sábado, 23 de dezembro de 2017

A Legião dos Dançarinos Extraordinários

       Quem já não se encantou com danças harmoniosas, passos bem ensaiados, ou mesmo "singles" ou "dobles", que se apresentam em festivais de dança? Quem não se encantou com musiciais que viu na TV ou no cinema?

         Bem, a harmonia da dança á algo extraordinário.Às vezes movimentos espontâneos, outras com grupos cadenciados, articulados extraordinariamente, encantadores. Há, na dança, um inimaginável senso de poesia. É o belo expresso nos movimentos, que nos atrai, embasbaca, embala nossos sonhos, nos leva às mesmas viagens que nos leva a música, o poema, o canto, o voo do pássaro, o flutuar das patas dos animaizinhos sobre a relva, o sorrir e o abanar da criança, a calmaria das ondas nas águas. A dança, como a poesia e o canto, exercem um magnânimo fascínio sobre mim. Tudo se reveste de musicalidade. Definitivamente, é o belo que se expressa em múltiplas formas.

          Mas, o que me tem encantado docemente, nos últimos dias, é a capacidade coreográfica dos componentes da Legião dos Dançarinos Extraordinários. Vi-os num filme, busquei vídeos no you-tube, estudei sobre eles. Encantaram-me, sobremaneira, alguns personagens: Primeiro, Trevor Drift, o menino moço que consegue expressar-se em movimentos harmonicamente extraordinários, e que se incorpora à LXD. Igualmente, Jato e Katana, Katana e Jato, dois apaixonados, pela dança em um pelo coração, pela alma do outro. Jato, com sua estupenda  beleza ( e sutileza) de movimentos de seu corpo, atrai Katana, seu partner, seu amado, e nos embebece, nos envolve, transporta-nos para um mundo irreal, de imedível encantamento.

          E o maravilhoso mundo web nos permite buscar isso, deleitar-nos, navegar pelo universo sem sair de casa. Deus, salve os dançarinos, os músicos, os cantadores, os poetas extraordinários.

Euclides Riquetti - 04/10/2011

Poema de Natal

Resultado de imagem para imagem de papai noel com renas

É Natal...
Caminhos de luz se desenham no céu
De Noel
Ternos de renas saltitam ao léu
Acima das nuvens de claro de véu
Porque é Natal
Natal das crianças e de Noel!

É Natal
Inverno no Norte, verão no Sul
De céu anil,  azul.

Notas sonoras ecoam nas estradas
Articuladas.

No Polo Norte, anjos entoam cândidos  hinos
No outro, nas torres repicam o bronze dos sinos
Porque é Natal.

Lá, a neve matiza o verde nos pinos
Aqui, o bom velho abençoa os bons e os ladinos
Porque é Natal.

É o Natal dos velhinhos encurvados
Dos presentes desejados
Das crianças embevecidas
Das saudades mais sentidas
Mas é, de novo, Natal...

Natal de luvas, de barbas, de capuz
De sinos, de lembranças de Jesus
É tempo de amor, da cor vermelha que seduz
É, de novo, Natal.
De amor, de perdão, de  luz.

Euclides Riquetti

Futebol no Céu (crônica em homenagem a amigos que se foram)

Resultado de imagem para imagens estádio arabutã fc capinzal 

Arquibancadas de nosso estádio do Arabutã

FC, localizado em Ouro - SC- (Baixada Rubra).

 

