sábado, 5 de maio de 2018

Parabéns, Michele e Caroline! Feliz aniversário!

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Michele, em algum lugar do mundo

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Caroline, com a filha Júlia

Michele e Caroline, as duas perolazinhas
Vindas ao mundo para nos trazer encanto
Dois pequenos rostos, quatro mãozinhas
Um par de olhos que nos levou ao pranto.

Foi emoção incontida, foi muita alegria
Ao chegarem as gêmeas do olhar terno
Pois a vida mudou-nos, desde aquele dia
Logo que elas saíram do ventre materno.

Duas meninas lindas, doces e saudáveis
Acarinhadas com o amor que mereceram
Personagens de tantas cenas memoráveis
Acalentadoras dos sonhos que nasceram.

A busca das letras na escola, a infância
O encontro com toda a gama de amigos
Dos primeiros desenhos as lembranças
Todos protegendo-as de todos os perigos.

A chegada do irmão, um presente sagrado
A felicidade no lar, com todo o carinho
Filhos queridos, por Deus abençoados
A proteção necessária em todo o caminho.

A adolescência badalada e efervescente
A turminha avassaladora do seu colégio
Uma geração destemida e muito valente
Com quem conviver  foi um privilégio.

Uma juventude intensa e com energia
A busca incessante da melhor formação
As conquistas escolares com galhardia
As vitórias diárias com muita emoção!

Na vida, flores coloridas e confrontos
Num mundo imperfeito, a desilusão
Mas,  apesar de alguns desencontros
Para cada obstáculo, uma superação!

Se correm ágeis os cavalos do tempo
Porém ganhos se acumulam fartamente
Que vivam a alegria em cada momento
Com sua alma leve e o coração contente!

Se é o tempo que nos esclarece e define
Que nos mostra quão gloriosa é a vida
Feliz aniversário, Michele e Caroline
Feliz aniversário, filhas queridas!

Euclides Riquetti

sexta-feira, 4 de maio de 2018

Ironi Vítor Riquetti - 20 anos sem meu irmão!

         
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          Exatamente neste dia 04 de maio, completam-se 20 anos do falecimento de meu querido irmão Ironi. Partiu aos 51 anos, vitimado por doença gravíssima. Estava internado no HUST, em Joaçaba e passou seu ultimo dia de vida na UTI. Eu vim cedo de Ouro para Joaçaba, pois minha cunhada, a Lurdes, me avisara de que ele passara mal e fora transferido para a UTI do hospital;

          O pessoal da família já estava exausto, tinham ido comer algo em alguma lanchonete. Eu permaneci nas proximidades do hospital, era de tardinha, e os funcionários me informaram de que ele havia falecido. Esteve internado algumas vezes, no mês anterior, em hospital de Curitibanos e no Spessatto, de Joaçaba. Dada a gravidade da situação, o último internamento ocorreu no Hospital Santa Terezinha, hoje HUST.

          Deixou a esposa Lurdes, a filha Graziela, adolescente, e a Gabriela, com apenas 4 anos. Nossa mãe, Dorvalina,  já estava adoentada, mas conseguimos levá-la até o local onde foi velado, na Funerária Nossa Senhora dos Navegantes, em Ouro. Tínhamos perdido o pai, Guerino, em 1977. Minha mãe viveu mais um ano e meio depois da partida dele. Ficaram os irmãos Euclides, Iradi, Hiroito, Vilmar e Edimar. As cunhadas Miriam, Marise e Isolete, o cunhado Luiz Fernando Ghidini.  Na época, os sobrinhos Michele, Caroline e Fabrício (meus filhos), Rafaela e  Roberta (filhas da Iradi), Naiana (filha do Hiroito), e Guilherme e Ana Carolina (filhos do Edimar).

