sábado, 29 de junho de 2024

Desafios para os novos prefeitos a partir de 2025 – a séria questão do lixo.

 



       O tempo corre célere e as datas das convenções dos partidos para escolher seus candidatos a Prefeito, Vice e Vereadores se aproximam. As conversas de bastidores estão ativas e as especulações nas ruas, por quem gosta um pouco de política, acontecem direto. Tenho conversado com pessoas envolvidas diretamente nos partidos e com eleitores comuns, aqueles que não militam por candidatos, mas que gostam do assunto e têm opinião formada. Engana-se quem pensa que o povo não está nem aí para as eleições. Cada vez mais, a informação rápida que chega ao cidadão por muitos meios, acaba envolvendo até aqueles que não vinham acompanhando os últimos pleitos. As polêmicas em nível nacional ocuparam tanto espaço nas mídias, que os eleitores começaram a dar mais atenção à política partidária. Preferências por partidos, ideologias, interesses pessoais, religião, informação e contrainformação, tudo rema em favor do envolvimento das pessoas nas campanhas, diretamente, ou apenas na torcida.

       Lixo que não é lixo – um desafio enorme para as prefeituras - Na semana passada, participei de uma audiência pública realizada na ACIOC, em Joaçaba, onde nos foi mostrado um projeto de coleta e destinação do lixo urbano e mesmo do rural. Um projeto bem feito, com uma boa metodologia e bem apresentado por uma jovem dos quadros do Município. Algumas pessoas se manifestaram através de perguntas e emissão de opinião sobre o assunto apresentado, não foi um debate. Claro que cada um fala o que lhe convém, procura vender o seu peixe.

       Na oportunidade, fiz algumas observações e já alertei que terão a judicialização quando do trâmite do projeto no Legislativo ou mesmo fora dele. Os critérios usados para definir os valores das tarifas, embora sejam favoráveis à gestão, são cruéis aos contribuintes, pois não mudam do que vem sendo praticado hoje. Os cálculos obedecem critérios de tamanho de área residencial ou do empreendimento. O justo é que as pessoas paguem sobre o lixo que produzem. Nas contas de luz e de água são realizados cálculos sobre a quantia de consumo medida. Na questão do lixo urbano, não se terá uma métrica perfeita, mas o critério de consideração do número de pessoas que ocupam uma residência seria bem mais justo.

       O radialista Carlos Henrique Roncáglio também apresentou sugestões interessantes, inclusive que se buscasse informações sobre um consórcio intermunicipal de municípios mais próximos do litoral catarinense. Seria interessante que se fosse verificar aquele projeto.

       Foi-nos apresentado um quadro comparativo dos valores médios pagos em outras cidades, mas isso não pode servir de parâmetro, pois a amostragem foi ínfima e não se teve mostrado o critério de busca.

       Alguns casos de reutilização do material descartado - Conheço vários projetos de coleta e destinação do lixo sólido, rejeito e reciclável. Já há 30 anos, em Amparo, SP, os entulhos de construções e de vidros eram recolhidos por carroças com tração animal, transportados para um pátio onde eram triturados, resultado num material britado que podia ser utilizado em pavimentações e até na construção civil. E centenas  de pessoas tinham suas rendas com esse procedimento. Trabalho cooperativado. Em Curitiba, o projeto “Lixo que não é Lixo”, inspirou um que implantamos em Ouro no final do milênio anterior, pelo Prefeito Sérgio Durigon, com coleta seletiva, triagem e venda dos materiais. Adquiriu uma área de 242 mil metros quadrados, fora do quadro urbano, onde se implantaram equipamentos com dinheiro obtido junto ao Ministério do Meio Ambiente, “a fundo perdido”. O projeto não teve continuidade nas administrações seguintes e a coleta e destinação foi terceirizada.

