sábado, 20 de outubro de 2018

A Pedagogia das Urnas


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       A propaganda gratuita no rádio e na televisão mostram um desnecessário e vergonhoso jogo de informações desprovido de verdades. As vinhetas, principalmente, poderiam ser dispensadas. Os horários para propaganda política também. Só com a cobertura que os noticiários dão às campanhas dos candidatos já temos as informações de que precisamos. Não precisamos de tanta porcaria a nos molestar os olhos e os ouvidos.

       O desespero da equipe de promoção de Fernando Haddad fez com que retirassem a cor vermelha que costumavam realçar as imagens do candidato na TV. Também retiraram as imagens de Lula. O PT errou em insistir no Lula como candidato. Perderam tempo precioso que poderia ter sido usado para promover melhor aquele que sabiam, desde 7 de abril, que seria o candidato representando o Partido ao cargo de Presidente da República. E demoraram também para o seu “mea culpa”. Quando a vaca mostrou-se atolada no brejo, os responsáveis pelo partido passaram a propor mudanças na campanha, mas isso deu-se tarde demais.

       Só uma hecatombe caída sobre a cabeça do capitão reformado do Exército Brasileiro, Jair Messias Bolsonaro, poderia mudar os rumos do pleito e seu resultado, que, ao que tudo indica, dará ao capitão uma vitória esmagadora. O antipetismo está consagrado e agora estão aparecendo os oportunistas que querem aproximar-se de Bolsonaro para surfarem em sua onda. Mesmo algumas falas inadequadas do candidato a Vice, o general Mourão, conseguem prejudicar a campanha.

       Enquanto Bolsonaro melhorou muito sua maneira de comunicar-se, passando a ter um discurso mais moderado, Haddad mostra certo abatimento. Navegar contra o tsunami que veio chegando, é muito difícil para ele. O PT é um fardo pesado, no momento.

       Em menos de dez dias saberemos o resultado das urnas e começarão as especulações sobre quem ocupará os ministérios do presidente eleito. E, no próximo ano, quando deputados e senadores chegarem em Brasília, veremos muitas caras novas e não teremos mais o desprazer de ver aquelas figuras jurássicas manjadas ocupando os noticiários. Vê-los-emos, sim, quando estiverem nas manchetes dos escândalos de corrupção e desvios de dinheiro público para si e para seus apaniguados. Não mais engravatados na Capital Federal.

       É possível que a onda do momento se prolongue até o pleito de 2020, quando teremos as eleições para prefeitos e vereadores. Um pleito municipal é bem diferente do que do de nível federal ou estadual, onde a internet, hoje, tem papel preponderante. Nas cidades pequenas, principalmente, o que conta, é a capacidade de os candidatos manterem contato pessoal com seus eleitores, não a comunicação virtual. E ainda é cedo para se avaliar o quanto a força da mudança verificada neste ano influenciará a eleição daqui a dois anos. As urnas nos trazem grandes e inesquecíveis lições. Observar o que é realidade e o que é ilusão, o que é força ou fraqueza na política, ler, com uma antecedência razoável, as tendências dos eleitores em cada cidade, para não se passar por surpresas desagradáveis.

       As urnas deram aos candidatos valiosos ensinamentos. Que os futuros candidatos espelhem-se na realidade de 2018 para não terem decepções ou serem banidos da política já em 2020.
Euclides Riquetti – Escritor – membro da ALB/SC    www.blogdoriquetti.blogspot.com

Dia do poeta - Eu já era poeta... você já era poetisa...






Quando o meu olhar de poeta
Encontra o seu de poetisa
E meus dedos buscam as teclas
Para a composição concisa
Uma musa inspiradora
Deliciosamente sedutora
Me provoca e inspira...

Devaneios se alojam em meu ser
E no anjo que está dentro de você!

