sábado, 19 de fevereiro de 2022

A celebração do amor e da vida

 


 



Celebro o amor porque celebro a vida
Celebro a vida porque celebro o amor
Celebro ambos com alegria desmedida
Abstratos ou concretos, a vida sem dor!

Celebro cada um dos momentos felizes
Nos anos, nos meses, nas semanas e dias
Pois não sabemos do amanhã, bem o dizes
Se virão tristezas ou se virão alegrias.

Importam as alegrias  mais que as primeiras
Pois que elas nos animam e nos confortam
Importam as sensações mais verdadeiras.

Importa a mim e a ti a felicidade presente
Os teus abraços e beijos também importam
Importa-nos sermos felizes hoje e sempre!

Euclides Riquetti

Viajando pelo universo

 



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Se viajares  pelo universo
Transformarei teu sorriso em versos...
Se andares pela estrada asfaltada
Te farei uma poesia rimada...
Se andares sem direção
Te farei uma bela canção...
Se andares por meio aos espinhos
Irei na frente abrindo o caminho...
Se fores passear sob o luar prateado
Farei tudo para estar ao teu lado...
Se andares pelos bravios oceanos
Esperar-te-ei por meses e anos...
Se viajares pela imensidão
Dou-te para levar meu coração...
Com amor
Deu-te a flor:
Apenas isso...
Bem assim!

Euclides Riquetti

Deixa que o perfume dos ventos te acaricie


 



Deixa que o perfume dos ventos te acaricie
Afague tua pele e beije teus  lábios que eu tanto desejo
Erice  teus cabelos macios  e aplaque  teus medos
Permite  que o perfume dos ventos se delicie...

Deixa que a brisa da noite refresque teu corpo fogoso
Apalpe teus seios, teus braços, com toda a ternura
Que leve pra ti  os aromas  e toda doçura
E que a noite se transforme em algo sublime  e gostoso.

Deixa-te navegar na distância numa  viagem bonita
Ultrapassar as barreiras que te impedem de ser feliz
Voa pelos ares da mente na imensidão infinita

Deixa  que teu rosto receba o carinho de minhas mãos
E sente  o seu  toque sensual que você sempre quis
Deixa-te trazer até mim, embalada pelo som da minha canção!

Euclides Celito Riquetti

Chuva de melancolia

 








Chove muito em seu telhado
São as gotas da melancolia
Talvez meu  pensamento frustrado
Talvez o prenúncio de uma noite fria...

E toda a chuva que cai por aqui
Busca as valetas de nossas ruas
Corre as ribanceiras até ti
Vai pra acalmar as dores tuas!

Choveu na noite e chove agora
E isso aprofunda a tristeza
Pois sei que o mundo ali fora
É uma rota de incertezas...

Mas deixe que a chuva role solta
Esse é seu papel na natureza
Porque, depois dela, tudo rebrota
E se colore com rara beleza!

E que a chuva de melancolia
Se torne algo promissor
Que logo nos volte a alegria
Que tudo se revista de paz e amor!

Bem assim!

Euclides Riquetti

Vai, leva contigo

 



Vai, leva contigo o perfume que me contagiou
Vai andar pelos caminhos que escolheste e que traçaste.
Vai, leva contigo as lembranças do que se passou
Vai, relembrar, sozinha, o que em ti guardaste.

Vai, vai-te econder nos vales ou montanhas
Ou  refugiar-te  em ti, só tu e teus pensamentos
E,  mesmo que tuas atitudes me pareçam estranhas
Compreenderei que te movem os sentimentos...

Vai, mas por mais distante que te possas esconder
Não deixarás de lembrar de meus saudosos versos
De todos aqueles que eu pude  te escrever.

Vai, mas onde estiveres, lembra-te de de mim
Pois guardo para ti todos todos os meus afetos
Tudo o que eu sinto em mim, eu guardo para ti!

Euclides Riquetti

Abre a janela (Eu te amo!)

 



Abre a janela e olha pro céu
(Eu te amo)
Abre a janela e vê o sol
(Sim, eu te amo)
Fecha os olhos e vê as estrelas
(Ah, sim, como eu te amo)
Fecha os olhos e vê as  rosas amarelas
(Sinta que, realmente, eu te amo).

