sábado, 14 de setembro de 2024

Diz aí!

 


 



Diz aí

De que tipo de poema de que tu mais gostas

Fala aí

Mostra pra mim, espero por tua resposta!


Diz pra mim

Que meus versos estão pra teu paladar

Fala pra mim

Ajuda-me a te servir, a te agradar!


Diz-me agora

Pra me mostrar quais as melhores rimas

Fala-me agora

O que mais satisfaz a tua estima!


Mas, se não quiseres dizer nada

Respeitarei o teu silêncio 

Mulher discreta, bonita e reservada

Ficar calada é teu indiscutível direito!


E eu,,, te aplaudo!


Euclides Riquetti

O Brasil que queima, tem culpados?

 



       A situação de artistas, jornalistas, políticos, ambientalistas e outros que se dizem amantes da natureza está em cheque! Quem defende a natureza,  tem que defender em todos os momentos e em todas as circunstâncias. Não pode ter tendencioso nem de  esquerda e nem de direita. Tem que ser sensato e justo. O resto é pura balela.

       Não os esqueçamos que não foi o Brasil que montou os chaminés na Revolução Industrial da Europa, nem nós que fabricamos todos aqueles carros que poluíram a atmosfera queimando petróleo, o combustível fóssil mais atacado, mas nunca deixado de lado. Agora, precisamos de inteligência, bons exemplos, conhecimento e bom senso para salvar nossas terras, águas, ar, e nossas vidas. Então, menos política, menos falação e mais ação planejada!

       Os pantaneiros conhecem bem a situação do Pantanal Matogrossense. O agricultor sabe dos riscos que tem para sua propriedade se efetuar queimadas em tempos de estiagem e altas temperaturas. A Polícia Ambiental sabe de quantos e quais equipamentos precisa para combater os focos de incêndio. E os governos Federal, Estaduais e Municipais sabem  que precisam trabalhar unidos e ter um planejamento que contemple a prevenção e outro que cuide do combate ao fogo.

       Quando você assiste vídeos e reportagens do alastramento dos incêndios, você consegue facilmente fazer a leitura do que está acontecendo. Quando ouve ou jornalista daqueles que nunca sai da sala com ar condicionado emitindo sua opinião carente de base, então você constata que cada um defende sua narrativa, seu interesse político, ou o que quer que seja. E   vê lá uma área de milhares de hectares sendo dizimada pelas chamas. E as reservas legais, aquele percentual de terras pouco ajudando. É certo  que, se as grandes fazendas tivessem suas áreas divididas em partes, e cada uma dessas fosse contemplada com um cinturão verde (vegetal), seria bem mais fácil impedir o avanço do fogo, apenas com o lançamento de água sobre as faixas de vegetação. Que, se ao longo das rodovias, houvesse uma faixa de 100 metros dessa vegetação, entre a área de domínio rodoviário e a de cultivo, os riscos diminuiriam em muito. E, se você conversar com os que moram lá na Amazônia,  aprenderia um monte de coisas que seriam efetivamente úteis.

       Infelizmente, as narrativas têm sido muitas, mas a ação séria está .longe de acontecer! Vejam que não falei de dinheiro. Melhor usar a inteligência do que reclamar por dinheiro, que nem sempre é a solução para tudo.

       Minha opção  política e minha liberdade de opinião   Na semana, um cidadão ousou me dizer  que eu teria vínculo com um politico da cidade. Está muito enganado! . Não preciso da política, nem de cargos, leio muito sobre política, economia, gestão pública, cultura, turismo, educação,  sou  razoavelmente informado, nunca aprendo o suficiente, tenho um pouco de experiência. Não preciso de emprego e tenho a vida planejada e organizada, portanto luto pela  minha independência, voto em quem eu quero, não preciso de nenhum pretenso influenciador ou cabo eleitoral de candidatos.

