sábado, 29 de abril de 2017

Num castelo azul


Imaginei-te num castelo azul
Onde bailam valsas e tangos
Onde dançam musas e anjos
No meu castelo branco e azul...

Imaginjei-te num castelo com janelas brancas
Escadarias de mármore e de granito
Que nos levavam para o infinito
Além das paredes azuis e das janelas brancas...

Imaginei-te num castelo de telhados risonhos
Arquitetados para nos cobrir na noite e proteger das chuvas
Ladeados de vinhas da mais cândida das uvas
Cobertos prateados e altos, em nosso castelo de sonhos...

Imaginei-te com teu sorriso belo e franco
Com teu olhar de menina amedrontada
Com teu corpo de mulher desejada
Com quem me perco no lençol macio e branco...

Encontrei-te e me perdi em ti e no teu corpo formoso
Encontrei-te no sonho e acordei esperançoso
De te ver de novo!

Euclides Riquetti

Parabéns, Naiana e Everton!

   



           Casam-se hoje, em Capinzal, Naiana Riqueti e Everton Gratt. O enlace matrimonial vai acontecer àas 20h e 30,   na Igreja Matriz São Paulo Apóstolo, centro daquela cidade.Naiana é filha do meu irmão Hiroito Vital Riqueti e da sua esposa Marise Fruhauf. Everton é filho de Bernardo J Gratt e Salete. Jovens bonitos e bem relacionados nas cidades de Ouro e Capinzal, fazem a festa no Centro Educacional Celso Farina.

         A sobrinha Naiana sempre  foi muito ligada à gente. Cresceu brincando com as primas Michele e Caroline, também com o Fabrício. Muito parecida com a Michele, têm até alguns hábitos em comum. Cresceu criada com muito carinho e proteção. Agora, vai ter sua própria família, mas morando no centro de Capinzal. Bom para as famílias Riquetti e Gratt, que vão continuar a tê-los por perto. Bom para eles, que vão continuar tendo apoio de ambas.

          O dia promete ser muito festivo, a festa está bem organizada, vão receber muitos amigos. E nós estaremos lá: Cride, Miriam, Michele, Daniel, Caroline, Júlia, Pena que o Fabrício e da Luana, que moram  em Maringá, não podem fazer-se presentes. Têm compromissos, mas estiveram conosco, aqui, há uma semana.

        Queremos desejar ao novo casal muitas alegrias, sucesso em tudo o que fizerem, que tenham filhos e que continuem a viver muito bem, no diálogo e entendimento com que sempre viveram. Que Deus os abeçoe e proteja sempre vocês, Naiana e Everton!

Euclides Riquetti e Família
29-04-2017

sexta-feira, 28 de abril de 2017

Vigésima Crônica do Antigamente



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          O ano da Copa de 1970 foi muito vibrante. No dia da Grande Conquista, em 21 de junho de 1970,  reunimo-nos no Bar do Valmir Pelizzaro, junto ao então Cine Glória, que antes fora dos irmãos Santini. Ali trabalhava o José Carlos Côas, o Zeca, irmão do Lourenço (Lolo), e do Carlinhos, que mora em Curitiba. o Zeca, agora, mora em União da Vitória. (Convivi com ele a partir 1972). O Bar do Cinema, como era conhecido, comportava umas mesinhas de pebolin e de mini-snooker, on de nós, menores, jogávamos com medo da Polícia e do Juiz de Menores, o José Dambrós. No sábado à noite os jovens ficavam esperando um lugar para jogar, tão concorridas eram as vagas às mesas.

          Quando o Brasil sagrou-se tricampeão, poucas famílias tinham aparelho de TV em sua casa. Cerca de quatro  anos antes, o Sr. Leonardo Goelzer empenhou-se em trazer o sinal de TV para nossa cidade. Nas eliminatórias da Copa, em 1969, já TV no Bar do Arlindo Henrique, no Bar do Canhoto, no Clube Floresta. Lembro-me bem no dia em que, em 20 de jlho de 1969, ia passando defronte à loja do Saul Parisotto, em Ouro, na sala comercial de seus sogros, Abel e Serafina, e olhando pela primeira porta vi o Neil Armstrong, comandante da nave Apollo 11,  descendo na Lua... Armostrong nos deixou na semana que terminou, aos 82 anos. (Hoje, ali, funciona  a loja RZ Parisotto).
          Só as famílias "que mais podiam" é que tinham TV em casa. Na nossa, não havia TV, nem sofá, nem geladeira... Então, a gente se acotovelava em alguns lugar, principalmente nos bares, onde pedia um cafezinho, jogava dominó e assistia TV: Telecatch Montila, ondce torcíamos pelo Ted Boy Marino e tínhamos raiva de "Jóia, o psicodélico", que era muito malvado. Ah, havia também o Verdugo, o Fatomas, e outros. E havia as noites em que a Hebe Camargo fazia seu programa de entrevistas. Meu colega, Altivir Souza, um dos "coquiarinhas", o mais jovem filho da Dona Aurélia e Seu Viriato Almeida de Souza, era meu companheiro de dominó e outros jogos, inclusive dos de azar. E ele dizia que a Hebe falava igualzinho à nossa professora, Dona Valdomira Zortéa, amável e simpática, de quem tenho as melhores lembranças. Achávamos interessante como ela pronunciava as palavras suavemente. Uma delas era "labirinto", lembro bem, em nossas aulas de Geografia...Hoje, o Altivir é tradicionalista, tens uns cavalos e uns boizinhos, aqui não muito longe de minha casa, é exímio laçador, e pratica o tiro de laço, no CTG.

