Há uma inquietação que invade meu ser
Na manhã em que o sol não se faz presente
Na manhã em que tudo me parece indiferente...
Há algo que me perturba, que não sei dizer
Que me deixa indisposto, frágil, sonolento
Que me torna tão volúvel quanto o vento...
Há um mundo de infortúnios e impropérios
Que me assustaria, se não tivesse força pra encarar
Que te amedrontaria, se não tentasses enfrentar...
Mas, mesmo que tudo seja coroado de mistérios
Nada afrontará meu ímpeto avassalador
Nada me afastará de teu brilho e teu esplendor!!!
Euclides Riquetti
10-10-2015
sábado, 10 de outubro de 2015
Palmeirinhas - amizade de meio século
Nesta semana, ligou-me o amigo Mário Thomazoni, de Araruna. Em homenagem a ele e aos demais citados, tenho que reprisar isso... para relembrar, com muita alegria!
Como preservar uma amizade de meio século? Tenho certeza de que você, leitor (a) madurão (ona), que já está pré-idoso, tem muitas amizades assim. São aquelas de que nunca nos esquecemos, aquelas que ficaram internalizadas em nós e que, mesmo que não estejam constantemente alimentadas, estão guardadas no fundo de nosso coração. Uma amizade verdadeira, mesmo que seja em alguns momentos abalada por percalços, a esses sobrevive quando ela é autêntica, não surgiu como fruto de algum interesse.
Resgatar amizades tem sido meu afazer favorito neste novo ano. E como me sinto contente em poder fazer isso, ter tempo disponível para tal! E uma arma fortíssima a me apoiar é o Mr. Google! Esse cidadão merece meu reconhecimento e meu aplauso, pois me tem possibilitado chegar a endereços que eu jamais imaginei que pudesse. E, nesses endereços eletrônicos, quantos amigos já revi! Que felicidade, quanta alegria isso já me trouxe!!!
Simples recados, uma mensagem curta enviada e uma resposta obtida, por mais sintética que seja, sempre nos reaproxima de alguém que queiramos. Não sei como que se operam as artimanhas da comunicação digital, mas, por alguma razão, recebo solicitações de amizade. Aceito todas, porque sempre que algum pede minha amizade, o mínimo que posso fazer é retribuir aceitando. E, de minha parte, procuro buscar pessoas com quem algum dia convivi, mais antiga ou mais recentemente. Quando envio uma solicitação é porque alguma razão me diz que é uma pessoa confiável e que merece minha amizade. Ou porque algo me diz que é uma pessoa confiável e de quem posso aprender algo novo.
Nesta semana, reencontrei um amigo que, desde 1965, quando saiu ali do Ouro para Araruna, no Paraná, eu só o vi uma vez, há quase 30 anos: Severino Mário Thomazoni. Éramos vizinhos, moradores da Rua da Cadeia naquela época. Fundamos um time de futebol, entre vizinhos, nenhum distante mais de que 1 Km da Cadeia. Todos pessoas humildes, que gostavam de jogar bola nos campinhos. Em 13 de dezembro de 1964 fundamos o Palmeirinhas. E nosso campinho, justamente, ficava ao lado da cadeia. Primeiro, no próprio terreno desta. Depois, com a sua construção, foi deslocado um pouquinho ao lado.
Tínhamos uma sede, numa sala no porão da casa do Sr. José Thomazoni, junto à sua fábrica de vassouras. Passamos a jogar no Campo de Futebol Municipal, em Capinzal, que pertencia à Rede Ferroviária. Obtínhamos muitas vitórias jogando nas comunidades rurais. Tínhamos jogadores habilidosos. Nosso principal rival era o Juvenil do Grêmio Esportivo São José. Tínhamos jogadores da mesma faixa de idade. Em Capinzal havia o Botafoguinho, de jovens. Os aspirantes deles tinham idade compatível com a nossa. Os times existiram enquanto as pessoas estavam por lá. Ficando adultos, foram jogar para outros e os times sumiram. Muitos foram estudar fora e isso prejudicou nosso futebol. Eu fui para o juvenil do Arabutã, depois para Porto União. Lá foram anos de estudo e bola só am brincadeiras.
Na segunda-feira, 04, depois de contato via facebook, liguei para o cellular do Mário. Grande surpresa teve ele. E muita alegria tivemos. Falamos mais de duas horas, entramos na madrugada. Quantas belas lembranças, ele me perguntando sobre as pessoas daqui e eu perguntando sobre seus pais, que faleceram, sua irmã Nina e o irmão Arlindo. Falamos de família, de esposas, de filhos, de netos. Que alegria!
Lembrei-o de uma vez que fomos tarrafear, à noite, ali abaixo da barragem do Rio do Peixe, no lugar que chamávamos de "ladrão" de água. Acendemos um fogo ao lado de uma corrente de água para clarear e os lambaris saíam do rio e se metiam no meio das pedrinhas por onde escorria um pouco de água. Nós os pegávamos com as mãos, enchíamos as sacolas. Diz que quando conta isso em Araruna falam que é "conversa de pescador". Mas é pura verdade.
Lembrei-o de que quando saímos para casa, altas horas da noite, ao passar por sobre uma árvore tombada no valo, que servia de ponte de passagem, ele caiu na água. Estava com casaco, de "conga" e com uma sacoleta pendurada com a tarrafa dentro. De um ímpeto, muito ágil, o Ademir Miqueloto (falecido em Porto Alegre), atirou-se na água e o salvou. Coisa para nunca mais se esquecer. E ele foi dando-me deltalhes sobre isso...Foi um susto para nós.