          Meu irmão Ironi construiu o sobrado de nossa família, no centro da cidade, em Ouro, onde mora meu irmão Vilmar. Estudou no Mater Dolorum, e nos ginásios Padre Anchieta e Juçá Barbosa Callado, em Capinzal. Aprendeu com Ângelo Gramazzio a profissão de pedreiro e construiu diversas edificações em Ouro e Capinzal. Formou diversos outros profissionais, que até hoje atuam na profissão.

         Meu irmão  muito me apoiou nos tempos em que eu estudei na Fafi, em União da Vitória. Muitas vezes, quando eu voltava para minha cidade, em visita aos familiares, ele me mandava na alfaiataria do tio Ivo Mário Baretta para fazer uma calça nova, de tergal. Quando minha irmã, Iradi, foi mirar em União da Vitória, deu-lhe uma máquina de costura para que ela pudesse trabalhar sem se preocupar com emprego e poder financiar seus próprios estudos.

         Era torcedor do Botafogo e do Palmeiras. Jogou futebol nos campinhos de nossa cidade, no Palmeirinhas e no Noroeste, de Nossa Senhora da Saúde, era bom jogador.  Aos 18 anos, já era treinador do Palmeirinhas, do Ouro. Alto, forte, e com olhos azuis, atraiu a atenção da Lurdes Maria Andrioni, com quem se casou.

          Quero agradecer  minha cunhada Lurdes por ter cuidado bem de meu irmão nos anos de convivência matrimonial, do que resultou o nascimento da Graziela e da Gabriela. Grazi é casada com Fabiano Lago e têm um filho, Pedro Miguel.

          Dele tenho ótimas e saudosas lembranças, sempre tivemos carinho mútuo. Nos seus últimos anos de vida, costumava vir em minha casa em muitas noites e domingos. Ele tinha admiração pelas nossas filhas e influenciou o Fabrício a trocar de time de preferência na infância: de são-paulino, virou palmeirense.

         O primeiro carro da família ele comprou em 1976, um fusca azul, modelo 1300 L, com rodas de tala larga, som, Kadron e volante de Fórmula 1. No toca-fitas, Raul Seixas, com "Amigo Pedro", e os outros sucessos dele. Era fã de Roberto Carlos e de todos os cantores, cantoras e grupos da Jovem Guarda. Tinha, na juventude, os discos do RC, Renato e seus Blue Caps, Os Incríveis, e colecionava os LPs de "As 14 mais", com os cantores da Jovem Guarda. Quando começou a construir nosso sobrado, comprou "Coração de Papel", um compacto do Sérgio Reis. O Ivanir Csagrande, popular Nico, trazia para ele os discos lançados em São Paulo. Comprava revistas de fotonovelas e pendurava os pôsteres dos artistas da Revista Capricho nas paredes do nosso quarto.

         A perda de nosso pai abalou-o muito, com a todos nós. Ele for o filho que mais tinha convivido com nosso pai e sentiu muito a sua perda. Está sepultado no cemitério da Vila São José, em Ouro, junto com os pais Guerino e Dorvalina.

          Meus sentimentos, e de toda a minha família, a todos os que participaram da vida junto com meu amado e saudoso irmão.

Euclides Riquetti
04-05-2018

A chuva da manhã de outono


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Na manhã chuvosa de outono me chega a canção
Que me vem trazida pelo vento
Pousa, suavemente, em meu pensamento
E se aloja em meu frágil  coração.

Vem, num carrossel de anjos que vêm
Com sua melodia indescritível
Canção de sabor aprazível
Vem me deliciar também.

Na manhã chuvosa de outono vem a canção que me afaga
A canção da noite, que você repete
E que me acalenta, me confunde e me embriaga.

Na manhã chuvosa de outono meu coração silencia
Enquanto se acalma, pensa, reflete:
Quer esperar você, cheio de uma doce  nostalgia.

Euclides Riquetti

quinta-feira, 3 de maio de 2018

Num lugar especial

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Num lugar especial de sua sala você sorri
Enquanto admiro a leveza de seus cabelos
Enquanto me provoca os meus desejos
Com seus lábios rosados que quero tê-los...

