sábado, 25 de julho de 2015

No silêncio do amor e da paz

No silêncio do amor e da paz
A vida se refaz
Em passos gigantes caminha
A vida tua, a vida minha
A vida que me seduz e apraz!

No silêncio da noite, a paz do dia que passou
A alegria de momento que marcou
A oração rezada com devoção
Extremada meditação
Sobre quem eu, de fato, sou!

Na agitação de cada uma das nossas horas
A vontade de não ir embora
De ficar te amando
Ou apenas te cortejando
Como te teria cortejado outrora!

Na agitação do meu coração e da minha cabeça
O medo de que desanoiteça
Sem que tenha te amado o suficiente
Por causa do risco iminente
De que meu corpo desfaleça!

Mas, no silêncio ou no turbilhão ruidoso
Navego num rio caudaloso
Para buscar-te em algum lugar
Seja por aqui, seja no mar
Eu, com meu instinto desejoso!

No silêncio do amor
No silêncio da paz!

Euclides Riquetti
25-07-2015










25 de Julho - Dia do Colono - Dia do Motorista

          O dia 25 de julho no Brasil, marca comemorações importantes como o Dia do Colono e o Dia do Motorista. Em muitas cidades acontecem eventos em sua homenagem. Merecem!

          Há outro lado que quero mencionar, enaltecer. Não por oportunismo, nem por demagogia, nem por qualquer outro motivo que não o de lamentar a situação dessas duas classes de trabalhadores no Brasil. Ajudam, grandemente, a alavancar o desenvolvimento, produzem, os colonos, transportam as riquezas, os motoristas.

          Os colonos, ao final da década de 1960, conseguiram seu direito á aposentadoria. A mulher, aos 55 anos, o homem aos 60. Imagine você , leitor, leitora, com quantos anos um menino ou menina começa a trabalhar na lavoura. certamente que desde que aprende a andar, muitas vezes aos 5 anos. Ou, então, aos 12, adolescente. A própria legislação brasileira passou  a contar como tempo de serviço, a partir dos doze anos de idade,  o trabalho do menor agricultor que residiu na área rural, frequentou as escolas isoladas, o pai teve inscrição no INCRA como proprietário de terras. Então, uma mulher agricultora trabalharia 43 anos e o homem 48 para se aposentar. É muito trabalho, não acham? E ainda houve quem dissesse que a Previdência Social andava  com dificuldades porque os colonos foram aposentados sem terem contribuído. Ora, esquecem de que ele contribuiu  ao Funrural? De que ele gerou riquezas, essas mesmas riquezas que receberam alta tributação e engordaram os cofres dos governos, que gastaram muito mal o dinheiro?

         Os motoristas, pior ainda a situação deles, por causa dos riscos nas estradas. Hoje, os caminhões são confortáveis, têm direção hidráulica, ar condicionado, cabinas confortáveis, são uns gigantes nas estradas. E as estradas, como estão? Lotadas de veículos de todos os tipos e tamanhos, sinalização péssima, esburacadas, sem oferecer segurança aos motoristas. E, quando razoavelmente cuidadas, é porque foram concedidas (uma forma de privatização), com cobranças de valores exorbitantes nas praças de pedágio, encarecendo o custo para os freteiros.  Detentores dos pedágios cada vez mais ricos e motoristas cada vez tendo que trabalhar mais para pagar as prestações dos caminhões, os impostos, o alto valor do óleo diesel, que traz embutidos muitos impostos também.

          Assim, no dia que lhes é consagrado, 25 de julho, aceitem minha solidariedade, amigos colonos e amigos motoristas. Que Deus esteja com todos  em todas as nossas jornadas.  E que possam ao fim de cada dia, ou ao fim de cada viagem, retornarem, com saúde, para o seio de seus familiares.

Com um carinhoso e fraterno abraço!

Euclides Riquetti
25-07-2015

Dia do Escritor - 25 de Julho. Leio, portanto escrevo!

          De tanto me chamarem de  escritor, acabei até acreditando que o fosse. Ou que o seja ..  Não sou lá de dar muita importância a publicar livros, até tive poemas editados em coletâneas, mas nunca tirei o tempo para organizar um sequer, embora tenha material para pelo menos uma dúzia deles: uns oito de poemas, três de crônicas e um de História, esta relatando acontecimentos do Município de Ouro desde a sua colonização, época em que seu território era denominado Distrito de Abelardo Luz, pertencendo à Colônia de Palmas, Paraná.

           Minha predileção, em termos de poemas, é pelo soneto. Fui influenciado pelo meu saudoso e competentíssimo professor Nelson Sicuro, na FAFI, em União da Vitória, em que me formei em Letras/Inglês no ano de 1975.  Influenciado pelo também saudoso professor Francisco Boni, li dezenas de livros de Literatura Inglesa e Norte-americana. Tudo foi-me ajudando a formar meus conceitos e meu estilho. Escrevi, em 1974, um soneto "Uma Canção de Acalanto". Não guardei cópia, não memorizei. Tinha conseguido compor um "alexandrino" com rimas ricas, raras e métrica perfeita, isorrítmico. Que pena! Até compus um poema com o mesmo título, mas nunca próximo daquele.

          Em 1960 eu estava prestes a completar 8 anos e não ia à aula regular ainda. Eu voltara a morar com a família, já disse aqui no blog, depois de ter saído de casa (levado, né?...) com menos de 14 meses de vida, quando nasceu minha irmã,  Iradi. Meu pai me levava com ele,  uma ou duas vezes  por semana,  até a Escola de Linha Savóia, em Capinzal, onde ele lecionava. Era a maneira que a família tinha de me tirar de casa. E ele me ensinava a escrever minhas primeiras sílabas.  Eu gostava de ouvir os alunos lerem a cartilha em voz alta e achei que iria aprender a ler também. E isso de ler me aconteceu nos dois primeiros anos de aula no Mater Dolorum, em Capinzal também.

