Quando o vento já tiver soprado
Quando o vento já tiver soprado
E levado as folhas que o outono derrubou
Você olhar para ver o que restou
Depois do inverno rigoroso já chegado...
Quando a chuva já tiver caído
E lavado as cinzas que ficaram
Da queima das ilusões que não prosperaram
E dos corações que jazeram em fogo ardidos...
Quando nossa jovialidade já tiver se ido
E estiver chegada nossa doce velhice
Nos restando apenas uma suave faceirice
Nos rostos que não disfarçam o sofrido...
Quando tentarmos refazer os sonhos concebidos
Mesmo que tudo pareça destruído pelo tempo
E nossas almas repousarem no relento
Ou se perderem em caminhos desconhecidos...
Ainda haverá um motivo, uma chance
Para que nossas mãos se alcancem
De novo...
Euclides Riquetti
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