sábado, 6 de fevereiro de 2016

Uma luz que me atrai...

 
Há uma luz que brilha  na escuridão
Não é sol, nem estrela, nem  luar
Mas  é algo que me vem de seu olhar

E que eu guardo, com carinho,  na imaginação.

Há uma luz que me atrai, que nunca se apaga
Não vem do fogo e nem vem de lanternas

Vem de você, de suas palavras  ternas

É uma luz que me embala e me embriaga.

Luzes brilham onde quer que seja
Luzes que nos fazem viver e sonhar

Brilham apenas para o coração que deseja....

Ah, luzes, com seu brilho sutil e  encantador
Luzes da alma, dos lábios e de um  olhar

Luzes que vêm de você, que me  trazem o  amor!

Euclides Riquetti

 

Carnaval de Joaçaba 2016 - Desfile das Escolas de Samba - começa hoje!

         Oficialmente, começa hoje o desfile das escolas de samba da Liga Independente das Escolas de Samba de Joaçaba e Herval D ´Oeste. Ontem, já aconteceu uma noitada do Carnafolia, na Praça da catedral, em Joaçaba. Nas suas 5 noites, de sexta a terça, a animação fica por conta de Fernanda Liz e Banda Grupo do Bola, DJ Lucas Spinelo, Banda Kaduká, Banda By Brasil, Banda El Baile. Na terça, banda Diego e Gabriel e DJ Lukas Spinelo.

         Mas, a grande expectativa, fica por conta dos desfiles das escolas na Avenida XV, cujo início acontece às 22 horas deste sábado, com a Acadêmicos do Grande Vale e a Vale Samba.

        No domingo, também às 22 horas, desfilam Unidos do Herval e Aliança. A Aliança defende seu seu tricampeonato.

         Durante a semana, aconteceram os ensaios técnicos das escolas, à noite, na avenida. As arquibancadas e camarotes estão devidamente instalados, o sistema de som já testado, a segurança bem organizada, a cidade está invadida por turistas de todas as procedências. A maioria dos hotéis da cidade fechou a lotação e muitos estão alojados nos das demais cidades da região.

         Muita gente bonita na cidade, o pessoal muito animado. recomendo aos visitantes que vierem de carro que os deixem longe da área do fervo, que abrange toda a área central. Mas, a partir de 300 metros dos eventos, muitos lugares para estacionar. Policiais viram de toda a região para garantir a segurança. Mas, se beber, não dirija, pois a vida não tem preço e as multas estão salgadas para quem for pego no bafômetro da PM.

          Conferi carros alegóricos que estavam na área de concentração já na noite de sexta. A caçula, Acadêmicos do Grande Vale, mostrando grande capacidade de criação, (quem tem Jorge Zamoner no comando,  está muito bem servido de carnavalesco), com seus carros impecáveis.

           As pessoas de outras cidades poderão acompanhar os eventos pelas reportagens das emissoras de TV ou por internet. Os portais www.ederluiz.com.vc e www.cacodarosa.com.br vão  transmitir o desfile. Acredito que outros portais possam fazer o mesmo.

         Grande abraço e muita alegria!

Euclides Riquetti
06-02-2016

Pensar, apenas pensar.....

Pensar em você, a primeira coisa a fazer
Ao acordar na manhã silenciosa
Pensar em você, a última coisa a fazer
Antes de dormir, na noite ruidosa.

Pensar, apenas pensar e desejar
Ser o dono de todos os seus pensamentos
No dia que vai chegar
Pensar em você em todos os momentos.

Pensar em você em todas as horas
Da manhã que vem e que demora passar
Pensar, assim como faço agora
Deitar-me nas ilusões e divagar, pensar...

Pensar, apenas pensar e querer
Na tarde ensolarada ou mesmo com garoa
Buscar o sonho mais lindo para viver
A vida encantada que Deus abençoa.

Euclides Riquetti
06-02-2016

O tempo que passou

O tempo que passou
Deixou rastros, deixou marcas.
Rastros nos caminhos, nas estradas
Marcas nos corações e nas almas.

O tempo que passou deixou-me lições:
O tempo que passou mostrou-me que as ilusões
São vãs e fugazes.
Mostrou-me que há  o bem, ou o mal
Em todos os lugares.
Mostrou-me que há as certezas
Mas também as incertezas
O ganhar e o perder
Os reais e os imaginários
Mas, todos, muito necessários.