Num mundo de sonhos você me seduz
Enquanto divago nos tênues pensamentos
Enquanto me escondo de meus tormentos
E admiro o seu olhar, o seu sorriso de luz...

E em todos os lugares que eu possa imaginar
Você está presente com seu corpo elegante
Com todo o seu charme a me provocar...

E seus encantos que me envolvem e me fascinam
Na aura de sua imagem doce e  provocante
Inspiram-me as palavras que no soneto rimam.

Euclides Riquetti

Faleceu Genoval Braga Ramos, amigo capinzalense!

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       Soube, hoje, do falecimento do amigo Genoval Braga Ramos. Conheço-o desde minha infância: estudávamos, ambos, no Colégio Mater Dolorum, no ensino primário; e no Ginásio Padre Anchieta, em Capinzal, na década de 1960. Viramos a décadas na Escola Técnica de Contabilidade de Capinzal, que se tornou, posteriormente, Colégio Capinzalense Flor do Vale e, ainda Colégio Cenecista Padre Anchieta.

       O Genoval, bom moço, sempre foi um amigo confiável. Éramos, ambos afilhados de meu tio Adelino e de Dona Clorinda (Baretta) Casara, comerciantes em Capinzal. Dividimos nossa amizade em conversas, jogo de bolicas de vidro e futebol. Eu era Vasco e ele Flamengo. Juntos fizemos parte de diretoria no Arabutã FC, com jogos na Baixada Rubra, em Capinzal.

       Além de trabalhar na agência de estatística, que mais tarde se tonou IBGE, sob o comando de Guilherme Odil Doin, Genoval enveredou-se para a profissão de contador. Atuou na Auto Elite Ltda, em Capinzal e depois ingressou em carreira da Polícia Civil de Santa Catarina.

       Tenho duas lembranças marcantes com o amigo: a primeira, na época de nossa juventude, quando ele e o Bonato, que hoje mora no Navegantes, em Ouro, saíram remando um bote no Rio do Peixe, num domingo à tarde, após saírem da sessão de cinema de matiné do Cine Odete, antes Cine Glória. Pois os dois amigos casaram com as namoradas e construíram sólidas famílias. Tiveram filhos e netos e deixaram bons exemplos para seus descendentes e amigos. A segunda, vem dos primeiros anos da década de 1970, quando ele apareceu lá na República Esquadrão da Vida, situada à Rua Professor Amazília, 322, em União da Vitória. Aparecera lá para procurar por seu irmão, o Bastiãozinho, que morava naquela cidade e era meu amigo. O Genoval tinha amizade com o Leoclides Fraron e comigo. Chegou na cidade às 11 horas da noite, de trem, e apareceu lá na nossa República. Veio procurar o irmão, de quem não tivera mais notícias. Conseguimos reunir ambos e então o amigo voltou, tranquilo, para Capinzal, onde viveu até esta manhã.

       Genoval exercia forte forte liderança na cidade, chegou a ocupar o cargo de delegado de polícia, fazendo parte também parte do Centro Espírita Amor e Caridade. Podem sua esposa, filhos e netos, ter orgulho de terem convivido harmoniosamente e carinhosamente com ele. Pai coruja, vovô coruja, tinha muito orgulho de todos.

       Tenho a plena certeza de que ele, pela pessoa que foi, tem um lugar aprazível na Glória Eterna.

Um abraço carinhoso em todos!

Euclides Riquetti
03-05-2018



Para o amor não há fronteiras

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Sintonizam-se pensamentos lado a lado 
Na transposição dos limites do universo
No sobrepor-se às fronteiras das paredes
Onde se escondem os corpos e o pecado
Nos  desejos, nos afagos  tão diversos.

Para o amor, não há fronteiras, acredite
Para nosso amor, só o céu é o limite"-

Sintonizam-se almas gêmeas que se buscam
Dos parceiros na  distância imensurável
Nas fontes de prazer apenas saciar as sedes.
Nem as trevas e tempestades os ofuscam
Porque há um  amor puro, um sentimento inabalável.