      Pois que, no dia 25 de julho daquele ano, houve a  realização do primeiro Festival do Escritor Brasileiro, acredito que em São Paulo, organizado pela  União Brasileira de Escritores. O escritor  João Peregrino Júnior era o seu presidente, e Jorge Amado o vice-presidente, e eles criaram, então,  o Dia do Escritor, numa homenagem a todos aqueles que têm habilidades ( e vocação...) para, através das palavras articuladas, escrever  relatos, histórias, fantasias, sentimentos e vivências. Sou sentimentalóide e saudosista. Imaginei, um dia, tornar-me escritor. Acho que estou conseguindo.  Li e  escrevo muito, Sou, portanto, escritor!

          Tenho meus ídolos. Não leio livros badalados, leio aqueles cujos autores considero que merecem ser lidos. Desde  a Condessa de Ségur, passando por  Machado de Assis, Jorge Amado, Cecília Meirelles, Charles Dickens, Edgar Alan Poe, Camões e Camilo Castello Branco,  Abílio Diniz, Ivonisch Furlani, José Cleto, Eloí E. Bochecho,  e Vítor Almeida, não importa se famosos ou não, leio-os. E por ler muito, escrevo muito.

         Então, neste Dia do Escritor Brasileiro, desejo homenagear a todos os que, de uma ou outra forma, expressam seus sentimentos e relatam os fatos que lhes são ditados pela vivência e o conhecimento. Ainda veremos o povo brasileiro transformado em leitor, mesmo morando num país onde até um ex-presidente disse, uma vez, que não gostava de ler...

Euclides Riquetti
25-07-2015
Dia do Escritor!

Uma cabana branca

Transporte-se a um cenário bucólico, silvestre
Árvores frondosas, imbuias, cedros, caneleiras
Palmeiras esvoaçantes, o lufar do ar campestre
Uma cabana branca em meio a muitas laranjeiras.

Imagine-se numa rede, na  varanda bem arejada
Mergulhada em lembrar de meus versos românticos
Olhos fechados, em mil pensamentos embalada
Enquanto me perco nos meus léxicos e semânticos.

Vislumbre um riacho de águas limpidamente claras
Pássaros que se orquestram em harmonia celestial
Flores de beleza infinita, das variedades mais raras.

Sonhe com os momentos mais íntimos e deleitosos
Abrace o meu abraço com seu jeito tão especial
Embale-se nas ondas de meus afagos carinhosos.

Euclides Riquetti
25-07-2015








sexta-feira, 24 de julho de 2015

Dona de mim...

 
Dona da noite prateada
Enluarada
Dona da noite imaginada
Acalentada
Dona das noites e dos dias
Dona das noites e de minhas poesias
Dos dias encalorados e das noites frias
Dona de todas as noites
Minhas e tuas
Nuas...

Dona das manhãs claras
Das nuvens raras
E das lembranças caras...

Dona das notas das canções
Dos abandonados e dos encontrados
Dos sussurros amordaçados
Dos perdidos ... e de nossas perdições...

Dona...
Apenas dona|
Dona, assim
Dona de mim
Dona do meu livre verso
Dona do universo
Sem fim...
Dona de mim!

Euclides Riquetti

O trabalho do menor...não pode? Aqui não pode!

          Noa Mintz tem 16 nos,  atualmente, e mora Em Nova York. Há três, estava descontente com a ineficiência das babás que seus pais contratavam para cuidar de seus dois irmãos e dela mesma. Então tomou a decisão de formar uma empresa para "fornecer"  babás qualificadas às famílias.

Sua empresa, a  Nannies by Noa, disponibiliza babás "interativas, criativas e confiáveis" para as famílias nova-iorquinas. Babás bem treinadas, confiáveis, com bom currículo. E está "enricando", pois sua empresa está em franco crescimento.

Apesar da pouca idade em que iniciou seu negócio, tudo está indo muito bem,  e ela até já contratou uma gestora para ajudá-la a cuidar de seus negócios. Está virando celebridade nos States.

          No Brasil, onde temos leis para todos os gostos, um menor só pode trabalhar na condição de menor-aprendiz, segundo o ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente. Muitos adolescentes, por isso mesmo, trabalham irregularmente. Concordo e discordo...

          Concordo que as crianças não devem trabalhar. Devem ir à escola e brincar, viver sua infância. Mas discordo de que os adolescentes não devam trabalhar em hipótese alguma. Costumo dizer que "trabalhar não tira pedaço". E você pode constatar, leitor, leitora, conversando com as pessoas de minha geração. Verá que a grande maioria delas trabalhou desde pequena. Também fiz isso. Meus amigos o fizeram. E, por isso mesmo, têm sua casa própria, conseguiram dar estudo aos seus filhos.

          Ademais, com toda a legislação que os protege, com todos os programas sociais que os favorecem, isso e aquilo, vejam que o número de menores infratores cresceu nos últimos anos, expressivamente no novo milênio. As famílias estão falhando, o Poder Público está falhando, o respeito está desaparecendo e a preguiça aumentando...

          Espelhemos  - nos no caso da Noa Mintz e poderemos melhorar nossa família, nossa sociedade, nosso País.

Euclides Riquetti
24-07-2015



        

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Desnude sua alma

Desnude sua alma, dispa-se de seus conflitos existenciais
Fale com o coração aquilo que seu pensamento lhe dita
Faça com as mãos graciosas  o que sua mente premedita
Como se cada momento que vive não lhe volte jamais.

Desnude sua alma, seu corpo,  e abra seu afável coração
Deixe que eu mergulhe neles com a força de meu ser
Mostre ao mundo as cores da vida vivida com paixão
E que nada pode apagar esse  imenso desejo de viver.

Ou, cubra-se com o manto que esconde todas as inquietudes
No anular-se da vida, na composição de seu grande cenário
No entregar-se aos infortúnios que dissipam as belas virtudes.