       Nestas eleições municipais, estou acompanhando  a política em algumas cidades. Em Joaçaba, as campanhas estão como iniciaram. Sartori mostra as estradas bem cascalhadas, as pontes de alvenaria que foram feitas e as ruas asfaltadas. Gabriel procura passar sua jovialidade e segue alinhado aos propósitos do PSB e do PT. Pedrini apresenta-se como o político da nova geração, com ideias de inovação. Tenho conversado com candidatos à Câmara e lhes dito que em alguns segmentos vale usar as redes sociais e isso é adequado para os jovens. Pessoas maduras precisam gastar as solas dos sapatos. Pessoas de meia idade ou os já no mercado de trabalho, a sola e a internet. Claro que o currículo do candidato, suas ideias e sua folha de serviços para a comunidade contam muito. O que não se pode esperar é que, tendo muitos amigos, se obtenha muitos votos. O amigo de um, também é de ourto, e de outro ainda. O colega de um também pode ser de outros. Com quase sete dezenas de candidatos a vereador em Joaçaba, é difícil que o eleitor não conheça ao menos meia dúzia deles. Vai conquistar votos quem for mais competente para fazê-lo. E não tem mais a onda nacional influenciando, como no pleito anterior.

       Perdas importantes que enlutaram Joaçaba nos últimos dias: Maestro Emílio, professora Vivina Gelatti e Vilson Leorato, o Zequinha. O maestro Emílio, com seu conhecimento e competência, dirigiu corais de diversas cidades. Andava quieto em seu canto e o seu falecimento foi lamentado pelas pessoas que o conheceram. A professora aposentada Vivina, que morava aqui perto do Seminário, teve o seu sepultamento em Luzerna com grande presença de amigos e parentes. O “menino” Vilson, também conhecido como Zequinha, foi velado na capela do Cemitério Frei Edgar, onde recebeu belas homenagens, sendo depois trasladado para sua terra natal, Lacerdópolis, onde foi sepultado. A todos os familiares e amigos deles, nossas mais sentidas condolências.

Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com

Publicado no Jornal Cidadela - Joaçaba - SC

Em 12-09-2024

 

Meias brancas, de algodão


Imagem relacionada


Você, com meias brancas de algodão
Meias de cano curto, com elastano
Delicadeza nos pés que tocam o chão
Que atiçam meu imaginário profano!

Você, com seus pés bem protegidos
Pisando na calçada fresca e limpa
Tênis brancos para os pés esculpidos
Ressaltando a pele de bronze retinta!

Você, com seu ar jovial, provocante
Desfila na passarela dos meus sonhos
Me encanta com seu jeito elegante
Anima-me nos dias mais enfadonhos!

Você, com suas meias acolchoadas
Com os pés devidamente acomodados
Com sua beleza de mulher idealizada
Que atrai meu pensamento provocado.

Você, apenas você e mais ninguém
Inspiração de meus versos e escritos
Ser singular a quem quero tanto bem
Corpo perfeito, olhar doce e bonito!

Euclides Riquetti

Todos os versos que eu carpintei

 


 


 






Gostaria de que tu lesses
Todos os versos que eu carpintei
Que compuseram as estrofes
Dos poemas que eu publiquei.

Carpintei alguns rimados
Alguns com cheiro de poesia
Outros bem elaborados
Para que tu os ouvisses um dia.

Gostaria de ver-te me ouvindo
Atenta às minhas declamações
Que eu sussurraria em teus ouvidos
Como as palavras das canções.

Carpintei dezenas, centenas deles
Carpintei, talvez, milhares.
Inspirados,  todos eles
Em teus sorrisos, em teus olhares.

Gostaria de ouvir, vindo de ti
De que gostas muito de ler
Todos os poemas que escrevi
E dos que ainda vou escrever...

Euclides Riquetti

Beijo mentolado

 






Um beijo mentolado
Qualquer beijo que seja
Pode ser adocicado
Com sabor de cereja
O que importa é ser seu
Pra animar o meu eu...

O beijo esperado
Na manhã muito quente
Que seja dado ou roubado
Mas que seja da gente
O que importa é ganhar
Beijar, amar, beijar...

Um beijo prolongado
De amor, de perdição
O beijo desejado
Com muita excitação
Um beijo pra não esquecer
Que me faz sentir, faz viver!