Nossa sessão saudosista terminou quando ele me passou as fotos dos times antigos, de 1964 e 1965, de Capinzal e Ouro: Do nosso Palmeirinhas (da Rua da Cadeia), do Botafoguinho (de Capinzal), do Arabutã e do Vasco. Ver essas fotos me dá uma nostalgia dolorosa, pois verifico que muitos dos viventes da época já foram pro céu...
Como não é meu propósito publicar fotos no blog, as que ele mandou estão no meu facebook, quem quiser vê-las, busque por lá e sintam-se à vontade para compartilhar. Ele, inclusive, descreveu os nomes dos atletas e dirigentes. Tem tudo bem organizado, coisa de quem gosta muito de futebol.
Uma das fotos, de dezembro de 1964, traz os seguintes atletas: Ivanir Souza (Coquiara), Ironi Riquetti (o Foguete, falecido), Cosme Richetti (Joaçaba), Djair Pecinatto (Lages?), Juventino Vergani (Bicicleta ou Bichacreta, Água Doce/Joaçaba), Romário de Vargas (Caçador), Nereu de Oliveira (Curitiba), Moacir Richetti (Joaçaba), Ademar Miqueloto(Ouro), Altevir Souza (Joaçaba) Valdir Souza (Joaçaba), Luiz Alberto Dambrós, (o Tratorzinho, Goiás), Severino Mário Thomazoni (Araruna-PR), e Euclides (Pisca) Riquetti (Joaçaba). Nós arrumamos umas camisetas brancas, regatinhas, cada um, e tingimos de verde. Bordamos um "P" do Palmeiras com ponto corrente. Fizemos isso tudo nós mesmos. Foi o único jeito de termos uniforme. E quem não tinha chuteira, jogava de conga ou descalço. Foi nosso primeiro time.
Uma segunda foto, mostra nosso time já evoluído, tínhamos A e B. Incorporamos o Fluminense do Rogériol Caldart e ficamos com a seguinte formação: Rogério Caldart, Sílvio Dorini, Arli Silva, Vicente Gramázzio, Rubens Flâmia, Severino Mário Thomazoni, Paulo Zuanazzi, Sérgio Baratieri, Valdir Souza, Altevir Souza, Dejair Pecinatto e o mascote Cleverson Richetti, que faleceu 15 dias antes de completar 18 anos, em 1976. O time usou a camisa do Fluminense.
Uma terceira, da inauguração de um jogo de camisas mangas longas, brancas, teve: Nereu de Oliveira, Antônio Gramázzio (Pítias), Vicente Gramázzio, Romário Vargas, Severino Mário Thomazoni, Nilton Segalin, Ricardo Baratieri, Antoninho Carletto, Valdir Souza e Djair Pecinatto. O Ricardo Baratieri atuou no lugar do Celito (Bandito) Baretta, que entrou depois. Foi a única partida do Ricardo. Quando se substituía um jogador, este pagava a camisa do que estava em campo, pois não tínhamos camisa de reservas...
Fico contente em poder, junto com o Mário Thomaoni, resgatar um pouco de nossas histórias. Foram tempos em que, para comprar uma bola, fizemos uma rifa americana de um Ferro Elétrico, vejam bem. E era o único jeito de democratizar o futebol, pois se aceitássemos jogar com a bola de alguém, esse iria querer ser titular e jogar tempo todo. Então, melhor do que aceitar isso, era vender os números da rifa do ferro elétrico...
Resgatar amizades tem sido meu afazer favorito neste novo ano. E como me sinto contente em poder fazer isso, ter tempo disponível para tal! E uma arma fortíssima a me apoiar é o Mr. Google! Esse cidadão merece meu reconhecimento e meu aplauso, pois me tem possibilitado chegar a endereços que eu jamais imaginei que pudesse. E, nesses endereços eletrônicos, quantos amigos já revi! Que felicidade, quanta alegria isso já me trouxe!!!
Simples recados, uma mensagem curta enviada e uma resposta obtida, por mais sintética que seja, sempre nos reaproxima de alguém que queiramos. Não sei como que se operam as artimanhas da comunicação digital, mas, por alguma razão, recebo solicitações de amizade. Aceito todas, porque sempre que algum pede minha amizade, o mínimo que posso fazer é retribuir aceitando. E, de minha parte, procuro buscar pessoas com quem algum dia convivi, mais antiga ou mais recentemente. Quando envio uma solicitação é porque alguma razão me diz que é uma pessoa confiável e que merece minha amizade. Ou porque algo me diz que é uma pessoa confiável e de quem posso aprender algo novo.
Nesta semana, reencontrei um amigo que, desde 1965, quando saiu ali do Ouro para Araruna, no Paraná, eu só o vi uma vez, há quase 30 anos: Severino Mário Thomazoni. Éramos vizinhos, moradores da Rua da Cadeia naquela época. Fundamos um time de futebol, entre vizinhos, nenhum distante mais de que 1 Km da Cadeia. Todos pessoas humildes, que gostavam de jogar bola nos campinhos. Em 13 de dezembro de 1964 fundamos o Palmeirinhas. E nosso campinho, justamente, ficava ao lado da cadeia. Primeiro, no próprio terreno desta. Depois, com a sua construção, foi deslocado um pouquinho ao lado.