           Bem, mas, como eu me reportava, para comemorar a conquista do tri, saímos em passeata (hoje fazem carreata), desde o Bar do Cinema, fomos para a Rua Ernesto Hachmann e a XV de Novembro, depois fomos para o Ouro. O Domingos Boff (Mingo), carregava uma bandeira do  Brasil. Cantamos o Hino Nacional na rua e os "Noventa milhões em ação, pra frente Brasil, do meu coração"... E era só alegria! Então, os brados cívicos ecoaram por todo o Brasil e vivíamos o "Milagre Brasileiro". O gremista Presidente Médici recebeu nossos tricampeões na Capital Federal e nós, brasileiros, continuamos a trabalhar para sobreviver, estudar para vencer.

          Tenho as melhores lembranças do ano de 1970, quando eu lavava carros no Posto Dambrós, ali em Ouro, e estava cursando Contabilidade na CNEC. E os jogadores de futebol ainda não estavam acostumados  a se reunir em rodas de pagode, nem em bailes funk, nem apareciam na TV ao lado do Michel Teló e outros. Apenas jogavam futebol. e muito bem, dando-nos muitas alegrias, honrando-nos e orgulhando-nos perante o mundo. Naquele tempo, Deus já era brasileiro!!!

Euclides Riquetti
02-09-2012

Triste...





Triste...
Porque a tristeza é melancólica
Real, não metafórica!

Triste..
Porque a tristeza existe!

Triste...
Porque mesmo a manhã ensolarada
Não foi suficiente
Para, na tarde acanhada
Ficar bem contente!

Triste...
Porque há um algo inexplicável
Que me detona, implacável
E me deixa triste
Porque você resiste...

Euclides Riquetti
28-04-2017

Feliz...


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Feliz...
Por ter amado e sido amado
Por querer e ter quem queira
Por sonhar o sonho desejado
Porque a felicidade é bem maneira!

Feliz...
Por ser rodeado de gente
Que me compreende!

Feliz...
Porque a felicidade se conquista
Com a atitude certa
Na rua turbulenta
Na manhã cinzenta
Ou na praia deserta!

Feliz...
Por ter tido você!

Euclides Riquetti
28-04-2017

Se te amar amei, amava


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Se te amar amei, te amava
Também te querer eu te queria
Enquanto verbos eu te conjugava
Tu apenas rias...

Embalar teus sonhos eu embalava
Enquanto tu dormias
E tu não me ouvias, nem escutavas
Porque não me querias...

E eu compunha poemas
Que tu não lias
E eu cuidava de teus dilemas
Mas tu não sentias...

E meus propósitos se findavam
Porque tu não sabias
Que tu rias e eu chorava
Desde aquele dia...

Mas amar-te, eu te amei deveras
Nas noites escuras e nos dias
Chorei invernos, verões e primaveras
Chorei versos, chorei melodias!

Euclides Riquetti
28-04-2017






Preserve seus amigos verdadeiros





Preserve seus amigos verdadeiros
Aqueles que lhe querem sempre bem
Os que se mostram leais companheiros
Cuide bem deles se você os tem.

Não pretenda ser o centro do universo
Não pense que só você tem problemas
Pois estes podem bem ser reversos
Tão fácil como escrever um poema.

Busque valorizar quem reza por você
Lute contra o desânimo e o marasmo
Boa amizade a gente tem que perceber

Procure  lutar para ter êxito na vida
Esforce-se, lute, com muito entusiasmo
Agradeça a Deus por ter casa e comida!

Euclides Riquetti
28-04-2017



quinta-feira, 27 de abril de 2017

Quando, de novo, o sol brilhar






Quando, de novo, o belo sol nos voltar a brilhar
E pudermos ouvir o coro dos canários e pardais
Quando o doce canto das gaivotas nos acordar
Como nas manhãs de que não esquecerei jamais
E Deus, com suas Divinas Mãos nos abençoar
Entenderei que o pouco é melhor que nada mais!

Talvez nosso desejo de possuir nos torne exigentes
Desperte em nós a vontade do mais ter e do querer
Renunciar a bens preciosos nos deixa descontentes
Quando nos acostumamos a ganhar é difícil perder
E não haverá nada que nos possa deixar contentes
Se não abrirmos mãos de nossa vontade de vencer!

E, quando chegamos ao ponto de sentir pena e dor
De nos martirizarmos por causa de vãs desilusões
É porque dentro de nós ainda existe muito amor.
Mas, quando aprendermos a dominar as emoções
E buscarmos um mundo de beleza e de muita cor
Poderemos brindar à alegria e paz nos corações!

Euclides Riquetti
02-01-2016

Corrupção: um mar de lama!