Muitas vezes perdi, outras ganhei
Mas nunca desanimei.
Levantei-me em cada tropeço
E, por isso, meu Deus a quem tanto louvei
Eu vos agradeço.

A quem amei com paixão
A reafirmação
A quem me estendeu a mão
Minha eterna gratidão
E a quem me quis tanto bem
Agradeço também.

E, nas marcas que ficaram
Nas ilusões que se apagaram
Nos ânimos e desânimos
A constatação:
Viver é amar
É ser amado
No desejar
Também ser desejado!

É pedir a bênção de Deus...
E ser por Ele abençoado!

Euclides Riquetti

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Amanhã de manhã...

Amanhã de manhã
Vou andar por aí sem destino
Vou procurar em ti o abrigo
O afago de que tanto preciso
Amanhã de manhã...

Amanhã de manhã
Vou pegar a caneta e  papel
Vou levar também tinta e pincel
Desenhar o teu lábio de mel
Amanhã de manhã...

Amanhã de manhã
Vou sair pela estrada cinzenta
Vou vagar  pela estrada barrenta
Dar um beijo em tua alma sedenta
Amanhã de manhã...

Vou buscar teu olhar contagiante
Abraçar o teu corpo dourado
Na manhã  do céu azulado
Na manhã escaldante
Do encontro emocionante
Do encontro esperado
Desejado
Vou buscar, sim, os teus lábios rosados
Amanhã de manhã...

Euclides Riquetti

Amadamente!

Conquistar...  conquistar, certamente!
Desejar... desejar, perdidamente!
Valorizar...  valorizar, permanentemente!
Cuidar... cuidar, constantemente!
Amar...  amar, firmemente!

E, se perder, lutar!

Lutar...lutar, infinitamente!
Jamais fraquejar!
Jamais se afastar!

Apenas ouvir, sem deixar de sonhar!
E buscar...
Reconquistar...  reconquistar, sempre!

Para poder, de novo, amar:

AMADAMENTE!

Euclides Riquetti
05-02-2016


Olhos nos olhos


Olhos nos olhos, peito no peito
Lábios nos lábios, coração com coração
Quero-te amar assim, desse nosso jeito
Quero-te querer com amor e paixão!

Quero divagar junto contigo
Viajar no tempo e te encontrar no espaço
Quero chorar no teu ombro amigo
E percorrer os caminhos que eu mesmo traço!

Quero-te beijar nas noites estreladas
Dar-te carinhos quando anoitece
E afagar teu corpo nas tardes nubladas.

E quando perceberes o quanto eu te amo
E notares que também pra ti o amor acontece
Guardarei os versos com que há muito te chamo!

Euclides Riquetti

Meu recado...

Recebi um recado
Do brilho prateado
Do luar:
Vem comigo
Vem meu amigo
Vamos passear!

Vamos andar pela via láctea
Conhecer a imensidão intacta
Do espaço sideral
Andar pelo  Universo
Em frente e verso
Pelo mundo colossal!

Recebi um recado alvissareiro:
Vou andar pelo universo inteiro
Com a sua companhia.
Vou com seus olhos claros
Pelos recantos mais raros
Vou com toda a alegria

Vou, sim. Vou com você, querida!

Euclides Riquetti

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Permite-me cortejar-te...

Permite-me "cortejar-te" doravante
Como se tudo fosse a primeira vez
Deixa que tudo seja como se fora antes
Como se o "não" se tornasse um talvez.

Permite-me cortejar-te calmamente
Como se fôssemos dois adolescentes
Deixa que tudo venha delicadamente
Como se não houvesse precedentes.

Permite-me cortejar-te com um poema
Que venha de seu âmago inspirador
Algo que me atrai, sem nenhum dilema
Que vem de teu corpo belo e sedutor.

Permite-me cortejar-te, que delícia
Dizer de teus dons e encantamentos
Na tarde fresca, tênue e tão propícia
Levar a ti meus doces pensamentos.

Permite-me mostrar-te quão verdadeiro
É o amor que brota de dentro de mim
Algo sincero, num dia tão prazenteiro
Divina paixão que está dentro de mim!

Apenas isso... bem assim!