Ou,  entre numa redoma do vidro mais espesso e inviolável
No proteger-se contra todo o inimigo de seu imaginário
Mas nunca deixe de ser a senhora do ânimo inabalável.

Euclides Riquetti
24-07-2015




O Diabo não está cor-de- rosa...

          Quem acompanha os noticiários, em nível nacional, estadual e regional, sabe muito bem que pelo menos dois terços das noticias veiculadas são extremamente ruins. Boas notícias são exceção. Alguns, raros, projetos bem sucedidos. Uma ou outra pessoa que consegue êxito em alguma competição esportiva ou intelectual, alguma exposição, alguma obra sendo iniciada, nada mais!
        
          No mais, notícias sobre tragédias, violência, corrupção, desmandos, malfeitos, gente mentindo, gente enganando gente, gente sendo passada para trás por espertalhões (levada pela ganância...), índices assustadores nas estatísticas da inflação que cresce, da educação que vai mal, da saúde que deixa as pessoas sem atendimento, demissões nas empresas, agora uma prefeitura aqui da região demitindo professores e funcionários da educação.

          Procuro acompanhar tudo, conversar com as pessoas. E ler os comentários que leitores escrevem nos portais de notícias, muitos deles. Todos queixando-se, reclamando que tudo está muito caro, que a conta da luz está pela hora da morte, que a comida está muito cara nos mercados, que o material de limpeza está pela hora da morte. A inflação com expectativa de atingir 9,15% no ano, podendo ficar em 9,25, por enquanto... O desemprego aumentando, as pessoas retirando seu dinheiro da poupança para cumprir seus compromissos, etc, etc.

          Escrevi, em minha coluna no Jornal Cidadela, que circula nesta sexta-feira, sobre as mentiras que nos são apresentadas nos noticiários. Muita gente tentando confundir o cidadão, uma gama elevada de acusações, muita gente pecadora querendo se fazer de santa. Entendo que a cabeça das pessoas deve estar muito confusa. Mas o cidadão brasileiro está atento a tudo, não gosta de ser enganado. O cenário está pintado de preto, o diabo não está cor-de-rosa...

         Fui hoje a Ouro e Capinzal, ontem a Herval D ´Oeste. Pouca gente comprando nas lojas e mercados, os estacionamentos com muitas vagas sobrando, caixas outrora com filas, agora às moscas, postos de serviço abastecendo poucos carros. Muito menos gente do que o normal nas ruas. Acredito que as pessoas estão saindo para o trabalho e voltando para casa. Evitam contato com as tentações das "promoções" nas lojas. Passei num local onde compro um determinado produto que vendiam  a R$ 18,50 e estava em R$ 15,50 por quilo. Falei que, quem quiser vender, precisa fazer concessões. É hora de cada um dar um pouco de si, é a estratégia da sobrevivência e da superação da crise. É hora agir com responsabilidade, de caprichar no serviço, de encontrar maneiras criativas de ganhar a vida. O diabo não está mais cor-de-rosa, está ficando preto. Precisamos fazer com que volte à condição anterior, que é a que nos agrada.

Euclides Riquetti
23-07-2015

          

Tarde de sol...

  
Manhã de céu desanimado
De sol se resignando, enfraquecido
Do vento triste, frio, acabrunhado
Dos rostos sóbrios, dos semblantes abatidos...

Tarde de gente altiva e animada
Rostos contentes e radiantes ressurgindo
Tarde doce, linda, ensolarada
O mundo inteiro está sorrindo.

Os corações tristes da manhã bem fria
Se alegraram na tarde redentora
E bailaram com as almas em harmonia.

De volta toda a energia reconfortante
Na espera pela noite promissora
Dos ternos sonhos e do sono deleitante.

Euclides Riquetti

Confesso-te que sonhei...

 

 

Confesso-te que sonhei
Confesso-te que me lembrei
De ti...

Mas, se no meu sonho tu estavas presente
E eu te queria, apaixonadamente
Não ficavas perto de mim...

E eu,  que senti saudades
Que te esperei por uma eternidade
Não consegui
Me aproximar de ti!

Confesso-te que chorei
Confesso-te que eu lamentei
Por não poder ficar contigo
Aqui...

Então eu me perguntei
Será que foi o que pensei?:
Te perdi para o inimigo
O trágico destino
Perdi?

Quem será que foi o bandido
Esse ser tão atrevido
Que te tirou de mim?

Confesso-te que sonhei
Confesso-te que lembrei
Mas te perdi...
Sim, eu te perdi!

Euclides Riquetti

quarta-feira, 22 de julho de 2015

A Privatização das Rodovias BR 153 e BR 282 - audiência pública

          Alguns sites e emissoras de rádio do Oeste e Meio-Oeste de Santa Catarina estão anunciando que, nesta quinta-feira, 23, acontecerá uma audiência pública, na cidade de Chapecó, promovida pela ANTT, visando a discutir-se o projeto de concessão de trechos das Rodovias BR 153 e BR 282. A primeira, corta o Estado de Santa Catarina no sentido Sul/Norte, ligando-nos com o Rio Grande do Sul e o Paraná. A 282 corta o território catarinense no sentido Leste/Oeste. Ambas são importantes corredores para o escoamento da fortíssima produção oestina, em especial de nossa agroindústria.

          Procurei na internet para ver o local e hora da AP. Acontecerá às 9 horas, mas não descobri o local de realização. Uma matéria diz que pretendem reunir 180 pessoas. E que as pessoas poderão mandar sugestões pela internet, depois. Risível! E preocupante...

          Quando foi para tomarmos conhecimento da pavimentação da Rodovia Ouro/Jaborá, eu participei na condição de cerimonialista, convocando à mesa as autoridades, de Governador a representantes das empresas interessadas na execução aos técnicos responsáveis pela elaboração do projeto executivo. U, num dia útil, num fim de tarde, reunimos 600 pessoas  lá no Centro de Eventos de Nossa Senhora do Caravággio. As pessoas residentes nas áreas de abrangência do projeto foram convocadas, compareceram e puderam revelar as suas preocupações e emitir sua opinião. Alguns interesses como implantação de travessias (pequenos túneis) sob a pista, para a passagem  do gado de um para outro lado da rodovia foram preservados,  e a obra está sendo executada contemplando a reivindicação dos agricultores lindeiros.