       A corrupção é um mal muito nocivo para os povos. Tem histórico milenar no mundo. No Brasil, sempre se tratou dela com pouca importância. Costumava-se a atribuir os casos que vinham a público como “intriga da oposição”. Mas agora, com todas as evidências e os fatos divulgados nos meios de comunicação, a população sabe que ela realmente se consolidou, vindo de há muito tempo, porém  escrachada no presente milênio. E, com muita ousadia,  a partir dos Governos de Lula, Dilma e, por extensão, de Michel Temer.
       Vou ater-me em poucos exemplos, mas de significativa importância para o entendimento de como a corrupção pode se universalizar: “Numa empresa, os caminhões são escalados para prestarem os fretamentos de acordo com a apresentação dos veículos “na fila” do local de expedição de mercadorias. O primeiro que retorna de uma viagem de entrega, fica na frente da fila. Depois, os demais vão-se enfileirando conforme a sua ordem de chegada. Assim, há uma forma justa e igualitária, por que não dizer democrática, de se concederem os fretes”.  Parece verdadeiro e justo, mas nem sempre o é. Senão vejamos:
       Uma vez, há duas décadas pelo menos, um caminhoneiro me dizia que, na empresa onde carregava, quem “molhava” a mão do encarregado da expedição, pegava os melhores fretes. Perguntei como o cara poderia beneficiar uns e prejudicar outros e ele me falou que o favorecimento ocorria na hora da emissão das notas e autorização para as cargas. Então, para os amigos, os fretes melhores, considerando as estradas, os locais de entrega e a possibilidade de receber à vista ou não os valores correspondentes ao serviço prestado. Tem lógica? Tem, sim senhor! Para os outros, as estradas piores, as entregas em lugares inóspitos, o risco de voltar sem receber os valores pelo transporte.
       Claro que nos tempos atuais as empresas têm muito mais condições de monitorar isso, mas, depois de tanta notícia doida, duvidar de quê? Você, leitor, deve ter visto, em sua vida, muitas formas de as pessoas se corromperem por pouco ou nada.
       Mas, o grande e grave assunto relativo à corrupção, no Brasil, teve seu ápice na semana passada, com a divulgação de parte dos textos das delações dos integrantes do Grupo Odebrecht. Coisas que podem mudar os rumos da política, inclusive em nosso estado. Os brasileiros já não conseguem discernir as diferenças de valores, o que é muito, e o que é pouco. Mas a Odebrecht, sozinha, distribuiu mais de dez bilhões de reais em “ajudas” a políticos, por diversos meios. Para os políticos catarinenses, pouco mais de vinte milhões de reais. Uma prefeitura conseguiria fazer umas 400 casinhas para quem não tem, com o que veio para nossos conterrâneos. E, com o dez bilhões, 200.000 casinhas de R$ 50.000,00 cada. Isso com o que a Odebrecht pagou.  E, com tudo o que foi movimentado por outras empresas? Se começarmos a fazer muitas contas, vamos nos atrapalhar. Melhor deixar por conta do leitor, que precisa cuidar-se para não afogar-se no mar de lama que se instalou em nosso território político brasileiro. E cuidemos de cobrar para que a justiça seja feita com os infratores .
Euclides Riquetti – Escritor –
Membro da ALB/SC

Meu texto no Jornal Cidadela, de Joaçaba, em 21-04-2017

Onde está a perfeição?

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Estaria a perfeição na forma da obra do escultor
Ou na premonição dramática do velho profeta?
Estaria ela na arte sacra ou no desenho do pintor
Ou no soneto alexandrino de um pobre poeta?

Estaria a perfeição na grácil destreza da ginasta
Ou nos movimentos harmoniosos da bailarina?
Estaria ela no cometa que vem e logo se afasta
Ou no luar prateado que os namorados ilumina?

Estaria a perfeição nas águas límpidas da fonte
Os nos raios de sol que douram a sua pele macia?
Estaria ela na neve que decora os topos do montes
Ou na nuvem branca que nos encanta e contagia?

Direi apenas que ela está na mulher idealizada
E no rosto ingênuo da criança que eu vejo em ti
Está na musa sedutora, no rosto da bela amada
Está naquela por quem meu coração sorri!

Euclides Riquetti

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Décima Nona Crônica do Antigamente (1970 - personagens)

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            Em 1970  muitas transformações ocorreram em minha vida. E muitos acontecimentos marcaram-me profundamente. Era uma época em que eu vivia as incertezas sobre meu futuro e tinha qua trabalhar, arduamente,  durante todo o dia, inclusive aos sábados. E, descanso, apenas dois domingos por mês. Isso já faz tanto tempo...  A notável Sarah Michelle Gellar ainda nem havia chegado. Somente sete anos depois  é que Nova York iria conhecer uma bebezinha prodígio que, quatro anos depois iria começar a maravilhar  os americanos por suas atuações no meio artístico. E, hoje, com seus olhos belíssimos, também nos encanta nas telas dos cinemas. São dois formosos diamantes tinturados por azul, verde e cinza que nos brindam com uma nova cor: Não é cor de céu, não é cor de mar. É apenas a cor dos olhos de Sarah Michelle. Só ela os tem e só ela pode nos presentear  com seu olhar  encantador. As Michelles e Micheles, todas, têm olhos bonitos, inclusive uma que mora em meu coração...

          Como eu dizia, 1970 foi um ano marcante. O Brasil, que há 12 anos não conquistava uma Copa, conquistou, definitivamente, a Taça Julles Rimet, no México. Guadalajara, Guadalajara!!!...

          Nesta semana, um dos ícones desta conquista, integrante do grupo mais unido e que mais  se notabilizou no futebol brasileiro, nos deixou, foi morar no céu, aos 74 nos. Sim, porque o céu existe,  e pessoas como o Goleiro Félix, que, além de desportista correto, dedicado, defendeu a classe dos atletas, e deu muito de si pelos amigos e companheiros, merecem ter compensações na morada eterna.