Quando meu coração de poeta
Encontra o seu de poetisa
E ambos pulsam na noite discreta
Em que o vento nos traz a brisa
Que acaricia seus lábios
Dos desejos e dos presságios
E você me inspira e provoca...

Devaneios se alojam em meu ser
E no anjo que está dentro de você!

E então eu tenho a certeza absoluta e precisa:
Em outro mundo
Em outro lugar
Em outro tempo
Eu já era poeta.

E naquele mundo
Naquele lugar
Naquele tempo
Você já era poetisa...

Euclides Riquetti
17-05-2016

 



Escute minha canção

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Escute, calmamente, esta minha nova canção
Abrace-a, com carinho,  retenha-a sutilmente
Saiba que eu a fiz com a alma e meu coração
Buscando chegar até você, calar em sua mente.
Entenda meus propósitos de dar-lhe felicidade
Animando-a em seus momentos de desolação
Plantando em você a semente fértil da lealdade
Sensualidade a acender as fogueiras da paixão
Elegância que a torna desejavelmente atraente.

Sedução da pele clara que me encanta e atrai
Preocupação com o futuro, medo de surpresas
Seiva que me abastece com a energia renovada
Retidão diante das inconstâncias e dos sinais
Amor pra dar, pra receber, índole abençoada
Desejo do corpo que provoca e das sutilezas!

Escute cada nota, cada palavra escrita e cantada
Procure entender a mensagem que quero passar
Há um mundo desafiador, há uma nova estrada
Há o caminho que a conduz para um despertar...
Escute, preste toda atenção em tudo o que digo
E encontre a luz para resolver  seus problemas
Siga adiante, busque apoio, venha a meu abrigo
Inspire-me a continuar escrevendo meus poemas.

Volva seus olhos brilhantes para o céu tão bonito
Cuide da imensidão cingida por nuvens brancas
Procure encontrar nas estrelas a sua significação.
Veja, há a beleza do azul na vastidão do infinito
Onde encontro seu olhar que encaro com emoção
E, no céu, astros que se escondem na distância.



Euclides Riquetti
20-10-2018








Luciana (Viganó) de Lima - falecimento

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       Perdemos, ontem, dia 19 de outubro de 2018, Luciana (Viganó) de Lima, filha dos amigos Selvino Viganó e Anita (Andrioni) Viganó, moradores em Ouro - SC. Luciana era casada com Gilberto de Lima e tinham um filho, Leonardo. Na foto acima, Gilberto, Luciana, Leonardo, Anita e Selvino.

       A Luciana sempre foi um doce de menina, minha aluna na Escola Sílvio Santos, em Ouro. Aliás, toda a família sempre foi um encanto. Gente simples, bonita, que sabia respeitar e por isso mesmo é muito respeitada. Luciana cresceu na cidade de Ouro, tinha muitos amigos e era sempre muito afável com todos, em especial com os seus familiares e colegas de escola. os familiares são todos cidadãos muito bem relacionados em Capinzal e Ouro.

       Luciana faleceu em Lages, para onde foi levada após intervenção cirúrgica em Joaçaba. Estava com 47 anos de idade. Os últimos dias foram de muita apreensão não apenas para a família, mas por toda a comunidade. Todos "gente do bem", os Viganó, os Andrioni e os Lima têm uma vasto leque de amizades nas duas cidades. Tive a oportunidade de ser colega de trabalho da Anita na Escola Sílvio Santos, e do Viga na Prefeitura Municipal de Ouro, há 6 anos atrás.

       Perdemos uma jovem mãe, pessoa muito dedicada à família, querida por toda a população das cidades em que morou. Precisamos orar por ela, para que tenha o descanso eterno num lugar aprazível, em meio aos anjos do céu. E para que os que ficam tenham amenizado o seu sofrimento. Luciana jamais será esquecida. A menina magrelinha, bonita, simpática e amável para com todos nos deixou ontem, mas ficará entre todos nós a imagem da menina que foi uma filha exemplar e seguiu a mesma linha e concepção de vida como esposa e mãe.