     O Táti, zagueirão do Arabutã, morreu e foi pro céu. Lá,  tinha uma organização de talentos, que eram alojados por setores. Eram pessoas que um dia brilharam aqui na terra e que o destino as levou para morar  lá em cima. Tinha o setor dos atletas famosos: Denner, Adilson, Dirceu e Everaldo, que morreram em acidente de carro; Garrincha, que bebeu além da conta; Serginho e Wagner Bacharel, que morreram em campo; e muitos outros, fora os europeus. Todos estes ouviam, atentamente, os conselhos do Mestre Telê Santana. Tinha o setor dos artistas: Cazuza, que teve aids; o Dollabella, que bebeu todas; o Chacrinha, que animava a Terezinha; o Bossunda, cujo o humor era maior que a bunda; Paulo Autran, esbanjando simpatia; o Paulo Gracindo, nosso Zeca Diabo;  Nair Bello, Mussun e Zacarias, que nos fizeram rir muitos dias ( e muitas noites de nossos invernos e verões). João Paulo agora forma dupla com Leandro, e até que combina:" Leandro e João Paulo"! Tinha também O dos talentos políticos: Rui Barbosa, que defendia a honra: Tancredo Neves, a democracia; Toninho Malvadeza, a Bahia; Brisola, que ia contra "os interésses" da burguesia; e Jânio Quadros, que tropeçava nos cadarços de seus sapatos tortos. O Airton Senna driblava as curvas do Reino de São Pedro, o Dílson Funaro dava cruzados nos brasileiros, enquanto os Mamonas Assassinas encantavam, com suas irreverências, os milhares de jovens que morreram, infelizmente, após as baladas de sábado à noite, em acidentes com carros e motos.
     O Táti olhou tudo, curiosamente, e procurava por algo. Caminhou por entre as árvores e em meio a muitas roseiras e cravos, lavou a cabeçona numa fonte de água, passou a mão nos olhos e, ao abri-los, deparou com um monte de conhecidos: Lá estava o Bailarino, com algumas sacolas, cheias de camisas, calções e meias: Havia as azuis  e brancas, da São José; as pretas e amarelas, do Penharol; as verdes e amarelas, do Grêmio Lírio; as brancas e pretas , do Vasco da Gama; e,  finalmente, as brancas e vermelhas, do Arabutã. Sentiu-se em casa. Finalmente encontrara sua tribo: O Bailarino, poeta, sábio, filosofava e escalava o time: O Orlando vai ser o Goleiro, mas não pode cair do cavalo, pois o Roque Manfredini, que  ficou sepultado lá em Porto União, vai ficar na reserva, porque este jogo não é pra profissional. Na lateral direita, o Darci Moretto, pois o irmão dele, o Valcir Moretto, vamos aproveitar na ponta direita, que ele gostava de jogar também lá. na zaga, vamos deixar a posição vaga, pois logo,  logo vamos receber um zagueirão que está chegando, e vai ser a principal contratação da temporada. Na zaga, o Tchule, que além de bom de bola, gosta de tocar bateria e batucar um samba. Na esquerda, o Urco, que poderá ser o juiz; daí fica o Jonei Cassiano de sobreaviso, para aquele lado, pois ele sabe defender e apoiar muito bem. Cabeça de área, um problema que é fácil de resolver: deixamos o Olivo Susin mais plantado e o Alberi, que é acostumado a arrumar bombas injetoras, com liberdade pra sair jogando e injetar a bola no ataque. O Jundiá, que é liso e tá meio pesadinho, fica com a oito, armando pro Moretto na linha de fundo, pro Camomila, nas esquerda; e, no ataque, o Alcir Masson, nosso matador, bem na frente, chutando forte e reclamando com o juiz. Bem, eu, o Baixinho, escalo o time e entro lá pelo segundo tempo. O Rogério Toaldo, vai ficar de curinga, e me ajudar a cobrar a mensalidade.

     Aí chegou o Juca Santos, Glorioso Presidente, e perguntou: "e o Zagueiro, o Capitão, que você não escalou ainda?"

     Bailarino apontou para o lado e gritou: "Chega, Táti, que a número três tá guardada pra você! E daqui a pouco vai chegar um convidado especial: O Guaraná! vamos ter que arrumar uma brechina também pra ele".

Euclides C. Riquetti - Ouro - SC - escrita em 23-01-2008 e plublicada no Jornal  ""A Semana" - Capinzal-SC

Saudosismos...

      Saudosismo


       Sempre que o Natal e o Ano Novo se aproximam, começo a ficar tomado por um sentimento de saudosismo. Lembro-me de amigos que fizeram parte de minha vida no passado e que partiram para outro Plano de Vida. Pessoas que fizeram parte de minha história ou da história de amigos meus.

       Assim, nos próximos dias, estarem reeditando algumas crônicas que muito me marcaram. Sou saudosista por natureza e essência. Alguns poemas também denotam esse precioso sentimento e serão aqui postadas novamente. Você está convidado a dividir isso comigo e, achando interessante, pode comunicar às personagens enfocadas sobre minhas publicações, sugerindo-lhes a acessarem meu blog e buscarem cada página.