          Aquela geração de Ouro do futebol brasileiro, que nas elimionatórias, em 1969, sob a batuta de João Saldanha, e 1970, na Copa, sob o comando de Zagalo, o "velho lobo", merece nosso reconhecimento. Do grupo, composto por Félix, Ado, Leão, Brito, Piazza, Carlos Alberto, Baldochi, Fontana, Everaldo, Joel Camargo, Zé Maria, Clodoaldo, Gerson, Rivelino, Paulo César Caju, Jairzinho, Tostão, Pelé, Roberto Miranda, Edu, e Dario (Dadá Maravilha), perdemos o Everaldo, lateral que pertencia ao Grêmio de Porto Alegre, ainda jovem. Fontana nos deixou logo depois. O Joel, vi atuar pelo Santos, mas dois ficaram muito bem fixados em minha memória: Paulo César Caju e Edu. O primeiro pertencia ao Botafogo, mas atuou também pelo Grêmio, Vasco, Fluminense, Flamengo, Paris San German e outros clubes. Edu fez sua carreira praticamente no Santos, onde  está até hoje, é cartola, dirige segmentos da base santista. Eles tinham 18 anos quando disputaram as eliminatórias e atuaram com muito bom desempenho.

          Em 1987, já tendo interrompido sua carreira profissional, vieram jogar contra um combinado do Arabutã e do Penharol, na Baixada Rubra, em Ouro. Vieram pela Seleção Paulista de Masters, em ônibus leito. Reunimos meia dúzia de carros e viemos apanhá-los em Joaçaba, na Rodoviária. Coube-me transportar o Paulo César, o Edu e o Chicão, da Portuguesa de Desportos. Além de ser uma honra muito grande para mim, foi a oportunidade de conhecer um pouco sobre a personalidade daquelas personalidades. O Edu, quieto, no banco traseiro, era monossilábico. O Chicão estava "na dele". E o Caju, no Banco da frente, contava-nos muitas belas histórias, inclusive de sua vida pessoal. Tinha aquela fama de boçal, que alguns setores da imprensa brasileira lhe rotulara, mas percebi que ele era outra pessoa, simples, educado, atencioso. estava com um agasalho Adidas bem surradinho, azul com listras brancas, e um  "boné Milton Nascimento". Queria saber como eram as pessoas, o que faziam, onde trabalhavam, se gostavam muito de futebol. E eu ia contando algumas históriasd, algumas piadas. Em Lacerdópolis, parei em frente a um bar, na  esquina, para ele cumprimentar os "italianos",queria saber como era seu sotaque, sua maneira de falar. Depois,  contou-nos que estava namorando a Leonora, irmã do Jaime, zagueiro do Flamengo, daquela famosa defesa: Raul,  Leandro, Jaime, Mozer e Júnior.  Na descida da serrinha para Santa Bárbara, tivemos que parar porque havia um cachorrinho mancando e ele quis dar um afago nele, ver se era caso grave ou não. Ao chegar no Arabutã, mostrei-lhe o Orlando Santiago, um de nossos goleiros do Veteranos do Arabutã, e ele achou que o Orlando deveria jogar, que o jogo deveria ser para "velhos" e não contra os jovens do Arabutã e Penharol.

          Mostrou-me, realmente, que a imagem que a imprensa nos passava sobre ele era falsa, era mentira que ele trocava várias vezes o calção ao dia, para mostrar-se na praia de Ipanema. Bem, quem sabe isso foi apenas coisa de quando tinha 16 anos e já era titular no Botafogo. E o Edu, com 16, titular no Santos. Agora, já estavam com 37 para 38 anos, eram "velhos", maduros. E gostavam de jogar por prazer, viajar de ônibus, andar em carros de pessoas diferentes, conversar com as pessoas, almoçar embaixo de árvores, comer churrasco na Churrascaria do Pedro Beviláqua e dormir em seu Hotel...

          É, tenho muito orgulho em dizer que  conheci, de maneira diferente do que os meios de comunicação nos passavam na época, essas personagens da história do futebol brasileiro. Gente que jogava muito, que deu muita alegria aos seus fãs, que não eram movidos pelo marketing atual, que não recebiam "direitos de imagem", apenas jogavam futebol, e muito. O resultado do jogo: 1 a 0 para o time da casa, formado por atletas de 18 a 32 anos, jogando contra senhores acima de 36.

          Boas lembranças dos anos 70, que guardo comigo e que quero dividir com você, leitor.

Euclides Riquetti
26-08-2012

Nós vamos ficar bem...








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Nós poderemos voltar  ficar bem
Se buscarmos pequenas soluções
Poderemos  resolver tudo e ir além
Se controlarmos nossas emoções.

As vidas das pessoas são sujeitas
A percalços que as atormentam
A muitos conflitos e turbulências
Às  situações que as alimentam.

Calma, muita calma é preciso
Mesmo que isso pareça impossível
Mas poderá voltar-nos o sorriso
Se acontecer-nos algo imprevisível.

Diálogo, coração muito aberto
Franqueza e muita determinação
A solução pode estar muito perto
Desde que abrandemos o coração!

Apenas isso!

Euclides Riquetti
03-01-2015

terça-feira, 25 de abril de 2017

Previdência Social: Vão fazer merda com os brasileiros!

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          O Governo Brasileiro vai fazer merda com os brasileiros. E o Congresso Nacional, desmoralizado e corrupto, vai decidir sobre a vida dos brasileiros. Aqui as coisas funcionam assim. Políticos irresponsáveis, quebraram o Brasil, e agora os trabalhadores vão pagar a conta.