          A duplicação dessas rodovias é mais do que necessária. Porém, sabemos que os valores que estão sendo divulgados para a cobrança dos pedágios ( 3 praças em Santa Catarina  e 3 no Paraná), são bastante elevados. Santa Catarina (vide BR 101...) tem valores de pedágios aceitáveis. Mas sabemos das exorbitâncias no Paraná e não podemos aceitar que aqui também haja cobrança de valores excessivos. E, as audiências públicas, são o fórum adequado para se demonstrar o descontentamento com os valores. Audiências Públicas "mal conduzidas" podem ser anuladas judicialmente. Precisam ter ampla divulgação prévia e local para que haja o maior número possível de participantes. Ora, esperamos que os parlamentares que nos representam defendam os interesses dos catarinenses. A "simpatia" pelo Governo não deve e não pode ter nenhum peso nisso. Vamos ver isso muito bem  agora, pois depois que a m... está feita, nada restará a fazer. Comecemos já!

Euclides Riquetti
23-07-2015

Quando nasce uma nova flor


Quando nasce uma nova flor
Meu  jardim se enche de alegria
E um divino mundo de cor
Nos cerca de encanto e magia.

Flores são dádivas abençoadas
Que amo com verdadeira paixão
Brancas, vermelhas ou rosadas
A acalentar meu coração.

Quando nasce uma nova flor
Mesmo que em canteiro acanhado
Não importa  onde for
Dê-se-lhe amor e cuidado.

Ah, flores, muitas flores
Nas praças e nas avenidas
Cravos e rosas multicores
Para alegrar nossa vida!

Euclides Riquetti

Nos dias depois das chuvas


Dissiparam-se as turbulências
Foram-se embora as águas  turvas
Perderam-se nas corredeiras e nas curvas
Foram banhar outras querências.

Rebrilhou meu sol e meu  céu revestiu-se de azul
A natureza nos devolveu os seus encantos
Recoloriu-se o mundo aqui no Sul
Enxugaram-se as lágrimas dos prantos.

A euforia e os ânimos se repuseram
Nos sorrisos dos rostos róseos, dentes brancos
Nas almas que já não se desesperam...

Nos dias depois das chuvas eu te busquei
E deliciei-me em admirar os  seus encantos
Nos dias depois das chuvas... eu te reencontrei!!

Euclides Riquetti

terça-feira, 21 de julho de 2015

Sonhos e sonhos

Sonhos e sonhos
Desejos, desejos
Sem ter medo
Apenas sonhar...

Sonhos e desejos
Sem medo de errar
Sem medo de amar
Apenas motivos para sonhar...

Sonhos, medos e desejos
Carícias na pele macia
Gostar, amar todos os dias
Viver momentos de extrema alegria...

Sonhos, afagos e carícias
O carinho da companheira
Na manhã que chega prazenteira
No rosto adorável da mulher faceira...

Apenas isso....
Tudo isso...
Muito mais que isso: você!

Euclides Riquetti
22-07-2015



A Festa do Chá da Jujubinha

          A Júlia cresceu, está com 5 anos. Em férias da Girassol, vai ficar uns dias com a gente. E, no final do da segunda-feira, chegou entusiasmada da natação. Passara o fim de semana em Água Doce. Perguntei-lhe: "O que você fez de bom em Água Doce?" - Jujubinha me respondeu: Fui com o papai fazer uma "expedição urbana". Achei engraçado o termo. E contou-me sobre a aventura urbana que viveu em Água Doce.

         Depois: "Vovô, você sabe por que chamam aquela cidade de Água Doce? É porque, uma vez, um senhor chamado João Líbia estava com uma mula carregando açúcar, daí ela caiu no rio e o açúcar adoçou a água e a cidade virou Água Doce!" Interessante... É isso mesmo!

         Nesta terça, fomos ao mercado com ela: falou  que ia só pedir coisas saudáveis e não calóricas. Pegou duas  caixas de Snow Flakes  e disse que aquilo era mais saudável  do que as coisas que têm carboidratos. Que são cereais sem carboidratos.  E, na tarde, me convidou para participar de sua "festa do chá". Estendeu duas toalhas sobre um tapete e fez-me ajudá-la a retirar um  aparelho de chá para a brincadeira. "Este bule  é para o chá. Este grande é para o café. Isto aqui é para por leite. A cuia e a bomba para o mate". Sugeri que deveríamos colocar uma travessa com pedações de bolo e simulamos tomar um chá. Tomamos o chá imaginário e comemos o bolo real. Foi divertido.

          Crianças nos divertem. A Jujubinha é bastante criativa. Lê e escreve algumas palavras, inventa comidinhas, gosta de desenhar e pintar. Veste as roupas e calçados de sua avó e de sua mãe e organiza desfiles. Faz pose para fotos, sempre tem novidades para contar. Hoje me pegou no pé por causa de uma distração minha. Saí de casa com um pé de tênis de cada cor, de dois pares diferentes, de duas marcas diferentes. Estava com pressa para fazer a caminhada matinal e saí correndo. Distraído? Muito!...

Euclides Riquetti




         

Raios de Sol

Raios de sol propulsionam pensamentos
Que flutuam no firmamento
Que pairam na leveza do ar
A vagar,  divagar,  de vagar.

Raios de sol incitam anseios  remotos
Escondidos nas mentes e corpos
Que andam a esmo nas ruas
Com as almas frias,  nuas.

Raios de sol são a vitamina do poeta
São a adrenalina discreta
Que movem o ideal compositor
E que fazem de mim um mero escritor.