Abre o teu coração e sente que o amor existe
(Percebe que eu te amo)
Abre teus braços e me abraça com toda a paixão
(Claro que eu te amo!)
Traze  teus lábios para perto dos meus
(E veja que muito eu te amo)
Quero sentir o calor dos beijos teus
(Eu te amo, eu te amo, eu te amo!)

Euclides Riquetti

Não há tempo que possa apagar...

 


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Não há tempo que possa apagar
Algo que possa ter existido
Algo que se queira lembrar
Não importa quando  tenha acontecido
Mas que até hoje nos faz sonhar...

Não há tempo que apague
Memórias que estão registradas
Como não há luz que não se propague
Pela imensidão das estradas
Quando a saudade nos invade...

Nada há  que possa impedir
Que os corações pulsem eternamente
Enquanto ainda houver um sentir
Ou uma lembrança latente
Que nos resgate um pequeno sorrir...

Nada há que extinga da nossa  mente
Bons momentos que nós vivemos
Que estarão  sempre presentes
Nos sentimentos que ainda temos
Doces, ternos e envolventes...

Euclides Riquetti

Sou apenas o verso...

 




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Imagino ser, na madrugada, a estrela da vastidão infinita
Ser apenas o verso tímido que teimas em não escrever
Ser uma folha de papel branco que espera pela tua escrita
Ser  a resposta à pergunta que fiz e não queres responder.

Imagino ser uma das árvores tristes da imensa floresta
Que apenas contempla o alegre passaredo em revoada
Que vai de galho em galho comemorar, em grande festa
Que se harmoniza em orquestra na manhã abençoada.

Imagino que bem que poderias me dar um breve aceno
Dizer-me: estou aqui, estou esperando-te com saudade
Dizer-me: espero sempre por ti e por tua doce amizade...

Imagino poder pegar em tuas mãos e dizer bem sereno:
Segura meu coração que eu também quero segurar o teu
Dá-me todo o teu amor, pois quero que seja somente meu!

Euclides Riquetti

Respostas

 



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Fragrância que perfuma belas rosas
Tantas quantas habitem os jardins
Presenças marcantes e perfumosas
Calêndulas misturadas aos jasmins
Alimentos para as almas generosas
Nascidas do amor entre os corações
Que se afinam em desejos e paixões.

Nas horas tristes, um consolo pleno
Doces lembranças daquelas felizes
Trazidas à mente em noite de sereno.
Sal do mar, seiva que vem de raízes
Castiçal que me ilumina para a vida.
Duas mãos estendidas me procuram
Levam ao céu uma esperança perdida
Amando-me nos anos que perduram:
Marcas deixadas em cada semblante
Acariciadas pelo vento contagiante!

Siga os sinais que vêm do horizonte
Quando os dias estiverem bem claros
Rotas do hoje, do amanhã e do ontem
Elos entre os espíritos ignotos e raros:
Tentativa de amar e ser muito amada
Prazer que se esconde atrás do nada!

Busque encontrar a força escondida
Que se vai por causa dos infortúnios
Revigore-se sempre, ousada e atrevida
Navegue sobre as águas dos dilúvios.
E, lá no horizonte azulado e distante
Onde voam garças brancas e gaivotas
Onde quer que sua vista agora alcance
Encontrará  às perguntas as respostas!

Euclides Riquetti

Palavras certas

 



Palavras certas podem ser apenas palavras
Se estaticamente colocadas, linearmente dispostas
Mas, quando escritas ou faladas
Na conformidade em que são pronunciadas
Ferem, matam, pelo peito, pelas costas...

Palavras podem ser amargas como o fel
Por-nos em caminhos tortos, sem dar-nos um norte
Mas também doces, assim como o mel
Ter tons de azul, de rosa ou pastel
Ou terem a cor negra da temível morte.

Palavras jogadas ao vento
Perdem-se no firmamento
E não voltam mais.
Mas palavras certas, com destino certo
Não importa onde, não importa quais
Se o teu coração estiver por perto
Tu não as esquecerás jamais!

Euclides Riquetti

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Ler com o coração

 



Ver com os olhos, mas ler com o coração
Saber entender, compreender
Mais do que simplesmente ler
Mergulhar na leitura com paixão!

Sentir as frases inteiras, as palavras isoladas
E achegar-se, sutilmente, nos significados
Mergulhar em todos os monossílabos articulados
Perceber todas as sílabas pronunciadas!