Euclides Riquetti
04-02-2016
















Loba Mulher


Loba mulher dos sonhos cor-de-rosa
Loba mulher dos pensamentos que anuem
Dos lábios que me retribuem
Dos pecados que os meus diluem.

Loba mulher dos cabelos molhados
Desalinhados
Perfumados...

Loba mulher de cabelos e olhos encastanhados
Delicados
Encantados...

Loba mulher
Dos sonhos e encantos
Que provocam meus prantos
(Prantos nada santos...)

Loba mulher fervilhosa
Deliciosa
Dos sonhos azuis, dos sonhos cor-de-rosa:
Loba mulher!


Euclides Riquetti

Gratidão

Imagino que minha vinda ao mundo foi algo indescritível:
Ventos do minuano sopraram em ti quando me trouxeram
Ainda que os anos tenham passado, foi um amor indizível
Nos campos do Sul, as raízes de uma bela  família vieram
Inundando de felicidade  a casa onde o amor foi possível.

Foram anos de um amor plantado na alegria mais imensa
Onde, em  cada gesto, brotaram  as  mais belas das flores
Como  num  paraíso de  anjos, tive a sua atenção intensa.
Hoje, tu  me presenteias e me  apoias com todo o carinho
Entendendo-me,  com seu amor, amenizas  minhas dores
Zombando dos infortúnios, busco  meu  melhor caminho.
Ando pelo  jardim de minha  imaginação e da lembrança
Trago, em mim, as mais marcantes e felizes  recordações
Tudo o que me deste, cobriu de encantos minha infância.
Obrigado, mãe, por alimentar  meus  sonhos e emoções!

Cada  lágrima que  derramaste, também eu  as derramei
Amei  da forma  que me ensinaste, segui tua orientação
Sei de tua dedicação maternal, amar-te também te amei
Agora, agradeço  por tudo, dou-te  todo o meu   coração.
Grande  como o universo é meu eterno reconhecimento
Revestido de devoção e da minha   maior gratidão filial
Aliada de todas as horas, ocupas todo  meu pensamento
Não há espaço para mais nada, só há para ti em especial.
Deixo para ti o meu  poema  da mais  profunda gratidão
Amor com  amor se paga, paga-se  com amor e paixão!

Euclides Riquetti
04-02-2016


quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Entregue-me seus sonhos, seus segredos...

 Entregue-me seus sonhos
Seus desejos
Seus medos
Entregue-me seu olhar
Seus cabelos
Seus seios
Seu corpo de modelo...

Entregue-me tudo sem pedir nada em troca
Faça-me perguntas sem esperar respostas
Faça-me carinhos e diga-me coisas que nos importam
E eu  darei amor, abrigo, agasalho, e tudo de que gosta.

Entregue-me seus sonhos juvenis
Ternos
Eternos
Sutis...
Mas entregue-os.

Entregue-me tudo sem nenhum temor
Como se me estivesse dando apenas uma flor
Entregue-me seus lábios de cor delícia e de sabor cereja
Entregue-me sua alma que me acalenta e deseja.

Coloque suas mãos entre minhas mãos
E entre meus dedos seus delicados dedos
Entregue-me com  paixão  seus grandes segredos!
Apenas seus segredos...
Para que eu possa
Compreendê-los!...

Euclides Riquetti

Corpos que atraem, almas que enfeitiçam

Corpos que atraem
Almas que enfeitiçam
Castelos que caem
Olhos que cobiçam...

Corpos que seduzem
Almas que pecam
Olhos que reluzem
Sonhos que se perdem.

Corpos da perdição
Olhos encantadores
Almas da forte ilusão
Encantos sedutores.

Corpo que alimenta
Uma  ilusão que cega
Alma que atormenta
E que nos leva...

E que nos entristece,
Deprime,
Enfraquece...
E, depois... redime!

Euclides Riquetti
03-02-2015




A Arte em Ouro Preto - Igrejas - Pedras Preciosas - Comida deliciosa!

          A arte barroca está vivamente presente em Ouro Preto e em outras cidades históricas de Minas Gerais. Dentre as magníficas obras de arte e arquitetura, destaco duas igrejas localizdas em Ouro Preto: A Igreja de Nossa Senhora do Pilar e a Igreja de São Francisco de Assis, nesta a presença de Aleijadinho e de Mestre Ataíde, dentre outros.

