sábado, 23 de janeiro de 2021

Se te chamo de amor, é porque te amo

 





Se te chamo de amor, é porque te amo
Porque te quero, quero só pra mim
E, mesmo,  com o passar dos anos
Nosso amor nunca chegará ao fim!

Se te chamo de gata, é porque te acho
Uma gatinha que me arranha e mia
Me perco em ti, pra ti me despacho
Quero buscar em ti a minha alegria!

Mas se te chamo e não me respondes
Dói-me o coração ferido pela dor
Não sei por que tu tanto te escondes
E tanto recusas receber meu amor!

Euclides Riquetti

Viver e ser feliz!

 



Medos
Segredos
Anseios
Devaneios!

Dizer
Ver
Crer
Viver!

Dizer segredos
Ver devaneios
Crer nos anseios
Viver  sem os medos.

Viver aqui
Viver ali
Viver em ti
Viver por ti.

Viver, viver, viver
Viver e acreditar
E poder dizer, dizer:
Perto de ti ... ficar, ficar!
Ficar, bem perto de ti, sem medo!
E ser feliz!

Euclides Riquetti 

Ex-Prefeito Euclides Riquetti - Recebe o título de Cidadão Honorário em Ouro - SC

 


Reportagem da Rádio Capinzal/Jornal A Semana


Legislativo ourense concede o Título de Cidadão Honorário do Município ao ex-prefeito Euclides Celito Riquetti


Legislativo ourense concede o Título de Cidadão Honorário do Município ao ex-prefeito Euclides Celito Riquetti

Em sessão solene realizada na noite desta sexta-feira, dia 20, na sede da AABB, a Câmara de Vereadores de Ouro concedeu o título de Cidadão Honorário do Município ao ex-prefeito Euclides Celito Riquetti. 
A solenidade foi prestigiada por lideranças políticas ligadas ao Executivo e ao Legislativo, representantes de entidades, familiares, amigos e demais convidados. 
A honraria foi concedida a partir da proposição assinada pelo vereador Cesar João Prando, aprovada por todos os vereadores e vereadoras, com base nos relevantes serviços prestados pelo homenageado ao município de Ouro. 
Em suas manifestações os vereadores Ivonei Antonio Dambros (representante da oposição), Cesar Prando (autor da proposição) e Aldecir Meneghini (presidente do Legislativo), o vice-prefeito José Camilo Pastore e o prefeito Neri Miquelotto fizeram questão de enaltecer os feitos realizados por Riquetti enquanto professor e gestor público. Segundo ele, a história do homenageado se confundem com a recentemente história do município de Ouro. 
Riquetti, em seu pronunciamento, fez questão de agradecer a todos que se empenharam para que a homenagem fosse realizada com sucesso, elenco fatos que marcaram a evolução histórica do município e da região e se disse realizado com a honraria. 
Ao final, os convidados participaram de um jantar produzido pelo Restaurante Casagrande. 
A cobertura completa na próxima edição do Jornal A Semana. 


Publicado por: Marlo MatieloData: 21/09/2019 07:29

Sobre "Euclides Celito Riquetti é homenageado com o título de Cidadão Honorário em Ouro"

 


Reportagem da Rádio Barriga Verde de Capinzal - SC



Caroline, filha; Euclides, homenageado; Júlia, neta; e Miriam, esposa. Ouro – O ex-prefeito, escritor e professor Euclides Celito Riquetti foi agraciado na noite desta sexta-feira (20) pela Câmara de Vereadores de Ouro com o título de Cidadão Honorário do município. A honraria tem por base o Decreto Legislativo nº 20 de 2019, de 15 de julho de 2019 em reconhecimento aos relevantes serviços prestados ao município pelo homenageado.Para a entrega da placa simbólica o Legislativo ourense realizou uma sessão solene na sede da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB) que contou com a presença de familiares e amigos de Riquetti, bem como convidados e também o prefeito Neri Miquelotto e o vice José Camilo Pastore.A  proposição para a homenagem foi o vereador César João Prando. “Por nada no pronunciamento dele feito nesta noite, ele lembrou das comunidades, das ações dele feitas a toda a sociedade não por interesse particular, ele fez para as pessoas”, destacou Prando.O homenageado, Euclides Celito Riquetti, não escondeu a emoção e satisfação pelo reconhecimento do Legislativo que, para ele, representa o carinho de toda a população ourense.“Eu posso dizer que a indicação do César Prando, vereador, que foi aprovada por unanimidade dos vereadores que compõem a Câmara do Município de Ouro me deixou muito contente, não envaidecido, mas contente. Quando você sente que a homenagem vem de todos os segmentos políticos, têm suma significação importante porque a gente sabe que ela em com uma sinceridade. Quando eu saí de Ouro, eu quis buscar novos horizontes, viver novas vivências e ficar mais perto dos meus filhos. Deixei uma parte do meu coração aqui”, disse Riquetti.Há 12 anos Euclides Celito Riquetti mora em Joaçaba.