       Participei, há duas décadas, de eventos na cidade de Marcelino Ramos, onde o prefeito da cidade de Leipzig, na Alemanha, e um Engenheiro, nos mostraram que, naquela cidade, o chorume era tratado de forma que resultava numa água tão limpa que, para ser reintroduzida nos mananciais, precisava ser remineralizada. E que os detritos orgânicos podiam ser transformados em fertilizantes para utilização em plantações de mamona, com o fito de produção de biodiesel.

       O lixo útil e as práticas justas - A questão do lixo de nossas cidades precisa ser encarada de maneira coletiva, pois quantos mais entes são agregados, menos se gastará por unidade geradora deste. E a coleta e a destinação, pura e simplesmente com a passagem para uma concessionária que dê conta dele, não garante que o lixo seja utilizado como elemento de economia, capaz de gerar energia, trabalho, melhoria do Meio Ambiente. Lixo é riqueza! Não se pode ir adiante num  projeto que não seja abrangente e sustentável. E, pelo lado das tarifas, uma senhora que faz compostagem, que até recicla os componentes, que produz mudas de plantas e distribui gratuitamente, como a professora aposentada Yara Turcatel, não pode pagar mais do que meia dúzia de pessoas abrigadas numa casa de menos de 100 metros quadrados. Nem uma loja que não produz lixo pague tanto quanto uma que, embora em instalações diminutas, a cada dia produza centenas de quilos de lixo. Eu também faço compostagens, cultivo águas hortaliças e faço minha parte. Tenho certeza de que os moradores de Joaçaba e das outras cidades têm ideias muito interessantes para contribuir com isso.

Euclides Riquetti  - Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com

Adoro ouvir você cantar

 


 


 
  
 
  
 
  


Adoro ouvir você cantar
Pois quando canta, me contagia
Me traz a paz de que eu preciso
Me devolve toda a alegria!

Adoro ouvir você cantar
Pois quando canta,  eu me esqueço do mundo
Fico ouvindo e vendo seu sorriso
E mergulho num êxtase  profundo!

Adoro ver você alegre e contente
Pois sua alegria me envolve e me anima
E o meu coração também sente
Seu doce olhar  de menina!

Adoro estar perto de você
E poder dividir meus sonhos por inteiro
Beijar seus lábios e dizer
Que amo seu jeito brejeiro!

Adoro ouvir você cantar
Porque canta as românticas canções
Aquelas que me fazem sonhar
E me provocam emoções
Conjugando o verbo amar
E me trezendo recordações.

 Adoro ouvir você cantar!

Euclides Riquetti

No asfalto quente

 


 



Navego no asfalto chumbo efervecente

Vou em busca eu nem sei bem do quê

Vai minh´alma acelerada e quente

Vou pela estrada afora procurar você!


Quero encontrá-la em algum lugar

Seja aqui perto ou do outro lado da cidade

Melhor ainda se for ali perto do mar

Nós dois juntinhos vai ser só felicidade.


Andar seguro, com o rumo definido

Seguir buscando o brilho do sol nascente

Ir para onde tudo possa nos fazer sentido.


Encontrá-la e andar na orla de mãos dadas

Sorrir de alegria, coração feliz e contente

Por você ser amado e você por mim amada.


Euclides Riquetti

Aromas de amor

 


 








Sopra o vento que vem do Sul e me traz as lembranças
Sopra o vento que leva os pensamentos e deixa as saudades
Sopra o vento que me transporta até minha infância
Onde eu reencontro os lugares e as antigas  amizades.

O vento que sopra lento é o mesmo que me acaricia
Que embala as folhas que o outono ainda não derrubou
Mas que me traz de volta cestos de nostalgia
Do amor ingênuo que, teimoso, não vingou!

O vento que sopra ternamente em ares angelicais
Me traz os perfumes das flores, das águas, das delícias
Dos campos verdes, das relvas e dos florais.

Sopra o vento que sacode a folha e que bafeja a  flor
Sopra o vento que me afaga em frescores e carícias
O vento sutil  que me embriaga e  me traz os aromas do amor!

