sábado, 16 de junho de 2018

Deixe-me ver seus olhos de perto

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Deixe-me ver seus olhos bem de perto
Fitá-los um pouco, um pouco que seja
E poder tocar seus lábios,  por certo
Sentir seu delicioso sabor de cereja.

Deixe-me tocar a pele de seu rosto
Sentir de perto o perfume que atrai
Acariciar  seu dorso e seu pescoço
Sentir seu corpo que se descontrai.

Deixe-me abraçá-la com leveza
Envolvê-la com carinho e sedução
Admirar, com os olhos,sua beleza
Sentir o pulsar de seu coração.

Deixe-me ficar o tempo que preciso
O suficiente para tê-la com paixão
O necessário para absorver o sorriso
Para amá-la com ardor e devoção...

Apenas isso...
Nada mais que isso!

Euclides Riquetti

Governo capengando e Brasil afundando


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       A greve dos caminhoneiros mostrou aos brasileiros o quanto nosso (des) governo é incapaz de lidar com crises. Não imagino que ele não tenha um serviço de informações capaz de lhe adiantar o que poderia acontecer em caso de ocorrência de uma greve de tamanha dimensão. Bons governos são assessorados por equipes muito competentes, que, em vez de puxar o saco, orientam o chefe sobre o que pode acontecer e quais as consequências do que acontece. Mas não dá mesmo para esperar alguma coisa positiva de um grupo que chegou ao poder apenas para proteger seus interesses e os de seus apaniguados.

       E o descrédito do Governo Temer é tão grande perante a população, que nenhum candidato que se situe no “centrão” consegue decolar. O centrão é composto por políticos de direita que fingiram, ao longo dos anos, serem de esquerda, para ficar bem com o eleitor mais pobre. Primeiro, uns que se achavam inletectualizados, cheios de teorias sobre política, economia e gestão pública, que aprovaram uma constituição que eles agora veem como torta e desatualizada. Depois, foram se acostumando com a vida boa e as vantagens de lidar com empreiteiras que prestam serviços aos governos.

      Uma pesquisa do Instituto Data Folha do último final de semana,   mostra que 72% dos entrevistados acham que a economia piorou nos últimos meses. Bem, o Governo vinha comemorando dados de inflação baixa, baixando, inclusive, os juros. Agora, toda a instabilidade política ocasiona a alta do dólar e péssimas consequências em nós. Até a palavra “indexação” chegou ser mencionada, termo em desuso há mais de 20 anos, desde o advento do Plano Real.

       Mas a pesquisa mostra também a baixa popularidade de Michel Temer, que bate recordes encima de si mesmo. Há poucos meses, ele se vangloriava de que a sua impopularidade era resultado das medidas que colocava para votação no Congresso Nacional. Agora, não tem como justificar. E o candidato que for apoiado por ele para Presidente vai perder votos. Aliás, há estudos que mostram que o candidato que for apoiado por Luiz Inácio herdará muito de seu capital eleitoral. E, como as eleições se definem na hora da campanha, certamente que o candidato que o PT apontar terá grande possibilidade de ir para o Segundo Turno nas eleições deste ano.

      Numa greve, poucos ganham e muitos perdem. Imagino que, em curto prazo, vamos perder muito com ela. Mas é possível que, num ano, tudo seja superado e que voltemos ao desejado crescimento econômico e, quem sabe, tenhamos melhores condições de vida para todos os brasileiros. Que o tempo passe depressa, as coisas de acalmem, e que nosso País não afunde de vez.

Euclides Riquetti – Escritor – membro da ALB/SC




Beijar teus lábios

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Há coisas que faço  com  muito gosto:
Beijar teus lábios me deixa excitado
Acariciar  teus cabelos me deixa encantado
O teu olhar me tem perturbado...
Mas,  o que  mais me apraz,  é afagar teu rosto.

Beijar-te com volúpia e voracidade:
Despertar em ti instintos adormecidos
Abraçar teu corpo totalmente despido
Andar por caminhos desconhecidos...
Amar-te por toda a eternidade.

Dizer ao mundo que somos felizes:
Distribuir rosas em todos os lugares
Surpreender mentes, suscitar olhares
De mãos dadas, por onde quer que  andares...
Viver as cores do amor em todos  os matizes.

Andemos, musa inspiradora de meus pobres versos
Apenas nós dois, nos vales do universo!
Apenas nós dois, por caminhos incertos
Andemos nas cidades, andemos nos desertos
Mas andemos, de mãos dadas, andemos...