Euclides Riquetti

Meus sonhos transpõem a imensidão


 


 






Meus sonhos transpõem a imensidão infinita
Na fria madrugada do outono insensato
Buscam te reencontrar formosa e bonita
Para levar-te meus beijos e meus abraços!

Meus sonhos navegam para além das paredes
Buscando encontrar teus afagos e carícias
Para encontrar, em ti, a água para minha sede
Para saber como estás, ter tuas boas notícias.

Meus sonhos não têm limites e nem fronteiras
Voam, livres, pelo incógnito espaço sideral
Para abraçar tua nudez inspiradora e faceira...

Eles vão para ter a ti e para que tu os tenhas
Para nosso colóquio amoroso e magistral
Pois tu és meu fogo e eu sou tuas lenhas.

Euclides Riquetti

Cheiro de chuva e mato (em você)

 


 


 





Sinto, em você, o cheiro de chuva e mato
Os odores da paixão que se traduzem
Os sabores da ilusão que se misturam
Com meu cheiro, seu cheiro e o do mato!

Sinto, em você, o frescor da tarde chuvosa
A cor da flor, da semente que foi guardada
E que se tornou planta da mesma germinada
O odor da flor perfeita, do cravo,  da rosa! 

Sinto, em você, o cheiro doce da saudade
Das horas, dos dias e meses que passaram
Ainda  o cheiro das estrelas que apagaram
Que se reacenderam em sua real majestade!

Sinto, em você, o cheiro puro e indizível
E me delicio, em você, tão perdidamente
E me envolvo, com você, alegremente
No cheiro de chuva, de mato, indescritível!

Euclides Riquetti

Entenda-me

 




 





Entenda-me... compreenda-me...
Procure me entender porque eu sou assim
Procure minha história de amor sem fim
E você vai finalmente me entender!

Pesquise então... busque mais informação...
Procure ler, procure ouvir e saber mais
E vai perceber eu sou do bem, que sou da paz...
Que a realidade determina o rumo de meu chão...

Verifique bem... constate muito bem...
Procure formas de viver a vida como eu faço
Não me entrego nem nas horas de cansaço
Busque viver bem...busque ser feliz também...

Mas me inclua no seu  contexto de cumplicidade...
Não me deixe fora de seus ternos planos
Deixe-me lembrar dos belos rumos que traçamos
De dividir os sonhos, a alegria, a felicidade!

(Bem assim...)

Euclides Riquetti

Deixe-me acariciar seus cabelos


 


 


 

 
 

Apenas deixe-me secar seus cabelos
Deixá-los leves, macios, e  sedosos
Cuidar deles com todo o meu zelo
Admirar seus ombros belos e  formosos
Perder-me em sutilezas e em  pecados.

Apenas deixe que eu os alise e afague
Com minhas mãos ansiosas de querer
E que de minha mente nunca se apague
A lembrança de cada olhar, de cada viver
E que por você eu me perca e me embriague...

Apenas diga que gosta de minhas carícias
E eu sou muito importante em sua vida
Que possamos dividir todas as delícias
Em cada beijo trocado e na paixão sentida
Sem ferimentos, sem dores, sem sevícias.

Euclides Riquetti

Em meio às flores do verão

 


 



Em meio às flores do verão

Está você

Como se fosse em pedestal erigida

Está você!


Embaixo do sol que bronzeia

Está você

Esculpida qual bela sereia

Está você!


Perto do mar calmo e azul 

Está você

Em qualquer praia aqui do Sul

Está você!


E, onde quer que você esteja

Sob o manto celestial

Ou sob um chão de estrelas

Procuro você!


Porque você, assim, doce e natural

Me encanta sinplesmente

E eu, verdadeiramente

Também me encanto por você!


Euclides Riquetti

No amanhecer ameno de mais um dia de verão

11-02-2022

Revista "O Cruzeiro" e o "Amigo da Onça"

 


 





          Ao final de 1928, quando se avizinhava  a maior crise econômica que abalou a História, o Embaixador Assis Chateaubriand, dono dos Diários Associados, lançou uma revista que pretendia que se tornasse a "revista de todos os brasileiros", que circulasse, semanalmente, do Amazonas ao Rio Grande do Sul, em todos os municípios brasileiros. Chatô, como ficou conhecido, já  era dono de alguns jornais diários nas principais cidades brasileiras. Jornalista por vocação e advogado,  ingressou na Faculdade de Direito do Recife aos 15 anos. Adiante, o Rio e São Paulo passaram a ser o chão do paraibano.