Tínhamos uma sede, numa sala no porão da casa do Sr. José Thomazoni, junto à sua fábrica de vassouras. Passamos a jogar no Campo de Futebol Municipal, em Capinzal, que pertencia à Rede Ferroviária. Obtínhamos muitas vitórias jogando nas comunidades rurais. Tínhamos jogadores habilidosos. Nosso principal rival era o Juvenil do Grêmio Esportivo São José. Tínhamos jogadores da mesma faixa de idade. Em Capinzal havia o Botafoguinho, de jovens. Os aspirantes deles tinham idade compatível com a nossa. Os times existiram enquanto as pessoas estavam por lá. Ficando adultos, foram jogar para outros e os times sumiram. Muitos foram estudar fora e isso prejudicou nosso futebol. Eu fui para o juvenil do Arabutã, depois para Porto União. Lá foram anos de estudo e bola só am brincadeiras.
Na segunda-feira, 04, depois de contato via facebook, liguei para o cellular do Mário. Grande surpresa teve ele. E muita alegria tivemos. Falamos mais de duas horas, entramos na madrugada. Quantas belas lembranças, ele me perguntando sobre as pessoas daqui e eu perguntando sobre seus pais, que faleceram, sua irmã Nina e o irmão Arlindo. Falamos de família, de esposas, de filhos, de netos. Que alegria!
Lembrei-o de uma vez que fomos tarrafear, à noite, ali abaixo da barragem do Rio do Peixe, no lugar que chamávamos de "ladrão" de água. Acendemos um fogo ao lado de uma corrente de água para clarear e os lambaris saíam do rio e se metiam no meio das pedrinhas por onde escorria um pouco de água. Nós os pegávamos com as mãos, enchíamos as sacolas. Diz que quando conta isso em Araruna falam que é "conversa de pescador". Mas é pura verdade.
Lembrei-o de que quando saímos para casa, altas horas da noite, ao passar por sobre uma árvore tombada no valo, que servia de ponte de passagem, ele caiu na água. Estava com casaco, de "conga" e com uma sacoleta pendurada com a tarrafa dentro. De um ímpeto, muito ágil, o Ademir Miqueloto (falecido em Porto Alegre), atirou-se na água e o salvou. Coisa para nunca mais se esquecer. E ele foi dando-me deltalhes sobre isso...Foi um susto para nós.
Nossa sessão saudosista terminou quando ele me passou as fotos dos times antigos, de 1964 e 1965, de Capinzal e Ouro: Do nosso Palmeirinhas (da Rua da Cadeia), do Botafoguinho (de Capinzal), do Arabutã e do Vasco. Ver essas fotos me dá uma nostalgia dolorosa, pois verifico que muitos dos viventes da época já foram pro céu...
Como não é meu propósito publicar fotos no blog, as que ele mandou estão no meu facebook, quem quiser vê-las, busque por lá e sintam-se à vontade para compartilhar. Ele, inclusive, descreveu os nomes dos atletas e dirigentes. Tem tudo bem organizado, coisa de quem gosta muito de futebol.
Uma das fotos, de dezembro de 1964, traz os seguintes atletas: Ivanir Souza (Coquiara), Ironi Riquetti (o Foguete, falecido), Cosme Richetti (Joaçaba), Djair Pecinatto (Lages?), Juventino Vergani (Bicicleta ou Bichacreta, Água Doce/Joaçaba), Romário de Vargas (Caçador), Nereu de Oliveira (Curitiba), Moacir Richetti (Joaçaba), Ademar Miqueloto(Ouro), Altevir Souza (Joaçaba) Valdir Souza (Joaçaba), Luiz Alberto Dambrós, (o Tratorzinho, Goiás), Severino Mário Thomazoni (Araruna-PR), e Euclides (Pisca) Riquetti (Joaçaba). Nós arrumamos umas camisetas brancas, regatinhas, cada um, e tingimos de verde. Bordamos um "P" do Palmeiras com ponto corrente. Fizemos isso tudo nós mesmos. Foi o único jeito de termos uniforme. E quem não tinha chuteira, jogava de conga ou descalço. Foi nosso primeiro time.
Uma segunda foto, mostra nosso time já evoluído, tínhamos A e B. Incorporamos o Fluminense do Rogériol Caldart e ficamos com a seguinte formação: Rogério Caldart, Sílvio Dorini, Arli Silva, Vicente Gramázzio, Rubens Flâmia, Severino Mário Thomazoni, Paulo Zuanazzi, Sérgio Baratieri, Valdir Souza, Altevir Souza, Dejair Pecinatto e o mascote Cleverson Richetti, que faleceu 15 dias antes de completar 18 anos, em 1976. O time usou a camisa do Fluminense.
Uma terceira, da inauguração de um jogo de camisas mangas longas, brancas, teve: Nereu de Oliveira, Antônio Gramázzio (Pítias), Vicente Gramázzio, Romário Vargas, Severino Mário Thomazoni, Nilton Segalin, Ricardo Baratieri, Antoninho Carletto, Valdir Souza e Djair Pecinatto. O Ricardo Baratieri atuou no lugar do Celito (Bandito) Baretta, que entrou depois. Foi a única partida do Ricardo. Quando se substituía um jogador, este pagava a camisa do que estava em campo, pois não tínhamos camisa de reservas...