Voltou o meu sol

 



Voltou o meu sol

No fim da tarde de sábado

E se tornou dourado...

Voltou-me o sol que eu tanto queria

Para nosso agrado!


E, então, tingiu-se de beleza o infinito

A beleza que nos é costumeira

O céu bonito!


Voltando o sol

Voltou o entusiasmo, a alegria

Para melhorar o dia

Tornar-se um dia encantado!


Agora virá a noite, quem sabe estrelada

Para ficar comigo, como namorada!


E que amanhã seja mais um dia abençoado

Um domingo de sol, claramente claro

Iluminado!


Ah, andem lentos os ponteiros das horas

Pois que fiquem longas para que as possa viver

Para que se aproveitem os minutos agora

E do cálice de ouro se possa beber!


Euclides Riquetti

23-01-2021







Pés descalços

 



Pés descalços
Acariciam as calçadas
Abandonadas.
Corações em percalços
Com batidas descompassadas
Retumbam em almas maltratadas
Rejeitadas, mutiladas.


Pés nus buscam caminhos de luz
E pisam na relva umedecida
Adormecida
Sustentando o corpo que seduz.

O corpo que atrai
E que distrai
Furta meus pensamentos pecaminosos
Libidinosos...
E me mergulha nas águas
Me afoga nas mágoas.

Algo me atira às incertezas do momento
Que vaga lento, lento
Como a nau que vai
E se perde no infinito
Bonito...
Bonito, mas cheio de ruelas obtusas
Confusas
Como eu!

Euclides Riquetti

Ferrovia do Contestado - Uma história, uma causa a defendermos!

Seis anos e meio depois e...nada! 


Estação de Rio Capinzal - 1930 - presença do Presidente Getúlio Vargas em minha terra natal.

          O último domingo amanheceu muito frio. As pessoas não se encorajavam em sair de casa.  Mas eu estava determinado, tinha planejado participar da ação "Pela trilha dos trilhos"! Tinha compromisso ao meio-dia, um almoço. Podia conciliar as duas coisas e assim o fiz. A alegria e a satisfação de encontrar pessoas que podem tornar-se novos amigos e reencontrar outros,  faz parte de meu ser. Sou inquieto, gosto de buscar a satisfação de minhas curiosidades.

          O desconhecido me amedronta. O misterioso me desafia e me fascina. Andar, a pé, por um lugar onde, há meio século costumava passar de trem, me traz belas e deliciosas recordações. E emoções...

         Como fora marcado, cheguei alguns minutos antes da hora da saída: 9 horas, defronte à desativada Estação Ferroviária de Herval d´Oeste, com o objetivo de seguir rumo ao Norte, até onde se situava a antiga Estação Luzerna. Soube que, bem cedo, antes de clarear o dia, o Ninho e mais dois havia partido, devendo chegar em Ibicaré.  Como nos fora recomendado pela amiga Edna Faganello, calçados com proteção por causa da relva úmida. Na verdade, havia chovido muito nas horas anteriores e os trilhos e dormentes, que há mais de 30 anos ali repousam praticamente sem uso, estavam cobertos de água, barro, capins e muito "beijos". Uma das aventureiras, a Sandra (Emmerich), natural de Erechim, relatava que, quando foi construída a ferrovia, foram jogadas toneladas de sementes de "beijos" ao longo da obra. E suas sementes, após a devida dormência,  em cada ano, reflorescem maravilhosamente.