          A Igreja de Nossa Senhora do Pilar foi erguida no início do século XVIII e, em suas paredes e nos seus componíveis, foram utilizados 434 quilos de ouro e 400 de prata, aproximadamente. Foi erguida em torno de uma capela já existente. É ponto de passagem obrigatória dos turistas, que ficam embasbacados diante de tanta beleza, arte e luxo.

          A de São Francisco de Assis reúne a arte do Barroco, projetada pelo Mestre Aleijadinho e elementos decorativos em Rococó. Também tem a presença do maior pintor colonial brasileiro, Mestre Ataíde, que dourou o seu altar-mor. Ambas foram tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e integram a Cidade Histórica de Ouro Preto, que é considerada Patrimônio da Humanidade. Num largo em sua frente, uma feira permanente de produtos a partir de pedras, material abundante em Minhas Gerais.

          Os mineiros são habilidosos na arte de talhar e polir e só mesmo vendo in loco se pode ter uma visão concreta da dimensão e o valor do trabalho dos artesãos mineiros. O centro de Ouro Preto, pelo seu charme e sua história, muito tem a oferecer aos turistas. Artesanato pode ser adquirido com preços módicos. O Topázio Imperial e o artesanato a partir da Pedra Sabão  são usados pelos artesãos locais e os produtos podem ser encontrados em abundancia na Feira do Largo de Coimbra e na Associação dos Artesãos de Ouro Preto, e em muitas lojas de sua área central. Pedras de todas as cores e formatos estão lá a nos encantar.

            Bons restaurantes, com comidas típicas, oferecem refeições com os mais variados níveis de preços. Comida para todos os gostos e preferências. O "conjunto da obra", que reúne arte, história e gastronomia, é um atrativo turístico brasileiro que atrai turistas de todo o mundo. Vale a pena estar lá, sentir o delicioso aroma das comidas, visualizar e profundar-se na arte e na arquitetura, enturmar-se com as pessoas e poder voltar para casa podendo recomendar aos amigos a cidade de Ouro Preto como um destino turístico notável.

Euclides Riquetti
03-02-2016

   :       

        


terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

O mar que nos manda a brisa..


O mar é colossal
Move-se em suas ondulações francas
Gera e extingue as espumas brancas
De água e de sal.

O mar é imenso e colossal
É um oceano de águas turbulentas
Que balamça as mais  doces emoções
Que se quebram nas ondas que chegam lentas
Aos pés, corpos, peles, almas e corações.

O mar que me traz dos tempos de criança
As mais ternas lembranças
É o mar de todas as idades.

O mar que nos manda a brisa generosa
É aquele que embala a alma esperançosa
E que nos faz sentir saudades... saudades... saudades!

Euclides Riquetti

De Nossa Senhora dos Navegantes e de Yemanjá

 

Dia da Padroeira do município de Ouro: 

          Em 02 de fevereiro várias cidades do Brasil e de Portugal comemoram o Dia de Nossa Senhora dos Navegantes. Isso  acontece em Pelotas, Porto Alegre  e Rio Grande, no Rio Grande do Sul. Em Santa Catarina, destaque para Navegantes e Itajaí,  e para algumas praias. Em Salvador, na Bahia, é venerada como Yemanjá, a Rainha do Mar. No bairro do Rio Vermelho, 350 embarcações estarão participando de uma procissão e milhares de oferendas sendo jogadas ao mar. Se foram devolvidas, é porque não foram aceitas. Se o mar as levar, Yemanjá as aceitou.

          No Rio de Janeiro há grande reverência à Rainha do Mar em toda a orla marítima. Estas são as referências mais badaladas anualmente. Contudo, outras cidades pequenas, de menos visibilidade, também veneram a  Santa que está no coração de tantos e tantos. Para os católicos, Nossa Senhora dos Navegantes. Para os umbandistas, Yemanjá.