         Os economistas estão "fechados em copas' com o Governo Temer, afundado em denúncias de corrupção, e a maioria dos jornalistas está repetindo o discurso governista. Dá-nos nojo ouvi-los falar... Vou repetir o que já escrevi: Câmara e Senado não têm moral para votar nada. deveriam cuidar de sua própria pele e deixar para que tudo fosse votado por um Congresso novo, a partir de 2019.

        Ficar dizendo que a Previdência Social está quebrada e esconder a verdade é uma falácia. Já dizia um economista ortodoxo que as  aposentadorias deverias ser financiadas pelas riquezas geradas pelo trabalho e não apenas pelos salários dos que trabalham. Bem, aqui no Brasil, quem trabalha paga o pato. Quem "cuida" de quem trabalha, tira do trabalhador...

         E nós vamos ver policiais velhinhos correrem dos bandidos...professores se ferrando na sala de aula, com os braços doendo de tanto escrever nos quadros, operários fazendo esforço físico mais do que seu corpo per mite e... políticos dando risadas, fazendo discursos bonitos, (mas desprovidos de argumentos e fundamentos), e nos roubando.

          Agora, me processem, me chamem de chato  (mas não me chamem de ignorante!), diga que estou co inveja deles, etc. etc... mas faça sua parte, grite, esperneie, cobre de seu deputado e senador, lembre que a vida deles está mansa e garantida... e que você,  velhinho, tem vergonha de fazer parte daqueles 64% de trabalhadores que estão aposentados com o salário mínimo, que Temer usa como argumento para dizer que são apenas 36% os que reclamam. Pois me incluo nos 36%, reclamo, esperneio, falo, escrevo, mas não me omito.

          Reclamo, se saírem às ruas saio junto. E, aqueles comentaristas que dizem bobagens na televisão, pode levar eles para sua casa e ficar com eles, se quiser. Mas não se omita! O tempo vai passar, o mundo não é bem do jeito que eles estão propagando!

Faço minha parte, faça a sua também. E não aceitem que digam que a previdência quebrou porque aposentaram colonos sem que contribuíssem. isso é mentira: eles pagaram Funrural de montão, mudaram o nome do imposto e querem continuar a ludibriar os brasileiros...

Euclides Riquetti
25-04-2017

Sou apenas o verso...



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Imagino ser, na madrugada, a estrela da vastidão infinita
Ser apenas o verso tímido que teimas em não escrever
Ser uma folha de papel branco que espera pela tua escrita
Ser  a resposta à pergunta que fiz e não queres responder.

Imagino ser uma das árvores tristes da imensa floresta
Que apenas contempla o alegre passaredo em revoada
Que vai de galho em galho comemorar, em grande festa
Que se harmoniza em orquestra na manhã abençoada.

Imagino que bem que poderias me dar um breve aceno
Dizer-me: estou aqui, estou esperando-te com saudade
Dizer-me: espero sempre por ti e por tua doce amizade...

Imagino poder pegar em tuas mãos e dizer bem sereno:
Segura meu coração que eu também quero segurar o teu
Dá-me todo o teu amor, pois quero que seja somente meu!

Euclides Riquetti
25-04-2017


Um novo tempo, a bela vida



Buscar um novo tempo, viver a bela vida
Sem traumas, sem tropeços, com alegria
Rejeitar os infortúnios e toda a dor sentida
Sorver, deliciosamente,  o sol do novo dia.

Buscar a paz pra nossa alma, buscar o alento
Jogar para o alto a tristeza, a dor que angustia
Viver intensamente em cada bom momento
Livrar-se de tudo que nos preocupa em cada dia.

Dar lugar apenas àqueles que já mostraram
Que são nossos amigos, amigos verdadeiros
Não se esquecer daqueles que nos amaram
Daqueles que já foram leais e companheiros.

Dar vida à vida dos que nos estendem a mão
Olhar com olhos justos os seres que merecem
Nunca rejeitar quem sabe amar de coração
Viver a alegria sem as dores que entristecem!

Euclides Riquetti
04-01-2016

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Cineasta Rogério Sganzerla: um joaçabense brasileiro

Participamos, nesta noite, de um evento no teatro Alfredo Sigwalt, aqui em Joaçaba, em que assistimos ao filme "O Bandido da Luz Vermelha", do joaçabense Rogério Sganzerla. Então, aqui reproduzo matéria que escrevi em 2012: 

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 Rogério Sganzerla, cineasta

          O Curso de Comunicação  da Unoesc de Joaçaba promoveu, nesta segunda, 04-06-2012, mais uma "Noite da Pipoca", em que teve no seu clímax a apresentação do filme produzido e dirigido pela atriz Helena Ignez (que esteve presente no auditório Afonso Dresch), "Luz nas Trevas - A Revolda da Luz Vermelha".
          O evento teve como escopo enfocar o próprio Rogério Esganzerla, cineasta nascido em Joaçaba, sagitariano de 26 de novembro de 1946, ( e falecido em 2004), a apresentação do filme dirigido pela atriz  Helena Ignez, que fora sua musa em toda a sua vida e ex do não menos renomado Glauber Rocha. No mais famoso filme de Sganzerla,  "O Bandido da Luz Vermelha", de 1968, quando ele tinha apenas 22 anos, estrelaram, dentre outros, Paulo Villaça, Renato Consorte, Sônia Braga, Ítala Nandi, Sérgio mamberti e ela, sua musa Helena Ignez". O filme foi um sucesso na época, quando o jovem cineasta joaçabense, após 4 anos escrevendo sobre cinema no jornal O Estado de São Paulo, assumiu sua verdadeira vocação: a de dirigir filmes.