         O Elias Zampirão e a esposa, Suzete Mott, têm conhecimento da história de cada lugar por que passávamos: "Ali é o Poço Rico", e contava uma história de que era um lugar fundo e que dizem que há uma espécie de "pote de ouro" ou algo assim, que ali uma vez foi jogado. Mais adiante, mostra um lugar e se posiciona sobre ele: "Aqui, há 32 anos, tirei uma foto!" Nascido em Herval d ´Oeste e filho de ferroviários, conhece muito de nossa estrada-de-ferro. O professor Rogério, que serviu no 5º BE - em Porto União, fala de suas idas de treem para aquela cidade. A esposa, Célia Reni (Barcella),  que sempre o acompanha nessas aventuras, lhe dá total apoio. Sabem, ambos, da importância deste bem. De qualquer forma, uma caminhada em que se experimentou o medo ao atravessarmos uma ponte danificada, o riso pelas histórias e causos que a turma contava, e a emoção refazermos um caminho que fiz, há 4 décadas, pela última vez, no trem.

          O Henrique Glaser, que foi Gerente da Caixa em Capinzal, é um entusiasta de causa e até levou uma faixa alusiva, com a inscrição: REATIVAÇÃO FERROVIA DO CONTESTADO JÁ!,  de cujas fotos estamos repercutindo no facebook. Lembramos de quando nos conhecemos, em 1977, ocasião em que  me atendeu na agência de Joaçaba, em que eu fora transferir uma conta da agência de União da Vitória, uma vez que viera morar em Zortea e esta era a agência mais próxima. A Fátima de Souza, dizia que gosta de escrever poesias, que é do Barro Preto, ali de Capinzal. A Mercedes do Nascimento esteve lá para apoiar nossa saída. As irmãs Sinclair e Maria Helena Biazotti, que são naturais nde Tangará, muito entusiasmadas, eram crianças quando o trem parou de andar por aqui. Através delas, fico sabendo que meu colega de Letras da Fafi, em União da Vitória, Lodovino Pilatti, está morando em Tangará. Não o vejo há exatos 40 anos...

          Quase duas horas admirando os paredões de pedras, os muros de contenção e as artes correntes que foram confeccionadas pelos trabalhadores na primeira década do Século XX. Muitos conflitos, mortes, desentendimentos e entendimentos. Uma obra com derramamento de sangue e secundada pela Guerra do Contestado. Um ferrovia que foi privatizada e que foi desativada. Uma estrada abandonada que corta todo o Vale do Rio do Peixe, desde a divisa com o Rio Grande do Sul, em Marcelino Ramos, para nos levar a União da Vitória. Uma ferrovia que originou histórias e romances. Algo que marcou a vida de milhares, quem sabe de milhões de pessoas que por ela transitaram nos mais de 70 anos em que esteve em operação.

          Agora, a pergunta: "Por quê? Por que, em tempos em que as BRs estão apinhadas de veículos, não de recupera para finalidades turísticas ou então se moderniza para o transporte da produção regional?"  Certamente que a resposta, alguma hora virá. É uma patrimônio histórico, cultural e econômico fantástico.

          Sabemos que já há decisão judicial irrecorrível de que os proprietários devem recuperar a ferrovia e deixá-la em condições de operação comercial. Sim, porque quando a adquiriam, essa era a condição legal. Se deixaram que chegasse à condição atual, é problema deles que não cuidaram do que era seu de direito mas também de dever. De nossa parte, estamos juntos para defender nossa história e nossa cultura. Muitas vidas foram sacrificadas e muitos conflitos gerados para sua implantação. Entendemos que, agora, não é justo que todo esse sacrifício fique relegado a "não ter importância".

Euclides Riquetti
26-05-2014

No porto do sol

 




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No porto do sol, pisando nas areias brancas
Olhando para o mar das ondas espumantes
Imaginando os prazeres mais eletrizantes
Componho poemas para as almas santas.

No porto dos desejos, dos sonhos projetados
Vejo,  nas sombras, a sua silhueta desenhada
Enquanto, nas estrelas,  na noite enluarada
Navega, pelo infinito, a paixão exacerbada.

Despem-se os pensamentos que se embalam
Na manhã azul, da inspiração derradeira
Em que as palavras brotam e se propagam.

E que,  em cada porto, em cada ancoradouro
Eu lá possa encontrar minha  musa verdadeira
Com seu sorriso bonito, divino, e duradouro.

Euclides Riquetti

Obra-prima

 



Pensei em produzir uma obra-prima
Algo que marcasse, que ficasse eternizada.
Quem sabe um poema com boa rima
Quem sabe uma foto envernizada.