          Acompanho Nossa Senhora dos Navegantes desde minha infância. Em janeiro de cada ano, meu pai começava a preparar seu bote para ajudar na procissão que costumava acontecer no Rio do Peixe. Ele e os amigos gostavam de trazer a imagem vinda desde proximidades da Ilha, na antiga SIAP, pelas águas do Rio, até o valo que abastecia de água a usina hidrelétrica da família Zoréa, ali abaixo da barragem de pedras. E isso se repete até hoje. É uma magnífica procissão fluvial, ao anoitecer. Um belo show pirotécnico a recebe quando chega, em sua comitiva, próximo à ponte, onde é retirada das águas no portinho da família Costa, segindo pelas ruas  Giavarino Andrioni,  Guerino Riquetti e Felip Schmidt, até a Praça Pio XII, onde acontece a Santa Missa. Lembro que o Sr. Olivo Zanini era um dos que sempre estavam ali esperando para ajudar a levar o seu andor.

          Padroeira do Município de Ouro, é venerada pela população, que, no dia que lhe é consagrado, feriado, costuma aglomerar-se por sobre a Ponte Nova, na ligação com Capinzal, para presenciar a chegada da imagem que foi esculpida em cedro na década de 1980, pelo escultor Paulo Voss, que residia no Bairro que leva o nome da Santa. Nos dias anteriores, celebra-se um tríduo nos bairros da cidade, em preparação para o dia culminante.

          Diz-nos a História local que o balseiro Afonsinho da Silva, logo após a Guerra do Contestado, construiu um pequeno capitel à margem direita  do Rio do Peixe, colocando uma imagem para sua proteção, próximo ao passo. Contudo, na enchente de 1939 as águas levaram a imagem mas, tendo implorado pela sua ajuda,  foi atendido, salvando-se num momento muito adverso, quando achava que isso já era impossível. Então, adquiriu outra, em Caxias do Sul, que acabou na primeira capela construída, aos fundos da atual Prefeitura e, depois, na esquina da Rua Formosa com a Pinheiro Machado. Atualmente, a imagem esculpida é exposta num belo capitel, na Praça Pio XII.

          Há pelo menos três  fatos que me marcaram a presença da Santa em minha vida: A primeira vez, na metade da década de 1980, eu estava em casa ouvindo no rádio as preocupações  em relação à estiagem que vinha ocorrendo e pensando em Nossa Senhora dos Navegantes. Lembrei que o amigo Reinaldo Durigon, que aniversaria no dia 02 de fevereiro, e era muito devoto dela. De repente, escuto um bater de palmas, é o Durigon vindo a minha casa, coisa que nunca havia acontecido antes. Adivinhei o que seria: veio propor-me realizarmos uma procissão, mexer com a imagem da Santa que, dizem, ajuda a movimentar as águas. Organizamos uma procissão levando a imagem desde a matriz, em Capinzal, até o Seminário, em Ouro, e logo depois choveu.

          Na segunda vez, a estiagem assolando nossas plantações, todo mundo desesperado e pedindo uma procissão para que chovesse. Aguentamos mais uma semana, até o dia 02, quando montamos um palco para celebração em cima de um caminhão do Ivo Maestri, na ponta do canteiro central, próximo do comércio de sua família. Bem na hora do Evangelho veio uma chuva tão intensa que todos foram abrigar-se embaixo das marquises das lojas. A Eliza Scarton trouxe uns guarda-chuvas  para o Frei David continuar a celebração. Restaram somente o Padre e algumas abnegadas senhoras para ajudar. Poucos restaram para receber a comunnhão e para os ritos finais...

          Numa oportunidade mais recente,  estava participando da Festa de São Paulo Apóstolo, na área de Lazer, em Capinzal, quando o Sr. Pingo, o Pingo das Cocadas, veio falar comigo, queria autorização para vender seus doces na semana seguinte, dia da Procissão, na Praça Pio XII. Estava a explicar-lhe que a responsailidade do evento, naquele ano, era da Capela do Bairro Navegantes, liderados pelo Rovílio Primieri. Dizia-lhe que era para falar com ele, que eu concordava, e tentava mostrar-lhe onde se situava a casa do mesmo, apontando com o dedo, para que o Pingo o procurasse lá. Nesse instante, uma mão tocou meu ombro: era o Rovílio. Queria saber porque estávamos olhando para seu bairro! E já se entenderam ali mesmo. Coincidência, ou presença de Nossa Senhora?