Euclides Riquetti

Asfalto molhado

 


 



Asfalto molhado, acinzentado
Palco de alegrias e de dilemas
Alfalto de brilho prateado
Inspira-me cantos e poemas.

Alfalto que se perde nas longas curvas
Onde somem  carros e vagam  os conflitos
Os corações despedaçados as almas turvas
As perdas, os abalos, os  aflitos.

Asfalto alongado a se perder de vista
É o vai-e-vem nas faixas de cada  pista
É o desafio ousado  e sedutor

É a provocação, a incerteza presente
É um palco de tragédias inclementes
É a vida ceifada de tanto sonhador...

Euclides Riquetti

Minha rua, minha rua, foi nossa rua...

 


 


Minha rua, minha rua, foi nossa rua

Eu e você, rua abaixo e rua acima 

Só lembranças da alegria minha e sua

Eu já rapaz e você ainda menina!


Nossa rua em nossos tempos dourados

Só energia, juventude, amor no coração

Sorriso no rosto, mãos e braços dados

O melhor da vida, o desejo e a paixão!


Foi o tempo, vivemos, envelhecemos

Mas continuo a amá-la intensamente

Daquele tempo jamais nos esquecemos!


Vivamos nossa vida cada dia e após dia

Sim, como tudo aconteceu antigamente

Com a alma leve, no rosto muita alegria!


Euclides Riquetti

sexta-feira, 28 de junho de 2024

Para as mulheres

 


 




             "A mulher foi concebida naturalmente tão perfeita, que se fosse um árvore e perdesse as flores ainda continuaria charmosa; se perdesse as folhas,  tornar-se-ia  um corpo sublime; se perdesse os galhos, permanceria sendo mulher; se lhe tomassem as raízes, restaria como um anjo, divina,  flutuante, elegante, frágil mas  forte,  exalando  amor e esperando respostas. Almas não se destroem: recompõem imagens, corpos, seres. Mulheres serão sempre perfeitas. Mulheres serão sempre mulheres, acima de tudo. E de todos!"

Minha homenagem a você, mulher!

Euclides Riquetti

Para os homens fazerem ... ( e para as mulheres saberem...)

 


 




Para os homens:


       Sejam educados e delicados para com as mulheres. Saibam entendê-las e compreendê-las. Não lhes sejam estorvos. Elas gostam de carinho e amor. Quando se apaixonam, entregam-se fervorosamente, deliciosamente, amadamente.  Mas se odiarem, odiarão ferozmente, até raivosamente. 

      Se vocês plantarem nelas o carinho, colherão a lealdade. Se as tornarem infelizes, vocês também experimentarão a infelicidade. Sejam gentis e terão a reciprocidade. Vocês não precisam ser cantores, atores e nem poetas. Mas atuem como se elas fossem as mais notáveis, as mais inteligentes, mesmo que sejam discretas. 

      Mostrem-lhes que vocês as admiram, amam, desejam somente o bem para elas. Não sejam os "bons", não sejam atores, mas deem-lhes bombons e flores. Conquistem-nas em todos as manhãs, tardes e noites escuras, estreladas, ou enluaradas. Nunca se esqueçam que as mulheres gostam de ser bem tratadas!

       Bondade, generosidade, gentilezas: Isso as farão sentir-se como verdadeiras princesas. E, se vocês acham que são homens valentes e  verdadeiros, demonstrem-lhes que são seus leais e amorosos companheiros. 


Isso mesmo! É bem assim... simplesmente assim!


Euclides Riquetti

Olhe as estrelas

 




Vá lá pra fora
Olhe as estrelas
É possível vê-las
Bem agora. ( São quase 23 horas...)

Olhe pro céu infinito
Negritude prateada
Noite abençoada
Firmamento bendito.

Pense comigo:
A noite é dos sonhadores
Dos  sentimentos avassaladores
E eu me perco contigo.

As estrelas, o céu, os sonhos
Os teus olhos risonhos
Os teus pensamentos (medonhos?)
Me tornam menino, menino!