Pensei em produzir uma obra-prima
Algo que ninguém houvesse ainda feito.
Podia ser uma escultura pequenina
Podia ser um monumento perfeito.

Pensei em buscar  uma obra-prima
Algo raro, quem sabe inimaginável.
Podia ser uma  composição divina
Uma ópera de lírica admirável.

Pensei, repensei, tentei, retentei...
Busquei tirar algo de minha inspiração
Fui longe, longe, mas sabes quem eu encontrei?
Foste tu, bem escondida...no fundo de meu coração!

Euclides Riquetti

sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Quero meu sol de volta!

 



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Quero meu sol de volta
Aquele mesmo que me foi roubado
Que venha trazido com escolta
Sob este céu cinzento, nublado
Quero meu sol de volta!

Quero que ele venha, mesmo que atrasado
Para me dar energia, alegrar meu sábado
Meu sol cor de sol, cor da vida...

Quero que volte, depressinha
Para animar a tarde minha
Pois... a tarde convida!

Quero meu sol de volta
Para me ajudar a compor com poesia
Sem dor, sem nenhuma revolta
Uma canção de nostalgia
Então, me dê agora, me dê meu sol de volta!

Quero que ele venha dourado
Meu sol do presente, meu sol do passado
Um sol divinamente...acalentador!

Quero um sol causticante
Deliciosamente gostoso e fascinante:
Estimulante, lindo, encantador!

Euclides Riquetti

Anvisa aprova segundo lote da vacina Coronavac - as da AstraZeneca-Oxford estão chegando!






     Cinco diretores da Anvisa aprovaram os relatórios elaborados pelos seus técnicos em reunião de uma hora e meia, nesta tarde, para uso da Coronavac no Brasil, desenvolvida pela chinesa Sinovac. Diferentemente do primeiro,  este lote foi envasado no Butantan, em São Paulo, com o produto originário da China. 

       Dois milhões de doses estão sendo trazidas da Índia e poderão ser utilizadas de imediato. São produtos da AstraZeneca, desenvolvidos pela Universidade de Oxford, da Inglaterra. Com isso, são 12,8 milhões de doses já à disposição das salas de vacina espalhadas em todos os municípios brasileiros para derem aplicadas conforme a orientação do Ministério da Saúde. A previsão é de que as da Índia venham a ser aplicadas na segunda-feira, já. 

       Enquanto isso, em alguns estados brasileiros está ocorrendo o fura-fila, com desprezo às prioridades estabelecidas pelo Ministério da Saúde, já amplamente divulgadas. O fura começou por Manaus, sendo que no Rio de Janeiro, já foi constatado em 46 de 92 municípios, segundo informações dos canais  de notícias do Brasil. Inclusive, prefeitos e outros servidores públicos estão sendo denunciados pela prática repulsiva. 

Certamente que, nas próximas semanas, outras vacinas, de outras farmacêuticas, estarão submetendo seus documentos para aprovação pela ANVISA.

Parabéns a todos os que trabalham, seriamente, para salvar vidas e prevenir contra os efeitos do novo coronavírus. 

Euclides Riquetti

22-01-2021


Sobre as nuvens

 



Andar sobre as nuvens, sonhar
Na flutuação divinamente algodoada
Na tarde azul e ensolarada
Deixar-se levar, viver,  embalar
Na tarde de outono encantada...

Andar sobre as nuvens alentadoras
Na imensidão do céu de azul pincelado
Na estação das folhas, no dia acanhado
Deixar-se afagar pelas vistas sedutoras
Na espera  da hora de um encontro almejado...

Andar sem corpo,sem peso,  sem volume
Apenas alma, olhos, coração
Apenas alma, olhos, paixão
Seguindo os rastros de teu perfume
Tentando me reencontrar da perdição...

Sim, apenas andar sobre as nuvens!

Euclides Riquetti

O Biluca e sua maneira divertida de viver...

 


Arabutã Futebol Clube - Campeão Catarinense de Futebol Amador - 1995 - Biluca - o oitavo jogador da fila em pé - moreno - de cavanhaque - amigão meu!