Ler, sim, com a leitura da paixão ardente
Navegar os pensamentos nas ondas do ar
No mundo dos encantos, dos poemas, mergulhar
Lavar com a chuva fria a alma da gente!

Ler com o coração o que está no âmago do outro ser
Tentar sentir do sangue das veias a  quentura
Banir a presença de qualquer amargura
E contemplar com os olhos a beleza que se pode ver.

Ler com emoção
Ler com paixão
Ler com o coração!

Euclides Riquetti

As andorinhas da noite (soneto)

 



Voam, silenciosas, na noite, as andorinhas
Como a que não querer que as vejamos
Abanam suas asas pequeninhas
Que as sustentam em seus voos calmos e planos.

Voam, silenciosas, sobre os telhados
Sobre os quartos onde dormem as crianças
Vagam  diante das janelas de vidros espelhados
Timidas em seus voares e em suas andanças.

Voam, silenciosas,  as andorinhas singelas
Voam com a delicadeza e a sua sutilidade
Sobre as casas verdes, brancas e amarelas.

E seu voo é como o dos anjos protetetores
Que cuidam dos lares, das praças, e da cidade
Vigiando tudo, nos céus dos esplendores.

Euclides Riquetti

Um Norte pro seu Coração

 



Seu coração precisa
De norteadores seguros
Não pode andar à deriva
Nem em mares escuros.

Um  coração que sempre busca
O mar da tranquilidade
Evita a turbulência brusca
Deseja amor e lealdade.

(Seu coração está longe
De ser um coração cigano
Se  eu chamar ele responde
Está em meu  primeiro plano.)

Dê um norte pro seu coração
Trace-lhe um caminho por onde andar
Não deixe que uma fugaz ilusão
O faça sofrer e chorar...

Euclides Riquetti

O levante do luar dourado

 

 

 

 

 
Levanta-se, no fim da tarde,  no eldorado
O luar dourado que resplandece
E, ao levitar sobre o mar,  extensamente ondulado
De um  prateado fulguroso se reveste
Para abençoar o horizonte santificado. 

Levanta-se, com a cor do ouro casto e polido
O luar fogoso a redesenhar o agreste
E, ao escalar as nuvens, no acorde sustenido
Energiza  os coqueirais perfilados do nordeste
No quadro fantástico pela  natureza esculpido.

E os sonhos  dos amantes e dos enamorados 
Juntam-se no vagar das ondas da imaginação
Enquanto os ideais já quistos e projetados
Juntam-se no eternizar do  poema e da canção
No concerto dos ventos gentis ali soprados. 


Euclides Riquetti

Cabelos de tranças

 



Mulher dos cabelos de tranças
Que já foi menina, que já foi criança
Que já encantou meninos
E deixou lembranças...
Mulher da pele da cor do pinhão
Dos olhos da cor da noite
Que já teve todos sonhos
Do coração...

Mulher dos talentos incontáveis
Das palavras amáveis
Dos gestos irretocáveis...

Mulher das tardes nubladas e das manhãs ensolaradas
Mulher das noites estreladas
Que sonhou nas madrugadas...

Mulher que já foi menina, que já foi criança
Que já encantou meninos
E deixou lembranças...

Mulher: menina, moça, senhora
Hoje avó, criança outrora
Mas sempre mulher!

Mulher de sentimentos profundos
Da voz maviosa
Declamadora talentosa
Que nos sensibiliza:
Amiga, humilde, despreendida:
Amiga Amiga!

Euclides Riquetti

Veja como céu está bonito, hoje

 


Por que o céu é azul? Como o cientista John Tyndall descobriu a ...


Veja como nosso céu está bonito, hoje
Decorado pelos raios deste sol dourado
Mas é certo que mais tarde ele some
E vem o escuro do anoitecer esperado.

Veja que há frio, mas também alegria
Mesmo com os pássaros escondidos
Sinto as mesmas emoções que já sentia
Antes de seus olhos terem envelhecido.

Sim, porque o tempo passa vil e célere
Não perdoa os erros e nem os tropeços
Enquanto dos poemas já perco a verve
E o envelhecer não perde meu endereço.

E é por isso que preciso cantar a vida
Com as palavras simples que aprendi
Colocar em poemas as dores sentidas
Pelos anos e amores que eu já perdi!

Euclides Riquetti

No prateado do luar...


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Anônimo andante da noite confusa
Dos pensamentos embaralhados
Noite dos sonhos desacalentados
Das mentes mutiladas e obtusas.