E alguém imprime um destino:
Você!

Euclides  Riquetti

Buscar viver... perto de ti!

 


 



Buscar viver
Perto de ti
Perto de um rio
Perto de um mar.

Buscar viver
Buscar sorrir
Tornar a ti
Tornar a amar.

Buscar-te incessantemente
Perdidamente
Desesperadamente
Esperançosamente.

Apenas buscar-te
Estar perto de ti.
Apenas abraçar-te
Ver-te sorrir.

Encontrar-te:
Suavemente
Carinhosamente
Amorosamente...

E beijar-te!

Euclides Riquetti

Quadrinhas lá da roça (pra você cantar em tempos juninos)

 




Lá na roça tinha muito

Tinha muito do serviço
Mas dava cebola e batatinha
Tinha até porco-ouriço!

Lá na roça também tinha
Tinha melão e melancia
E altos pinheiros com pinhas
Onde fazíamos estrepolia!

Lá na roça tinha boi
Tinha vaca, tinha ovelha
Naquele tempo que já  foi
Tinha até caixa de abelha!

Tinha casa lá na roça
Coberta de tábua ou telha
Até chiqueiro com fossa
Uma porcada bem parelha!

Bem pertinho de uma taipa
Tinha em belo de um paiol
Um cavalo muito baita
Que não tinha medo do sol.

Tinha uma horta bem plantada
Com alface, tomate e almeirão
E era muito bem cercada
Pra não entrar a criação.

Dá saudade do leite morno
Tirado do ubre das vacas
Do pão de trigo no forno
Quentinho nas formas de lata.

Ah, sim, me dá muita saudade
Dos amigos da vizinhança
De criança e da mocidade
Trago as melhores lembranças.

Os anos passaram  ligeiro
Mas de nada eu esqueci
Foi-se o tempo prazenteiro
Da  roça onde eu vivi.

Deus abençõe o roceiro
Que teimou em lá ficar
Dê forças pra que trabalhe faceiro
Para a família sustentar.

Agora, já bem madurinho
Divido com você minha história
Daquele belo tempinho
Com muita alegria na memória!

Euclides Riquetti

Pra dizer simplesmente que eu te amo

 


Resultado de imagem para imagens casal apaixonado

Pra dizer simplesmente que eu te amo

Quero teu abraço carinhoso bem carinhoso
E o teu beijo gostoso quero muito gostoso...

Quero ver teu sorriso bonito bem bonito
E teu semblante tão sublime quanto o infinito...

Quero ouvir tuas palavras doces bem suaves
E tuas palavras suaves, ouvi-las bem doces...

Quero sentir o magnetismo de tua alma branca
E que tua alma franca me traga paz e conformismo...

Quero descrever a flor que te seduz e encanta
E, quando tu cantas, jurar-te meu amor...

Quero que meus versos em ti se eternizem
E que nossos sonhos dispersos se realizem...

E, em abraços, sorrisos e beijos
Despertam-se os instintos e os desejos...

Então eu te invoco, te provoco, te chamo
Pra dizer simplesmente que eu te amo!

Euclides Riquetti

Quando é hora...

 







É hora
De ir embora
De deixar os sonhos
O mar medonho
E ir embora!

É hora do reencontro
Com a realidade.
E, com serenidade
Escrever um conto
Compor um poema novo.

Tiro papel do caderno
Caneta do estojo
Da alma tiro o fogo
E escrevo no inverno
Um poema que pretendo
Que se torne eterno!

Como eterno é o amor
Como eterna é a cor
De seus olhos...

Euclides Riquetti

Com meu corpo e minha alma

 



Resultado de imagem para abraço de casal apaixonado

Amar-te com meu corpo e minha alma
Querer-te com a força do desejo
Beijar teus lábios com meu doce beijo
Andar de mãos dadas pela praia calma...

Entregar-te os sonhos e os sentimentos
Tudo aquilo que já acumulamos
Alimentarmos tudo o que amamos
Eternizar todos os bons momentos...