           Há 24 anos atrás chegava em Capinzal/Ouro um jovem de 28 anos, cheio de energia, muita vitalidade e com um sorriso permanente no rosto: Biluca! Vinha para jogar futebol. Da mesma forma apareceram Jaguari, Carlos Augusto, Serjão, Tarcício, Deco. Juntaram-se a Claudinho Assis, Dinho, Pneu, Mídio, Paulinho Frighetto,   e outros "nativos" e concordienses na formação do Arabutã Futebol Clube, comandados por Osmar Reese, o "Cavalo Velho". Este, secundado pelo Doutor Hugo Riffel, formaram um esquadrão que se tornou Vice-campeão estadual de futebol amador em Santa Catarina. Mas adiante, já com Antônio Nunes, o Lico, que fora Campeão Mundial Interclues pelo CR Flamengo, do Rio de Janeiro, o Arabutã, ainda com a presença de Biluca, e alguns remanescentes, tornou-se Campeão Estadual.

          Descrever o Biluca para quem o conheceu é muito fácil. Difícil é transmitir o que ele reaalmente era para quem  só soube dele agora, após a sua morte, ocorrida no dia 29 último.

          Conheci o Biluca quando eu era Prefeito em Ouro. Chegou ao meu gabinete porque precisava que eu o ajudasse a resolver uma pequena pendência junto ao Nacional de Muriaé, Clube de Futebol de Minas Gerais. Eu já o aplaudira nos jogos do Arabutã, na Baixada Rubra, nosso estádio em Ouro. Apresentou-se, falei meu nome, e ele: "Muito prazer, Sebastião Malaquias"!

          Falamos muito de futebol, contou-me sobre sua carreira. Perguntei-lhe se jogara com o Osmar Guarnielli, que fora do Bofatogo e da Seleção Brasileira, disse que foram parceiros na defesa do Galo. Agora ele estava trabalhando na Prefeitura de Capinzal, cozinhava no refeitório dos funcionários, junto à Garagem Municipal e jogava no Arabutã. Sua esposa, Maria Auxiliadora, uma morena muito caprichosa e também simpática, tornou-se professora em Pinheiro Alto.

         Por duas décadas moraram numa casa do Município, ali atrás da Prefeitura. Lia, como era conhecida, efetivou-se no quadro de servidores do Município, tornou-se Pedagoga. Antes, cursara, parcialmente, Letras. O pessoal do Pinheiro Alto, de origem italiana, gostava muito dela. O Casal Biluca e Lia tinham duas filhas, Gabriela e Carolina, que levavam a todos os jogos do Arabutã, todos vestidos com a camisa rubra, as duas menininhas com os cabelos bem arrumados, bonias, sempre com algum leve adereço bem disposto pela mãe lia.

          Voltando atrás, quando o Biluca me procurou, pediu-me se eu podia falar com o Presidente do Nacional de Muriaé, por telefone, pedindo o atestado liberatório dele, uma vez que era jogador de futebol profissional e estava vinculado àquele clube. Precisava disso para jogar no futebol amador, no Arabutã Futebol Clube. Liguei para o Presidente, identifiquei-me, falei que estava com o Biluca, pedi que liberasse o jogador, passei o telefone para o jogador e voltei, depois,  a conversar com o homem. Disse-me: "Cuide bem desse menino, que é  meu compadre, que é muito bom de bola e muito boa pessoa"!

          Biluca contou-me de sua trajetória no futebol: Foi profissionalizado no Clube Atlético Mineiro, onde, em 1982, jogou seis jogos como titular e depois foi para o Vitória, da Bahia. Jogou no Galícia, no Leônico, era lateral direito, mas jogava também na esquerda, na quarta-zaga, como zagueiro central. No Arabutã, até atuou com  a 10. Tinha muita habilidade, alto sentido de marcação e ocupação dos espaços em campo. Conhecia muito bem o "tempo da bola" e isso o tornava um craque. Viera para jogar pelo Joaçaba, mas as inscrições para o estadual já haviam fechado. Então, ele e alguns companheiros, vieram parar todos o Arabutã, um clube amador com características de profissional. Adiante, tornou-se nosso treinador e também companheiro de equipe, no "Veteranos do Arabutã", onde jogamos juntos dezenas de vezes. Era um grande incentivador de todos nós, muito educado, dava oportunidade a todos para atuarem.