       A todos os familiares, um abraço afetuoso da família Riquetti, com o carinho especial da Miriam e do Euclides, de nossos filhos e netos.

Euclides Riquetti
20-10-2018

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

É preciso dizer... e é preciso assustar-se! (Para continuar refletindo...)

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Inundação no conhecido "Trevinho da Auto Elite",

confluências da Rua Presidente Nereu Ramos e

Luiz Dorini, em Capinzal - SC - 18-10-2018

 

 

 

         Em 23 de fevereiro de 2011, em artigo meu que foi publicado na coluna do saudoso (e bota saudoso nisso!...) Ademir Pedro Beloto, no Jornal A Semana, de Capinzal, e em meu blog, no dia 16 de fevereiro de 2013, com o título "É preciso dizer... e é preciso assustar-se", com relação às catástrofes ocasionadas pelas inconstâncias climático- ambientais que acontecem no Brasil, mencionei sobre riscos ambientais em razão de eventos climáticos adversos.  Recentemente, vimos o caso de Mariana, em Minas Gerais, cidade que tinha programado visitar para a segunda quinzena de janeiro próximo, e isso ainda pretendo fazer, em que algumas vidas foram perdidas e que os sonhos dos moradores do distrito de Bento Rodrigues foram soterrados e levados pela lama até o mar junto com as agora barrentas águas do Rio Doce, causando danos incomensuráveis à flora e fauna de todo o seu vale e abalando a economia dos pequenos, principalmente dos que vivem da atividade pesqueira.

         Como resposta, os governos e seus órgãos ambientais estabeleceram multas pesadas à Vale do Rio Doce, que é controladora da mineradora SAMARCO. Mas... Bem, deixo isso para você, leitor, analisar com sua apurada condição  crítica. E minha pergunta é: "Até quando desastres do gênero vão continuar a acontecer no Brasil? O que tem sido feito e o que pode ser feito para mitigar e amenizar as situações de risco?" Vejam o que escrevi:

        "Vivemos em cidades charmosas, colonizadas por descendentes de italianos ou germânicos, com declives e aclives acentuados, numa topografia altamente irregular. É assim nosso Vale do Rio do Peixe. Matas exuberantes cobrem os morros e formam os cílios dos riachos e de nosso majestoso rio, outrora piscoso, cujas águas já foram muito cristalinas, depois tornaram-se turvas (e turbulentas).

         Ouro e Capinzal não fogem à regra. São belas e prósperas. Por aqui já aconteceu "de tudo", coisas boas e muitas barbaridades. São cidades onde acontecimentos tristes têm ocupado as notícias no âmbito microrregional ou até estadual. Tivemos perdas humanas que jamais serão compensadas, até porque a vida é irrecuperável. Coisas insignificantes, recorrentemente, ocupam os noticiários.

          Mas os temas verdadeiramente sérios e importantes não têm sido debatidos. Meio ambiente e mobilidade urbana têm ficado em plano secundário. Deveriam ser discutidos à exaustão. Nas conferências das cidades estiveram na pauta, mas a participação popular não foi expressiva."

          Então, vejamos as fotos publicadas nos portais da região nesta semana. Inundações e enchente no Rio Capinzal. Muita confusão também aqui em Joaçaba, com a população reclamando através das emissoras de rádio, por causa da falta de um sistema de macrodrenagem que possa dar conta das águas que descem dos morros e vão inundar o centro da cidade. Muitas fotos e nenhuma análise crítica, nem um "mea culpa".