Para o amor não há fronteiras, acredite
Para nosso amor, só o céu é o limite!


Euclides Riquetti

quarta-feira, 2 de maio de 2018

Em algum lugar do universo

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Em algum lugar do universo
Eu te encontrarei
E te levarei os versos
Que pra ti guardei!

Em algum lugar do mundo
Eu te buscarei
E meu amor profundo
Eu te declararei!

Em algum lugar da terra
Eu te reverei
E de mil quimeras
Eu te cobrirei!

Em algum lugar da floresta
Eu te alcançarei
E nossa vida será uma festa
Que eu te proporcionarei!

Em qualquer lugar que estejas
Estarei a te buscar
Porque quero que tu sejas
A musa a me inspirar!

Euclides Riquetti
02-05-2018




Euclides Riquetti
02-05-2018

Se eu soubesse pintar...

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Se eu soubesse pintar
Começaria pelo teu rosto contente
Pincelaria teu corpo envolvente
Poria vermelho nas unhas de  teus pés...

Se eu pudesse pintar
Pintar-te-ia com roupas pretas
Que te tornam bonita, atraente
Que te deixam morena fascinante...

Se eu soubesse pintar
Pintar-te-ia como és:
Com toda a tua exuberância
Com tua beleza e elegância.

Se eu pudesse pintar
Pintaria teu rosto com tinta clara
Cor da primavera que chegara
E o próprio verão cobrir-te-ia com verniz...

Mas,  todo o teu corpo
Idealizado, desejado
Eu jamais conseguiria concretizar!
Não eu, nem outro:
Ninguém conceberia o ideal de tua perfeição...

Mas teu beijo
Sensual, gostoso, (ardoroso?)
Eu levaria!
Tuas palavras
Doces, amáveis, (adoráveis?)
Eu também as levaria!

E teus olhos fugidios teriam que fitar os meus e dizer:
"Eu te amo!"

Euclides Riquetti
02-07-97

Quando os primeiros frios chegarem


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Quando os primeiros frios  chegarem
Nas noites sedutoras  do mês de abril
Depois de um dia de sol e céu de anil
E nossos pensamentos se encontrarem...

Quando, depois da jornada cansativa
Estiver exausta, sentindo a dor no corpo
E se perder no seu pensamento absorto
Lembre de que, além de sua janela,  há vida.

Seja flexível com as coisas de seu coração
Inquieta, busque alivio para sua alma
Criativa para encontrar formas de solução.

Busque, incessantemente a sua felicidade
Conduza sua vida pela estrada calma
Viva com alegria e com intensa paixão.

Euclides Riquetti

terça-feira, 1 de maio de 2018

Num sábado de sol e de cor

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Sábado de sol e de cor
Dia de alegria desmedida
De andar livre na vida
Nada de trizteza, nem dor.

Sábado com muita euforia
Dia das doces sensações
De dar asas às emoções
Nada de melancolia.

Sábado dos corpos sarados
Dos corações atirando setas
Dos corações sendo flechados.

Dia de comemoração
Nas almas de todos os poetas
Que escrevem com amor e paixão!

Euclides Riquetti

Todos os poemas que eu te fiz

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Todos os poemas que eu te fiz durante anos
Com os versos verdadeiros e  sentimentais
Um poema cor de rosa e todos os demais
Alguns bem românticos, outros mundanos...

Todos os poemas com rosas lindas, amarelas
E aqueles em que as rimas bem se definem
Ou em que elas se escondem, se comprimem
Guarda-os, não os jogues pelas tuas janelas...

Atrás da janela do tempo deves guardá-los
Como eu os guardo dentro de meu coração
Pois com rosas champanhe eu quero  dá-los
Para quem me legou a mais forte paixão...

Porque ninguém irá  te amar como te amei
E ninguém te fará todos os versos que eu fiz
Ninguém te dará as doces palavras que te dei
Ninguém te desejará tanto que sejas feliz!