          Biluca, com o tempo, tornou-se pintor de paredes. A esposa lecionava e as filhas estudavam. Ficaram aqui até que as meninas cresceram e voltaram para a Bahia, onde a mais velha, inicialmente, entrou para a Universidade. Há um tempo não muito distante, quiçá uns três anos, o Biluca esteve de novo em nossa terra. Conversei com ele, estava animado. Gostava muito daqui, mas também gostava da Bahia, embora nascido em Muriaé, em 04 de abril de 1961. Na quinta-feira, 29, meu irmão Hiroito, o Piro, ligou-me para dizer que estavam noticiando sobre o falecimento do Biluca. Publiquei sobre isso, muitas pessoas se manifestaram. Ele era muito bem querido em Capinzal e Ouro. Era respeitado como atleta, como ser humano. Mesmo não sendo nosso conterrâneo, deixou sua marca registrada aqui.

          Uma de suas marcas era o gosto pelo samba. Batucava muito bem, costumava fazer churrascos na sua casa e convidar o Dinho e outros sambistas para tocarem sambas. Mas também preparava deliciosos peixes. Nos jogos do Arabutã, reuniam-se as esposas e filhos fdos atletas do Arabuã e, na arquibancada, cantavam: "Madalena, Madalena..." E criavam músicas e gritos de gerrua para incentivar os atletas.


          Lamentamos a prtida do mesmo, aos 53 anos, muito jovem ainda. Sinta-se homenageado, amigo Biluca, por toda a família Riquetti. E desejamos que a Lia e as meninas possa levar adiante sua vida proativamente, buscando realizar, com êxito, todos os seus projetos pessoais e profissionais.

          Um grande abraço, Biluca, que se junta a quase que duas dezenas de jogadores que atuaram conosco, e que estão jogando, agora, lá no céu.

Euclides Riquetti
02-06-2014

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Quando o silêncio da madrugada nos acorda

 




Quando o silêncio da madrugada nos acorda
E nos mergulha numa insólita inquietude
Ficamos como a taça de vinho que transborda
Tristeza na alma, coração em plena solitude.

Quando o silêncio da madrugada nos invade
E nos incita ao desejo do abraço amoroso
Há uma força que me induz e me persuade
A buscar seu  beijo doce, quente e prazeroso.

Quando chega a manhã clara de céu límpido
E se tem a certeza de que o sol vai brilhar
Uma sensação de alegria me invade o íntimo.

Então, veremos que tudo na vida vale a pena
Enquanto  se tiver algo bom por que se lutar
Enquanto vier inspiração para meus poemas.

Euclides Riquetti

Antecanto

 


 

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Eu queria te ver em meio a santas tantas
Eu queria te compor um tenro canto
Queria te ver em meio às tantas santas
Queria escrever-te este antecanto.

Eu pensei imaginar um poemeto
Eu pensei fazer do dia a poesia
Pensei em versos de soneto
Pensei saudade e  nostalgia.

Eu fiz poemas sem amarras
Eu fiz poemas livremente
Fiz-te   poemas com palavras claras...

Eu fiz de ti a musa encantadora
Eu fiz pra ti o canto, sutilmente
Fiz-te o soneto  na manhã inspiradora.


Euclides Riquetti

Eterno romântico

 



Eu até faria um poema acéfalo

Desarrumado, feio e esquálido
Infinitamente torto e indiscreto
Um poema desbotado e pálido...

Talvez um  poema heterorrítmico
Escrito com carvão preto, vegetal
Pra afrontar um outro isorrítmico
Árcade, brega, insosso sem igual. 

Eu faria algo bobo e detestável
Sem efeito, sem nenhum sentido
Poema inútil não recomendável
Falando sobre um amor bandido.

Mas isso está fora de cogitação:
Serei um eterno poeta dos sonetos
Cantarei o amor, o afeto e a paixão
Ser eterno romântico eu prometo!

(Apenas isso...
Bem assim!)

Euclides Riquetti

Versos brancos e rosas vermelhas

 





Sorriem os cravos e as rosas vermelhas
Como se a primavera tivesse chegado
No primeiro dia de agosto,  ensolarado
Dia de sol, amor explodindo em centelhas.

Sorriem as dálias e as sempre-vivas
Sorriem também os lírios acanhados
Saúdam você , que busca em sua vida
Ver os seus sonhos todos realizados.

Sorri você o seu sorriso qual criança
O gentil sorriso do rosto e da voz que fala
Que você guarda desde a sua infância.

E eu escrevo versos nas pétalas macias
E tomo o vinho que me inspira e embala
Com as palavras que me contagiam.

Euclides Riquetti

Pobrezinho, mas bem perfumado!