         Ora, desde 1983 tenho observado, analisado  e avaliado todos os eventos climáticos adversos e suas consequências, bem como parte de suas causas. No nosso caso, não é o desmatamento, uma vez que todo o vale do Rio do Peixe melhorou em termos de cobertura verde,  não pelo amor mas pela dor que a Lei impõe, mas acontecem as cheias do Rio do Peixe e do Rio Capinzal, bem como do Leão, no interior de Campos Novos, do Tigre, em Joaçaba, do Nair, em Lacerdópolis, do Leãozinho e do Ribeirão Doze Passos, em Ouro, e outros. Não, não é isso! Atribuo, em grande parte, à ocupação dos seus vales, principalmente nos que cortam as áreas urbanas, onde se construíram  casas e se pavimentaram as ruas, estas na maioria das vezes com drenagem insuficiente para comportar as precipitações irregulares de chuvas. Se, na área rural temos mais florestas e preservação, nas cidades, DEVASTAÇÃO!

         É só olhar a ocupação dos morros em Capinzal, com todos os loteamentos dos quais as águas originadas desaguam no Rio Capinzal. Uma bacia de um rio assoreado por construções, galerias e pontes, tudo sem vazão suficiente para o deságue. E isso que o Rio do Peixe nem está tão cheio a ponto de represar suas águas.

           A ocupação gananciosa das margens do Rio Capinzal, (ou seria por ignorância, mesmo?...), levaram ao assoreamento do mesmo em diversos pontos, e há os milhares de lotes urbanos que foram vendidos nos diversos loteamentos no âmbito de sua bacia, com acentuada impermeabilização do solo. Há algumas soluções que podem ser implementadas, mas que custarão bastante dinheiro, e que passam por abertura de alguns canais, aumento da vazão sob as pontes e nas galerias, alargamento e possivelmente construção de muros nas margens e até retiradas de algumas construções de edificações comerciais e residenciais. Tenho tudo bem claro na cabeça, a começar pela água que vem de um pequeno vale situado  nas proximidades do ginásio Dileto Bertaioli, que tem causado muitos transtornos. Há duas décadas, nossa família deixou de adquirir um imóvel no local porque consideramos que haveria risco de inundações no futuro, devido à uma sanga canalizada, o que vem se confirmando atualmente.

         O debate precisa ser trazido à pauta. A sociedade deve propor e cobrar soluções, tanto do Poder Público como dela mesma!

Euclides Riquetti



Lacerdópolis - transbordamento do Rio Nair, na noite de
09 de outubro de 2018 - causou a morte de uma pessoa e
atingiu a área central. Imagens da Prefeitura Municipal, onde
a água atingiu o andar térreo, onde funciona a Secretaria Muni-
cipal de Educação e a Epagri.

Ecoam cânticos angelicais








Ecoam nos céus os cânticos angelicais
Secundados pelas clarinetas dos serafins
Ecoam nos céus os cantos universais
E perdem-se nas imensidões e nos confins.

Festejam os anjos as glórias triunfais
As vitórias do bem sobre o vil e o mal
Festejam os anjos com perfumes e florais
A vida eterna no paraíso celestial.

E, quando as carruagens flutuam ao vento
Levadas pelo trotear dos cavalos brancos
As gaivotas brancas  plainam no firmamento.

Vai, meu coração, pelas celestiais savanas
Vai para te encontrar, vai juntar-se a tantos
Parceirar-se  aos anjos em suas caravanas...

Euclides Riquetti

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

O perfume que vem do leste


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Posso sentir o doce perfume que vem do Leste
Que vem flutuando, leve, vem de algum lugar
É algo que me envolve, seduz e me enternece
Tem gosto de flores, de sol, da cor azul do mar.

É um perfume que me atrai, me atiça, me desafia
E me traz uma sensação divinamente irresistível
Um misto de sedução, sensualidade, de euforia
Um cheiro de pele clara, atraente e indescritível.

E eu ouço as nuvens silenciosas que mo trazem
E refuto os algodões escuros dos dias chuvosos
Que me roubam os perfumes na noite selvagem!

Então eu  espero que volte o dia claro de lume
Que se dissipe o cinzento dos dias nebulosos
Pra que me volte o olor de seu suave perfume!