Escrevo, sim, porque no céu há azul e sol brilhante
Escrevo, sim, porque sou apenas um corpo errante
Mas tenho uma alma que me inspira e impulsiona
E um há um coração que me anima e amociona.

Escrevo, sim, porque raios de sol iluminam meu pensamento
Que divaga em si
Que vaga até ti
Até ti...
Por isso escrevo, sim!

Euclides Riquetti

Sétima crônica do Antigamente


Sétima Crônica do Antigamente  (reprisando minhas histórias...)

          O Doutor Google me informa que "antigo" significa que é "aquilo que existe ou que data de longo tempo, ou velho". Então, tô frito, cara!
 
          E eu que achava que, por conseguir correr até 90 minutos na Pista Olímpica do Clube Comercial, não era um velho... Claro, corri isso diversas vezes já, mas em algumas delas acabei com os músculos distendidos. Aliás, correr, exercitar-se, todos os cientistas, médicos, professores de Educação Física e outros afins, dizem que é estimulador para o aparecimento de células novas em lugar das células velhas.

          Fiquei contente em ouvir, ontem à tardinha, na sonzeira do carro, do Nelson Paulo,  o Amarildo Monteiro e mais um colega deles, que as células antigas, diante dos exercícios, tornam-se autofágicas. Massa, cara! Isso me anima muito e você, amigo ou amiga, pode fazer com que suas células, mesmo aquelas que deixam você meio (a) pançudinho (a), possam autofagiar-se, ou seja, matarem a si mesmas, , devorarem-se. É animador porque surgirão outras, novinhas, envernizadas, virgenzinhas ainda, não crismadas e nem batizadas, que poderão deixar-nos, todos, mais jovens e joviais. Sim, joviais, porque os joviais são mais animados, alegres, entusiasmados do que os apenas jovens, pois estes, muitas vezes, já nascem velhos, embora não antigos. Quero ser cada vez mais antigo, sim, mas ficar velho é uma tarefa penosa que deixo para quem quiser ser...

          E, quando falo em antigo, lembro-me de alguns personagens que ficaram bem registrados em minha mente, minha alma e meu coração: O Joaquim Casara, que rezava terços na Linha Bonita, com sua barba branca, cabelo branco, semblante angelical. A Vó Preta e o Vovozinho, nossos vizinhos ali em Ouro, pais da Ilerene, com sua simpatia e bondade infinita.Igualmente a dona Ézide, terceira  avó de minhas filhas. Meu pai, Guerino e minha mãe, Dorvalina, pois pais são pais, dispensam comentários. O Novo Vitório e a Nona Severina, o Seu Ivo e a Dona Iracema (Bazzo), a Dona Noemia Sartori,  o seu Oziris D´Agostini. O Pimba e a Doralva, filho e mãe unidos pela alma. Todos esses figuras simples mas bondosas. O tio Valentin e a tia Marietina, o tio Ambrozim e da tia Margherita, dois Barettas e duas Riquettis, o Seu Idalécio Antunes, e tantos outros. Ah, do Bijuja, do Rozimbo e do Bonissoni, essas figuraças, usarei um texto só para eles, oportunamente.

          É, ser antigo nos possibilita termos mais lembranças. E mais lembranças ensejam mais histórias. Mais histórias nos incitam a lembrar de nossas próprias histórias, e assim o mundo gira, anda...e eu escrevo... e você lê. Ainda bem!

          Ah, hoje nada direi sobre a Marjorie Estiano, a Manu. Nem sobre a Demi Moore, nem sobre a Sheron Stone. Nem sobre o Michel Teló.   A(teló)go! Vejo vê outro dia.

Euclides Riquetti

Escrita e publicada no blog em 19-01-2015

O sorriso que brilha

O sorriso que brilha
É como ouro que reluz
É como o corpo que seduz
Mesmo que em alma maltrapilha.

O sorriso singular
É aquele que me atrai
É aquele que vem e que vai
Que me convida a viver e sonhar.

O sorriso mais puro
É aquele que me encanta
É aquele da voz que canta
Que brilha no claro e no escuro.

O teu sorriso aberto
Estampa em ti a sutileza
Em teu rosto de luz e beleza
Que inspira a compor-te os versos:

Versos românticos para quem partilha
O sorriso que tanto brilha!

Euclides Riquetti
21-07-2015




O Homem na Lua ... 46 anos depois!



         No dia 24 de julho de 1969 eu tinha 16 anos e alguns meses.  Pois,  naquele dia,  as atenções do mundo se voltavam para as notícias que vinham pelo rádio: O homem iria pousar na Lua, no denominado "Mar da Tranquilidade". E, os poucos privilegiados que tinham TV, puderam ver as imagens que nunca alguém houvera presenciado até então. Parece até que foi ontem...

          A Nave Espacial Apollo 11, que saíra 4 dias  antes do Cabo Canaveral, a Base de Lançamentos de Foguetes do hoje Centro Espacial Kennedy, nos Estados Unidos da América, comandada pelo astronauta Neil Armostrong e ainda os dois tripulantes, Edwin Aldrin e Michael Collins, cumpria a missão proposta pelo Presidente John Fitzgerald Kennedy em 25 de maio de 1961, quando declarou:
Cquote1.svg"Eu acredito que esta nação deve comprometer-se em alcançar a meta, antes do final desta década, de pousar um homem na Lua e trazê-lo de volta à Terra  em segurança"

E assim foi feito! A Nave Apollo 11, composta por três módulos e impulsionada pelo foguete Saturno V foi e voltou, trazendo os três astronautas de volta sãos e salvos, na quinta missão organizada para esse fim. Armstrong e Aldrin caminharam por duas horas e quarente e cinco minutos em solo lunar.