 



          Tenho ótimas lembranças e saudades de meu amigo Padilha. Trabalhei com ele de 1972 a 1977 no Mallon, em União da Vitória. Iniciamos na Rua Clotário Portugal 974, e depois nos transferimos lá para a BR, um pouco depois do Café Primor, da família Krügger dos Passos. O Padilha era o perfeito "gente boa"! Ele o Sapo (Alcir Teixeira), eram os bambas em Caixa, Diferencial e Motor.

          O barracão da oficina, agência Mercedes-Bez, era enorme. Havia a parte que dava de frente para a rua, em que, no térreo, trabalhávamos na Seção de Peças eu, o Mauro (Iwanko) e o Altamiro (Beckert). No kardex, a Alvina (Nunes Lell).  Nosso chefe era o Silvestre Schepanski, um compridão  que viera de Canoinhas. Jogara futebol no Santa Cruz. Tinha uma Synca Chambord em que a bateria não ajudava muito. Vinha de biclicleta para o serviço. Na oficina, o Solon Carlos Dondeo, que tinha uma novíssima Variant verde-oliva, comandava a tropa. O Carlos Konart era o recepcionista, que tinha o cargo charmoso de "Consultor Técnico". O Polaco (Dionízio Horodeski), o Justino (Polzin), o Miguel (Semianko) e  o Ilmo, lidavam com caixas e diferenciais. O Sr. Luiz era ótimo chapeador. O Sr. Pedro, com o genro Airton, faziam a parte de ferraria.

          O Padilha vinha à janelinha da Seção de Peças: "Bom dia, Euclides! O Respeito é a chave de todas as portas!". Eu o cumpimentava, ria. O Padilha era um ótimo astral, sempre tinha uma palavra amiga, um jeito bom de motivar os colegas. Pegava no pé todos. E ainda perguntava: "Como está a bonitona lá de cima? Será que vai trazer a folha hoje (de pagamento)? Referia-se à Sandra (Probst), uma moça de uns 19 anos, do escritório.  E emendava; Ah, seu eu fosse mais novo!!!

          De certa vez, o Padilha cometeu uma gafe sem tamanho. Ficou um tempão envergonhado. Ocorre que tínhamos um freguês, proprietário de um caminhão Mercedes LP-321, um "cara chata", azul, o Luiz Carlos Daldin. O Daldin tinha cabelo raspado, cabeça bem calva. Pois naquele dia viera um gaúcho muito parecido com ele e do mesmo tamanho, usando calças US Top, e com um caminhão idêntico ao dele. Precisava trocar uma mola da suspensão. Caminhão consertando, ele sentou ali defronte à recpção, ao lado esquerdo da entrada da oficina e ficou tomando um chimarrão. Havia uns exemplares do "Jornal O Comércio" e "Traço de União" para lerem,  e algumas revistas. Pois o Padilha veio com a mão suja  de graxa lubrificante  Marfak e passou na cebeça careca do cara. Este, virou-se e olhou para o Padilha sem entender nada. O Padilha endoideceu! Passou a mãe engraxada na cabeça do cara errado.  Só faltou ajoelhar-se para pedir desulpas...  E os colegas vieram, todos, para ver o que acontecia.Uns zoavam e outros tentavam ajudar o mecânico a explica-se. Ainda bem que o gaúcho era "do bem e da paz", entendeu a brincadeira e foi lavar a careca com uma estopa embebida em gasolina...

          O Padilha era muito feliz. E nos fazia felizes. Muitas vezes chegava na janela faceiro, cantando ou assobiando e dizia: "Pobrete, mas alegrete! Café preto, mas bem doce! Pobrezinho, mas bem perfumado!" Assim era nosso colega Padilha, o simpático amigo de quem nunca mais tive notícias...

         Tenho muitas saudades de meus colegas lá da Mercedes da Rua Clotário Portugal. Depois, mudamos lá para a BR, onde novos funcionários foram contratados e a turma ficou bem maior...

         Lembro, sempre com muita alegria, dos bons momentos que vivemos ali!

Euclides Riquetti
20-06-2014

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Mãos mágicas

 



Mãos mágicas, pintam os sonhos do poeta
Na tarde discreta
Quando brilha o sol
Ou quando a chuva é incerta!

Mãos mágicas afagam peitos
Acariciam ombros bem feitos
Moldados com a arte Divina
Com habilidosos jeitos...