Euclides Riquetti
18-10-2018


quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Quando sentires o sabor do sol

  









Quando sentires o sabor do sol, de novo
Ele, que vem depois da chuva copiosa
Retire seu  lápis de um antigo estojo
E dê asas a sua imaginação prodigiosa...

Quando o puseres por entre seus dedos
Rabisque no papel as palavras afáveis
Esqueça infortúnios, livre-se dos medos
Escreva doces versos de amor, adoráveis.

Deixe que o prantear dê lugar à luz
Que seus ânimos ensejem os belos dias
Acredite, sempre, na mão que conduz...

A poesia é a canção da alma que excede
E que nos pode trazer alentos e alegrias
É como sabor do sol que bronzeia a pele...

Euclides Riquetti
08-05-2016

Quando se douram os trigais


 

 
 

 
Quando se douram os novos  trigais
Fica primavera na minha alma
Quando se esverdeiam os laranjais
Deles brotam as  flores mais  alvas.

Quando se azulam as águas cristais
E correm em direção aos  oceanos
Penso em dias que não voltam mais
Que se somaram em meses e anos.

Quando o caminho fica  extenso
E o porvir fica bem  menor
Olho pro meu passado e penso
Se o que me aguarda será melhor.

Não posso deixar tristes as manhãs
Nem as tardes perderem o sentido
Minhas noites jamais serão vãs
Jamais  serei um poeta exaurido.

Quando se douram os novos trigais
É meu recomeço, minha nova energia
É a força que volta cada vez mais
E me dá ânimo, luz e alegria.
E eu aqui,  pensando em você...

Apenas em você...
E em nada mais!
 
Euclides Riquetti

terça-feira, 16 de outubro de 2018

Visualizações de páginas no Blog do Riquetti - Thanks, people!

Visualizações de página por país
Gráfico dos países mais populares entre os visualizadores do blog
EntradaVisualizações de página
Brasil
184.786
Estados Unidos    
83.758
Itália
11.273
Alemanha
10.695
Rússia
8.508
Portugal
3.834
França
2.505
Ucrânia
1.680
Malásia
1.192
Espanha
975

Principais países em que tenho leitores em meu blog. Pessoas que gostam de poemas, crônicas e cultura.

       São 318.000 páginas visualizadas, algumas vezes com pelo menos uma dúzia de textos meus. Nem é possível calcular quantos textos foram lidos. Mais de 40% dos  leitores nos diversos continentes do mundo. Motivação para continuar me expressando nas formas como venho fazendo.

      Agradeço a todos os que costumam acessar o Blog do Riquetti (www.blogdoriquetti.blogspot.com), pois isso me anima a continuar.

God bless all of you, my loved people!

Riquetti, Euclides Celito
Joaçaba - SC - Brazil


Venha ver... está chovendo lá fora







Venha ver... está chovendo lá fora
Cântaros despejam as suas águas
Que banham os passantes de agora
E já banharam minhas mágoas...

Venha ver... ainda está chovendo
E pingos de cristal em seus conflitos
Vêm do céu que foi escurecendo
E se quebram nos paralelepípedos.

Molha a chuva as frágeis florinhas
Que, sufocadas por pés desalmados
São feridas pelas ervas daninhas.

Mas elas reemergirão bravamente
Como você que resistiu no passado
E reviverá, vitoriosa, doravante!

Euclides Riquetti






Chances dos candidatos a Presidente da Repúública - Publiquei no Jornal Ciadadela em 29-06-2018

(As indefinições da politica no Brasil)

Agora, é só conferir para ver o que deu certo e o que deu errado:
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Quem vai subir a rampa do Palácio do Planalto em
2019?

       Com a redução do período para campanha eleitoral nestas eleições, em nível estadual e federal, as datas das convenções foram postergadas em relação às dos pleitos anteriores. E isso contribuiu para um quadro maior de incertezas para o eleitor e para os próprios candidatos.