Euclides Riquetti

segunda-feira, 30 de abril de 2018

Ayrton Senna do Brasil - 24 anos de sua morte


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          Num domingo pela manhã, 1º de maio de 1994, Dia do Trabalhador, o determinado piloto brasileiro de Fórmula 1, Ayrton Senna da Silva, à época convivendo com a bela modelo Adriane Galisteu, fazia, como era de costume, mais uma corrida com bela performance. O Autódromo de Ímola, na Itália, onde se realizava o Grande Prêmio de San Marino de Fórmula 1,  tinha os olhos do mundo, através das maiores redes de Televisão. Mas havia um peça defeituosa em seu bólido e, logo adiante, a curva do Tamburelo Quando voava a 300 Km por hora, chocou-se contra um muro desprotegido. Ali, em 1987, acidentou-se outro brasileiro, Nelson Piquet. E, dois anos depois, Gerhart Berger, que só foi salvo de morrer queimado pela rápida ação dos fiscais de pista. .

          O narrador Galvão Bueno, da TV Globo, um apaixonado por corridas de automóveis e fã ardoroso do nosso Piloto "Ayrton Senna do Brasil", emudeceu de repente, perplexo. Parecia não conseguir dizer mais as palavras, que ficavam presas na sua garganta, de onde não fluía sua portentosa voz.  O Brasil parou diante da Televisão no momento daquela sétima fatídica volta. Algo de muito trágico poderia ter acontecido.  E começamos a chorar.

          De nada adiantou a rápida intervenção dos apoiadores, bombeiros, médicos e paramédicos. O capacete do Banco Nacional estava curvado sobre o volante. Dentro dele, o cérebro acostumado a se articular e a levar a decisões que, por décimos ou centésimos ou até milésimos de segundo, poderiam dar-lhes vitórias nas competições, parado. O corpo, imóvel, estático, fragilizado, jazia sem vida.

          Pouco tempo depois a condução até um hospital, e a notícia: "O Piloto Brasileiro de Fórmula 1 Ayrton Senna da Silva acaba de falecer!

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          Aí, sim, começamos a chorar. Choramos o domingo, a segunda, a terça. Vimos todos os canais de TV ficarem repetindo, por dias, semanas, meses, aquelas imagens tristes. As revistas e jornais trazendo aquela imagem do piloto no carro, sem vida. E esta é a imagem que ficou gravada em nossa mente e coração, é a imagem que nos volta em cada Primeiro de Maio, Dia do Trabalhador.

          Na segunda-feira, eu lecionava  na Escola Sílvio Santos, em Ouro, e não havia como conter os alunos. Queriam ver televisão. Choravam. Escoravam-se uns aos outros e se abraçavam como se tivessem perdido alguém que muito amassem, de sua própria família.

          Perdemos, todos, com a morte de nosso piloto. Perdemos um cidadão exemplar, que tinha uma postura cidadã e cristã. perdemos um piloto que, em 20 anos, não conseguimos substituir. Mas ficou-nos a lembrança de um cidadão que merce nomear ruas, autódromos, escolas e o quer que seja. Não um herói produzido por programas de televisão. Apenas um ser que, mais do que um piloto determinado, foi um cidadão que nos deixou memoráveis lembranças e os melhores exemplos.

          "Primeio de maio de 2018 - 24  anos sem o Ayrton Senna do Brasil!"

Euclides Riquetti

Teu segundo sol


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Eu quero ser o teu segundo sol
E que tu sejas minha segunda lua
Ficar garboso como um girassol
E ter o charme e a confiança tua.

Eu quero ser elemento importante
E fazer parte de tua vida agitada
Não um desassossego delirante
Mas a harmonia por ti desejada.

Ser teu sol em momento carente
Ser a inspiração para tua poesia
Ser a seiva que te deixa contente
Ser o responsável por tua alegria.

E, sendo teu segundo sol dourado
Poder contar com a reciprocidade
Ter o prazer de viver ao teu lado
Uma vida plena de felicidade!


