Sopraram os últimos ventos do outono
Talvez o mais melancólico de todos os tempos
Descrevê-los, me parece que nem sei como
Faltam-me à alma os afagos e os alentos.
Sopram e trazem lembranças que entristecem
Talvez por causa das nossas incertezas
Agora os gramados já não mais crescem
Ficam os jardins sem as cores e as belezas.
Sopram no inverno até o mês de agosto
Quando, perigosamente, podem causar-nos danos
Para nossa maior tristeza e muito desgosto...
Soprarão até os renovados dias de setembro
Quando nos voltarão os pensamentos mundanos
Enquanto isso, nossa vida vamos vivendo!
Euclides Riquetti
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