        O cenário se pinta com pelo menos duas dezenas de candidatos, bem ao modo da confusa e conveniente Legislação Eleitoral Brasileira, que tentam aperfeiçoar mas não conseguem. O número exagerado de partidos, as negociações e as negociatas, as candidaturas oportunistas e pouco consistentes em nada ajudam o eleitor a se definir. Pior que isso, nem os próprios candidatos conseguem ter um planejamento de campanha razoável.

       Em meio a tudo isso, meia dúzia de pessoas aparecem com condições de ocuparem espaços nos noticiários. Alguns alvos de aplausos, mas todos com muito telhado de vidro. E dificuldade para justificar-se perante o eleitor, que mais do que nunca está atento sobre o que é noticiado de cada um deles. Há, ainda, a discussão das fake news, um instituto terrível que pode levar o eleitor a decidir sobre a quem dirigir seu voto e, em consequência, eleger este ou aquele.  Os nomes que poderão estar na pauta, ao meu ver, são poucos:

  1. Jair Bolsonaro já é o mais discutido. Há os que o defendem, ferrenhamente, e os que o criticam ferozmente. Tem uma linha bem definida, dos candidatos conhecidos é o que tem maior capital eleitoral pessoal, embora em partido com pouca consistência;
  2. Ciro Gomes, com boa experiência política, é oportunista, namora, ao mesmo tempo, com a esquerda e com a direita, na qual tem origem. Está de olho no voto dos petistas e aproveitando que o PT insiste em ter Lula como candidato, o que é improvável acontecer porque, mesmo que venha a sair da cadeia, terá as implicações da ficha suja, das quais não se livrará. A demora na indefinição petista, favorecerá Ciro e Marina Silva.
  3. Marina Silva, vai continuar aparecendo bem nas pesquisas eleitorais, tem muitos fãs, mas é frágil, seus discursos não conseguem se sustentar, e pode ser facilmente desmontada pelos adversários, como Dilma fez com ela nas últimas eleições.  Vive a utopia, enquanto outros viverão o pragmatismo eleitoral.
  4. Geraldo Alckmin, seria o candidato mais experiente, pois governar São Paulo não é muito diferente do que governar o Brasil. Certamente que terá o apoio do Palácio do Planalto, pois o PMDB não conseguiu colocar para o eleitor alguém palatável. A população quer ver Temer e Meireles pelas costas. Aliás, a vida de Temer será um inferno, depois que deixar o comando do País, por causa de seus processos tenebrosos dos quais terá que se defender. Será o sucessor dos incômodos de Lula, com uma acentuada tendência de sofrer as mesmas consequências que o petista sofreu até agora. A candidatura de Alckmin tenderá a crescer, pois o centrão se agarrará nele.  O PMDB é o partido com maior capilaridade, mas só consegue chegar à Presidência quando um vice, filiado seu, chega ao poder circunstancialmente, como foi com José Sarney, Itamar Franco e Michel Temer.
  5. Álvaro Dias, candidato com poucas chances, pois não conseguirá reunir, em torno dele, uma coligação consistente. Conhece administração e parlamento, mas a única chance de se fortalecer seria de tivesse o apoio do centrão, mas não consegue ter liderança suficiente para angariar adeptos;
  6. Fernando Hadad, herdaria, facilmente, os votos de Lula, o único político com alta capacidade de transferência de votos no momento. Tem contra si o desgaste do PT por causa das denúncias de corrupção que envolve seus dirigentes.
  7. Os demais, são apenas bagrinhos, que não vão conseguir nadar e morrerão afogados em seu próprio habitat político.
    Julho está chegando, terminará a Copa do Mundo de Futebol e, aí sim, as nuvens da política começarão a se dissipar.

    Euclides Riquetti – Escritor – Membro da ALB/SC

Flores amarelas...