          Honrosamente, acompanhei a vida de Sganzerla desde 1966, quando eu lia alguma coisa sobre ele no Jornal O Vale, que era produzido em Videira e circulava também em Capinzal e Ouro. Ainda, ouvia as polêmicas sobre ele nas Rádios Herval  D´Oeste e Sociedade Catarinense, de Joaçaba.

          Como todo o jovem contestador, uma declaração de arroubo do cineasta, quando devia  ter cerca de 20 anos, causou a maior polêmica em sua cidade natal: teria dito que Joaçaba era o "ânus (mas usando aquela outra palavra horrorosa, de uma sílaba que a substitui), do mundo". Ser o "ânus do mundo" era um qualificativo horrível, e a classe política de Joaçaba se mobilizou, a Câmara Municipal de Vereadores queria que fosse considerada "persona non grata" de Joaçaba (não sei se conseguiram, mas ainda descobrirei bem isso...). Bem, isso o promoveu ainda mais, pois sendo bem conhecido no eixo Rio-São Paulo, por aqui era apenas o filho do comerciante Albino Sganzerla e de Dona Zenaide, uma senhora simpática que aqui vive. Aliás, conversei algumas vezes com o seu irmão, Angelo Clemente Sganzerla, que produziu o filme "Aos Espanhóis Conphinantes", e que me confessou que seu sonho é filmar "A Guerra do Contestado", que era um sonho do Rogério e do falecido ex-Governador/Senador Vilson Pedro  Kleinubing, que queriam o Anthony Queen com ator principal, vivendo a personagem Monje João Maria. E ainda restam aí sua irmã e o irmão,  Albininho, bem como a mãe. O pai, Albino, virou nome da Rua que passa ao lado de minha casa,  em Joaçaba...

          Mas, voltando ao cinema, Helena Ignez veio apresentar o filme cujo roteiro ganhou de presente do marido, quando ele estava doente, com um tumor no cérebro, e só agora  foi possível colocá-lo no mercado brasileiro. A filha de Ignez e Rogério, Djin Sganzerla, contracena com seu marido, o ator André Guerreiro Lopes, e a fita está rodando no Rio e em São Paulo, sendo que em poucos dias deverá estar nas salas de cinema dos shopping-centers do Brasil.

          Ah, para lembrar aos amigos leitores,  o diretor Rogério Sganzerla (que chegou a correr automobilismo em Interlagos), foi marcante na geração pop brasileira dos anos 60. Produziu, mais adiante "O Signo do Caos" e quase duas dezenas de filmes. Veja parte da letra da música que foi o maior sucesso da cantora Gal Costa, gravada em 1969, em que ele é mencionado, juntamente com as feras da "Jovem Guarda" brasileira:

"Meu nome é Gal, tenho 24 anos
Nasci na Barra Avenida, Bahia
Todo dia eu sonho alguém pra mim
Acredito em Deus, gosto de baile, cinema
Admiro Caetano, Gil, Roberto, Erasmo, Macalé
Paulinho da Viola, Lanny, ROGÉRIO SGANZERLA,
Jorge Ben, Rogério Duprat, Wally,
Dircinho, Nando
E o pessoal da pesada.
E seu um dia em tiver alguém com bastante amor pra me dar
Não precisa sobrenome
Pois é o amor que faz o homem"

Rogério foi um de meus ídolos de juventude.

Euclides Riquetti
05-06-2012

Zortéa - tempos que não voltam mais


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Cachoeira do Itaimbé, em Zortéa. Terra de muitos encantos...

          Uma parte de minha vida, do início de 1977 ao final 1979, morei no Distrito de Zortéa, que pertencia ao município de Capos Novos. Lá eu convivia com três segmentos sociais distintos: Havia os professores e alunos da Escola Básica Major Cipriano Rodrigues Almeida; meus colegas de escritório da Zortéa Brancher S/A - Compensados e esquadrias;  e a turma do futebol, que atuava numa quadra de esportes com piso de cimento e no campo gramado do Grêmio Esportivo Lírio.

          Na condição de professor, eu atuava pela manhã e noite e, à tarde, no Departamento Financeiro da empresa, na função de controlar os débitos para com fornecedores e redigir correspondências. Traduzia as que chegavam do exterior e vertia para o Inglês  as que eram enviadas para o Reino Unido, Argentina, Haiti, Iraque, Arábia Saudita, dentre outros. E ainda emitia faturas pro-forma para a venda de compensados nas exportações. Foi uma época em que muito aprendi e muito me diverti. As pessoas, lá, eram muito felizes.

          Em 1978 a comunidade católica recebeu os Padres Missionários, com quem fizemos muita amizade. Havia o Padre Mantovani, que chamávamos de Gringo, era natural de Lacerdópolis, muito carismático, conseguiu envolver, com seus colegas, a comunidade local para a religião, para a busca do bem. E o envolvimento vinha com a escola, a família, a comunidade, e até a empresa, que realizava turnos de trabalho diferenciados de forma que os empregados pudessem participar das Missões.

          Bem, acabei envolvido de tal maneira que me tornei celebrante de cultos religiosos. Fiz isso durante dois anos. Mas, paralelamente, jogava minha bolinha, treinando nos finais de tarde e jogando aos sábados e domingos, preferencialmente futebol de campo. E, aí, me vem uma  história que me faz  rir:

         Marcamos um jogo  dos professores e maridos das professoras contra os alunos, para um domingo de manhã, às 10 horas. E, naquele domingo, era minha vez de celebrar o culto. Cheguei cedo à Capela, deixei meu fusca branco,  novinho,  estacionado "em ponto de bala" na estradinha ao lado dela, com meu kichutte na bolsa. Tão logo terminasse o culto, eu iria para o campo jogar.