Mãos mágicas
Afagam rostos de pele macia
Abanam com leveza e alegria
Acenam nas partidas doridas
Mas pintam vidas coloridas.

Mãos mágicas ternas e eternas
Sensuais
Magistrais
Suaves e ternas...

Mãos mágicas que escrevem poemas
Descrevem infortúnios e dilemas
Mas desenham flores
De todos os matizes e cores...

Mãos mágicas que já embalaram as crianças
Que nos trazem as mais saudosas lembranças:

Apenas mãos...
Mãos doces e santas
Mãos mágicas!

Euclides Riquetti

Voam, as gaivotas, no azul infinito

 




Pensava em você
Enquanto contava as ondas do mar.
Era uma maneira de fazer
Com que a angústia terminasse
A ansiedade passasse
E a calmaria pudesse voltar.

Voava meu pensamento
Ia, leve, sobre os campos
Ia, breve, sobre o firmamento
Para onde quer que você estivesse
Para que você me dissesse
Como acalmar os seus prantos.

Voltava ele para o trapiche
Onde eu me encontrava.
E eu lembrava do que você me disse
Naquele dia em que me amou
Que me queria assim como eu sou
Enquanto dizia que me amava...

Rezam as almas ressentidas
Choram os corações em conflito
E eu escrevo as palavras escolhidas.
E, enquanto eu conto das ondas brancas
As revoltas e todas as brandas
Voam, as gaivotas, no azul infinito.

Euclides Riquetti

Fim de tarde ( A noite vem...)




Fim de tarde:
O sol começa a se por
O coração a se opor...
E as almas ardem.
É fim de tarde!

Fim de tarde:
As sombras da noite se libertam
E flertam...
Flertam comigo
Contigo
Flertam...

Fim de tarde: a noite vem.
Vem, como as demais
Quando cessam os pardais
E há o encontro dos pensamentos casuais
Na noite que vem
Escura...

Fim de tarde:
Da noite emergente é o prenúncio
Da  manhã que vem é prévio anúncio
É mais um fim de tarde:
Como as demais
(Não voltará, não, nunca,  jamais)
O que vai, não volta mais...
Apenas volta, no firmamento
A lembramça de ti em meu pensamento.

Mas, como a tarde, tu também vais
E não voltas...(mais!)

Euclides Riquetti

Poeta estradeiro

 




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Meu coração é maltrapilho
Mas meu coração é verdadeiro
Minha alma é serena
Minha alma é caprichosa
Minha alma é bondosa
Mas não é nada pequena.

Tenho um coração andarilho
Pois sou poeta estradeiro
Minha mente é secreta
Mas perpassa as fronteiras.
Minha mente é faceira
Minha conduta é discreta.

Meu coração é palpitante
Minha alma é prodigiosa
Tenho os braços de um gigante
Pra te abraçar, pra te agarrar
Lábios sedentos de te beijar
Mulher bonita e carinhosa!

Euclides Riquetti

terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Um abraço eterno

 






Um poema romântico extraordinário
Algo assim, com palavras escolhidas
Escrevê-lo e guardá-lo num sacrário
Palavras singelas por você ouvidas...

Versos perfeitos, muito bem rimados
Estrofes harmonicamente organizadas
Pensamentos nossos tanto combinados
Almas gêmeas há muito encontradas...

Tão valiosos versos quanto um afago
Um passar de mão num rosto moreno
Por você eu me perco e me embriago...

Um poema de amor, algo até fraterno
O seu olhar sutil e meu amor sereno
Um beijo ardente, um abraço eterno.

Euclides Riquetti

Rosa Champanhe

 




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Voltou minha rosa champanhe, voltou, sim
E eu a recebi com alegria, com muito gosto
Crescida ali num cantinho de meu jardim
Veio para enfeitar os dias do mês de agosto.

Uma rosa bonita, rosa linda, simplesmente
Que se ampara em galho verde e espinhoso
Foi plantada com carinho, verdadeiramente
Rosa delicada, com seu cheiro perfumoso...

Voltou, tinha que voltar, pois eu a esperava
E eu a abençoei com todo o  meu carinho
Veio me trazer o amor com que eu contava.

Uma rosa sublime, levemente encantadora
Seivada pelo amor, defendida pelo espinho
Rosa champanhe, sim, fortemente sedutora.

Euclides Riquetti