Acariciar o seu cabelo liso
Sentir seu  cheiro seco e perfumado
Imaginar um campo ensolarado
Com flores simples, simplesmente belas
Gramados verdes, flores amarelas
É apenas disso que eu tanto preciso.

Sentir calor em seu abraço quente
Beijar sua boca doce e bem moldada
E no seu corpo que me atiça a mente
Viajar no tempo da vida passada....

Perder-me em sonhos e encantamentos
Nos campos verdes, natureza viva
Flores amarelas brancas, flores vida
Ver nos seus olhos aquele brilho breve
E  no seu rosto um sorriso leve
Alimentar a alma com meus sentimentos

Sentir o vento que sopra num  repente
Devanear sem me lembrar das horas
Comemorar aquilo que a gente sente
Viver  o presente, o aqui e o agora...

Euclides Riquetti

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Anjinho


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Abri a janela devagarinho
Fui olhar para meu quintal
Ouvir aquele passarinho
Que canta alegre e jovial...

Abri a janela com cuidado
Para ver os passarinhos
Mostrei-os ao Ângelo amado
Meu belo e querido netinho!

Abri a janela sorridente
Fui olhando as plantinhas
Ah, fiquei muito contente
Pois elas estão crescidinhas.

Toda a vez que eu olho
Pela janela, bem quietinho
Lembro de quem eu adoro:
De você, querido netinho!

Euclides Riquetti
15-10-2018

(Ao meu neto Ângelo Fagundes dos
Passos Riquetti - aos 9 meses, meu
querido "Anjinho")










Dia do Professor - o que mudou?


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Escrevi há três anos: Será que mudou ou está tudo igual?



          Mais uma vez chegamos ao "Dia do Professor". E então, comemorar o quê? Na condição de professor aposentado, tenho a comemorar a satisfação de ter contribuído para a formação de milhares de jovens dos ensinos fundamental e médio, os quais, em boa parte, deram sequência aos seus estudos  buscando graduação e, alguns, chegando a tornar-se mestres e  doutores.

          Sempre procurei ser um conselheiro de meus alunos, em todas as épocas. Eu me realizava vendo que eles buscavam algo mais, queriam o melhor para si mesmos. Sempre os incentivei a continuarem, da mesma fora que faço, hoje, com muitas pessoas com quem tenho relações de amizade e outras que surgem em meu caminho em razão de minhas atividades e de minhas andanças por aí.

          Sempre é bom lembrar que, se existem prefeitos, governadores, presidentes, é porque algum ser bem intencionado, algum dia, esteve a lhes passar conhecimentos e a educá-los. Assim vale para os médicos, os engenheiros, os advogados, os psicólogos, os administradores, enfermeiros, policiais, e todos os demais profissionais.

           A educação, por sua vez, tem sido o tema preferencial dos chavões nos discursos dos políticos. Falam nela, na segurança, na saúde. Mas o discurso está sempre muito longe da prática. Existe um Piso Nacional de Salários para os professores e o seu pagamento não é cumprido em muitos estados e municípios. Aqui em Santa Catarina, já estamos acostumados à enrolação dos políticos... Nosso Governador e nosso Secretário da Educação não nos deram nenhum reajuste salarial no decorrer de 2015. Atribuo isso à pouca vontade do Governador. Arranjaram um jeito de mascarar uma realidade e nós ficamos no prejuízo.

          É claro que a economia anda mal no País. Porém, a realidade de Santa Catarina é melhor do que a dos demais estados. E, se o governo consome um percentual elevado de seus recursos para o pagamento da folha do funcionalismo, é porque há secretarias em que o nível salarial é elevadíssimo. Também há o empreguismo, que bem sabemos como funciona. Muitas gente poderia ser dispensada, uma vez que nem efetivos são. E isso não acontece apenas em nosso Estado, mas também nos demais.

          Então, causa-me nojo quando ouço pessoas querendo mostrar que defendem a educação e os professores, quando é perceptível que o que fazem é somente o proselitismo.