Ganhar de ti o melhor dos abraços
Sentir teus dedos me acariciando o rosto
Fazer de teus seios meu porto de encosto
Buscando em ti alento ao meu cansaço...

E em cada música que eu ouvir no dia
Em cada verso que eu te escrever
Mostrar-te o quanto invades meu ser
E eu me embriago de tanta euforia...

Porque há mil razões para eu dizer "te amo"!

Euclides Riquetti

quinta-feira, 27 de junho de 2024

Era só ilusão...

 



Era só ilusão...

Não havia canção romântica nem badalar de sinos 

Nem música saindo das cordas dos violinos

O barulho das ondas do mar só estavam na imaginação.


A realidade era diferente...

Não havia sonhos novos para serem sonhados

Os versos para outros poemas estavam esgotados

E você desapareceu, simplesmente!


As esperanças desaparecidas...

A busca por motivações já não era tão frequente

Enquanto você portava-se altiva e indiferente

E minhas forças ficaram enfraquecidas!


Mas darei a volta por cima

Vou recuperar toda a força e a velha inspiração

Meus pés voltarão a pisar em firme chão

Novas metas, superação, êxito na nova vida!


Euclides Riquetti

28-06-2024








Nos últimos ventos do outono

 





Sopram os últimos ventos do outono
Talvez o mais melancólico de todos os tempos
Descrevê-los,  me parece que nem sei como
Faltam-me à alma os afagos e os alentos.

Sopram e trazem lembranças que entristecem
Talvez por causa das nossas incertezas
Agora os gramados já não mais crescem
Ficam os jardins sem as cores e as belezas.

Soprarão no inverno até o mês de agosto
Quando, perigosamente, podem causar-nos danos
Para nossa maior tristeza e muito desgosto...

Soprarão até os renovados dias de setembro
Quando nos voltarão os pensamentos mundanos
Enquanto isso, nossa vida vamos vivendo!

Euclides Riquetti

Na noite da super lua

 









Na noite da super lua
Tentei agarrá-la
Delicadamente
Deliciosamente
Com minhas mãos segurá-la...

Queria que ela me dissesse
Algo que me comovesse
Algo que me convencesse
Como o sol que me incandesce...

Na noite em que ela desfilou
Bela, maliciosa, altaneira
Bela, majestosa, faceira
Sobre as areias de Canasvieiras
Eu a beijei com minha alma ditosa...

E ela, branca, prateada, caprichosa
Me fez buscar palavras
Em minhas lavras
Para compor o tema
Deste meu poema
Que fiz e guardei para você
Pra você!

Euclides Riquetti

Nas incertezas do tempo...

 





Fotos de Sereias

Nas incertezas do tempo...


Flutuam nas águas serenas as sereias
Prateiam-se nos lustros raios solares
E, depois, vêm deitar-se nas areias
Vêm deleitar-se nas orlas dos mares.

Cantam, as sereias, os cantos líricos
Dançam, as sereias, as coreografias
Desfilam, nas areias, corpos líricos
Cantam canções de amor e nostalgia.

Enquanto as garças e  gaivotas voam
Os grunhidos espalham-se nas dunas
Nos rochedos, nossos gritos ecoam
Planam nos ares suas brancas plumas.

E se ocultam nas incertezas do tempo
As dores mais fortes e inimagináveis
Enquanto olho o mar e te contemplo
Nas lembranças suas, inapagáveis...

Euclides Riquetti

Amei amar-te e ter-te amado!

 



 


Amei amar-te e ter-te amado
Perdidamente
Imagino que amei e possa ter sido amado
Mas tudo acabou num repente
Ficou um coração partido e desolado!

Amei amar-te e ter-te amado
Sinceramente
Deve ter sido um ato do amor idealizado
Algo que deveria ser permanente
Mas que não deu nenhum resultado!

Amei amar-te e ter-te amado
Fielmente
Um amor verdadeiro, puro e exacerbado
Foi algo bem forte, realmente
Talvez um ponto azul no passado!