Euclides Riquetti

sexta-feira, 15 de junho de 2018

Diga-me apenas por que rua vai voltar


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Diga-me apenas por que rua vai voltar...
Se é pela que vem com o sol,  ou a com que ele vai
Diga-me se vem pelas areias do mar
Ou vem das montanhas que me fazem pensar
No seu rosto bonito que de minha mente não sai...

Diga-me apenas que não vai me esquecer
Que bons momentos são doces lembranças  que se eternizam
Diga-me que no mundo não há razões para o sofrer
Se estivermos dispostos a tentar  compreender
As angústias e  a ansiedade que nos martirizam.

E, na simplicidade de meus versos e de minhas pobres rimas
Um recado que brota de meu coração cigano
Palavras que elevem seu ânimo e a estima
Na tarde cansativa ou na noite mal dormida
Na manhã do pecado e do meu beijo profano...

Euclides Riquetti

Poeminha

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Eu fiz pra ti este poema
Um poema de amar e querer bem
Eu fiz pra ti este poema
Apenas pra ti e pra mais ninguém.


Euclides Riquetti

quinta-feira, 14 de junho de 2018

Olhe pro céu azul...


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Olhe pro céu azul que é nosso.
Meu e seu
Seu e meu:
Nosso!

O céu que nos cobre
É nosso manto.
É o cobertor mais nobre:
É natural e santo!

Então, olhe bem para o azul intenso
E para os algodões que flutuam
No infinito firmamento.

E sinta o soprar dos ventos
Que por certo atenuam
Meus pecados em pensamentos!

Pensamentos que voam
Apenas porque
Eles buscam você
No mesmo céu em que ecoam!

Apenas isso!
Somente isso!

Euclides Riquetti




Sabor de uva rosada

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Beijo com sabor de uva tardia
Na tarde quente e ensolarada
Beijo de verdade, nada de utopia
Beijo com sabor de uva rosada.

Beijo com sabor de uva, beijado
Sabor sorvete gelatto napolitano
Beijo com o frescor, adocicado
Beijo de amor caliente e profano.

Beijo com abraço e carinho
Desde que com sabor de uva
Ou então com sabor de vinho
Mesmo que na noite de chuva.

Beijo com ardor e com abraço
De mergulho, gozo e perdição
Beijo pra aliviar meu cansaço
E volver meu poema em canção.

Mas sempre com sabor uva
Uva de mesa, rosada!

Euclides Riquetti

quarta-feira, 13 de junho de 2018

Ousadia

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O toque gentil  de tuas mãos em meu rosto
O toque sutil de minhas mãos em teus ombros
O toque melódico de tuas palavras em meus ouvidos
O toque romântico de meu ser em teus sentidos...

O toque delicado de teus braços em meu corpo
O toque suave de minha pele em tua pele alva
O toque perfumado de teu peito em meu peito
O toque dadivoso de meu olhar em teu olhar.
O toque de teus beijos ardorosos em meus lábios
O toque de meus beijos em teus lábios rosados.

O toque sensível do tudo de mim em ti
O toque inimaginável do tudo de ti em mim
A perdição do momento desejado
A perdição no pecado
O amor consumado
Sem fim...

Tu estás em mim e eu estou em ti
Sem nenhum medo:
Apenas paixão, amor segredo!

Desejo de mim por ti, por ti, por ti
Desejo de ti por mim, por mim
Desejo imedível, ousado
Pecado, imersão, pecado!

Euclides Riquetti

Entregue-me seus sonhos, seus segredos!


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Entregue-me seus sonhos
Seus desejos
Seus medos
Entregue-me seu olhar
Seus cabelos
Seus seios
Seu corpo de modelo...

Entegue-me tudo sem pedir nada em troca
Faça-me perguntas sem esperar respostas
Faça-me carinhos e diga-me coisas que nos importam
E eu  darei amor, abrigo, agasalho, e tudo de que gosta.

Entregue-me seus sonhos juvenis
Ternos
Eternos
Sutis...
Mas entregue-os.

Entregue-me tudo sem nenhum temor
Como se me estivesse dando apenas uma flor
Entregue-me seus lábios de cor delícia e de sabor cereja
Entregue-me sua alma que me acalenta e deseja.

Coloque suas mãos entre minhas mãos
E entre meus dedos seus delicados dedos
Entregue-me com  paixão  seus grandes segredos!
Apenas seus segredos...
Para que eu possa
Compreendê-los!...