Fico contente em poder, junto com o Mário Thomaoni, resgatar um pouco de nossas histórias. Foram tempos em que, para comprar uma bola, fizemos uma rifa americana de um Ferro Elétrico, vejam bem. E era o único jeito de democratizar o futebol, pois se aceitássemos jogar com a bola de alguém, esse iria querer ser titular e jogar tempo todo. Então, melhor do que aceitar isso, era vender os números da rifa do ferro elétrico...
Nota: meu facebook está desativado.
Euclides Riquetti
Euclides Riquetti
Sorriso de criança
Nada é mais autêntico que o sorriso da criança
Pois nele há singeleza, beleza, ingenuidade
Suas palavras simples denotam sinceridade
Tempo do qual se guarda a mais saudosa lembrança.
Gestos muito simples, modos sempre delicados
Olhar sutil, bondade no seu coraçãozinho
A proteção materna que a atende com carinho
A segurança ao ter sues pais presentes e dedicados.
Sorriso de criança, enternecedor e contagiante
Belíssima transpiração de inocência e de docilidade
Sorriso de criança, encantador e deslumbrante.
Sorriso de criança, dos sorrisos o mais risonho
Inspiração para o poeta, para os pais felicidade
Sorriso de criança, um mundo de amor e de sonho.
Euclides Riquetti
Pois nele há singeleza, beleza, ingenuidade
Suas palavras simples denotam sinceridade
Tempo do qual se guarda a mais saudosa lembrança.
Gestos muito simples, modos sempre delicados
Olhar sutil, bondade no seu coraçãozinho
A proteção materna que a atende com carinho
A segurança ao ter sues pais presentes e dedicados.
Sorriso de criança, enternecedor e contagiante
Belíssima transpiração de inocência e de docilidade
Sorriso de criança, encantador e deslumbrante.
Sorriso de criança, dos sorrisos o mais risonho
Inspiração para o poeta, para os pais felicidade
Sorriso de criança, um mundo de amor e de sonho.
Euclides Riquetti
Fala quem sabe... em homenagem a Edgar Lancini, Vítor Almeida e Ivo L. Bazzo
Fala quem sabe. E, quem não sabe, faz o quê?
Diz o amigo e "patrão", Mário Serafim, do Jornal Cidadela, aqui de Joaçaba, onde escrevo minha coluna "Euclides Riquetti" que, nos primeiros tempos, se intitulava "Do Alto da Cidade": "Se não entendeu, posso desenhar"! Sem querer ser arrogante, imagino que, quem não consegue interpretar, não interpreta nem desenhos. Então...
O que me leva a escrever sobre a capacidade de as pessoas falarem em público é um certo nível de indignação com o que dizem as pessoas em suas entrevistas no rádio aqui em nossa região, a maioria políticos e muitos funcionários públicos. Aliás, os noticiários dão pelo menos 80% de seus espaços para os políticos. Há uns 10% para as notícias policiais e o espaço restante é dividido entre entidades e, raramente, para a manifestação do cidadão comum, o vivente que vive os dias de insegurança, inquietação, até necessidades...
Alguns que se estão colocando como "soldados a serviço do partido", olhando para o cargo de prefeito, não conseguem pronunciar os "esses" dos plurais. E tropeçam nos "as" e nos "es" dos subjuntivos e dos imperativos. Falam muito o tal de "a nível de", em vez de "em nível de"... Imagino pessoas assim falando na televisão em campanha eleitoral e nos debates e a gurizada copiando e espalhando pela internet para os amigos, zoando de tudo...
Falar que gostam de dizer "de encontro" em vez de "ao encontro é redundância. E muitos jornalistas, formados, também cometem os mesmos erros. As locuções verbais, agora, estão ficando mais longas: o evento "vai estar acontecendo" na Praça tal e nós "vamos estar distribuindo" pipocas às crianças que "poderão estar brincando" nos brinquedos que "estarão sendo instalados" para que elas possam "estar se divertindo". Hummmmmmm!!! Tal comportamento linguístico é peculiar em profissionais que atuam na área da saúde e ação social, envolvendo toda a sorte de gente diplomada, pós-graduada, concursada e devidamente nomeada". Acho que, nos próximos anos, "deveremos estar convivendo" com esse tipo de linguagem.
Toda a proposta de reflexão aqui "colocada" (antigamente eu diria "exposta"), é para eu dizer ( e não para "mim dizer"), que cada um assassina o vernáculo da maneira que mais lhe apraz. De minha parte, faço isso para me divertir.
Ora, não ter um razoável domínio da língua oficial é perdoável. Tivemos até um presidente que dizia que não gostava de livros, temos jogadores de futebol que mal sabem escrever o nome e desfilam nas ruas com seus carrões (mas não jogam nada, são apenas produtos da mídia), alguns tais de ex-BBBs que pouca massa encefálica têm (há exceções, claro!), e todos recebem aplausos e ganham bem para mostrar-se em público, quer dando palestras, quer mostrando seus cortes e tinturas de cabelos exóticos, suas tatuagens "muito massas" quer desfilando modelitos, ou apelando pra algum tipo muito fácil de se promover. Mas, para as pessoas se apresentarem como candidatos a algum cargo público que, além de currículo bom, também que se apresentem com elevado padrão de caráter e um nível mínimo de boa comunicação. Principalmente combinando os plurais dos substantivos com o dos adjetivos.