Caminhante triste das ruas escuras
Das vielas lúgubres e acinzentadas
Das praças desertas, desarrumadas
Das almas pecaminosas e impuras.

Contador das estrelas acanhadas
Observador dos astros semoventes
Perde-se, com instintos indecentes
Nas mais ignotas das estradas.

Vai, em busca de cândidos alentos
De conforto para sua alma inquieta
Propagando seus escritos de poeta
No prateado do luar, no firmamento.

Euclides Riquetti

Que as estrelas abençoem os olhos seus

 


 

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Que as estrelas abençoem os olhos seus
É um desejo meu...
Que as estrelas ajudem a lua a pratear
Na noite de luar...

Que o céu a cubra com seu manto
Divino e santo...
Que o céu dispense toda a sua proteção
Ao seu coração...

Que o universo lhe lance os raios dourados
Do sol avermelhado...

Que o universo me traga a maior inspiração
Para eu compor uma canção...

E que, em cada momento de nossa vida
Tenhamos motivos para comemoração:

Tenhamos a vitória esperada e merecida
O vencer do sonho sobre a desilusão!

Euclides Riquetti

Ficarei te esperando

 

 



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Ficarei te esperando
Na beira do Mar
Pra te ver mergulhando
Pra te ver nadar...

Serei como a areia
A afagar os teus pés
Bela e  doce sereia
Doce e  bela mulher...

Nas águas do Arroio, sim
Quando vais te banhar
Vais te lembrar de mim
De mim vais te lembrar...

Nas tardes mais quentes
Nas manhãs mais frias
Pensarás como sempre
Na nossa alegria...

Pois estarei te esperando
Na beira do Mar
Num Arroio  nadando
Pra poder te abraçar...

Euclides Riquetti

Eu quero dizer a você (canção)

 





Traz-me o  sorriso o pensamento que vem
Na noite de inverno aqui do Sul
Vem me encantar com o seu olho azul
Com o belo sorriso que você tem...

E depois da noite vem o novo dia
E a lembrança da hora sonhada, encantada
Na viola dedilho uma linda toada
O meu coração é só alegria...

Eu quero dizer a você: meu amor é sincero
Só quero dizer a você o quanto eu a quero! (Bis)

Eu quero dizer a você um  poema de amor
Que fique no seu coração por onde se for
E quando na noite voltar-me o sorriso bonito
Farei outro  poema dizendo-lhe tudo o que eu sinto...

Eu  quero dizer a você: meu amor é sincero
Só  quero dizer a você o quanto eu a quero! (Bis)

Que venha a mim o seu belo e suave sorriso
Pra animar o meu dia,  é disso que eu tanto preciso
Pra animar o meu dia, é disso que eu tanto preciso!!!...

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

Nuvens que escondem as estrelas

 



Nuvens de breu escondem as estrelas de prata

Do piano o maestro tira as suaves melodias 

Os casais se embalam na dança na pista da sala

Os vocais entoam canções da maior nostalgia.


O vento adentra o lugar pela larga veneziana 

Vai soprar o dorso desnudo da senhora gentil

A sutileza dos gestos e modos ilustram a dama

Um cavalheiro conduz os passos de modo sutil.


Os garçons carregam bandejas elegantemente

Taças de espumante rosé procuram por lábios

A sede do meu desejo a procura contentemente.


Vai-se a noite, vem a chuva, e você me ignora

E já não ouço sinos tocarem lá no campanário

Nada mais me resta a não ser chorar e ir embora. 


Euclides Riquetti

17-02-2022








Alimentar os pássaros...

 



Alimentar os pássaros eufóricos
Nas madrugadas melancólicas
Com seu canto de alento...

Alimentar as crianças indefesas
Colocar comida na mesa
Prover-lhes o sustento...

Mas, sobretudo, alimentar a alma
Com a meditação que acalma
Que ameniza o sofrimento...

E dar amor desmedido
A quem tenha sempre mantido
E preservado o sentimento...

Dar à vida o valor mais sagrado
Tê-la com todo o cuidado
Viver cada momento...

Enfim, amar quem nos  ama
Quem  mantém acesa a chama
Quem vive em nosso pensamento!

Euclides Riquetti

Choveu no início da noite

 


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Choveu no inicio da noite e a chuva que lavou minha alma
Veio dócil, suave, fresca e calma!