Euclides Riquetti

terça-feira, 12 de junho de 2018

Um outro sol


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Há um outro sol em nossos dias, pois...
É aquele que na tarde vai embora
Que no inverno vai antes da hora
E, no verão, um pouco depois...

Termina o dia amarelado
(Embora tenha nascido avermelhado, alaranjado)
Quando o céu deixa de ser azul
E se torna acinzentado
No leste e no sul.

Ah, dizem que é o mesmo que veio do Oriente
E que cumpre sua rotina de ir para o Ocidente!
Vem do Leste
Vai para o Oeste
(Eu digo que é para o Sudoeste).

Como acredito em ti
No google e no  dicionário
E nas doutrinas de Astronomia que já li
Nada posso dizer... em contrário!

Nosso Astro é um Rei
É uma divindade de escol
Cumpre, no universo, sua natural Lei:
Apenas ser um imponente astro-rei:
Nosso Rei Sol!

Sol da meia/noite lá,
Sol do meio/dia cá...

Euclides Riquetti

Vai, Cafu!

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          O Cafu era meu vizinho quando nossas meninas tinham apenas um ano de idade. Era  pedreiro, trabalhava aqui e ali, em Ouro. Morava num anexo a um açougue desativado, do Benjamim Mioqueloto, há uns 8 metros de minha casa. Pois o Cafu tinha duas paixões: Uma menina e um menino,  e um time de futebol: O Inter, de Porto Alegre.

          Tinha bandeira do Inter, camisa vermelha do Inter, fotografias tiradas no Baira-Rio com os jogadores do Inter. Seu compadre, Dr. Vicente o levou lá para conhecer o estádio e os jogadores, e ele  tirou fotos com o Capitão Figuerôa, Falcão, Batista, Caçapava e Escurinho, todos craques daquele timão que fora campeão gaúcho numa grande sequência de vezes,  e ainda brasileiro. Numa das fotos tinha o Marcelo, um menino magrelinho, cabelos claros, filho do nosso médico. Até hoje esse menino, que agora já é bem adulto, posta fotos do Clube Gaúcho de seu coração na internet.

          O Dr. Vicente tinha um Fordeco. Um Fordeco, na década de 1970, inspirava charme e saudosismo. Equivalia a, hoje, ter um fusquinha daquele modelo que fabricaram até 1969, com aqueles parachoques cromados, que na hora de lavar davam mais mão-de-obra do que os que fizeram a partir de 1970. Gostava de desfilar com os filhos pelas ruas calçadas com paralelepípedos de Capinzal e Ouro. E, quando o Inter ganhava um campeonato, e ganhava muitos, comemoravam andando com o F-29.

          Mas, como não me propus a escrever sobre fuscas e sim sobre o Cafu, devo dizer que ele herdou o apelido graças ao de um ponteiro-direito muito veloz que jogava no Fluminense. Como ele trainava na mesma posição no Arabutã, o pessoal lá da Baixada Rubra, na antiga Siap, assim o apelidou. E, por uma acomodação da linguagem, uma corruptela da palavra, acabou se tornando o Cafu. "Cafú", pronunciado assim, mas sem acento, que a regra gramatical não permite.

          O Cafu recebia muitas visitas em sua moradia acanhada. Mas a esposa dele dava um jeito de tratar todos muito bem. Dona Eva resolvia tudo, até fazia o chimarrão. E o Cafu, na boa, sentava numa das cadeiras de palha, daquelas que o Fongaro produzia lá no Alto Algre, e acomodava o visitante. E, visita bem tratada, volta sempre. Quando chovia, era visita na certa, pois pedreiro que se preza não trabalha em dia de chuva, ainda mais se tem risco de asma. E outra coisa que não falta na caixa de ferramentas é o radio de  pilhas. Motorrádio, de preferência, com 4 pilhas médias. Pega de tudo. Até canarinhos, pombas, arapongas...

          Acomodado o visitante, a segunda parte era  a mostra do álbum  de fotografias. Virava cuidadosamente cada página, mostrava, explicava. Pois tinha até uma foto do Fordeco do Dr. Vicente, uma relíquea, com  bancos bonitos, lustrinho, rodas com raios cromados, até buzina tinha... E muitas dos jogadores do Inter.

        E, quando seu time perdia, abaixava a cabeça e ficava emburrado. Pegava um martelo e coitado  do prego que aparcesse na frente: era pancada em cima de pancada. A cerca da mangueira do açougue era o equipamento certo para suportar sua ira.