Há dois anos e meio, publiquei este comentário num portal que trazia matéria sobre um curso de oratória em Caínzal:
" Euclides Riquetti
16/04/2013 - 23:24:47
Uma vez um cidadão pediu-me para que eu o ajudasse a aprender a falar em público. Indaguei-o sobre que tipo de leitura fazia habitualmente, se lia livros, revistas, jornais. Disse-me que não. Então, falei-lhe que eu não tinha tempo e que ele deveria procurar outra pessoa. Ora, se alguém que aprender a falar, primeiro precisa desenvolver um bom domínio da língua e isso se conquista com muita leitura. Não adianta apenas obter níveis de estudos básicos ou graduação se não houver a necessária busca do saber e do desenvolvimento da linguagem através dos livros. Vou dar dois exemplos de excelentes oradores que não tiveram elevada graduação, mas dominavam muito bem a fala e a escrita: Edgar Lancini e Ivo Luiz Bazzo. Acho que os cursos servem para que o orador consiga um determinado nível de autoconfiança. Mas o mérito da oratória está na inteligência e no interesse pela leitura e a escrita."
Então, fica minha homenagem sincera a dois homens públicos com quem convivi, que viveram com humildade, que "nunca frequentaram faculdade", mas que detinham conhecimento e eram idealistas de nossa política: Edgar Lancini (grande orador) e Ivo Luz Bazzo (excelente administrador). E estendo minha homenagem ao saudoso advogado, político e escritor Dr. Vítor Almeida também.
Diz o amigo e "patrão", Mário Serafim, do Jornal Cidadela, aqui de Joaçaba, onde escrevo minha coluna "Euclides Riquetti" que, nos primeiros tempos, se intitulava "Do Alto da Cidade": "Se não entendeu, posso desenhar"! Sem querer ser arrogante, imagino que, quem não consegue interpretar, não interpreta nem desenhos. Então...
O que me leva a escrever sobre a capacidade de as pessoas falarem em público é um certo nível de indignação com o que dizem as pessoas em suas entrevistas no rádio aqui em nossa região, a maioria políticos e muitos funcionários públicos. Aliás, os noticiários dão pelo menos 80% de seus espaços para os políticos. Há uns 10% para as notícias policiais e o espaço restante é dividido entre entidades e, raramente, para a manifestação do cidadão comum, o vivente que vive os dias de insegurança, inquietação, até necessidades...
Alguns que se estão colocando como "soldados a serviço do partido", olhando para o cargo de prefeito, não conseguem pronunciar os "esses" dos plurais. E tropeçam nos "as" e nos "es" dos subjuntivos e dos imperativos. Falam muito o tal de "a nível de", em vez de "em nível de"... Imagino pessoas assim falando na televisão em campanha eleitoral e nos debates e a gurizada copiando e espalhando pela internet para os amigos, zoando de tudo...
Falar que gostam de dizer "de encontro" em vez de "ao encontro é redundância. E muitos jornalistas, formados, também cometem os mesmos erros. As locuções verbais, agora, estão ficando mais longas: o evento "vai estar acontecendo" na Praça tal e nós "vamos estar distribuindo" pipocas às crianças que "poderão estar brincando" nos brinquedos que "estarão sendo instalados" para que elas possam "estar se divertindo". Hummmmmmm!!! Tal comportamento linguístico é peculiar em profissionais que atuam na área da saúde e ação social, envolvendo toda a sorte de gente diplomada, pós-graduada, concursada e devidamente nomeada". Acho que, nos próximos anos, "deveremos estar convivendo" com esse tipo de linguagem.
Toda a proposta de reflexão aqui "colocada" (antigamente eu diria "exposta"), é para eu dizer ( e não para "mim dizer"), que cada um assassina o vernáculo da maneira que mais lhe apraz. De minha parte, faço isso para me divertir.
Ora, não ter um razoável domínio da língua oficial é perdoável. Tivemos até um presidente que dizia que não gostava de livros, temos jogadores de futebol que mal sabem escrever o nome e desfilam nas ruas com seus carrões (mas não jogam nada, são apenas produtos da mídia), alguns tais de ex-BBBs que pouca massa encefálica têm (há exceções, claro!), e todos recebem aplausos e ganham bem para mostrar-se em público, quer dando palestras, quer mostrando seus cortes e tinturas de cabelos exóticos, suas tatuagens "muito massas" quer desfilando modelitos, ou apelando pra algum tipo muito fácil de se promover. Mas, para as pessoas se apresentarem como candidatos a algum cargo público que, além de currículo bom, também que se apresentem com elevado padrão de caráter e um nível mínimo de boa comunicação. Principalmente combinando os plurais dos substantivos com o dos adjetivos.
Há dois anos e meio, publiquei este comentário num portal que trazia matéria sobre um curso de oratória em Caínzal:
" Euclides Riquetti
16/04/2013 - 23:24:47
Uma vez um cidadão pediu-me para que eu o ajudasse a aprender a falar em público. Indaguei-o sobre que tipo de leitura fazia habitualmente, se lia livros, revistas, jornais. Disse-me que não. Então, falei-lhe que eu não tinha tempo e que ele deveria procurar outra pessoa. Ora, se alguém que aprender a falar, primeiro precisa desenvolver um bom domínio da língua e isso se conquista com muita leitura. Não adianta apenas obter níveis de estudos básicos ou graduação se não houver a necessária busca do saber e do desenvolvimento da linguagem através dos livros. Vou dar dois exemplos de excelentes oradores que não tiveram elevada graduação, mas dominavam muito bem a fala e a escrita: Edgar Lancini e Ivo Luiz Bazzo. Acho que os cursos servem para que o orador consiga um determinado nível de autoconfiança. Mas o mérito da oratória está na inteligência e no interesse pela leitura e a escrita."
