Na primeira noite de inverno
Na primeira noite de inverno, não houve frio
Parecia, na verdade, que era de primavera
Um calor ameno, como se fosse de estio
Permeado por um vento que vinha da janela.
Na última tarde de outono, senti a poesia
Que ressoava em mim como nota musical
Era a mudança de estação que não se definia
Tudo era novidade em nosso novo normal.
A chegada de uma nova manhã de esperanças
Colorirá o mundo com a energia vinda do sol
Dos tempos de normalidade, as mil lembranças
Dos campos verdes e do amarelo do girassol.
E, enquanto tudo isso se passa nas clausuras
Os seres se empenham em lutar pela sua vida
Os dias continuam claros e as noites escuras
E as páginas são escritas em linhas coloridas!
Euclides Riquetti
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