          Num em dia que foi fazer uma consulta, com o Dr. Vicente, é claro, me aparece em casa com uma caixa de papelão comprida. Eu não perguntei nada, pois cada um de nós cuidava de sua própria vida. No vidro de uma das janelas, colava santinhos do candidato adversário do meu nas eleições, provocava. Mas eu não entrava na dele... Nossa amizade era uma coisa, a política era outra. E ele era do Inter e eu do Vasco...Eles tinham o Falcão e nós tínhamos o Roberto Dinamite, que ainda não virara espoleta.

          No outro dia, quando volto da Escola onde lecionava, uma big de uma antena sobre o telhado. Pensei: "O Cafu comprou um televisor. Legal, agora a Eva vai ver novelas e as crianças vão ver o Balão Mágico. E ele o futebol".

          Na primeira oportunidade, entabulei conversa: "TV nova, Cafu?"

          "Não! É uma antena de FM. Não é de TV. Comprei um rádio FM e vou escutar a Transoeste FM, de Joaçaba. A antena é pro rádio!"

          Argumentei porque ele não comprou uma geladeira, então, que ainda não tinha. (Eu devia ter ficado quieto e não me metido na vida dele...)

         E ele respondeu-me: "A minha já tá chegando. Mais uma semana e você vai ver quanto frio vai fazer a partir de junho. Quem precisa de geladeira com um frio desses que vem aí?!"

         Esse era o Cafu!  Andei assuntando e me parece que se abriga  ali pelas bandas de Herval d ´Oeste. Ainda não obtive o endereço, mas vou encontrá-lo uma hora dessas. Quero ver aquele álbum com aquelas valiosas fotos dos maiores craques que o Inter já teve. E rever o Cafu e, de repente, reencontar suas crianças, que já devem estar bem grandes!

Euclides Riquetti
02-06-2013

Preciso do vento que vem do mar


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Eu preciso do vento que vem do mar
Preciso da lembrança para me embalar
Preciso do sol nas tardes e manhãs
Preciso de ti nas tardes e manhãs
E no sonho tenro que a noite me traz.

Preciso afirmar minhas convicções
Rever conceitos que me vêm e apago
Conter meus impulsos e frear emoções
Preciso do alento de teus afagos...

Sou como a mão que alinha tijolos
Dispondo-os siametricamente
Como o profeta que prediz os sonhos
Sonhadamente
Como poeta que empilha versos
Livremente, harmoniosamente!

Mas preciso de ti para formatá-los
E só para ti lê-los decerto
E só tu os ouças por certo.
Preciso...

Euclides Riquetti

segunda-feira, 11 de junho de 2018

No dourado do sol


Vitamina D. Quando o sol é mesmo uma fonte de saúde por excelência


No dourado do sol, eu vejo apenas um brilho
Igual ao  seu sorriso
Que como o seu rosto liso
Eu gostaria de apalpar...

Nas estrelas da noite, vejo  a prata brilhar
Igual aquele olhar
Que eu tanto admiro
E de que eu tanto preciso...

No luar que nos cobre e nos abençoa
E na voz que sorri e que diz que perdoa
Navega o meu pensamento...

Numa tarde quente e ensolarada
Caminhando absorto, numa longa estrada
Procurando-a no tempo...

Em todas as horas, em todos os momentos
Procurando-a no vento...
Sim!

Euclides Riquetti





O pós-greve e a mudança de comportamento dos consumidores



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       Passados os primeiros dias após a volta da circulação dos caminhões nas rodovias, vê-se a escalada de preços de alguns produtos, principalmente nos hortigranjeiros. Mas, também, pude observar o critério com que as pessoas procuram os produtos nos mercados, selecionando o que lhes é conveniente comprar. Olham os preços, fazem cara feia, não levam os produtos, ou compram bem menos do que são acostumadas, buscam alternativas, substituindo um produto por outro.

       Conversando com essas pessoas, é possível ver o quanto entendem de economia. Mais do que muitos economistas teóricos. Compreendem a Lei da Oferta e da Procura como poucos. Há a oferta já, normal, mas os preços estão acima dos que conheciam antes da crise. Então, compram menos do que costumavam, escolhem produtos que estão já há alguns meses nas prateleiras. Pequenas mudanças de hábito que lhes farão bem ao bolso.