Então, fica minha homenagem sincera a dois homens públicos com quem convivi, que viveram com humildade, que "nunca frequentaram faculdade", mas que detinham conhecimento e eram idealistas de nossa política: Edgar Lancini (grande orador) e Ivo Luz Bazzo (excelente administrador). E estendo minha homenagem ao saudoso advogado, político e escritor Dr. Vítor Almeida também.
sexta-feira, 9 de outubro de 2015
Nas brancas areias das dunas
Vêm as ondas verde-esmeralda banhar meus pés
Enquanto o vento atiça as brancas areias das dunas
Lá nas águas jazem as negras galés
Quando as vagas se requebram em alvas espumas.
Nas cinzentas manhãs do pré-verão
As verdades rebatem à minha porta
E uma dor leve açoita meu coração
Que já não tem certeza de que você se importa.
E em cada grãozinho de areia trazido
O despertar de um sentimento já adormecido
Reanimado pelas águas que balançam.
E em cada corpo que baila, bronzeado
Está você em seu presente e seu passado
Enquanto os anos avançam...
Euclides Riquetti
Enquanto o vento atiça as brancas areias das dunas
Lá nas águas jazem as negras galés
Quando as vagas se requebram em alvas espumas.
Nas cinzentas manhãs do pré-verão
As verdades rebatem à minha porta
E uma dor leve açoita meu coração
Que já não tem certeza de que você se importa.
E em cada grãozinho de areia trazido
O despertar de um sentimento já adormecido
Reanimado pelas águas que balançam.
E em cada corpo que baila, bronzeado
Está você em seu presente e seu passado
Enquanto os anos avançam...
Euclides Riquetti
Abraços, Hélio Hanel!
"No período de 15 a 17 de novembro de 2012 acorreu nas dependências do Colégio Agrícola Augusto Ribas, em Ponta Grossa (PR), o encontro dos Ex-alunos que completaram 40 anos de formados (1972). As cidades de Capinzal, Ouro e Zortéa (SC) estiveram presentes, representadas por seus filhos e ex-alunos: Luiz Antônio Fávero, Mário Luiz Morossini, Armando José Susin, Paulo Roberto Caliari, Hélio Hanel e Hermes Susin.
O Colégio Agrícola tem uma história de 75 anos, contribuindo na formação de Técnico Florestal e Agrícola, para o mercado de trabalho. Tem na direção Geral, o Sr. Alcebíades Antônio Baretta, natural de Ouro. Atualmente o Curso Técnico Florestal funciona no Colégio Florestal de Irati."
O Bijujinha, nosso colega, (Ézio Andrioni), que era bom no bilboquet, no "nove", no pife e outros carteados, está enterrado próximo ao meu irmão Ironi e aos meus pais, na Vila São José, em Ouro. Infelizmente, seu corpo chegou em Capinzal na manhã de um sábado, 05 de maio de 1979. Era um dia em que eu estava muito feliz, mas entristecido porque perdemos o amigo do Passat azul. E o "Pina", (Mário Morosini) de vez em quando vejo-o em Joaçaba ou Capinzal. O filho dele, o "Jongui", João Guilherme, foi colega de aula de meu filho Fabrício. Sobre o saudoso Vitalino Buselatto, escrevi aqui quando de seu falecimento.
Realmente, temos muito em comum, pois meu padrinho, Joanin Frank, acho que era irmão de sua mãe, não era?
De fato, uma hora dessas precisamos nos encontrar para colocar nosso papo em dia, afinal, não o vejo desde 1969. Grande e carinhoso abraço a você e a todos os seus familiares.
E viva o nosso Vasco que, se Deus quiser, fica na série A em 2016!
Euclides Riquetti - um seu criado!
09-10-2015
Choveu no início da noite
Choveu no inicio da noite e a chuva que lavou minha alma
Veio dócil, suave, fresca e calma!
Choveu para dar alento aos corações aflitos
Para dar muita paz aos seres em conflito!
Choveu pingos que pareciam gotas de cristal
E que se desmancharam na pele de teu corpo escultural!
Choveu quando eu buscava a melhor das inspirações
Para compor-te um poema e expressar minhas emoções!
Choveu! ... e a chuva fina que molhou teus cabelos macios
Chamou-me a acariciar teus ombros belos e esguios!
E, enquanto chovia, e eu viajava pela imensidão do universo
Compus-te este poema simples, com estes meus versos...
Para ti!
Euclides Riquetti
09-10-2015
Veio dócil, suave, fresca e calma!
Choveu para dar alento aos corações aflitos
Para dar muita paz aos seres em conflito!
Choveu pingos que pareciam gotas de cristal
E que se desmancharam na pele de teu corpo escultural!
Choveu quando eu buscava a melhor das inspirações
Para compor-te um poema e expressar minhas emoções!
Choveu! ... e a chuva fina que molhou teus cabelos macios
Chamou-me a acariciar teus ombros belos e esguios!
E, enquanto chovia, e eu viajava pela imensidão do universo
Compus-te este poema simples, com estes meus versos...
Para ti!