Choveu para dar alento aos corações aflitos
Para dar muita paz aos seres em conflito!

Choveu pingos que pareciam gotas de cristal
E que se desmancharam  na pele de teu corpo escultural!

Choveu quando eu buscava a melhor das inspirações
Para compor-te um poema e expressar minhas emoções!

Choveu! ... e a chuva fina que molhou teus cabelos macios
Chamou-me a acariciar teus ombros belos e esguios!

E, enquanto chovia, e eu viajava pela imensidão do universo
Compus-te este poema simples, com estes meus versos...

Para ti!

Euclides Riquetti

Ande, sutilmente, pelos caminhos do sol

 






 


          Ande,  sutilmente pelos caminhos do sol,  e vá encontrar o que você procura. Estenda, gentilmente,  suas mãos a quem você ama e entregue-lhe, incondicionalmente, o seu coração, com sua alma desprovida  de incertezas,  e seus olhos de inefável beleza. Vai, siga em frente, sem preocupar-se com pedras que possam estar em seu caminho, com plantas que em vez de flores lhe oferecem somente os espinhos.
 
          Abra seu sorriso franco que a torna feliz, retribua, com alegria, a cada manifestação carinhosa, e dispense a todos sua atitude generosa. Seja compreensiva com os que duvidam de você, mostre-lhes que você é sincera e verdadeira, porte-se com altivez e galhardia, mas não se esqueça de exercitar, em cada momento, a sua humildade. Você é mais você, em todas as circunstâncias.

          Permita, em cada dia, um renascer dentro de você, enseje expectativas em cada um que espera que lhe proporcione algo, esperanças que possam se renovar, possibilidades que se possam reabrir, caminhos que possam, novamente, ser percorridos. Situe-se ao lado do bem, não se importando se os outros pensam diferentemente de você. O que importa, sim, é a paz que restará em seu interior e que você fará resultar nos outros. 

          Dirija seu pensamento para o Altíssimo, faça-lhe orações despretensiosas, mas carregadas de boas intenções. Queira a felicidade para todos, independente de a terem ou não perdoado em seus pecados ou a aplaudido em suas vitórias, pois a vida nem sempre é dada a derrotas, e nem sempre a conquistar a glória.

          Ande, sutilmente, pelos caminhos do sol. E, depois que tiver feito tudo isso, sem que lhe fosse de obrigação ou compromisso, colha as flores que nasceram perto de você, nos caminhos que você trilhou, nos jardins onde as plantou. E verá, certamente, que tudo lhe valeu a pena!

Euclides Riquetti

As rosas amarelas...

 





O primeiro frio do ano intimidou as roseiras
As rosas vermelhas, as brancas, todas elas
Também amedrontou as rosas amarelas
Que se ocultaram por detrás das laranjeiras...

O outono não foi, digamos, avassalador
Tampouco desanimou os meus hibiscos
Que, florescidos desde os tempos priscos
Vingaram,  soberanos, nos meses de calor...

O primeiro frio, que veio no pré-inverno
Nos dias em que se finda o mês de abril
Me transportou pelo céu retinto de azul anil
E  me fez chegar ao seu aconchego terno...

E, em seus braços finos, longos e elegantes
Me entreguei com a volúpia do enamorado
Em seu corpo esbelto, sutilmente mergulhado
Deliciei-me como nunca houvera antes!

Euclides Riquetti

Onde está a perfeição? - Poema ilustrado...

 


Estaria a perfeição na forma da obra do escultor
Ou na premonição dramática do velho profeta?
Estaria ela na arte sacra ou no desenho do pintor
Ou no soneto alexandrino de um pobre poeta?
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Estaria a perfeição na grácil destreza da ginasta
Ou nos movimentos harmoniosos da bailarina?
Estaria ela no cometa que vem e logo se afasta
Ou no luar prateado que os namorados ilumina?

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Estaria a perfeição nas águas límpidas da fonte
Os nos raios de sol que douram a sua pele macia?
Estaria ela na neve que decora os topos do montes
Ou na nuvem branca que nos encanta e contagia?

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Direi apenas que ela está na mulher idealizada
E no rosto ingênuo da criança que eu vejo em ti
Está na musa sedutora, no rosto da bela amada
Está naquela por quem meu coração sorri!



Euclides Riquetti

Capinzal - terna, doce, amada... minha homenagem aos 73 anos de minha terra natal

 




Concurso Prefeitura de Capinzal - SC •




Capinzal - terna, doce, amada...