          O Grupo que ele liderava tinha muito conhecimento na área editorial impressa e,  então,  recrutou os "melhores dentre os melhores da época" para trabalhar na Revista, capitaneados por Davi Nasser. "O Cruzeiro" chegava às cidades por trem, ônibus, barcos, aeronaves, enfim, por todos os meios possíveis naquele tempo.

          Quando criança, eu via nas bancas da Livraria Central, ali de nossa Rio Capinzal, a já famosa revista, que iciciou com 50.000 exemplares e que, quando do suicídio de Getúlio Vargas, atingiu 720.000, mantendo-se asssim doravante. Em 23 de outubro de 1943, passou a incluir um novo atrativo semanalmente, a charge mais famosa e mais comemorada da História, a do "Amigo da Onça".

          Disputando o precioso espaço da revista, que trazia belas fotos de misses, cobrindo sempre com maestria os Concursos de Miss Brasil e de Miss Universo, a charge de humor, com aquele desenho de um cidadão magro, e com aquelas entradas brancas em meio ao cabelo escuro, que o cartunista Péricles Andrade  criou, passou a fazer parte das expectativas dos leitores que, tão logo dispunham do exemplar na mão, iam direto buscar o "Amigo da Onça".

          Mas a revista, muito moderna, nos trazia as notícias do mundo todo, colocava em suas páginas os políticos, os belos automóveis importados dos Estados Unidos e da Alemanha, o Carnaval Carioca, os prédios e viadutos das cidades, o Pão de Açúcar, e muitas outras atrações, em suas reportagens impecáveis e linguagem de fácil compreensão, tanto escrita quanto visual. Era determinado, tinha uma extraordinária visão empreendedora, e outorgava direitos e obrigações a seus colaboradores com facilidade. Tinha aliados e não empregados. Quando necessário, confrontava-se com autoridades que apoiara para chegar ao Poder. Não misturava jornalismo com amizade.

          Adiante, passou a ter sérias concorrentes, com o lançamento de "Manchete" e de "Fatos e Fotos", que seguiam um formato muito parecido com o de sua criação.  "O Cruzeiro" sobreviveu até 1975, teve uma vida de quase meio século, e a principal causa de seu desaparecimento foi que o grupo Diários Associados passou a priorizar mídia televisiva e radiofônica, inclusive com a criação das Rádio e Televisão Tupi, principalmente após a morte de Chatô.   Uma pena, porque seus registros vieram, no século passado, mantendo preservados, de forma concreta, os principais acontecimentos do Brasil.

           Admirador das artes, fundou o MASP, Museu de Arte de São Paulo. Em seus últimos anos de vida, datilografava seus textos com uma máquina de escrever adaptada, em razão de paraplegia ocacionada por uma trombose.

          O legado maior que "O Cruzeiro" nos deixou foi a personagem "O Amigo da Onça". Em muitos escritórios, restaurantes, postos de gasolina e padarias, era normal ver recortes das charges que o incluíam fixadas na parede. A mim, a lembrança mais marcante é a de uma que o Barbeiro Alcides Spielmann tinha na parede da barbearia, ali no Ouro, em que a personagem estava cortanto barba e cabelo de um cliente e um cachorinho se colocava ali ao lado da cadeira. E o "Amigo da Onça" lhe dizia: "Calma, Totó, que vai sobrar uma orelhinha pra você também". Era mais ou menso isso a frase...

         Nossa divertida figura tem seu nome, até hoje, aliado a situações em que alguém que parece amigo, constitui-se num misto de traidor e aproveitador: um amigo da onça! Parece, mas não é!

Euclides Riquetti
07-04-2013

Preferi plantar versos

 


 







No dia da árvore
Pensei em plantar
Apenas uma delas
Mas que me desse
Flores bem amarelas..

