembro de 2009, no Maranhão. Ele estava pilotando um helicóptero, que caiu numa mata. Ele e o co-piloto morreram só foram achados quatro dias depois... "
Fiquei enternecido. Aquela senhora bondosa, que deixava simpatia transbordar de seu coração, falava com alegria do filho que perdera. Contou-me sobre o drama de esperar, por quatro dias, notícias sobre a localização do filho desaparecido nos céus de Carolina, uma cidade do Maranhão, para onde fora pilotar depois que foi embora de Joaçaba. E, quando a notícia veio, apenas a confirmação de que ele, Enndel Gabriel, e seu co-piloto Aloysio, havia perdido a vida, seus corpos foram encontrados carbonizados.
Imaginei o sofrimento daquela mãe, que tudo fez para que seu filho tivesse uma boa educação, apoiando-o na realização de seus sonhos. E ela me dizia que não estava triste, pois sabia que ele estava fazendo aquilo de que gostava. Disse que ele estava num grande momento da vida, muito feliz com o relacionamento que mantinha com a noiva, Daniele Leite, e com o seu trabalho. Pediu-me que quando encontrasse o Primo lhe falasse que a conhecera, perguntasse sobre a vida o Enndel Gabriel aqui em Joaçaba.
Pois tive contato com o Primo, meu amigo dos tempos de adolescência, lá de Capinzal. Encontrei-o nesta semana numa loja no centro de Joaçaba, ele mora e trabalha aqui. Disse-me que o piloto era formidável, que foi o melhor instrutor que conhecera. Que o rapaz morou no centro de Joaçaba, tinha muitos amigos por aqui. Aprendera muito sobre aviões com ele. Fez seu serviço e depois foi embora..,
Uma das coisas que muito me marcou foi o reconhecimento de Dona Noeli com relação ao pessoal aqui de Joaçaba. Disse que, mesmo depois de mais de uma década, foram lá confortar a família quando da tragédia. E reafirmava-me que, mesmo tendo perdido o filho, aos 36 anos, tinha saudades, mas estava feliz, pois sabia que ele fora um piloto feliz e realizado.
Na viagem de volta, conversamos sobre outros assuntos, sobre "viver a vida", sobre ter família, sobre gostar das pessoas, admirá-las. Pois, que este Natal seja para ela e seus familiares um belo momento, o de celebrar as lembranças boas que lhe ficaram no coração.
Abraço bem afetuoso, Noila!
Euclides Riquetti
23-12-2013
No dia 9, sábado, nos encontramos na fila do Restaurante, na hora do almoço. Já havíamos retirado as bagagens dos alojamentos, deveríamos voltar a Joaçaba logo depois. E, nessas ocasiões, costumamos fazer amizades com pessoas que trazem si seus segredos, suas histórias, seus dramas. E, assim, nem me lembro como, começamos a conversar, eu e a Noila, como se fôssemos amigos de longa data. Foi imediata empatia. Falamos de família, de filhos. Ela é de Concórdia, eu disse que morava em Joaçaba, então passou a me relatar sobre um filho que morara em Joaçaba quando ele tinha 22 anos, era piloto de aviões e instrutor de voo. Viera para Joaçaba para dar aulas de voo no Aeroclube.
Dona Noila falava-me com alegria do filho, com muito orgulho. Disse-me que aqui ele viera jovem e surpreendeu os Srs. Beló e Avelino Dorini Primo, pois estes não imaginavam que alguém tão jovem pudesse vir ensiná-los a pilotar aviões.
Perguntei-lhe onde ele estava e seu rosto serenou, mas sem perder o brilho do semblante de uma mãe que fala com orgulho do filho: "Meu filho morreu, foi em 23 de dezembro de 2009, no Maranhão. Ele estava pilotando um helicóptero, que caiu numa mata. Ele e o co-piloto morreram só foram achados quatro dias depois... "
Fiquei enternecido. Aquela senhora bondosa, que deixava simpatia transbordar de seu coração, falava com alegria do filho que perdera. Contou-me sobre o drama de esperar, por quatro dias, notícias sobre a localização do filho desaparecido nos céus de Carolina, uma cidade do Maranhão, para onde fora pilotar depois que foi embora de Joaçaba. E, quando a notícia veio, apenas a confirmação de que ele, Enndel Gabriel, e seu co-piloto Aloysio, havia perdido a vida, seus corpos foram encontrados carbonizados.
Imaginei o sofrimento daquela mãe, que tudo fez para que seu filho tivesse uma boa educação, apoiando-o na realização de seus sonhos. E ela me dizia que não estava triste, pois sabia que ele estava fazendo aquilo de que gostava. Disse que ele estava num grande momento da vida, muito feliz com o relacionamento que mantinha com a noiva, Daniele Leite, e com o seu trabalho. Pediu-me que quando encontrasse o Primo lhe falasse que a conhecera, perguntasse sobre a vida o Enndel Gabriel aqui em Joaçaba.
Pois tive contato com o Primo, meu amigo dos tempos de adolescência, lá de Capinzal. Encontrei-o nesta semana numa loja no centro de Joaçaba, ele mora e trabalha aqui. Disse-me que o piloto era formidável, que foi o melhor instrutor que conhecera. Que o rapaz morou no centro de Joaçaba, tinha muitos amigos por aqui. Aprendera muito sobre aviões com ele. Fez seu serviço e depois foi embora..,
Uma das coisas que muito me marcou foi o reconhecimento de Dona Noeli com relação ao pessoal aqui de Joaçaba. Disse que, mesmo depois de mais de uma década, foram lá confortar a família quando da tragédia. E reafirmava-me que, mesmo tendo perdido o filho, aos 36 anos, tinha saudades, mas estava feliz, pois sabia que ele fora um piloto feliz e realizado.
Na viagem de volta, conversamos sobre outros assuntos, sobre "viver a vida", sobre ter família, sobre gostar das pessoas, admirá-las. Pois, que este Natal seja para ela e seus familiares um belo momento, o de celebrar as lembranças boas que lhe ficaram no coração.
Abraço bem afetuoso, Noila!
Euclides Riquetti
23-12-2013
domingo, 22 de dezembro de 2013
Não entregue o seu coração por inteiro
Não entregue o seu coração por inteiro
Guarde pra mim um pedacinho dele
Quero ser seu fiel companheiro
Quero me alojar, esconder-me nele.
Não deixe que o maltratem em nenhum momento
Cuide-o com carinho, é seu valioso bem
Não permita que lhe venha o sofrimento
O direito de ser feliz é seu e de mais ninguém.
Defenda o direito dele de ser amado
E o seu direito de poder sonhar
O direito de amar e de ser amado.
E, que o respeitem se tiver defeito
Principalmente se este for o de "amar"
Este verbo perfeito tão imperfeito...
Euclides Riquetti
22-12-2013
Guarde pra mim um pedacinho dele
Quero ser seu fiel companheiro
Quero me alojar, esconder-me nele.
Não deixe que o maltratem em nenhum momento
Cuide-o com carinho, é seu valioso bem
Não permita que lhe venha o sofrimento
O direito de ser feliz é seu e de mais ninguém.
Defenda o direito dele de ser amado
E o seu direito de poder sonhar
O direito de amar e de ser amado.
E, que o respeitem se tiver defeito
Principalmente se este for o de "amar"
Este verbo perfeito tão imperfeito...
Euclides Riquetti
22-12-2013
Assinar:
Postagens (Atom)