Capinzal - terna, doce, amada, sedutora
Palco da harmonia nas veredas matizada
Repousa em paisagem sutil, encantadora
Nos lábios de teus rios, és musa abençoada.

Capinzal - mãe a abrigar todas as gentes
Palco em teto de céu anil, de um paraíso
Magnífica urbe sob raios reluzentes
Bendiz a todos com teu vívido sorriso.

Capinzal - formidável, real e altaneira
Em tuas artérias se movem corpos e almas
Do teu âmago emerge a história verdadeira.

Capinzal - Rainha Nossa, do abraço franco
Reverenciada Senhora, serena e calma
Protege-nos, todos, com teu Divino Manto.

Euclides Riquetti





(Soneto que compus especialmente para a contracapa do meu livro "Crônicas dos Antigos
Rio Capinzal, Abelardo Luz/Ouro e Arredores" - edição de 2020 - lançamento programado para 18-03-2020 - mas adiado sine die em razão da Pandemia do Novo Coronavírus. 

Como um condor andino

 



Como um sagaz condor andino

Sobrevoo o chão de telhados

Sou um grande pássaro alado

Que vaga sem nenhum destino.


Talvez que eu procure por algo

Uma presa fácil, desprotegida

Uma mulher nua, frágil, despida

Musa encantada, centro do alvo.


Como um condor astuto e ágil

A navegar com precisa direção 

Porém sem perder o jeito grácil.


Quem sabe, algum desses telhados

Cubra quem me dá a inspiração

Para meus versos e poemas rimados.


Euclides Riquetti

17-02-2022




O primeiro vento

 


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O primeiro vento que roçou meu rosto
Trazendo-me um doce bálsamo floral
Veio para se impregnar no meu corpo
Na manhã de sol e de um mar colossal.

Veio suave e  me trazendo as gaivotas
Com seus gemidos e os seus planares
Olho, no oceano, as distantes ilhotas
E voa meu pensamento sobre os mares.

O mesmo lufar que me traz saudosas
As lembranças que me fazem feliz
Traz-me também a energia prazerosa
Que me impele a te querer e sentir.

Então, enquanto contemplo a calmaria
E me transponho pelo azul celestial
Eu me perco na nave da nostalgia
E busco te encontrar no espaço sideral!

Euclides Riquetti

Se Deus me desse asas...


 


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Se Deus me desse asas, eu voaria
Iria te encontrar onde tu estivesses
E, então, eu te abraçaria
Desde que tu permitisses e me quisesses!

Se eu pudesse voar, certamente
A distância entre nós diminuiria
E, quando a saudade viesse, assim, de repente
Ei ia te encontrar, claro que eu iria!

Se eu voasse na manhã ensolarada
Seguiria os trilhos do céu para te encontrar
Iria buscar-te, doce mulher amada
Quer fosse nas serras, quer fosse no mar!

Eu iria, sim! Ah, certamente que eu iria!

Euclides Riquetti

Ama, verdadeiramente, quem te ama!

 








Ama, verdadeiramente, quem te ama
Quem te ama, quem te respeita, quem te quer
Ama, verdadeiramente, quem te chama
Quem te chama e te valoriza como mulher.

Observa cada gesto, cada palavra que te chega
Não te iludas com promessas e  devaneios
A dor pode vir junto, sem que se perceba
Inserida nas falas  falsas  e nos vis galanteios.

Ama, verdadeiramente, o que julgares certo
Aquilo que é ditado pela tua intuição
Não procures longe o que pode estar bem perto.

Ama quem possa te trazer felicidade 
Aquele que pode ser filtrado  pela tua razão
Que te oferece amor, carinho, lealdade!

Euclides Riquetti

Como uma andorinha

 


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Como a tímida  e cândida andorinha
Busco libertar-me das inquietações
Procuro respostas às perguntas minhas
Nas estradas de meus ocultos rincões.

E, como tal, sobrevoo os verdes vales
Busco caminhos para minhas escolhas
A cura e a solução para todos os males
Enquanto dos plátanos caem as folhas.

E, como a água da chuva fria que cai
Sou o prateado da lua que te ilumina
E és o raio de sol tímido que me atrai...

É assim que nossa vida se reconduz
E, como determina a vontade Divina
Procuro em ti encontrar minha luz!

Euclides Riquetti