          Essas são apenas as minhas histórias, mas há as de outros. A grande verdade é que as pessoas acreditam, firmemente, que Nossa Senhora dos Navegantes tem poder e domínio sobre as águas dos mares e dos rios. Tem poder de regular as chuvas. E ajuda as pessoas a se defenderam das incertezas dos mares da vida. Como Yemanjá ou como Nossa Senhora dos Navegantes, o fato é que ela tem um elevado número de adeptos no país, principalmente nas cidades litorâneas. Então, todos os anos, no Dia da Padroeira, as pessoas   se reúnem para render-lhes graças. E, se for em tempo de estiagem, para pedir por chuva...
       

Euclides Riquetti

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Num castelo azul

 

Imaginei-te num castelo azul
Onde bailam valsas e tangos
Onde dançam musas e anjos
No meu castelo branco e azul...

Imaginjei-te num castelo com janelas brancas
Escadarias de mármore e de granito
Que nos levavam para o infinito
Além das paredes azuis e das janelas brancas...

Imaginei-te num castelo de telhados risonhos
Arquitetados para nos cobrir na noite e proteger das chuvas
Ladeados de vinhas da mais cândida das uvas
Cobertos prateados e altos, em nosso castelo de sonhos...

Imaginei-te com teu sorriso belo e franco
Com teu olhar de menina amedrontada
Com teu corpo de mulher desejada
Com quem me perco no lençol macio e branco...

Encontrei-te e me perdi em ti e no teu corpo formoso
Encontrei-te no sonho e acordei esperançoso
De te ver de novo!

Euclides Riquetti
14-02-2015

Apenas um raio de sol...


Permita-me ser um raio de sol no seu caminho
Apenas um, mesmo que tímido e acanhado.
Um pequeno esplendor, bem pequenininho
Um raio luminoso em sua pele jogado.

Um raio de sol como outro raio qualquer
Singelo, dourado, simplesmente fenomenal
A brilhar sobre seu corpo perfeito de mulher
Algo terno, admirável, sublime e sensual.

E que seus olhos de esmeralda possam me encontrar
Em horizontes plácidos nas paisagens airosas
Enquanto beijo a brisa suave que vem do mar.

E, nesta primavera e verão sulinos
Que os ventos nos tragam os aromas das rosas
E as notas  emanadas das cordas de um violino.

Euclides Riquetti

Faltou luz. Que bom!

Bom para relembrar...
          No final da ensolarada tarde de sábado,  o som da gaita do Adriano atravessava a rua, sobrepunha-se às roseiras que dão um especial e singelo colorido ao jardinzinho da frente de minha casa, varava as janelas, a porta da frente, a área de passagem lateral,  e ia parar lá no quintal, onde os sabiás, pardais e canários estão dividindo os galhos de minhas fruteiras para (re)pousarem,  e o gramado para ciscar.

          A melodia me transporava para as estâncias gaúchas,  para nossos pampas sulinos, onde as patas dos cavalos sulcam os carreiros em direção ao gado que pasta. O sol está-se escondendo atrás do morro, tornando nosso céu decorado por cores de indescritíveis matizes. Cada um de nós se ocupa com o que tem à mão: TV, telefone celular, computador, forno de microondas... De repente, tudo escurece e alguém gita: "Faltou luz!"  - É a Jujuba, que ainda pouco presenciou em sua vida essa questão de "faltar luz".

          Em poucos segundos, todos os recursos disponíveis acionados:  fósforos, velas, lanterninha de celular, pires para grudar as velas. (Duvido que, em sua casa, você nunca tenha usado um pires ou um cinzeiro para colar uma vela nessas ocasiões...) E a volta à normalidade (ou anormalidade?) - sem luz nas lâmpadas! Hora de ir ao encontro da realidade!

          A Jujuba ensaiou um pequeno choro, na verdade um resmunguinho de nada, fui logo imitando alguns animais, latindo, uivando, miando, fazendo "óinc", e ela foi adivinhando qual animal era. A Mama Ine e a Vó Mi começaram a mover as mãos,  formatando e projetando sombras e bichos nas paredes,  e ela, rindo, adivinhava que bicho era aquele. E falava: "Ih, sem luz não dá para ver desenho na TV! Nem dá pra tomar banho!" E, em poucos minutos, uma "brain storm" já estava instalada em nosso ambiente familiar. E a Jujuba, espreitando  pelo janelão do poço de luz: "Olha lá, tem uma estrelinha lá no céu! Como é bonita!"