No dia da árvore
Ganhai uma muda de araçá.
Andei com ela aqui e acolá
Mas trouxe para casa
E vou plantar.

No dia da árvore
Eu estava desolado
Andei atrapalhado
Sem rumo a tomar
No dia da árvore.

Então preferi plantar versos
Que escrevi nos mais diversos
Papéis tirados dos lenhos
Usinados nos engenhos
E transformei-os em poemas!

Poemas muito especiais
Bem originais
Feitos para você
No dia da árvore!


Euclides Riquetti

sexta-feira, 13 de setembro de 2024

Sonhos prateados

 


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Quando você estiver desolada, sentindo-se diminuída de vez
Quando você estiver injuriada porque não lhe deram o devido valor
Recusaram seu coração, rejeitaram seu infinito amor
Pense que há, em algum lugar,  quem ainda esteja rezando por você.

Quando você estiver sem entender o porquê de algumas coisas acontecerem
Quando você estiver desesperançada porque seus projetos pessoais foram frustrados
Olhe para trás e veja que em muitos deles você teve bons resultados
Veja que nem tudo é ouro, mas você pode ainda ter seus sonhos realizados.

Quando você julgar que não tem mais um ombro para se amparar
Quando você estiver com o ânimo abalado, porque julga que tudo está perdido
Imagine quão grande é o mundo e que alguém ainda espera por seu sorriso
E que moveria montanhas apenas para seus lábios beijar.

Então, cuide bem de seus sonhos prateados
Eles ainda a levarão a algum lugar
E você poderá ver, com seus olhos encantados
Que valeu-lhe  a pena me  esperar!

Euclides Riquetti

Se quer a liberdade...


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Se quiser a liberdade, conquiste-a
Faça tudo sem magoar ninguém
Mas nunca perca isso de vista:
Pessoas sofrem se perdem alguém!

Se quiser a liberdade, busque
Conquiste-a, sim, gradativamente
Mesmo que sua luz facial se ofusque
Outra virá para brilhar novamente!

A liberdade é um direito de todos
Como é direito do poeta poetar
Libertar-se dos enganos e engodos
É uma forma de se auto-amar!

Mas, quando a liberdade aprisiona
Que vantagem há em tê-la?
Se muita dor ela gera e ocasiona
Será que ela vale mesmo a pena?!

Euclides Riquetti

Passa o tempo...

 


 




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Passa o tempo, sutilmente  passa
Passa pra mim e  pra você  também
Infelizmente, nosso tempo passa

 (E você não vem e não me abraça)
Rápido, mas quieto, ele vai além...

Passa pra mim e pra você o tempo
Manhã vem, tarde vai, noite vem mais uma vez
Passa o dia de sol, passa o cinzento

 (E eu caminhando só, eu no  relento...)
Caminhando e pensando em você!

Passa o tempo como passa a vida!
Passa e nos deixa seus sinais
Há a hora da chegada, a hora da partida!

 (A hora esperada, e a que quero esquecida...)
 E há aquelas que eu quero mais e mais!

Euclides Riquetti

Em orações e versos!

 








Não deixe que a amargura tome conta de seu ser
Que ela apague seu sorriso bonito
Não deixe que ela franza linhas em sua testa...

Não deixe que a tristeza tome conta de você
Que ela desvie seu olhar do infinito
Reponha a beleza em seu rosto de festa...

Deixe que eu ajude sua alegria voltar
A redesenhar em você a luz dessa alegria
Deixe que eu faça você se reanimar...

Deixe que Deus lhe dê a força do universo
E que eu possa lhe restituir a euforia
O que farei em orações e versos!

Euclides Riquetti

Voltam as flores

 



Em final de inverno, uma breve espera

Voltam as flores para colorir os jardins

Em poucos dias nos volta a Primavera

Alegria pra você, inspiração para mim.


Os aromas florais espalham-se no ar

Depois da chuva fresca do amanhecer

Falar e  sorrir, ir ao encontro do mar

Projetos especiais para o bom viver! 


Sonhos compartilhados e esperanças

Todos queremos que volte  o ar puro

Alegria para moços, velhos e crianças

Sumam do céu o cinzento e o escuro. 