          De qualquer forma, desejo muita saúde e entusiasmo a todos os colegas que abraçaram a causa do magistério e que contribuem, efetivamente, pelo crescimento moral e intelectual das pessoas, e o desenvolvimento das cidades, estados e País.

           Também cabe boa parte da culpa ao nosso SINTE, o sindicato que nos deveria defender... mas que, pelo radicalismo, não consegue negociar. Sei que muitos de nossos representantes não pensam como as lideranças em nível estadual, mas eles são votos vencidos nas assembleias.

          Hoje, decepcionei-me por causa do pouco caso que é dado ao PROFESSOR. Busquei, em todos os portais a que costumo acessar, mas nada vi sobre o Dia do Professor. Então, fui pelo google e percebi que o jornalista Moacir Pereira, da RBS, escreveu sobre o projeto de eleição para Diretor de Escola que o governador Raimundo Colombo estará entregando à Assembleia Legislativa às 10 horas deste dia. Mas nenhuma referência positiva à questão de nosso Plano de Carreira ou de qualquer ajuste para o professor. Dali, extraí e posto aqui o comentário de um leitor:
"

Mauri Daniel Marutti ·

E aí desgovernador gastou tutano durante três anos e escolheu esta data para apresentar esta proposta requentada? Quando nada produzimos o resultado é esta nota. Alguém acredita que esta eleição / indicação será isenta e livre de vícios políticos partidários? Senhor desgovernador o que corrompe a relação educando professor é a forma como este desgoverno trata a educação; os desvios efetuados; a não aplicação de recursos garantidos pela CF; a não aplicação do piso linearmente na carreira do magistério; a destruição do plano de cargos e salários; o abandono da infraestrutura das escolas; e as constantes notas tentando justificar a inoperância governamental através da aplicação do suposto piso. Quanto aos centros partidários e confrontos ideológicos, o que seus diretores faziam e fazem até o momento é o quê? A isto chamamos de hipocrisia."
          Comungo do comentarista, sou altamente a favor da democracia nas escolas, em 1984 fui presidente da Comissão Regional da Democratização da Educação.
         E registro meu descontentamento e minha decepção pela maneira como a EDUCAÇÃO e os PROFESSORES vêm sendo tratados em Santa Catarina, no País e em muitos dos municípios brasileiros.
Euclides Riquetti
15-10-2015

domingo, 14 de outubro de 2018

Dia de chuva

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Dia de chuva, de ficar agarradinho
Sonhar, deixar o tempo passar
E, depois de tomar um bom vinho
Dormir como anjo,sem se preocupar!


Antes, não há  quem negue
Sorver um drink gelado
Uma caipirinha de Steinhaegger
Para um domingo mais animado.

Dia de pensar em flores
De escutar passarinho cantando
Lembrar de gente alegre, de cores
Na onda do amor ir surfando.

E deixar que chova de mansinho
Para as plantas e flores vicejarem
E que seu doce coraçãozinho
Abrace o meu coração selvagem.

Euclides Riquetti
14-10-2018







As últimas rosas do outono



 


Foram-se as últimas rosas de outono
Foram-se as pétalas das bordôs e das vermelhas
Que do fogo da paixão foram centelhas
Mas que imergiram na calmaria...

Foram-se para dar lugar a outras que virão
Foram-se para o reciclo que fertiliza
Nas manhãs de pouco sol e muita brisa
Foram-se nas minhas aliterações e nas sinestesias.

Deixou-me  deliciosas lembranças o sol morno
Que tímido volveu meu ser para o passado
Para um antigo outono cinzento,  mutilado
Que  deixou-te maltratar meu coração.

E,  enquanto minha mente se embaralha
E busca entender da rosa a natural ausência
Rezo para que m'a mande de volta a Providência
Que reste ali, formosa, rosa branca, clara.

Que volte para acalentar meu coração
Que volte ainda antes do verão!
Mas que volte...

Euclides Riquetti