Com amigos na Festa do Colono em Ouro
Créditos para Aldo Azevedo - (Jornal O Tempo - Capinzal - SC)
O corrente ano é o primeiro em que o
cidadão brasileiro se sente confiante em participar de eventos com grande
aglomeração de pessoas. Gente que se movimenta é gente que se diverte, gasta
dinheiro, ajuda a engrenagem da economia a girar. Agora, depois da ocorrência
da Pandemia da Covid 19, as pessoas voltam a se reunir sem nenhum receio. E,
além disso, as cidades passaram a realizar eventos tanto quanto antes. É a
alegria que se estampa nos rostos das pessoas e o dinheiro que circula.
Dinheiro que circula rápido é desenvolvimento que acontece rápido.
É costumeiro ver-se pessoas comprando a
crédito, em carnês, fichas ou através de cartões de crédito. Os brasileiros têm
uma indomável vocação para o gastar fácil, gastar mais do que ganham. Tenho conversado
com pessoas de todas as naipes e procurado sentir o que elas pensam. Os mais
maduros, que estão chegando à casa dos 50, têm propósitos bem definidos, buscam
realizar o que idealizaram. Os mais jovens, no geral, procuram viver bem, ter o
conforto pessoal, poucos são os que poupam alguma coisa. Os anos passam, sua
vida tem um Plano A, se acontecer algum acidente de percurso, se danam.
Nossa região é próspera e empreendedora.
Temos uma boa parcela da população que não
se contenta em ser assalariada. Sabem que uma vida com renda de
assalariados, mesmo que em razoável patamar, muitas vezes estável, os deixa na
zona de conforto, mas com limitações financeiras. Empreendedores criam sua
poupança desde que começam a ter renda, vão formando seu capital financeiro e,
depois, buscam ter seu próprio negócio. Sempre digo às pessoas jovens que
deveriam guardar pelo menos 20% do que ganham, pois é sempre válida e presente
a regra de que “dinheiro faz dinheiro”.
Aplaudo e parabenizo os que conseguem ser
bem sucedidos em seus projetos profissionais ou pessoais. E, os que conseguem
aliar ambos, tornam-se pessoas muito exitosas, felizes. E, nessa toada, dia
desses estava conversando com um ex-aluno meu, agora chegando à casa dos 60
anos, e ele me dizia que não foi votar no segundo turno das eleições. Foi o
fundador do PT numa cidade pequena, a vida inteira votou nos candidatos para
governador e presidente de sua sigla partidária, mas que não se sentia
estimulado a votar. Preferiu ficar em casa, junto com a esposa, até porque ela
estava adoentada. E começou a me relatar os périplos do casal na busca de
solução para o caso de saúde dela, e que não conseguia resolver. Trabalha, paga
seus impostos, e na hora de que precisa, as coisas não andam na velocidade que
deveriam andar. Dizia-me que ficou contra tanto o Lula quanto o Bolsonaro, e não é pelas
bobagens que falam, mas porque têm aquela predileção de dar dinheiro para quem
não trabalha ou não se esforça para
trabalhar. E eu penso da mesma forma. Estamos criando uma legião de pessoas que
esperam tudo da Prefeitura, do Governo do Estado, da União.
A Festa do Colono em Ouro
– Aconteceu, no sábado, em Ouro, no Centro de Eventos de Nossa Senhora do Caravaggio,
a tradicional Festa do Colono. Oito dezenas de expositores, com a presença do
tecnológico e do convencional. Nós precisamos de ambos os serviços ou produtos.
Desde máquinas agrícolas e carros sofisticados, até o melado de cana e o açúcar mascavo, as peças de artesanato de
lã, de linha ou tecidos, coisas
habilmente confeccionadas pelas mãos humanas. A Festa do Colono é um grande
encontro de vendedores e consumidores, um ponto de recreação e lazer, de arte,
de cidadania. Participei das exposições de Campo Novos, Erval Velho, participarei
de outras ainda neste ano.
Várias cidades da microrregião já
fizeram suas festas comemorativas de seus aniversários de emancipação. A
população, de certa forma, se beneficia com o movimento de gente. Joaçaba e
Herval d ´Oeste estão com suas programações de aniversário bem elaboradas e
podem ter certeza de que isso é investimento e não despesa.
Enquanto a Globo tenta requentar a Xuxa
e as telonas a Barbie, nós vamos fazendo nossa parte, ouvindo e vendo as
notícias que envolvem os políticos, as suas narrativas. E a vida vai seguindo. Triste
é ver que, em Santa Catarina, como no resto do Brasil, continuam matando
mulheres, maltratando velhos e crianças. Infelizmente!
Euclides Riquetti-
Escritor- www.blogdoriquetti.blogspot.com