As flores enfeitam os jardins e as ruas

As praças da cidade e as copas frondosas

A natureza que é minha, é nossa e é tua

Cuide do ar, da água e fontes generosas!


Euclides Riquetti

13-09-2024



Eu vim te ver de madrugada


 


 



Eu vim te ver de madrugada

Transpus muralhas e paredes
Pra vir te ver de madrugada
Eu vim matar a minha sede
Voltei sedento, ganhei nada...

Não ganhei beijo, nem abraço
Nem o frescor de teu perfume
Vim e voltei com meu cansaço
Voando qual um vaga-lume...

Agora quero a compensação
Um "sim te quero, sim te amo"
Pra amainar minha frustração
Pra alegrar meu fim de ano!

Porque as muralhas e paredes
Não serão barreiras a impedir
Passá-las-ei por muitas vezes
Nada me impedir[a de vir!

Volto a  te ver de madrugada
Venho pra poder ficar contigo
Morena atraente, bronzeada
É só de ti que eu tanto preciso!

Euclides Riquetti

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Te escondes e meio às rosas

 


 







Perdidamente, te escondes em meio às rosas
Procurando, dentre todas elas, bem aquela
Descendo em meio aos canteiros, vais formosa
Trazendo-me tua alma digna e tão singela
Cantando doces canções em verso e prosa
Suavemente, dentre todas elas, és a mais bela ...

Infinitamente elegante e tão encantadora
Alegras-me e me fazes feliz e mais contente 
Marcando-me com tua aura de luz e sedutora.
Tardes se colorem na primavera aqui presente
Nuances de todos colores e de todos os matizes 
Sorriso nos olhos, faces rosadas, corpo quente
Deixa-me mergulhar em teus sonhos  mais felizes.

Baterias asas, se fosses uma borboleta azul
Pretendida musa que enfeitas  nosso belo sul.
Pequenas florinhas roçam os teus pés desnudos
Poucos pássaros cantam alegremente para mim 
Poeta, me encabulo e ao ver-te linda, fico mudo
Perco até a noção do tempo, fico embevecido, sim
Tropeço nas palavras, tu  pra mim és  tudo...

Euclides Riquetti

quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Em que nível anda a sua felicidade?

 


 



Em que nível anda a sua felicidade?

De cinco a dez, que nota você consegue?

O que a incomoda, diga de verdade

Seja ela boa ou ruim, a sua vida segue!


Faça uns pequenos cálculos, some

Veja o que de bom no dia lhe acontece

Da hora em que levanta, até a em que dorme

Subtraia-lhe  tudo o que a aborrece!


Realizadas as contas, e visto a passivo

Reflita sobre a condução de sua vida

Se algumas decisões a deixam no ativo

Ou se as perdas seguem indefinidas.


Ainda consegue amar o que está perto

Ou já não há mais sentimentos?

Será que você escolheu o caminho certo

Ou os sonhos se foram com o vento?


Uma vida, pessoa, não precisa seguir  torta

Ao menos, deixe seu coração sonhar

Ser feliz é sempre o que mais importa

Mantenha  sua chama da esperança no ar!


Euclides Riquetti

Cai a chuva preta - poesia, paixão e arte!

 



Cai do céu a chuva preta

Vem do céu acinzentado

No fim do verão turvado

Poucas águas na valeta.


O céu abriga a fuligem

Chegada lá da Amazônia

Aceita-a sem cerimônia

Mas sabe de sua origem.


Cinzas que vêm flutuando

Das queimadas do Norte

Duns terrenos sem sorte

O fogo vem se alastrando.


Na turbulência do clima

Muitos são os culpados

E nós aqui ameaçados 

Pelo que vem lá de cima.


Façamos a nossa parte

Preservando tudo aqui

Árvores em terras mil

Poesia, paixão e arte!


Euclides Riquetti

12-09-2024









Amor pago com amor, saudade pago com saudade!

 


Amor pago com amor, saudade pago com saudade!