         Pela sacada,  pude ver que na parte baixa da cidade e nas bandas da Unoesc a luz retornara. Comentei: " É só aqui no alto que está faltando luz. Algum carro deve ter batido num poste. Quando isso acontece, ficamos sem luz por um tempo, mas logo ela volta!"

          E a Julinha, com aquele seu jeitinho bem opinativo, me vem com essa: "Sabe, vovô, nas ruas tem muita gente comendo banana e jogando casca no chão. Se as pessoas pisam na casca, elas escorregam e caem. O pneu do carro deve ter escorregado na banana, derrubado o poste e daí ficamos sem luz!"

          E agora, velho?! Bem, rimos, vivemos meia hora de encantos, de diálogo, de alegria, coisa inexplicável. E lembrei-me das vezes em que faltava luz em minha infância, quando eu,  meus irmãos e meus pais ficávamos na varanda defronte de nossa casa, lá no tempo em que tudo era Capinzal, olhando para a ponte, esperando que algum carro passasse e nos trouxesse luz. Naquela época,  naquela mesma ponte onde agora passam dezenas de carros por minuto, tínhamos que esperar, muitas vezes, até meia hora para que passasse um. E nós acreditávamos que os caminhões, principalmente o F-600 do Rozimbo Baretta,  meu primo, nos traria de volta a luz, que muitas vezes demorava até dois dias para voltar. Mas, coincidência ou não, logo depois que o caminhão apontava lá perto do Cine Glória, no máximo quando se perdia lá na rua da cadeia, retornava a luz. Saudades disso também...

          Bendita a falta de luz no anoitecer de ontem. Apenas meia hora, mas tempo suficiente para vermos que há  outros modos de se viver mesmo sem termos à mão nossas comodidades e tecnologias. Como antigamente!

Euclides Riquetti
06-10-2013

Como as andorinhas...

 
Voam, silenciosas, na noite, as andorinhas
Como a que não querer que as vejamos
Abanam suas asas pequeninhas
Que as sustentam em seus voos calmos e planos.

Voam, silenciosas, sobre os telhados
Sobre os quartos onde dormem as crianças
Vagam  diante das janelas de vidros espelhados
Timidas em seus voares e em suas andanças.

Voam, silenciosas,  as andorinhas singelas
Voam com a delicadeza e a sua sutilidade
Sobre as casas verdes, brancas e amarelas.

E seu voo é como o dos anjos protetetores
Que cuidam dos lares, das praças, e da cidade
Vigiando tudo, nos céus dos esplendores.

Euclides Riquetti

domingo, 31 de janeiro de 2016

Você foi um anjo

Você foi um anjo que bateu asas
Que foi pousar  num campanário
Que sobrevoou os jardim das casas
Deixando meu coração solitário.

Você foi um anjo que me alentou
Que me deixou marcas inapagáveis
Tantos poemas você me inspirou
Viagens e sonhos inimagináveis.

Você foi um anjo de amor e ternura
Um anjo que me entregou uma flor
Um anjo da alma revestida de alvura.

Você foi um anjo bonito, idealizado
Anjo que à vida me trouxe muita cor
Anjo que me fez feliz e enamorado.

Euclides Riquetti
31-01-2016

Quando se é talismã

Quando se é talismã
Se é objeto de desejo
Tal qual o sol da manhã
Ou o sabor de um beijo...

Quando se é talismã
Se pode levar a boa sorte
Dar-lhe um cachecol de lã
Que lhe sirva até a morte...

Quando se é talismã
E se perde o que se tem
A vida se torna vã
E perde o sentido também...

Quando já não se é talismã
E se percebe que isso morreu
Busca-se com afã
Recuperar o que se perdeu!

Euclides Riquetti
31-01-2016






Tour em Ouro Preto e Mariana

           No sábado, 23,  segundo dia de aventuras em Minas Gerais,  fomos conhecer a história de Ouro Preto e Mariana. Levamos pouco mais de hora e meia para chegar na antiga Vila Rica, cidade dos inconfidentes, onde a cabeça de Tiradentes, (após ser enforcado no Rio de Janeiro e tendo seu corpo esquartejado e jogadas as suas partes ao longo da estrada Rio/Vila Rica, em cada povoado por onde os soldados do Reino passassem), foi exposta num poste na Praça Central. Ali, hoje, encontra-se um obelisco, monumento aos inconfidentes que as pessoas comumente chamam de "pirulito" por causa de sua formação estrutural, que se assemelha à guloseima.