       Grande e carinhoso abraço em todos, muitas alegrias nas festas natalinas e que a passagem para o Novo Ano seja revestida de muito animação.

Euclides Riquetti

23-12-2017

Nas areias claras dos desertos



Resultado de imagem para imagens palavras em pano de algodão

Porei as letras de teu nome em meu diário
Quem sabe bordadas em pano de algodão
Que eu  guardarei com zelo extraordinário
Para utilizar na letra de uma nova canção.

Um nome dissílabo, talvez até paroxítono
E quem sabe uma silhueta em frente ao mar
Um nome que eu pronunciarei em uníssono
Uma tela que eu pintei apenas pra te retratar...

E, se as letras não formarem a combinação
As palavras para que eu componha os versos
Procurarei nas areias claras a inspiração:

Com uma varinha mágica  eu configurarei
Teu rosto nas areias claras dos desertos
E, se o vento o apagar, de novo eu o farei.

Euclides Riquetti

Só porque é Natal

Resultado de imagem para imagens natal 2017



          Em tempo de Natal quero desejar felicidades a tanta gente que me rodeia e a quem tanto quero bem. Quero agradecer a Deus por ter-me dado saúde a mim, a minha família, a muitos de meus amigos.
           Estimo que as pessoas se tornem sempre melhores, que seus corações se abrandem, que elas se entendam, deixando de lado coisas que pouca importância têm e valorizem mais a verdadeira amizade e  os laços sentimentais e sanguíneos.

          Natal é tempo de esperança, da alegria que precisa estar presente, da vida que precisa renascer em cada um de nós. Natal é tempo para se refletir sobre a vida, de começar a se preparar para chegada, em poucos dias, de um novo ano.

          Desejo, com toda a sinceridade, que todos tenham muita saúde, que é o maior bem que nós temos e que precisamos preservar, pois, sem ela, pouco ou nada temos. E que os presentes que foram dados ou recebidos, tenham uma significação sentimental bem maior do que a material.

         A todos os meus leitores, também, meu carinho muito especial! Porque é Natal!

Feliz Natal, só porque é Natal!

Euclides Riquetti
23-12-2017

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Desculpa-me

Resultado de imagem para imagem homem pedindo perdão


Desculpa-me se eu não consigo ser
Tudo aquilo que sempre esperas
Se há  um dar e não há  um receber
Se fogem os sonhos e as quimeras...

Desculpa-me pela minha ansiedade
Talvez bem maior que a volúpia
Talvez seja minha a  fragilidade
Quando sou tomado de angústia...

Desculpa-me por não ser perfeito
Por não conseguir resolver tanto
Não sei se isso é o meu defeito...

Porém, tenho alma e sentimentos
E quando luto contra meus prantos
É porque não quero o sofrimento!

Euclides Riquetti
13-11-2015

O Natal está chegando, minha gente!


Voltam a repicar os sinos que anunciam o Natal
É dezembro no país tropical!
As cidades se embelezam para receber o bom velhinho
Que virá no trenó com renas,  ou montado num burrinho.

Os olhos das crianças brilham de alegria
As mães correm atrás de meninos e meninas
Que querem andar no trenzinho
Que querem ganhar um brinquedinho.

As vitrines das lojas com aquele visual atentador
A atiçar a  imaginação do consumidor...
"Mamãe, pede pro Papai Noel trazar pra mim
Um ursinho grandãããão assim!..."

Não faltarão festas nem presentes
Nem rostinhos bonitos e risonhos
Nem mensagens bonitas, certamente
Nem corações cheios de sonhos:

Pois o  Natal está chegando, minha gente!

Euclides Riquetti

Caio Zortéa - 23 anos depois...

Antonio Carlos Zortéa Neto

          Todos os anos, no dia 21 de dezembro, lembro-me do amigo Antônio Carlos Zortea Neto - o Caio. Conhecia-o da adolescência, quando perambulava pelas pacatas ruas de Capinzal, com os amigos de sua idade. Gostava de futsal nas quadras do Mater Dolorum e do Padre Anchieta, de teatrinhos, de brincadeiras ingênuas.  Dizem que, em casa, ajudava a cuidar dos irmãos pequenos, sabia até dar-lhes banho e trocá-los. Tinha sempre um sorrisinho discreto, de "bom menino". Esse sorriso se conservou por toda a sua vida, abreviada num acidente ocorrido na SC 303, ali onde passo todos os dias. E, em todas as vezes, lembro-me dele. A cada ano, nessa época, a paisagem de fundo se constitui pelo mesmo paredão de rochas e, acima, um milharal verdejante. Agora, muito mais verde após dias com chuvas...

