Minha coluna no Jornal Cidadela, em
06-07-2018:
Parque Central de Joaçaba - bom para a cidade,
mas com muito concreto e pouca vegetação!
Por analogia,
entende-se que o termo veio por apropriação do “Central Park”, de Nova York, e
foi construído numa área bem próxima ao centro de Joaçaba, onde, antes se
situavam o Estádio Municipal Oscar Rodrigues da Nova, o Ginásio de Esportes
Governador Ivo Silveira e o Tiro de Guerra, três composições que marcaram,
grandemente, a história de Joaçaba.
O projeto é bom
para a cidade, tanto é que está com boa frequência de Público. As gerações que,
como eu, sentem saudades dos equipamentos que ali existiam, vão continuar com
saudades por muito tempo. Mas virão nossos sucessores e teremos bom uso do
parque, que recebeu o nome, merecidamente, do ilustre Ivan Oreste Bonatto.
Mas, há algumas
considerações que não posso deixar de expor aqui:
A
cidade não recebeu outro estádio comportando campo de futebol em troca. E o
futebol, uma forte paixão dos joaçabenses, foi sepultado, aqui, junto com a desativação,
primeiro do JAC, e depois do estádio;
O
ginásio não foi ainda substituído, devidamente, por outro equivalente. O do
bairro Santa Tereza será bem melhor do que o que foi demolido, mas ainda não
foi entregue à população e o público que o frequentar não terá espaços, nas
imediações, para estacionamento de seus veículos. Assim, terá que ser definido
como um ginásio “do Bairro Santa Tereza” e não “de Joaçaba”. O bairro o merece.
O
Tiro de Guerra foi o que teve melhor destinação. Está localizado no Bairro
Clara Adélia, ocupando uma edificação de escola que foi ali desativada, com
boas instalações. Sou muito a favor de que os equipamentos públicos sejam
retirados da área central e colocados nos bairros. (Herval d´Oeste, por
exemplo, perdeu a oportunidade de ter o prédio de sua Prefeitura transferido
para um bairro, levando desenvolvimento a uma nova área da cidade, deixando o
imóvel atual para a instalação do Fórum de sua Comarca, numa negociação
vantajosa para ambas as partes).
Com relação ao Parque, há algumas observações a serem feitas: Para a
quantidade de material produzido a partir de cimento, ferro e pedras, não houve
a implantação proporcional de vegetação. Ainda na época da implantação, sugeri
às autoridades que fossem plantando árvores, o que aconteceu somente na fase
final de execução do projeto. E, no barranco que sustentava arquibancadas,
ainda não foi oferecida a necessária cobertura vegetal, com plantio de árvores
e gramados.
É certo que, quando o verão chegar, e as pessoas estiverem usando muito
o local, o calor será insuportável ali. Então, imagino que, onde puderem ser
plantadas mais árvores, o momento é agora, no inverno. Miremo-nos na Praça
central de Campos Novos, ou na Área de Lazer Dr. Arnaldo Favorito, de Capinzal,
e copiemos o bom exemplo de lá!
De qualquer forma, o Parque central é um bem muito útil para nós e é
possível que, ali caminhando, além de necessário e deleitante exercício físico
e mental, possamos encontrar muitos amigos.
Euclides Riquetti – Escritor – Membro
da ALB/SC