          Fiz minha parte na celebração e quando eram nove e quarenta anunciei o canto final. E, enquanto cantavam, saí, liguei o fusca e desci para o campo. Jogamos alegremente, numa boa.

          Na segunda-feira, bem cedo, o amigo Darci Zílio, que era Ministro da Ecaristia, procurou-me: " O que aconteceu que você não deu a bênção final e saiu de  fuque,  sem terminar o culto?" Argumentei que eu acabara o culto, anunciara o canto e saíra para o jogo.

          O Darci me cai na gargalhada: "Seu maluco, você esqueceu de dar a bênção final!"  Todos ficaram um bom tempo esperando. Achavam que você tinha se sentido mal e saído às pressas. Como você não voltou,  eu mesmo dei a bênção!" Que vergonha!...

          Bem, há poucos instantes eu soube, pelo seu filho, Vanderley, via facebook, que o Darci já morreu há 8 anos...

          É, fiquei devendo uma pro amigo Zílio, que me ajudou naquela. Agora, é rezar um pouco pra que ele tenha a recompensa, lá em cima, por tudo o que sempre fez pelos amigos e comunidade de Zortéa.

Euclide Riquetti
20-11-2012

Nunca deixe um amor morrer... (um amor de verdade!)


Nunca deixe um amor morrer
Nem tire da flor a sua candura
Procure sempre compreender
Laços de carinho e de ternura.

Nunca mate uma esperança
Nem feche as portas já abertas
Nunca troque a boa lembrança
Por estradas rudes e incertas.

Não abandone jamais a razão
E nem renuncie à realidade
Os problemas do seu coração
Precisam de afeto de verdade.

Haverá sempre um horizonte
Um céu azul, um sol brilhante
Alguém que sempre lhe aponte
Um caminho nunca distante.

A vida não precisará seguir
Uma lógica certa e definitiva
Quererei de você sempre ouvir
Palavras de amor e de vida!

Euclides Riquetti
04-01-2016

domingo, 23 de abril de 2017

O IV Encontro da Família Richetti em Capinzal

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          Os descendentes de Pachoale Richetti, meu bisavô, reuniram-se em Capinzal, SC, nos dias 21 e 22 de abril de 2017, sexta-feira e sábado. Imagino que havia cerca de 300 pessoas no local do evento entre participantes e colaboradores.Na noite de sexta, uma agnholinada, no Centro Educacional Celso Farina. No sábado, atividades culturais e confraternização, no mesmo local. Por volta de 9 horas, foi realizada a solenidade de abertura, dirigida pelo Marlo Matielo. A equipe responsável pelo evento foi capitaneada pelo coordenador Maico Riqueti,  pela Tânia Richetti, e pela Denize Costenaro Riquetti.

          No ato solene, a cidade de Capinzal esteve representada oficialmente pelo Prefeito Nilvo Dorini, que deus boas vindas aos visitantes.  Paraí, pelo seu Prefeito Oscar Dal ´Agnol, que faz parte da família, e pela vereadora Catiane  Richetti Trevizan, Presidente da Câmara Muncipal daquela cidade. De São Jorge, RS, o vereador Clóvis Richetti, cidade que sediará o V Encontro, em 2019.

          Destacamos, quando da abertura da festa, um vídeo em que é entrevistado meu tio Victório Richetti, filho de Frederico, único neto do imigrante Paschoale remanescente. está com 90 anos e tem uma memória de nos causar inveja. relatou sobre a vinda de Pachoale e a esposa maria Margherita Corona, da Itália, em 1977, quando chegaram a Caxias do Sul. Depois, alguns fatos engraçados, sobre os quais ainda me referirei.

          Tivemos a celebração de Santa Missa na Matriz São Paulo Apóstolo, com o Padre Virgilino Richetti auxiliando o padre local. O comentário da missa foi realizado pela prima Elba Andrioni Baretta, nora de Maria (Marietina), filha de Frederico, e por outras descendentes. Uma celebração simples, com participação de familiares no momento do ofertório. o Coral Píccola Itália Del Oro, do qual fazem parte alguns dos descendentes dos Richetti, fez a entoação dos cantos, com conotação religiosa e cultural.

         Durante todo o dia, revimos parentes que não víamos desde os encontros anteriores, e alguns já de longa data.  A Richettada é muito divertida e vai ficar como marcante em nossa memória.

          Almoço no Centro Educacional Celso Farina, com a presença de Richettis e Riquettis de diversos estados brasileiros e do Paraguai. Depois, apresentações artístico-culturais pelo Píccola Itália, muito aplaudidas, e show dançante com o Jurandi Riquetti, de Lacerdópolis, filho do tio César e da Rosina (que chamavam de Rosalina ou Rosalinda), e um parceiro dele.

        Escolhida a cidade de São Jorge para a edição da próxima festa, as pessoas começaram a retornar para suas cidades de origem.

          Abraços em todos os que atuaram para que os participantes pudessem ter conforto, bem-estar, boa comida e muita alegria no evento.

Euclides Riquetti
23-04-2017



         




Como a luz de um farol (inspiradora musa...)

Mulher ao Sol.png


Como a luz de um farol
Você brilha
No domingo de sol
Você brilha!