           Quando voltei de União da Vitória para minha região e fui lecionar  em Duas Pontes como professor, fui convidado a trabalhar também na Zortéa Brancher, fábrica de compensados e esquadrias para os mercados nacional e internacional. O Caio era o Diretor Industrial, seu irmão Hilarinho Diretor Financeiro, o Pai Hilário Diretor Presidente, o tio Guilherme Brancher  Diretor Florestal, o primo Lourenço Diretor Comercial, o primo Aníbal Diretor Administrativo.

          Era muito fácil lidar com o Caio, uma figura humana extraordinária. Sempre fora  assim,  perdera a mãe ainda criança,  buscava nas pessoas a compreensão e o carinho. Tinha um Zoológico particular, com muitos animais. Não era de ostentações, tinha uma bela e elegante namorada, a Vera, que costumo chamar de "Moça Bradesco". Costumava contar algumas histórias como aquela do passarinho entre as mãos de um homem, uma metáfora possivelmente, para exemplificar e elucidar uma mensagem que quisesse passar para a gente.

          Mais adiante, trabalhou em minha campanha, foi meu colaborador, quando me elegi para um cargo público em Ouro, tínhamos até umas combinações em código para lidar com algumas situações, nos entendíamos muito bem.  Liderava, com a Vera, o Antônio Maria Hermes e outros, o Grupo Escoteiro Trem do Vale, do qual minhas filhas e os filhos deles e de muitos amigos faziam parte. Participava de gincanas, empenhando-se como se fosse a última batalha de sua vida. Dava o melhor possível para sua família, adorava suas belas crianças. Dócil, afetuoso, excelente pai e esposo. Cidadão honrado, honesto e exemplar. Tenho as melhores lembranças do amigo Caio. Guardo comigo, até hoje, o texto que, com emoção e dificuldade em controlar-me,  li na Missa de sua despedida, na Igreja Matriz.

          Na Primavera de 1994, Caio coloca uma placa num terreno dos Miqueloto, bem defronte a minha casa, com a seguinte frase: "Vera, Tibi, Deka, Manu e Greta - amo vocês mais do que ontem e menos do que amanhã!.  E, no primeiro dia do Verão, o acidente.

          Lembro-me que eu estava na regional de Educação, em Joaçaba, conversando com o Professor Sérgio Durigon, quando entrou um telefonema, do Valcir Moretto, dizendo-me que o Caio estava no Hospital São Miguel, ali pertinho, mas nada mais havia a fazer, tinha se acidentado e perdido a vida. Foi de cortar o coração. Ficamos muito chocados, abalados. E, em seguida, toda aquela sequência triste, com o corpo levado para sua casa e depois para o Ginásio Municipal de Esportes André Colombo, e para a definitiva morada ao lado da bela mãe, em Capinzal...

          Hoje passei pelo local da tragédia às 13 horas, mais ou menos o horário em que tudo aconteceu. São dezoito anos passados. Revivi tudo, como se fosse aquele dia. E senti saudades. Saudades que só sentimos por quem muito prezamos...

Euclides Riquetti

Redigido em 21-12-2012

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

O Voo da Garça


Resultado de imagem para imagens de garça




A garça voa o voo leve da alma
Voa a garça
Voa como a branca pluma, com graça
Voa a garça.

E no voo breve, voa lenta, calma
Voa com toda a graça a garça.

Voa o infinito, voa por instinto
Voa sobre o monte a a garça...
E pousa na torre da igreja
Ou na árvore da praça
Voa a pousa a garça.

E seu voo atrai o disperso
O menino, o esperto
O velhinho, o passante
E voa de novo a garça.

Vai, seguindo os trilhos dos raios de sol
Cortando o azul, a garça.

E pousa suavemente sobre a nuvem
Uma nuvem feita branco lençol...
E descansa outra vez a garça!