          Lembro-me bem daquele dia: Eu saíra para cobrar uma conta, era funcionário do Armazém de Secos e Molhados de meu tio, Arlindo Baretta, ali em nosso sobrado, na Avenida Fellip Schmidt, centro do ouro, em frente ao Posto Dambrós. Saí em direção à ponte pênsil e, ao passar na loja do Saul Parisotto, ali onde hoje funciona a RZ Parisotto, depois do Clube Esportivo Floresta, ao lado da Boutique das Lãs da saudosa Dona Serafina Andrioni, alguém me chmou: "Venha ver, os americanos estão chegando à Lua!" Vi! Comemorei, memorizei e hoje conto a vocês! Foi, realmente, um privilégio ver o maior fato da humanidade até então. O Saul, além de máquinas de costura e rádios, agora vendia televisores. Vi a transmissão, ao vivo, via satélite, pela TV Piratini, de Porto Alegre, transmissora da programação da TV Tupi. Globo e Record também transmitiram o feito, mas em Capinzal e Ouro apenas se pegava a Tupi, graças a um trabalho de algumas pessoas, lideradas pelo saudoso  Sr. Leonardo Goelzer.

          Depois de tanto tempo, ainda há que divide disso. Uma vez, um conterrâneo meu, depois de 30 anos do fato, ainda duvidada disso. E hoje, com o grande avanço tecnológico, é possível, através de sondas espaciais, se chegar a lugares inimagináveis no mundo. Recentemente, descobriram que Plutão não é tão pequeno quanto se imaginava, e que lá há muito gelo na superfície, possivelmente bactérias. A capacidade inventiva e descobridora do homem é realmente espetacular! E, nesse campo, louvem-se os Estados Unidos e a Rússia que, rivais, competiram muito entre si e ocasionaram essa evolução.

Euclides Riquetti
21-07-2015

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Notícias fúteis...a chatice!

          Costumo ler em diversos portais, sites, blogs, jornais, revistas, até leio os escritos impressos nas sacolas dos supermercados. Leio de tudo um pouco: pela ordem de importância: Política, Economia, Esportes, Cultura, Variedades... às vezes até algumas Policiais. E já  vi de tudo, leitor, leitora, e acredito que o mesmo tenha acontecido com você.

          Algumas barbaridades me assustam, quer pela pouca importância do que é noticiado, quer pelas maldades que fazem com nosso vernáculo português. Dia desses, um dos portais mais lidos do Brasil trazia uma notícia de que, em Gaspar, aqui em Santa Catarina, os alunos de uma escola da rede estadual estavam reclamando (protestando?) porque não havia papel higiênico nos banheiros e precisavam levar de casa. Interessei-me pela notícia, pois sempre estou atento com o que acontece com as escolas, com os professores, a tão maltratada classe de profissionais. Que susto! Tinham escrito "utencílio" e "despezas" na reportagem. Perguntei-me: "Será que sou eu que me  estou emburrecendo?"  Conferi bem e era isso mesmo. Imaginei se um órgão de comunicação tão poderoso não teria lá um revisor ortográfico, mesmo que eletrônico...

          Nesta segunda-feira, quando as notícias da bagunça dos políticos em Brasília davam-nos novos  capítulos para acompanhar (garrei nojo!), havia lá no famoso portal uma notícia de que uma atriz mantinha guarda compartilhada de seu cachorro com o ex - marido. E havia um vídeo em que ela relatava os motivos disso. Estão separados, mas são bons amigos e, juntos, dão conta de dar  uma boa vida ao cachorro, não precisando interná-lo em hotéis quando têm que viajar... O cachorro se sente bem melhor ficando com uma pessoa conhecida! (garrei mais nojo ainda...)  Não pelo cachorro, não pela apresentadora. Mas não haveria coisa melhor para apresentar?! Está bem, futilidades devem dar audiência também! (Não vou dizer o nome da atriz e do ator para não promover quem já está bem promovido...)

         Já li sobre casos e pessoas que se separam e buscam discutir na Justiça a guarda do cachorro e do gato. Antigamente,  buscavam a Lei  para discutir a guarda de filhos, para repartir os bens nas separações conflituosas. Agora...

Euclides Riquetti
20-07-2015



          
          

Parodiando o poeta louco...

 
De poeta e de louco
Eu também tenho, sim, um pouco!
Tenho um pouco de cantador
Tenho um pouco de compositor
Apenas um pouco...

Tenho um pouco de profeta
Tenho um pouco de poeta:
O profeta prediz
O poeta diz
O louco -  desdiz
Mas é feliz!

E eu, que sou poeta
Nos poemas que eu já fiz
Escrevi as palavras certas
Pra mim e pra ti.
Escrevi!...
 
Euclides Riquetti

Dia do amigo verdadeiro... Você tem...?

          Amigos, todos temos. Uns alguns, outros muitos. Houve quem quisesse ter "um milhão de amigos"... E você, leitor, leitora, quantos tem? E, se tem muitos, quantos são sus amigos verdadeiros, confiáveis?

          Não vou mencionar nomes. Eu seria injusto com aqueles que eu deixasse fora de minha lista. Fiz amigos em todos os lugares onde morei, nas escolas onde estuei, nos locais em que trabalhei. E, ainda, vou somar muitos outros em todas as circunstâncias de minha vida. Mas quero amigos reais, não circunstanciais. Os reais, são aqueles com os quais nos afinamos, com quem nos acostumamos, a quem nos adaptamos e que, quando ausentes, nos fazem falta.

          Mas temos os amigos ocasionais. Estes, surgem em nossa vida ficam um tempo e depois se vão. Não nos procuram, nós não os procuramos. Talvez a amizade tenha sido apenas fruto de interesse comum. Na verdade, apenas uma boa relação de entendimento, uma convivência harmônica, porém desprovida de conflitos de interesses.

          Meu pensamento e  minha alma são muito saudosistas. De vez em quando, me vejo a relembrar de meus amigos da infância. De alguns, restam-me os seus sorrisos, os seus olhos brilhantes, os seus gestos afáveis. De outros, ficam-me na memória passagens interessantes, engraçadas, aventuras vividas mutuamente, segredos compartilhados e guardados...