Por isso eu quero apenas ser
O teu segundo sol
E que tu sejas
Minha segunda lua!

Euclides Riquetti
30-04--2018












Se tiver que chorar...


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Pare, pense, e se tiver que chorar, então chore
Cante, encante, e se tiver que sorrir, sorria
Faça tudo o que tiver que fazer, não demore
Sempre é tempo de recuperar a alegria!

Lembre, relembre, e talvez precise recomeçar
Volte, revolte-se, e se não está se sentindo bem
Procure novas formas de reviver e de amar
Pois, se estiver, alguém pode estar também.

Busque a harmonia em tudo o que for fazer
Exale leveza e cortesia em todas as suas ações
Não machuque corações, não os faça sofrer.

Jamais esqueça de que retroceder é virtude
Melhor voltar atrás do que sofrer desilusões
Melhor ver o mundo com a devida amplitude.

Euclides Riquetti
07-02-2016

domingo, 29 de abril de 2018

Acabou...

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Acabou, verbo regular, pretérito perfeito
Como o verbo amar, tão imperfeito...

Acabou, como acabam os sonhos leves
E os encantos sublimes, mas breves...

Acabou, do verbo acabar, de fácil conjugação
Como o verbo amar, que expressa tanta paixão...

Acabou, como se acabam os romances
Como acabam nas cores as nuances...

Acabou, como acabam as noites escuras
Como as almas perdem a sua brancura...

Acabou, como acaba a vida um dia
Como acaba, na decepção, a alegria...

Mas, que o acabar-se se torne recomeço
Sem caminhos espinhosos e sem tropeços...

Que o acabar-se torne-se o renascer
Como as flores amarelas costumam florescer...

Que o acabar-se ressurja como um iniciar-se
Como os ventos que, após as tempestades, conseguem

ACALMAR-SE!

Euclides Riquetti

Quando lavavam as roupas nos rios...

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Foto Antoninho Sartori - década de 1950
Jornal O Tempo - Capinzal - SC 

(Histórias de Rio Capinzal)


          Quando de minha infância, ainda não havia rede de distribuição e fornecimento de águas em Rio Capinzal. Destarte, as senhoras tinham que buscar locais onde huvesse água em abundância para fazer o serviço de lavar roupas. Poucas famílias possuíam máquinas de lavar para esse serviço. E, as máquinas existentes, a maioria de madeira, umas espécies de tinas, não eram dotadas de dispositivos que lhe permitissem o enxágue, a centrifugação ou pré-secagem da roupa, antes de que fosse estendida no varal. E poucas pessoas conheciam sabão em pó, o famoso "Rinso".

         Lembro que as donas de casa buscavam a beira dos rios para o serviço. Tinham uns "lavadores" de madeira, uma espécie de "rampa" que era colocada na margem, escorados em pedras, com uma base para o ajoelhar-se e um detalhe  retangular onde era depositada a pedra de sabão para que não deslizasse e fosse perder-se nas águas.  Muitas vezes, quando o sabão escapava das mãos das lavadeiras, eram o filhotes que buscavam recuperá-lo nas águas. Crianças pequenas, de sete ou oito anos, nadavam bem e tinham domínio das águas. Eu mesmo recuperei muitos para as senhoras. Em alguns lugares, onde havia pedras, as lavadeiras gostavam de bater e esfregar as roupas sobre elas, o que ajudava muito para que ficassem bem limpas.

          O Rio do Peixe era muito frequentado, havia alguns lugares próprios, onde o barranco era menor, áreas preparadas pelas pessoas para que as senhoras pudessem colocar seus lavadores e ainda para a ancoragem de botes, que ficavam amarrados em angicos ou mesmo em sarandis. Quando o rio ficava sujo por causa das chuvas, fazer o que? Fácil. Sempre tinham um tonel que recebia a água das calhas e tinha água armazenada, da chuva. E ainda grande parte das casas tinham cisternas, onde armazenavam grande estoque de água. Quem não as tinha, guardava água em tonéis.