(A garça povoa os meus sonhos, orienta minha vida.
A garça é meu ser, é você, sou eu...
A garça é meu norte seguro, é minha inspiração...
É minha emoção transmitida no papel...


Euclides Riquetti


Com este poema, que compus há duas décadas e pouco, fiquei entre os
10 melhores no concurso nacional de poesias promovido pela Academia
de Letras do Brasil - com sede em Brasília - DF , no ano de 2010, tendo
recebido o prêmio Mário Carabajal de Literatura. Está entre os de que eu
mais gosto. Minha filha Michele leu-o, na Igreja Matriz de Capinzal-SC,
em 05-05-1998, na missa de despedida de meu saudoso e querido irmão
 Ironi Vítor Riquetti.

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Imagine-se

Resultado de imagem para imagem mulher banho de sol barca


Imagine-se numa barca enorme
Flutuando sobre as águas do mar.
Faça de conta que ali você dorme
Sob um sol ameno a se bronzear...

E, enquanto dorme, você sonha
Com alguém que a possa querer
Com uma vida graciosa  e risonha
Sem lugar para a dor e o sofrer...

Imagine-se recebendo os afagos
Que minhas mãos podem fazer
E delicie-se com os meus agrados
Perca-se nas volúpias e no prazer...

E, enquanto você absorve a energia
Que vem do mar, do sol, de mim
Comemore a luz de mais um dia e...
Beije-me com seus lábios de cetim!

Bem assim!

Euclides Riquetti

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Uma folha de papel na areia

Resultado de imagem para pedaço papel com poema escrito



Perdi uma folha de papel na areia
Que alguém encontrou e me devolveu sorrindo
E, a manhã que poderia tornar-se feia
Deu lugar a um indescritível horizonte infindo...

Um pedaço de papel com uma das faces em branco
O espaço ideal para um poema de teor inefável
Descrevendo venturas ou simplesmente um pranto
Uma declaração de amor ou uma mensagem amável.

E, na manhã do sorriso largo, de tanta gente bonita
As galés flutuam, deliciosamente, sobre as águas
Decorando o mar azul na sua beleza infinita.

E, enquanto eu relembro de outras manhãs como esta
Quando  as horas apagam os ressentimentos e mágoas
Eu contemplo as ondas que me trazem o vendo que refresca...

Euclides Riquetti

Bons exemplos: Blumenau, Treze Tílias, Piratuba, Chapecoense, Havan...





Loja da Havan inaugurada em Joaçaba - SC, EM 02-12-2017
200 empregos diretos e 7.000 m2 de área construída.