Veja, amor,  nós estamos envelhecendo

O tempo até foge de nossas mãos

Já não bate compassado o meu coração

Aos poucos, vamos enfraquecendo!


Deixamos de ser crianças, faz um tempo

Eu, você, e todos os nossos amigos

Mas lembrar é bom e é preciso

Para dar à vida alguns bons alentos.


Caminhamos por caminhos tortuosos

Subimos morros e descemos ladeiras

E a poesia tornou-se nossa companheira

Desde os tempos mais saudosos!


A nossa vida ainda consegue ser poesia

Damos lugar aos sonhos que sonhamos

Preservamos o amor que tanto buscamos

Cultivamos uma flor para cada dia.


É justo que garantamos nossa felicidade

A harmonia e o respeito , a melhor vivência

Como se vivêssemos ainda na adolescência

Amor pago com amor, saudade com saudade!


Euclides Riquetti

12-09-2024


www.blogdoriquetti.blogspot.com 














Poetas são apenas... poetas! Então, Chico Samonek, poeta ou matemático?

 




          Ao final da década de 1990,  sempre que ia a Joaçaba, passava defronte a uma  loja de carros. Belíssimos modelos expostos, para todos os tamanhos de bolsos. Hatches, sedãs, caminhonetes dupladas nacionais e possantes importados, exuberantes, todos. Eu ficava embasbacado diante de tanto luxo e modernidade. Depois que aquelle presidente falou que só fabricávamos carroças, nossos criativos engenheiros e desenhistas (não conhecíamos os "designers"ainda), passaram a criar  bólidos sofisticados para não apanhar dos modelos alemães, japoneses, americanos e franceses.     

          E as indústrias montadoras, aproveitando as facilidades de financiaments oferecidas pelo Governo Brasileiro, visualizaram a oportunidade de ganhar muito dinheiro. E, cada vez mais protegidas pelo Poder, mais dinheiro ganharam e mais ainda ganham agora. Você compra o carro de seus sonhos, sem avalista, num piscar de olhos, e vai ajudar a entopetar as estreitas ruas das cidades, enquanto as autoridades ficam tentando achar fórmulas de facilitar a mobilidade urbana, Aliás, esse termo já está na relação dos ultrapassados, fala-se, no momento, em mobilidade humana,  o que, aliás,é muito correto, pois precisamos primeiro pensar no ser humano e depois na máquina.  Esta fica prioridade de governos, pois lhe garante fartura na arrecadação de tributos.

          Parei uma vez nessa  loja e fiz amizade com o proprietário. Pareceu-me uma pessoa boa e honesta aquele senhor de fala calma e respeitosa. Demonstrava conhecer o mercado dos automóveis, sabia quanto pagar por um seminovo inteiraço e também quanto pedir no momento da venda. Trabalhava com um estoque de veículos de não mais que 20 unidades, o que,  para a época,  era bastante. Compraria meu usado de dois anos e me venderia um semi com baixíssima quilometragem, segiríamos a Tabela 4 Rodas, a confiável na época e na qual todos se pautavam. Claro que teríamos que considerar um ganho real de pelo menos uns 5% para ele, com o que eu concordava. Voltaria mais adiante, outras vezes, para fecharmos negócio.

          Passados dois meses, quando senti que era hora de fazer negócio, voltei lá. O ambiente parecia modificado, não havia mais tantos carros, a loja parecia acanhada. Um rapaz, com uma caneta, rabiscava umas folhas de papel, escrevia frases, riscava, mudava, parecia não estar  satisfeito com aqueles escritos a que tentava dar forma. Estava compondo uma poesia...

          Simpatizei com ele, disse que eu também gostava de fazer poemas, que tinha aqueles dias em que tudo me vinha com facilidade, outros nem tanto... Senti empatia e em minutos falávamos como se velhos amigos já fôssemos. Acho que os poetas devem ter algo que os atrai, une, coloca a andar num mesmo caminho,  independente de fazerem ou não algum esforço para isso. Perguntei pelo proprietário e senti uma expressão muito triste e uma fragilidade enorme em suas palavras. Aquele rapaz forte, estimulado pela sua veia de poeta, transformava-se... e transtornava-se! Disse-me que seu pai falecera recentemente ,que havia comprado um carrão  numa cidade vizinha e que,  ao buscá-lo, tivera um acidente e perdera a vida. As lágrimas brotaram dos olhos daquele jovam poeta, que deixava a sensibilidade transbordar de sua alma para alojar-se nos versos que caminhavam pelas linhas de um caderno universitário.