          Então, hoje, Dia do Amigo, quero que se sintam homenageados todos os meus amigas e amigas, os que, de uma ou outra maneira, um dia estenderam-me a mão, me deram palavras de incentivo, me respeitaram, e eu também pude fazer isso por eles, em reciprocidade justa e verdadeira. Um abração a todos os meus amigos verdadeiros, tão certo como o sol virá depois da chuva, o luar brilhará para os enamorados, o vento continuará balançando os galhos das árvores, as folhas cairão no sobre a relva no outono. Grande e fraterno abraço, amigos!

Euclides Riquetti
20-07-2015

Dia do amigo: O valor da Amizade...

O valor da Amizade

Eu quero que tu sintas
Sinceramente
O valor da amizade
Que existe entre a  gente.
Eu quero que tu sintas que me preocupo
E se eu tiver algumas falhas
Aqui me desculpo!

Eu quero que tu sintas
Que sou teu amigo
Que tenho um coração
Bastante afetivo.
Eu quero que tu sintas que podes confiar
Que eu sou teu companheiro
Em todo dia e lugar!

Minha amizade é como a tua
Leal, firme, verdadeira
Tem o encanto da lua
A fidelidade companheira.
Minha amizade é simples mas sincera
É amizade o ano inteiro
E tão pura como o ar... na Primavera!

Euclides Riquetti

O dia está nublado: Eu te amo!

O dia está nublado:
Eu te amo!
O dia parece encantado:
Eu te amo.
O dia parece emburrado:
Eu te amo...

O dia promete ser quente:
Eu te amo!
O dia é dia da gente:
Eu te amo.
O dia é o que a alma sente:
Eu te amo...

Cada dia é sempre um dia:
Eu te amo...
Cada dia é uma ousadia:
Eu te amo.
Cada dia é amor e alegria:
Eu te amo!

O dia, e cada dia, cada dia
Remetem a uma nova lembrança
A um mundo mágico, (uma dança)
Uma gostosa nostalgia...


Euclides Riquetti

Há, entre nós...


 

Há, entre nós,  uma planta enramada
Cujas folhas, já amareladas
Foram levadas pelo vento...
Foram adubar os gramados e os canteiros
E desafiar meus mais libertinos pensamentos
A mergulharem nos seus sentimentos mais verdadeiros.

Há, entre nós, uma planta esquecida
Quase que fenecida!
Esperando o seu sopro perfumado
Enquanto o verde primaveril não reaparece
Ou o olhar de seu olho apaixonado
Não se restabelece...

E  eu espero que você me perceba
Sinta minha paixão e minhas fraquezas
Acolha, com amor, minhas sutilezas
Abra a janela e por ela e me receba!
Serei o cavaleiro e o cavalheiro
O medieval e o moderno
Serei seu namorado ou companheiro
Mas serei eterno!

Há, entre nós, a planta que deseja ser regada
Na noite da luz prateada
Enluarada!

Há, entre nós dois corações que pulsam
Mas que não se encontram
Que relutam
Porque se amedrontam...

E, enquanto isso, a planta segue desfolhada
Esperando ser socorrida
Regada
Abraçada.
E você com medo
De me dizer seu segredo!!!

Euclides Riquetti

domingo, 19 de julho de 2015

Uma Oração para Evita

Santa Evita de todos os argentinos
Que já protegeste teus pobres descamisados
Cuida bem dos velhinhos e dos meninos
Que foram por todos abandonados
Não te esqueças de todos os oprimidos
Nem daqueles nos combates tombados.

Santa Eva Duarte de Perón
Olha pelas Madres de la Plaza de Mayo
Abre para todos teu coração
Ilumina as noites com teu candelaio
Escuta o lamento de minha oração
Mira os mais  fracos com teus olhos claros.

Santa Evita da Casa Rosada
Estende teus braços sobre  a Recoleta
Repousa teu corpo,  em granitos guardada
Inspira os poetas de todo o planeta:
Que seja  tua gente por ti abençoada
E deixe que no Plata vaguem as barquetas.

Mãe Evita de todos os filhos
Mito que se propaga nos lugares e nos anos
Bela e formosa menina de Junin
Deixa-nos uma história que tanto amamos
Eternizada em  "Não chores por mim..." (Argentina!)
Habitas o coração de todos los hermanos.

E também o meu...

Euclides Riquetti

 (Buenos Aires, 23-01-2013).

O Segundo Baile do Vinho da Casa da Amizade

         Aconteceu, neste sábado, 18, o II Baile do Vinho da Casa da Amizade Roselaine Matevi, de Herval D ´Oeste, aqui ao lado de Joaçaba. A Casa da Amizade é uma entidade que presta relevantes serviços à comunidade, sendo composta por senhoras ligadas ao Rotary Clube. A conterrânea Márcia de Souza é uma das que fazem parte do grupo e foi através dela que viabilizamos nossa participação no evento.

         O Baile do Vinho foi realizado no salão de festas da Igreja Católica daquela cidade, com animação de Nando Show. O Fernando Spessatto, com a mãe e uma amigo, fazem  verdadeiros shows de animação em todos os eventos que abrilhantam com sua a habilidade musical. Salames, copas, queijos, presuntos, pães, mini-sonhos e cucas... e 4 variedades de vinhos de boa qualidade, disponíveis nas barricas: Cabernet Suvignon, Bordô, Branco (Niagara) e Suave. Fomos de Cabernet...

         Na oportunidade pudemos ver muitos amigos, inclusive alguns originários, como nós, de Ouro e Capinzal, como o Maxuel Miqueloto e a Alessandra, e o Rudimar Nora e a Dúnia, nossos ex-vizinhos. O salão é amplo e tem uma ótima pista de danças. A recepção, por casais do Rotary, com bom atendimento e um show pouco antes da meia-noite: a apresentação de danças por seis casais da Associazione Bellunese, de Herval. Um belíssimo espetáculo, com muitos e merecidos aplausos.