Também brilha na noite
Com sua roupa platinada
E, na madrugada
Brilha intensamente!

Como a luz de um farol
Você brilha
No domingo de sol
Você brilha!


Como um raio de luz
Você me seduz
E eu me encanto
Com seu sonho santo!

Como a luz de um farol
Você brilha
No domingo de sol
Você brilha!

E o seu brilho dourado
Que na noite é prateado
Torna você minha musa
Inspiradora musa!

Euclides Riquetti
23-04-2017


Décima Oitava Crônica do Antigamente

Estação de trem na antiga Rio Capinzal

          Já me referi, anteriormente, aos périplos de meu pai, Guerino, no final da  década de 30 e início da de 40 do Século Passado, em São Paulo, depois de ter fugido do Seminário São Camilo, onde era noviço e cursava Filosofia, já usando batina.

          Bem, como relatei, um mascate português prometeu-lhe que, se reunisse algum dinheiro, o traria de volta a Santa Catarina, ao Distrito de Ouro, em Linha Bonita, onde seus pais deveriam estar residindo. Conseguido o dinheiro para a viagem, vieram de trem, pela Rede Viação Paraná Santa Catarina, atravessaram o Rio do Peixe em balsa existente na Estação Avaí, 10 Km ao Sul da Estação  Rio Capinzal. Foram a pé, carregando suas malas, retangulares, duas para cada um. Atravessaram o Passo do Rio do Peixe, passando pelas propriedades dos Teixeira Andrade, de Victório Baretta (que mais tarde se tornou meu avô), Serafim Baretta, Ambrósio Baretta, Francisco Zanini, Constantino Bressan, Abramo Colombo, Joaquim Casara, Angelim Baretta, Elias Baretta e, finalmente chegaram à de Frederico Richetti, seu pai, depois  meu avô paterno. As pessoas olhavam curiosas para aquele mascate e o rapaz, que parecia conhecido, um moço de olhos castanhos esverdeados, magro, alto, de caminhar firme, gestos elegantes. Algumas informações buscadas com pessoas que encontrava, das quais nem mais lembrava direito, e os locais não se atreviam a perguntar-lhe quem era, embora imaginassem ser  Guerino, o seminarista.

          E então, 11 anos depois de ter saído de casa, chegam ao portão da propriedade cercada de taipas capichosamente feitas com pedras irregulares manualmente assentadas e alinhadas, que seguiam pelo plano próximo ao riacho e se estendiam morro acima, perdendo-se por entre as árvores verdes de um capão ao alto, onde os animais costumavam franquear-se, fazendo inveja aos mortais que tinham que trabalhar de sol a sol. O portão de madeiras falquejadas, com ferragens malhadas numa  ferraria colonial da Coxilha Seca, foi transposto com expectativa, com os olhos do jovem buscando descobrir algum familiar, possivelmente Dona Genoveva Píccolli Richetti, a mãe. Após uns 150 metros caminhados,  foi possível visualizar sua mãe, magra, rosto  sofrido, olhos fundos, meigos,  lenço amarrado na cabeça, protegendo os cabelos castanhos. Foi de muita  emoção o encontro dos dois: o abraço, as lágrimas de alegria, " l´era lo figlio perduto que a casa ritorneva". Alegria incontida,  a "corneta" berrando para atrair para casa o pai e os irmãos que estavam na roça, os gritos de alegria ecoando pelo vale e chamando a atenção da vizinhança.

          A "Mama Genoeffa", que era a pronúncia italiana para Genoveva, mal pode acreditar que o filho  retornara, pois quando este  figiu do seminário e dele não mais teve notícias, julgava que estivesse ido para a Itália, na Força Expedicionária Brasileira, e que lá tivesse perecido. Uma vez lera uma reportagem  n´O Correio Riograndense, jornal que ainda hoje circula no meio rural, editado em Caxias do Sul, sobre um "figlio perduto", em que uma  mãe chorava sua perda na Guerra. Ela pensara que o mesmo havia se sucedido com seu Guerino.

          Foi uma semana de festa na propriedade, lá onde hoje mora o primo Nelson Baretta, irmão do Chascove. Ninguém trabalhou naqueles dias, apenas tiravam o leite das vacas e alimentavam os animais. Abateram-se porcos, ovelhas e até bois. A comunidade foi convidada a festejar a volta do filho. Muito vinho e muita gasosa. Dizem que por lá esteve uma filha do Victório Baretta, comerciante, de olhos bem verdes, bonita, dois anos mais jovem do que ele, e que foi "amor à primeira vista". Foi, sim, minha mãe, Dorvalina, casou-se com ele um ano depois, e tiveram seis filhos, sendo eu o segundo deles. Ah, posso parodiar um renomado escritor e dizer: "fui fruto de uma maretada  que um  noviço deu no dedão do pé de um colega de seminário"...  Ainda bem!

Euclides Riquetti
19-06-2012

Me dê um motivo...




Me dê um motivo decente
Apenas um, qualquer que seja
Mas algo que me convença
Que não me quer, nem me deseja...

Me dê um motivo plausível
Uma prova incontestável
Para algo tão impossível
Que não seja refutável...

Me dê um motivo sério
Algo que possa ser aceito
Não quero nenhum mistério
Talvez seja meu defeito...

Então, apenas me dê um motivo
Um argumento bem forte
Talvez seja algo proibido
Ou apenas falta de sorte...

Apenas um..
Apenas isso...
Não é nada demais!

Euclides Riquetti
28-12-2015