          Tentei animá-lo, disse-lhe que seu pai fora uma pessoa boa, que seguramente hava encontrado um lugar muito bonitoa e agradável na Glória Eterna, para onde vão os que fizeram o  bem aqui na terra. Pedi para ver seus poemas e ele recobrou-se, gentilmente me apresentava a seus versos livres e brancos, a suas redondilhas, aos seus alexandrinos. Fiquei maravilhado! Emendamos a conversa e descobri que, com a perda do pai, trancara a faculdade na cidade onde estudava e voltara para ajudar a mãe a cuidar dos negócios.

          Saí de lá muito pensativo e muito triste. Comentei com uns amigos sobre isso e tinha uma preocupação: nunca vira um poeta dar-se bem nos negócios. Negociantes tomam decisões com a razão, têm habilidades matemáticas, são ágeis no argumentar e rápidos no convencer. Poetas raciocinam com a alma, entre ganhar e perder optam por perder,  antes de magoar alguém. Verdadeiros poetas têm aguçados sentimentos, olham muito mais para o outro do que para si mesmos. Enquanto os primeiros vivem a realidade, nós, poetas, vivemos o sonho... E parece que, não raras vezes, este tolhe nossa capacidade de organizarmos  nossas ideias em relacão a prover nosso sustento. Lembro-me do colega de República e de curso de Letras na Fafi,  Francisco Samonek, o moço de Rio Azul, que escreveu  o poema: "Poeta ou Matemático??" em  que transpirava o dilema do escritor diante de uma escolha...

'
          Tempos depois,  passei por lá e já havia um novo proprietário. Disse-me que o rapaz fora mal nos negócios, que a mãe ficara doente, que não havia como continuar, passou-lhe o ponto e foi embora da cidade.  Duas décadas depois, percebi,  através de  que  seus parentes moram no mesmo bairro que eu, ( e me confirmaram minhas suposições): poetas são apenas poetas. Têm muita riqueza em si mesmos. Uma riqueza interior que dividem, gratuitamente, com todas as pessoas. Ficam pagos pelos seus serviços apenas por sentirem que alguém lê seus escritos. E que, muitas e muitas vezes, têm os pensamentos afinados, navegam juntos no mar, flutuam pelos ares, sem mesmo sair de casa, sem nunca se terem conhecido...Poetas são apenas.... poetas!

Euclides Riquetti

Atrás de uma máscara de negro pano

 


 


Atrás de uma máscara de negro pano 


Voltou o meu sorriso que já desaparecera

E agora eu me sinto um homem reanimado

Desfruto, eufórico, das tardes prazenteiras

É difícil dimensionar o sorriso recuperado.


Olhos felizes, brilho nos dentes, um perfume 

Peito altivo, o corpo firme, a pele morena

Flutuando no ar qual um notívago vagalume

Exalando os discretos odores de alfazema.


Mas meu sorriso agora se intimida, se limita

Esconde-se atrás de uma máscara de negro pano

Por medo de um mal oculto, que ameaça a vida.


Não se têm prazos, já não se sabe sobre o futuro

Como assim já tem sido nos dois últimos anos

Quero poder andar livre, respirar o ar mais puro!


Euclides Riquetti

Os trovões que te acordam

 


 

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Trovões e relâmpagos povoam o céu
Que se prateia na madrugada noviça
E fazem cair pingos de chuva ao léu
Que molham as plantas e as hortaliças.

Espero que venhas para tomar o café
Aquele que aromatiza toda a casa
Que me dê afagos e me faça cafunés
Enquanto me seduzes e me embriagas!

Pois que os trovões que te acordam
Que te assustam porque explodem
Sejam apenas uns riscos que bordam
Estes panos celestiais que te cobrem.



Euclides Riquetti