          Bailes e festas com características assim, em que se promove o resgate da cultura da colonização italiana, acontecem durante todo o inverno aqui no Vale do Rio do Peixe, onde a presença de descendentes de italianos é muito forte.

          Parabéns às integrantes da Casa da Amizade pela iniciativa e o desejo de que o sucesso deste se repita nos anos seguintes.

Euclides Riquetti

19-07-2015

         

Meus braços estendidos

Não derrames lágrimas que não sejam por alegria
Não deixes que te atormentem por motivos banais
Não aceites que te insultem em nenhum de teus dias
Não permitas que te entristeçam nunca, jamais!

Anda, vai em busca do que te possa fazer muito feliz
Anda, vai realizar nos horizontes azuis o teu sonhar
Anda, vai encontrar  a voz doce que sempre te diz:
Que na vida há muitas  formas de querer e de  amar.

Saiba que em todas as estradas haverá espinhos
Que a maioria dos  problemas podem ser superados
Que o mundo te dará  oportunidades e novos caminhos...

E que,  tanto no céu azul,  quanto nos campos floridos
Sempre haverá canções bonitas, ou sonetos rimados
Um coração muito aberto,  e meus braços estendidos!

Euclides Riquett19-07-2015





Catando grimpas e revirando a memória! Saudosismo...

          Há algumas coisas que a gente fazia quando criança e que, depois, o tempo nos dá uma pausa e as esquecemos por completo. Adiante, circunstancialmente, surgem ocasiões que nos fazem voltar atrás e nos remetem a reflexões... a lembranças, ternas e agradáveis lembranças!

          Pois, nesta manhã agradável e ensolarada aqui do Sul do Brasil, saí para dar uma volta na quadra, aqui perto de casa. Levei um pedaço de fio de luz que estava ali, "pendurado num prego". Ora, ainda tem gente que pendura coisas em pregos, como têm aqueles que mais ainda, penduram "num prego atrás da porta". Tenho um almoxarifado cheio de ferramentas em minha casa. Organizado, não bagunçado!

           Tenho muitas ferramentas, pois as fui angariando desde a construção da casa. Não vou ficar aqui dizendo quantas e quais, pois você não vai, mesmo, se interessar por minhas ferramentas, desde as convencionais às elétricas, do martelo à serra elétrica, da picareta à furadeira. Mas tem os "brinquedos", os apetrechos do esporte, das raquetes de tênis de quadra aos molinetes de pesca do Fabrício, da bola de futebol à de basquete, ainda todas as medalhas que ele ganhou desde o futebol até o haecon-do.

            Mas hoje vou falar das grimpas das araucárias. Das que caem dos pinheiros quando sopra o vento. Das da região de União da Vitória, onde morei na juventude, onde eu li "Eu Vi Cair o Último Pinheiro", do autor José Cleto, pai do Esoani Parísio Cleto, o fera que tirou primeiro lugar no vestibular de Letras da Fafi, em 1972, que tinha barba de filósofo, era uma inteligência acima da média, bem sucedido,  mas muito simples e amigo, capaz de dar atenção ao mais simples dos mortais... Ele nos dizia que seu nome era raro porque os pais, José e Celina usaram, as três ultimas letras de José, invertidas: ose virou "eso"; e de Celina: ina virou "ani" e, aglutinando-as, deu eso+ani= "Esoani". E assim os pais escolheram seu nome, exótico, diferente, único, talvez.

          E vou falar das aventuras da infância, primeiro no leãozinho (Capinzal-Ouro), onde o Stefenito Frank ajuntava os pinhões no potreiro, acendia um fogo de grimpas e jogava sobre este os pinhões, sapecando-os. Delícia!

           Lembro, também, dos pinhões maduros  que catávamos nos potreiros do Benjamim Miqueloto e do Augusto Masson, e que sapecávamos no meio das grimpas em chamas, nos domingos de tarde, ali próximo da "cadeia", no Ouro. O Dito, o Itcho e o Zé (Rosito, Heitor e Raul Masson); o Nito e o Neri (Irenito e Neri Miqueloto); o Bode Branco  e o Carlinhos (Ivo e Carlos Guerra), o Lombo Preto (Arcílio Massucatto), dos Coquiarinhas (Altivir e Valdir Souza), meu o Foguete e o Pisca (Ironi e Euclides Riquetti...), o Paulinho (Adelir Paulo Lucietti), o Tostão e o Nego (Darci e Valdecir Lucietti), o Armindo (Ermindo Campioni); o Tratorzinho (Luiz Alberto Dambrós), o Adecho, o Ademar e o Micuim  (Adelcio, Ademar e Adelto Miqueloto)   o Cosme e o Moacir (Richetti), do Nereu e do Nico (Nereu e Irineu Oliveira), e outros moleques.

          Pois hoje eu cato grimpas, como fiz outrora, para começar o fogo na churrasqueira aqui de casa. Melhor que papel, é fogo imediato e garantido. Lenha queimando, churrasco delicioso, pois, quem tem o costume de fazer fogo com lenha, não troca por carvão de jeito nenhum...

Grande abraço a todos os amigos que passaram pela minha vida, os que aqui citei e os demais, alguns presentes e outros já ausentes, foram morar no céu. A estes, minhas orações...

Euclides Riquetti
19-07-2015

Apenas me abrace


Apenas me abrace
E,  se quiser, me beije
Mas não me deixe
Me abrace, me abrace...

Apenas me abrace
E diga que me ama
Que seu coração... me chama
Me abrace, me abrace...

Apenas me queira
Me deseje, me beije
Me beije , me deseje
Me queira, me queira...

Apenas me diga
Me sinta, me minta
Me minta, me sinta
Mas me diga, diga:

Faça-me acreditar
(Faça-me pensar)
Que vale a pena sonhar
E amar... amar... amar!

Euclides Riquetti