          Mas, pelo menos cinco  destinos eram, principalmente, os mais utilizados para lavarem roupas: O valo da Usina Hidrelétrica da Família Zortéa; os rios  Capinzal e Coxilha Seca, afluentes do Peixe;  e as duas margens deste, tanto na Sede Municipal quanto no Distrito de Ouro, nas localizações abaixo da barragem de pedras.

          No Rio Capinzal, desde a foz junto ao do Peixe, até onde ele adentrava o perímetro urbano, no Loteamento Santa Terezinha, havia muitos pontos onde as roupas pudessem ser lavadas. As águas eram limpas, havia lambaris, jundiás, joanas e carás habitando-as. E, ali, logo abaixo do Grupo escolar Belisário Pena, havia um grande pomar de caquis, de propridade da família  Soccol, onde a margem facilitava muito o trabalho das senhoras. Havia diversos pontos utilizados em todo o curso do rio.

          Na margem direita do Peixe, logo após a entrada ao "Valo da Usina" , havia outro ponto bastante utilizado. Lembro que minha mãe, Dorvalina, ainda a Dona Aurora Stopassola, a Dona Iracema Surdi, minhas Tia Elza Baretta e Maria Lucietti Richetti, e outras tantas, tinham seus lavadores,colocados  imediatamente acima de uma comporta para brecar o excesso de água a alimentar a usina, que depois transformou-se numa fábrica de pasta mecânica, para a produção de papel e  papelão.

          E, no Rio do Peixe, logo abaixo da barragem, nas duas margens, dezenas de locais próprios para serem colocados os lavadores, até o limite Sul da cidade. centenas de senhoras se alinhavam, com seus cestos de roupas e lavadores, próximo do rio. Depois, já em casa, com baldes de água bem limpa retirada dos poços, com anil adicionado, enxaguavam as peças brancas para que tomassem uma cor mais alva. Nessa época também começaram a utilizar "Q Boa", a única água sanitária então conhecida.

          Com o tempo, felizmente, veio o serviço de captação, tratamento e distribuição de águas  pelo Simae, no início da década de 1970, quando eram prefeitos, respectivamente, Apolônio Spadini e Adauto Colombo, em Capinzal e em Ouro. Mas, infelizmente, as águas de nosso Rio do Peixe deixaram de ser as mesmas. Houve o cresimento das cidades à montante e,  com isso,  a implantação de muitas indústrias, desde Caçador. E as lavouras da bacia hidrográfica passaram a utilizar defensivos agrícolas. Também se perdeu muito do respeito que se tinha pelas águas. E nossos rios ficaram  poluídos, sobraram poucos peixes. Também, com a danificação da barragem, menos água passou a ficar retida ali. E a paisagem perdeu muito de sua beleza.

          Gosto de lembrar e registrar essas atividades, pois refletem, além da história, as dificuldades que as pessoas tinham para algumas atividades que hoje são muito facilitadas pelas tecnologias. Bem melhor acionar o botão do automático da máquina de lavar do que ficar, algumas tardes por semana, ajoelhadas, com o corpo arcado sobre o lavador...

Euclides Riquetti
13/04/2013

Por quê?

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Dúvidas ensejam saber os porquês
Todos os porquês de isso e aquilo
Desejo  respostas apenas porque
Quero  satisfazer desejos antigos.

Dúvidas povoam as nossas mentes
De sofridos, remidos, perdoados
Dúvidas que nos vêm de repente
Sobre nossos infortúnios e pecados.

Dúvidas, muitas dúvidas até abalam
Os espíritos firmes e equilibrados
Sempre que nossas vozes se calam
Tentamos esconder nossos pecados.

Dúvidas que existem em mim e em ti
Que atormentam nossas almas inquietas
Imagine, então, como fico eu aqui
Com minha sensibilidade de poeta?

Euclides Riquetti