       Ainda, é possível ver que há bem menos carros andando nas ruas. O preço alto da gasolina, para os postos onde abasteço quarenta centavos a maior, nos indicam aumento de 10%. Isso é muito. E, num ano, a gasolina ficou 50% mais cara. Se o dólar subiu 10 12 por cento, se o petróleo subiu 20 ou 25%, o reajuste do preço dos combustíveis foi desproporcional.

       O Brasil, segundo o ex-ministro Delfin Neto, incentivou, a partir de 2009, o crescimento da frota dos caminhões, facilitando os financiamentos com juros baixos e isentando impostos, prevendo um crescimento da economia em 4% ao ano, o que não aconteceu. Então, a oferta de fretes aumentou acima do que foi a necessidade de caminhões para transportar os produtos, fazendo com que houvesse a queda dos preços dos fretes. Agora, o Governo tenta ajustar a economia com intervenção legal, não de acordo com o comportamento do mercado. E isso poderá ser fatal para o Brasil.

       Em 1972, participei de palestras com um superintendente da Petrobras de São Mateus do Sul, onde se implantava a industrialização do xisto. Eu tinha vários colegas de classe, na faculdade, que trabalhavam na usina, tanto na operação quanto na administração. O Brasil buscava ser auto-suficiente, o planejamento era nesse sentido. Depois vieram os programas de produção de álcool, e a melhoria do padrão do transporte ferroviário e do de cabotagem. Mas houve um descuido governamental e o transporte rodoviário de cargas, consumindo o óleo diesel, passou para mais de 65%. Fala-se em até 80%. Erros de planejamento, decisões políticas erradas, má gestão da Petrobrás, corrupção, etc.

       Além da complexidade de todo o sistema de prospecção, retirada e produção do petróleo, há a logística da distribuição dos combustíveis, a alta tributação, os lucros e uma série de interesses contabilizáveis. Certas, estão as donas de casa que estão comprando com muito critério. Certos estão os que estão andando um pouco mais a é ou de ônibus, para comprar menos combustível. E o Governo que faça sua parte, replanejando a produção de energia, cuidando dos programas de implantação de usinas hidrelétricas, abrindo a possibilidade de implantação de ferrovias através de PPPs, repactuando os contratos de concessão de rodovias pedagiadas, e as montadoras produzindo caminhões o em número adequado às necessidades brasileiras. Há outras medidas que você, leitor, deve conhecer e que sabe que podem a ajudar. Estamos presenciando uma severa mudança de comportamento da sociedade.

Euclides Riquetti – Escritor – Membro da ALB/SC

Tu tens a mim e eu tenho a ti


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Entrego-te meu corpo e minha alma
Sem ressalvas
Para que os uses
E abuses.
Reservo-me a parte negra,  e dou-te a alva...

E te ofereço  meus beijos
Que se perdem com os teus
Que satisfazem teus desejos
E os desejos meus
Os que se avivam agora e os que hão de vir:
Tu tens a mim e eu tenho a ti!

Entrego-te,  de olhos fechados
Meu coração flechado
Despido
Livre, ou
Atingido
Pelo cupido!

Entrego-me o que tenho de mais sagrado:
A parte de min´alma sem pecado
E fico com o lado carvão.
(O lado escuridão)!

Entrego-te o melhor de mim:
Entrego-te meus versos, minhas estrofes e meus sonetos
Os limitados e os perfeitos
Os livres e os alexandrinos
Que só têm um destino:
Dizer que tu podes ter a mim
E que eu posso ter a ti!

Euclides Riquetti

domingo, 10 de junho de 2018

Aquela estrela que cintila no céu

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Aquela estrela que cintila no céu e me vê
Que me olha mansamente
Com seu olhar sensual
Com seu brilho atraente
Que me faz sentir-me contente
Feliz, disposto, jovial
É você! Só pode ser você...

Aquela estrela por quem me importo
Com a  qual me preocupo sempre e  sempre
E que diz importar-se comigo também
Que está sempre presente em minha mente
Para quem declamo meus repentes
Precisa ser minha e de mais ninguém
Pois nela me animo, revivo e conforto...

Aquela estrela que faz brotar a faísca da paixão
Aquela estrela deixa o perfume no ar
Aquela estrela que mexe com meu coração
Que vai e que volta mas vem me encontrar...

Aquela estrela vem no pensamento e não sai
Aquela estrela que chega até mim e não passa
Aquela estrela pendurada no céu que não cai
Que me olha, me beija, me encanta e me abraça...

Euclides Riquetti