Amei amar-te e ter-te amado
Simplesmente
Mas depois fui ignorado
Escanteado eu fui solenemente
Foi apenas mais um sonho sonhado!

Euclides Riquetti

Quando o pássaro quebra suas asas

 







Quando o pássaro quebra suas asas
Não consegue mais voar
Quando a gazela quebra sua pata
Não consegue mais andar...

O ser humano também é assim
Depende dos membros para se locomover
Escadas, rampas, tudo enfim
É perigo constante a surpreender...

No mundo dos sonhos é bem diferente
Anda-se em nuvens e flutua-se nas águas
Esquia-se nas neves sem incidentes
Em barcos imaginários despacham-se as mágoas...

O mundo dos sonhos é mais seguro
Seguro é o sonho do poeta
Tanto no claro como no escuro
Sempre lhe dará a rota certa...

Então tudo pode ficar bem
Tudo voltar à  normalidade
Pois as asas se ajustam também
Quando nos volta  a felicidade!

Euclides Riquetti

Memórias da Juventude (Bom dia, Silvestre!) - Dos tempos de Porto União da Vitória

 


 



em 06/08/20

Resultado de imagem para imagens simca chambord 

Simca Chambord

          Trabalhei com o Silvestre Schepanski na Rua Clotário Portugal, 974, em União da Vitória (PR), na concessionária da Mercedes-Benz, então Álvaro Mallon e Filhos, de 1972 até o início de 1977, quando fui morar em Zortéa. Eu estava em meu primeiro ano de faculdade, na FAFI. Trabalhei na seção de peças e, nos dois últimos anos, fui gerente da filial, na Avenida Manoel Ribas, na antiga sede da Transiguaçu, próxima ao Posto Ipiranga, dos irmãos Ravanello.

           Silvestre era meu chefe. Estudava à noite, fazia o "ginásio" no Túlio de França, estava na sexta série do então Segundo Grau, em 1972. Não gostava de novelas. Dizia que tinha um cunhado que ficava vidrado com a "Selva de Pedras", em que a Simone (Regina Duarte), fazia par com outro jovem ator, Francisco Cuoco. Achava que isso era uma extrema perda de tempo. Anos depois, converteu-se a noveleiro também.

          O Silvestre tinha uma Simca Chambord e uma bicicleta. Não raro, alguém tinha que empurrar a Sinca, pois a bateria dela não era lá essas coisas. A bicicleta nunca o deixava na mão. Ah, bem que eu gostaria de ter aquela Chambord branca e vermelha, hoje. Ou a Sinca Jangada, do meu professor de Direito usual na CNEC, em Capinzal, Benoni Zóccoli. Hoje, o Silvestre está com os filhos bem encaminhados, anda de caminhonete poderosa, é um empresário bem sucedido, tem uma fazendinha, imóveis, e é dono da "Auto Peças Silvestre", na Marechal, em União da Vitória, uns 500 metros abaixo do Estádio Enéas Muniz de Queirós, do Ferroviário.

          A grande virtude do Silvestre era defender os seus subordinados perante os chefes das outras sessões. Ele era muito bem dado com o Romeu da Silva, que era vendedor de caminhões, e a quem ainda me referirei numa crônica. Quando alguém da oficina mecânica da concessionária pegava no nosso pé por alguma razão, ele nos defendia. Depois, em particular, mostrava nossos pontos certos e nossos pontos errados. defendia, arduamente, os interesses da empresa. Aprendi muito com ele.

          O Silvestre era natural de Canoinhas, jogou no Santa Cruz, tinha intimidade com a bola, isso nós percebíamos quando de jogos da nossa turma da Mercedes. Magrão e alto, bigode bem arrumado, era um zagueiro que sabia sair jogando para distribuir a bola ao ataque.  Lembro que, na época, ele tinha dois filhos: o Gérson e a Mari. Hoje, eles tocam as negócios do pai. Na última vez que estive na loja de peças deles, conversei com todos. o atendimento é bom e fornecem peças até mesmo para concessionárias, tão variado e organizado é seu estoque.