Euclides Riquetti
09-10-2015
As tragédias do Poço do Zucchello ( a perda de Luan, Ângelo e Marcelo Ricardo)
O "Poço do Zucchello", localizado em Ouro, no Rio do Peixe, que o separa de Capinzal, está localizado a aproximadamente 4 Km ao sul da área central das cidades. O nome deve-se a que terras próximas do local pertenciam, nos primeiros anos da existência do Distrito de Ouro, à família Zucchelo. Ali também residiam as famílias Parizotto e Scopel, bem como funcionava o "chiqueirão" de Severino Baretta, conhecido como Silvério, primo de meu avô Victório. O Poço do Zucchello é um gigante adormecido e, quando acorda, pode ceifar vidas que não conhecem os perigos que ele representa.
No último sábado, ao final da tarde, pode ter protagonizado a tragédia que vitimou os jovens Ângelo Cesar Luiz Ferreira (23), cujo corpo foi encontrado na manhã de terça, 06; Marcelo Ricardo Costa Silva (22), localizado começo da manhã de quarta-feira; e Luan dos Santos (18), cujo corpo foi encontrado nesta quinta-feira, 08, todos nas margens do Rio do Peixe, em Ouro, cidade da qual eram moradores, residentes no Bairro Kleinubing.
As pessoas que não conhecem o comportamento traiçoeiro de suas águas e o frequentam para pesca ou banho não sabem do alto risco que correm. Sempre que as águas têm elevação de seu nível, forma-se, no dito poço, um redemoinho, um movimento rotatório das águas. E, no meu leigo entender, acredito que isso se deva a duas razões: a) o rio tem baixo nível desde as imediações da ponte pênsil Padre Mathias Michelizza, bem como abaixo do citado poço e, quando as águas atingem o local, que tem mais do que 20 metros de profundidade e pode chegar a mais de 30 quando das enchentes, mudam seu comportamento. b) o poço está localizado na curva do rio. Ao meu ver, a conjugação destes dois fatores é que ocasiona o violento redemoinho.
Nossa geração, que foi criada nas barrancas do Rio do Peixe, conhece razoavelmente os pontos perigosos do mesmo na região de Capinzal e Ouro. Há um poço muito perigoso na parte Norte do Parque e Jardim Ouro, outro não muito profundo, mas também perigoso, logo abaixo da ilha; ainda um semelhante pouco acima da ponte pênsil; pelo menos dois poços nas imediações de Linha Bonita e Maziero, e o afamado e perigoso Poço do Zucchello. Em todos eles já tivemos vitimas de pessoas amigas ou conhecidas, por afogamento. Acompanho os tristes acontecimentos nas últimas 5 décadas.
Os pescadores conhecem muito bem o potencial de perigo do rio. Domingos Antônio Boff, que foi prefeito em Ouro por duas vezes,´além de grande conhecedor do comportamento do Rio do Peixe, quando ainda não existiam os bombeiros na cidade, era chamado a localizar corpos. Fazia isso com maestria. Inclusive, uma vez, foi chamado a localizar o corpo de um rapaz, da família Riguel, que foi meu aluno, e que morreu no Rio Pelotas quando fez a travessia do rio por uma balsa ali existente.
No Poço do Zucchello, o mínimo que uma pessoa deve fazer, mesmo que exímio nadador, deve estar utilizando colete salva-vidas. E ainda assim, se o rio estiver com nível elevado, há sérios riscos de acidente. Há uns cinco anos, um familiar meu e amigos, descendo pelo Rio do Peixe num barco inflável, numa aventura perigosa em razão do alto nível e correnteza das águas, E foram tragados pelo redemoinho do Poço do Zucchello. Estavam com coletes salva-vidas e, mesmo assim, não se tivessem agarrado às cordas do barco, que girou por tempo considerável dentro do redemoinho, sendo, depois, expelidos. Abaixo do poço, abandonaram o barco que se foi e, estando com coletes, conseguiram salvar-se.
Então, sempre que converso com frequentadores do rio, recomendo muita cautela. Mais do que saberem nadar, devem ter o cuidado de utilizarem os coletes quando saem em embarcações. Ainda assim, é necessário ter um bom conhecimento sobre o comportamento de suas águas por ocasião das cheias.
É muito lamentável o que aconteceu com os rapazes no último sábado. Que sejam felizes na eternidade e que Deus conforte as famílias que os perderam.
Euclides Riquetti
09-10-2015
No último sábado, ao final da tarde, pode ter protagonizado a tragédia que vitimou os jovens Ângelo Cesar Luiz Ferreira (23), cujo corpo foi encontrado na manhã de terça, 06; Marcelo Ricardo Costa Silva (22), localizado começo da manhã de quarta-feira; e Luan dos Santos (18), cujo corpo foi encontrado nesta quinta-feira, 08, todos nas margens do Rio do Peixe, em Ouro, cidade da qual eram moradores, residentes no Bairro Kleinubing.
As pessoas que não conhecem o comportamento traiçoeiro de suas águas e o frequentam para pesca ou banho não sabem do alto risco que correm. Sempre que as águas têm elevação de seu nível, forma-se, no dito poço, um redemoinho, um movimento rotatório das águas. E, no meu leigo entender, acredito que isso se deva a duas razões: a) o rio tem baixo nível desde as imediações da ponte pênsil Padre Mathias Michelizza, bem como abaixo do citado poço e, quando as águas atingem o local, que tem mais do que 20 metros de profundidade e pode chegar a mais de 30 quando das enchentes, mudam seu comportamento. b) o poço está localizado na curva do rio. Ao meu ver, a conjugação destes dois fatores é que ocasiona o violento redemoinho.