         Nosso guia, Luciano, profundo conhecedor da História de Minas, também é muito bom proseador e bem articulado. Contava-nos detalhes que a história não nos conta. E, sobre alguns casos, as versões existentes e indicava qual delas se aproximaria da verdade histórica. Sobre os inconfidentes, eu tenho a minha própria, que formei estudando literatura, mais que história: aquele que foi considerado "mártir" foi apenas um cidadão usado pelos amigos para tirarem proveito de uma situação, pagou, como bode expiatório, a conta da rebeldia de todos. Acho que era o menos inteligente de todos e "dançou" porque não sabia se defender...

(Vou abrir um parêntesis aqui: recusei-me a fazer tour em São João Del Rei porque a maior propaganda que fazem de lá é por ser a cidade de Tancredo Neves. Para mim, um oportunista, que aproveitou-se de uma situação política favorável e foi eleito, pela via indireta, Presidente da República. Morreu sem pegar a faixa presidencial, nunca foi empossado, portanto não é "ex-presidente". E ainda nos deixou de herança o Sarney, que afundou o Brasil na inflação e nos desmandos).

         De qualquer forma, estar no ambiente onde a inconfidência teve seu palco, é instigante. Ficar imaginando toda a atividade de mineração por lá (que hoje é o principal fator de economia mineira,
 mas também o maior desagregador ambiental do nosso País), pode até nos emocionar. Na praça Central, próximo ao obelisco, edificações históricas que valem pela sua arquitetura e pelo capital cultural que ensejam. Um casal bem apessoado cantava música popular e andina, ao sol, no calçadão, e as pessoas compravam CDs deles. Muito talento, valia a pena ouvi-los. Lá vi um cidadão de cor muito clara, bem diferente do padrão mineiro. Abordei-o: era gaúcho de Antônio Prado, estava fazendo turismo de carro, com a família. Entoei: "Eu sou lá e Antônio Prado...  vivo triste, amargurado, pois não tenho um caminhão! mas com a safra da uva, este ano a coisa muda e compro um diabo de um filtron". Rimos, pois ele bem conhece a música  do Valdir Anzolin, canto de Veranópolis que já fez muito sucesso na região Sul.

         Depois de travar conhecimento, e de ter visitado uma mina de ouro antiga e estreita, onde penetramos por 165 metros em seu interior, e conhecemos a Igreja de Nossa Senhora do Pilar, fomos almoçar.

         Bem, vou dividir meus apontamentos em partes, para não me estender. Ficam convidados, leitor, leitora, a acompanharem minhas próximas crônicas, onde relatarei sobre o assunto. Abração!

Euclides Riquetti
31-01-2016

Dia da saudade - ontem!


Por que sinto saudades?

Sinto saudades porque minha vida teve bons momentos
Sinto saudades porque eu a sinto, simplesmente
Porque tenho um passado
Porque tenho um presente.

Sinto saudades porque sou um ser humano
E, por isso mesmo, tenho sentimentos
Sinto saudades porque,  na longa caminhada
Para chegar a este instante e a este lugar
Tive muita estrada a percorrer, muitos lugares por quais  tive que passar.

Sinto saudades porque já sonhei demais
E porque, sonhando, realizei aquilo que almejei, que desejei
Porque, lutando, tudo o que eu queria  eu conquistei
E, se houvesse sido frustrado, isso não me motivaria a sentir saudades.

Sinto saudades porque pessoas bonitas passaram em minha vida
Algumas se foram e me deixaram marcas e registros
E cada uma delas me deixou algo que me faz delas lembrar.

Sinto saudades porque tive uma infância bem vivida
Alegre, difícil, mas divertida!

Sinto saudades porque  a distância existe
Uma distância abismal ou temporal, mas existe
E, se houver distância sem haver saudades
É porque faltou-nos algo na composição de nosso ser.

Sinto saudades porque eu a sinto, simplesmente...
Sinto saudades
Muitas saudades... de você!

Euclides Riquetti