       Estamos terminando mais um ano em nosso calendário civil. E, como acontece quando se espera por outro, passa-se a imaginar o que se quer para o período seguinte. Alguns estabelecem metas, outros imaginam-se pagando as contas velhas e fazendo novas, programando viagens, lazer, estudos, negócios, e assim por diante. E há aqueles que gostariam de ter, ao menos, a oportunidade de um emprego com carteira assinada. Que, aliás, embora a propaganda governista tente ensejar otimismo, a realidade é um pouco diferente. As ocupações têm sido informais, cada um está se virando como pode.
      O ano que se finda foi o em que foquei meu pensamento na cultura e no turismo. E lembrei-me do que dizia o Governador Raimundo Colombo em seu primeiro mandato, sobre eventos: “Evento é... vento!” – Concordo com ele em gênero, número e caso. Isso porque ouço as notícias sobre as viradas de ano em Santa Catarina. Com o dinheiro encurtado, quem quer ganhar o dinheiro dos turistas ou simplesmente divertir sua população, tem que ter a coragem de fazer as coisas acontecerem com criatividade e transparência. Então, seleciono a cidade de Blumenau como um bom exemplo: Não vai faltar dinheiro para a festa da virada, porque a Oktoberfest apresentou um lucro de pouco mais de 4 milhões de reais. E o dinheiro sobrado é utilizado para a promoção de todos os outros eventos da cidade durante o ano. Um bom exemplo para nós, que temos um carnaval bem organizado e bem promovido, mas que, em todos os anos, se corre atrás de dinheiro para que aconteça.
       Tenho minha opinião: o carnaval é necessário para Joaçaba, pois a cidade ficaria morta no período entre o Natal e a Páscoa se não houvesse algo que motivasse as pessoas a virem para nossa cidade ou mesmo as nativas aqui permanecerem.  Nem faço as contas do lucro, mas da perda de auto-estima que geraria a sua falta.  E também imagino que a redução do custo da promoção passa pela construção de um sambódromo fora da área central, sem causar transtornos à população, com aproveitamento da estrutura durante o ano todo como atração turística e, quem sabe, a sonhada “escola única”.
       Treze Tílias e Piratuba são cidades que têm know-how em promoção de festas. Atraem grande público para seus domínios e lucram muito com o turismo. Cultura forte, bem definida e bem explorada, lideranças engajadas, menos opinião em redes sociais e falação, mais ação e resultado.
       O acontecimento do ano, em nosso Oeste, foi a volta por cima da Chapecoense, que perdeu seu elenco e dirigentes naquele desastre aéreo, na Colômbia, em 29 de novembro do ano passado. Engajamento das lideranças, replanejamento, recomposição do elenco e, agora, classificada para a disputa da Libertadores da América, taça este ano conquistada, com muito mérito, pelo Grêmio.
       A construção da mega loja da Havan, em Joaçaba, em tempo recorde, pode ser analisada da mesma forma como a Chape se recuperou. A determinação do empresário Luciano Hang, com capital disponível, bom projeto e boa gestão, deixou a opinião pública embasbacada e perguntando: “Por que no serviço público as coisas não andam assim?”  - E eu faço a mesma pergunta e eu mesmo respondo: Porque no serviço público tudo é engessado e o empenho das pessoas não é proporcional ao salário que  recebem para servir à população. E há a ideia de que a população é que deve servir e não a de que ela é que deve ser servida... A existência da população é que justifica a de se ter o serviço público. Pensemos seriamente nisso!
Euclides Riquetti – escritor – membro da ALB/SC

Meus medos e meus segredos

Resultado de imagem para imagens homem pensativo


Tenho medo de meus muitos medos
Não de meus segredos...
Tenho lá minhas preocupações
Vivo, intensamente, todas as emoções
Pois pra viver nunca é cedo!

Há uma fragilidade emocional
Algo que até  parece banal...
Não sei se é por zelo desnecessário
Se é cuidado extraordinário
Mas só quero nosso bem, não o mal!

Conflitos, que fiquem longe de mim
Que toda a confusão tenha fim...
Prefiro o sol que doura ao céu cinza
E que nenhum raio me atinja
Que cresçam as flores no jardim!

Sou apenas um ser comum
No contexto complexo, apenas mais um
Que quer viver normalmente
Nem sei quão intensamente
Aqui, ali, e ou em lugar algum

Apenas isso...
Bem assim!

Euclides Riquetti

domingo, 17 de dezembro de 2017

Jeito de pecado

Mulher, Dança, Feminino, Mulher Bonita, Sensual

Foi de madrugada
Que pensei em você:
Senti algo no peito
Foi assim, do meu jeito
De gostar, de beijar, de querer.

Desejei o seu corpo
Elegante, maroto.
Beijei os seus lábios quentes
Acariciei seu cabelo envolvente
Amei você, perdidamente!

Fui atrevido, incontido bastante
Encantei-me com seu jeito elegante
E, entre pensamentos profanos
Meu coração cigano
Ficou transportado
Para o mundo desejado!

Desejei, ousei...
Pequei. Quis.
Quis ser feliz!...
E foi muito, muito bom!
Bom, mas com jeito de pecado!...

Euclides Riquetti
30/11/2006

Deixe-me embalar seus sonhos

Resultado de imagem para imagens mulher dormindo


Deixe-me embalar seus sonhos e seu sono
Como se eu fosse uma canção de ninar
Da planta alvissareira quero ser o pomo
Que adoça seus lábios com o meu beijar...

Deixe-me cativar seu sorriso brilhante
Que tanto me seduz  e me faz contente
Maroto, ousado, muito lindo e cativante
Que adorna seu rosto de adolescente...

Deixe-me compor-lhe apenas um soneto
Simples como as canções que você canta
E no seu ninho ser ao menos um graveto...

E, depois, colha de mim o que lhe agrade
Pegue pra você o que mais lhe encanta
Me pegue, me tenha, me queira, me abrace!

Euclides Riquetti
15-11-2015