           Deixo aqui meu reconhecimento a ele, ao Altamiro Beckert, ao Mauro (Iwankio?), à Sandra  Probst (Bogus), a saudoso Solon Carlos Dondeo e a todos os que, de alguma forma, me ensinaram alguma coisa em 1972, quando iniciei meu trabalho lá. Tudo o que aprendi na Mercedes, muito me ajudou em minhas atividades comerciais e mesmo públicas, em minha vida profissional.

Grande abraço em todos!

Euclides Riquetti
25-11-2015

Um sorriso em seu rosto...

 


 





Resultado de imagem para foto de mulher  triste


Não vejo um sorriso em seu rosto
O que será que aconteceu?
Será que é tristeza ou desgosto
E seu sorriso, então, desapareceu?

Não vejo mais a alegria costumeira
Nem ouço as palavras animadas
Você, que era sempre tão faceira
Não solta mais suas gargalhadas...

Cuide de ter, de novo, seu sorriso
Aquele olhar tão contagiante
O seu sorrir, que era tão divino
Precisa voltar bonito e  triunfante...

Cuide de ser feliz, felizmente
Cuide de animar-se, animadamente
Cuide de se amar, amadamente
E a cuidarei, carinhosamente!

Euclides Riquetti

Quando o vento já tiver soprado

 


 


Quando o vento já tiver soprado


Quando o vento já tiver soprado
E levado as folhas que o outono derrubou
Você olhar para ver o que restou
Depois do  inverno rigoroso já chegado...

Quando a chuva já tiver caído
E lavado as cinzas que ficaram
Da queima das ilusões que não prosperaram
E dos corações que jazeram em fogo ardidos...

Quando nossa jovialidade já tiver se ido
E estiver chegada nossa doce velhice
Nos restando apenas uma suave faceirice
Nos rostos que não disfarçam o sofrido...

Quando tentarmos refazer os sonhos concebidos
Mesmo que tudo pareça  destruído pelo tempo
E nossas almas repousarem no relento
Ou se perderem em caminhos desconhecidos...

Ainda haverá um motivo, uma chance
Para que nossas mãos se alcancem
De novo...

Euclides Riquetti

Eu te amo...

 


 



Resultado de imagem para imagem  mulher janela

Eu te amo...


Abre a janela e olha pro céu
(Eu te amo)
Abre a janela e vê o sol
(Sim, eu te amo)
Fecha os olhos e vê as estrelas
(Ah, sim, como eu te amo)
Fecha os olhos e vê as  rosas amarelas
(Sinta que, realmente, eu te amo).

Abre o teu coração e sente que o amor existe
(Percebe que eu te amo)
Abre teus braços e me abraça com toda a paixão
(Claro que eu te amo!)
Traze  teus lábios para perto dos meus
(E veja que muito eu te amo)
Quero sentir o calor dos beijos teus
(Eu te amo, eu te amo, eu te amo!)

Euclides Riquetti

Na primeira noite...

 


 


Resultado de imagem para imagens de boa noite de inverno


Na primeira noite de inverno, sonhei
Sonhei que o dia era sol
Que a noite era luar
E que eu caminhava na beira do mar!

Na primeira noite de inverno, sonhei
E no meu sonho aparecia
Uma alma idealizada
Que num belíssimo corpo se alojava!

No primeiro dia de inverno veio o sol
E ele me aquecia...

Então a tarde se iluminou
E a noite me esperou
Como esperei por ti...
Mas não vieste!

E eu fiquei a me lamentar...
Só a me lembrar...
E a chorar
Por causa de ti!

Euclides Riquetti

História de dois principezinhos e uma princesinha

 




Resultado de imagem para fotos sorveteria sabrina herval d oeste


          A princesinha pegou um caderno e um lapisinho, rabiscou algo e passou para o principezinho. O príncipe Luís César estava a catar raízes. Uma raiz de uma planta boa para fazer chás. O Xá do Reino deles era um chato de galochas.  Depois foi tomar um cafezinho no bar do chinesinho, que era seu vizinho. A mulher do chinês fazia limpeza no bar da empresa do marido. A altivez da mulher do chinês era de dar inveja.

          Luís César tinha um primo, Luiz Adriano,  que lhe dava atenção máxima, extrema. A compreensão deste  para com as defecções daquele eram de verdade. O maior defeito dele era não gostar muito de estudar, pois havia muitas matérias chatas. Ambos haveriam de encontrar um meio de gostar delas.  Até que uma xícara de café cairia bem. Daria um pouco de ânimo a eles.

          Os primos planejavam fazer uma viagem. Estavam enrolando-se, então alguém disse: "Viajem logo, pois é  inverno e haverá neve na montanha. Haverá problemas para escalarem as árvores. E, ainda, vocês sabem, terão dificuldade em encontrarem um guia montês por lá se estiver frio".

          Ajeitaram suas mochilas e partiram. Antes, despediram-se da princesa. Sua Alteza era uma bela de uma moça. Uma moça bem moçoila. Cochichavam: "os guardas do palácio tinham cara de chuchu"! As mulheres iam tomar banho de cachoeira e deixavam partes do corpo à mostra", e outros cochichos. Luiz deu a Luís uma amostra do que iriam ver na montanha: tinha uma foto de um urso marrom perseguindo uma hiena. Será que seria perigoso o lugar, além de terem que enfrentar um frio rigoroso?

          No dia aprazado, foram. Deveriam executar o seu plano, sem exceções. Fazer com que seu projeto fosse exitoso de qualquer jeito. Encontraram um velho caçador que morava numa choupana e que fora assessor de um parlamentar cassado, daí ter requerido aposentadoria e se dedicado a guiar pessoas nas montanhas. Os animais que fossem caçados não deveriam ser abatidos. Na verdade, deveriam apenas serem capturados. Uma captura bem diferente das que costumamos ver nos filmes.

         Nas montanhas,  encontraram alguns montanheses trabalhando na lavoura: usavam enxadas para  carpir, foices para roçar,  e enxós para cavoucar nas madeiras e fazer canoas e utensílios caseiros, principalmente gamelas e pilões para a cozinha. Moravam em casinhas pequenas.

          Os simpáticos colonos, de origem japonesa, indicaram-lhes os lugares onde se encontram animais, principalmente raposas e aves raras. Luís César e Luiz Adriano localizaram algumas raposas de pele matizada. Eram matizes de marrom, cinza e branco. Elas são muito ariscas e não se deixam apanhar. E, como já dito, nada de tiros. Caçar, sim, abater, não! E as aves, com suas penugens coloridas, embelezavam grandemente o cenário.

          Pegaram suas câmeras digitais e  fotografaram tudo. Era a melhor maneira de caçar, sem fazer qualquer tipo de mal aos animais. E, ainda, cuidavam de não esbarrar em plantinhas para não prejudicar seu crescimento. Plantas e animais, água muito limpa, neve lá nos picos das montanhas. É assim que se compõe o mais ilustre cenário da natureza. Abater animais, jamais!

          Já em casa, a princesa os esperava com um pote de 2 litros de sorvete Sabrina, importado de Herval d ´Oeste, uma cidadezinha  que fica perto de Joaçaba, no Vale do Rio do Peixe, em Santa Catarina.  Tomaram todo o sorvete, que estava  muito delicioso. E, juntos, postaram as fotos no facebook, ganhando milhares de curtidas, centenas de comentários e  dezenas de compartilhamentos.

Foi uma bela de uma caçada, em que todos ganharam, ninguém perdeu. E, sobretudo, ganhou a natureza, que foi preservada.

Euclides Riquetti

Blog do Riquetti
www.blogdoriquetti.blogspot.com