Nossa geração, que foi criada nas barrancas do Rio do Peixe, conhece razoavelmente os pontos perigosos do mesmo na região de Capinzal e Ouro. Há um poço muito perigoso na parte Norte do Parque e Jardim Ouro, outro não muito profundo, mas também perigoso, logo abaixo da ilha; ainda um semelhante pouco acima da ponte pênsil; pelo menos dois poços nas imediações de Linha Bonita e Maziero, e o afamado e perigoso Poço do Zucchello. Em todos eles já tivemos vitimas de pessoas amigas ou conhecidas, por afogamento. Acompanho os tristes acontecimentos nas últimas 5 décadas.
Os pescadores conhecem muito bem o potencial de perigo do rio. Domingos Antônio Boff, que foi prefeito em Ouro por duas vezes,´além de grande conhecedor do comportamento do Rio do Peixe, quando ainda não existiam os bombeiros na cidade, era chamado a localizar corpos. Fazia isso com maestria. Inclusive, uma vez, foi chamado a localizar o corpo de um rapaz, da família Riguel, que foi meu aluno, e que morreu no Rio Pelotas quando fez a travessia do rio por uma balsa ali existente.
No Poço do Zucchello, o mínimo que uma pessoa deve fazer, mesmo que exímio nadador, deve estar utilizando colete salva-vidas. E ainda assim, se o rio estiver com nível elevado, há sérios riscos de acidente. Há uns cinco anos, um familiar meu e amigos, descendo pelo Rio do Peixe num barco inflável, numa aventura perigosa em razão do alto nível e correnteza das águas, E foram tragados pelo redemoinho do Poço do Zucchello. Estavam com coletes salva-vidas e, mesmo assim, não se tivessem agarrado às cordas do barco, que girou por tempo considerável dentro do redemoinho, sendo, depois, expelidos. Abaixo do poço, abandonaram o barco que se foi e, estando com coletes, conseguiram salvar-se.
Então, sempre que converso com frequentadores do rio, recomendo muita cautela. Mais do que saberem nadar, devem ter o cuidado de utilizarem os coletes quando saem em embarcações. Ainda assim, é necessário ter um bom conhecimento sobre o comportamento de suas águas por ocasião das cheias.
É muito lamentável o que aconteceu com os rapazes no último sábado. Que sejam felizes na eternidade e que Deus conforte as famílias que os perderam.
Euclides Riquetti
09-10-2015
quinta-feira, 8 de outubro de 2015
Esperavas que eu te mandasse rosas
Esperavas que eu te mandasse rosas
Talvez vermelhas ou amarelas
Desde que fossem cheirosas
Com suas pétalas singelas...
Esperavas que eu te mandasse flores
Mesmo que fossem gerânios
Ou cravos extemporâneos
De matizes multicores...
Mas eu te mandei, gentilmente
Versos que na noite compus
Versos de amor e de luz...
Que eu compus sutilmente.
Versos que me dispus a compor
E que espero que tu aceites
São meus eternos presentes
Meus doces versos de amor!
Para ti, somente para ti!
Euclides Riquett
Talvez vermelhas ou amarelas
Desde que fossem cheirosas
Com suas pétalas singelas...
Esperavas que eu te mandasse flores
Mesmo que fossem gerânios
Ou cravos extemporâneos
De matizes multicores...
Mas eu te mandei, gentilmente
Versos que na noite compus
Versos de amor e de luz...
Que eu compus sutilmente.
Versos que me dispus a compor
E que espero que tu aceites
São meus eternos presentes
Meus doces versos de amor!
Para ti, somente para ti!
Euclides Riquett
Ginásio padre Anchieta (Capinzal-SC) - uma escola de feras
Estudei no Ginásio Padre Anchieta, em Capinzal, nas suas duas primeiras séries, em 1965 e 1966. Funcionava no período da manhã. Meu irmão mais velho, Ironi, também fizera as duas primeiras séries lá. Depois transferiu-se para o Juçá Barbosa Callado, mas não deu sequência aos estudos. Fui para o Juçá em 67 e 68, onde concluí meu ginásio.
No Padre Anchieta tínhamos um Diretor muito enérgico, Giovani Tolu, nosso saudoso Frei Gilberto. Era natural da Itália, lecionava Matemática e Ciências. Conhecia de tudo, até Engenheiro prático era. Fez a planta de nosso sobradão. Construiu o prédio onde funciona a Casa da Fé, que na época comportava nosso Colégio. Na entrada principal, há arcos de concreto armado, estilo da arquitetura romana. Eles utilizaram taquaras e bambus para moldar e sustentar a estrutura de concreto, no tempo de que não se dispunha de ferro de construção à vontade. Madeiras foram usadas com múltiplas finalidades, antigamente, Disse-me o Hélio Bazzo, meu dentista, que os primeiros pinos para a implantação dos pivôs dentários foram feitos com madeiras. Também tínhamos as professoras, excelentes educadoras: Dona Vanda Meyer, de Inglês e Desenho; Waldomira Zortéa, de Geografia; Vanda Bazzo, de Português; Lorena Moraes, de História.
No Anchieta, sob a responsabilidade dos padres, funcionava o Ginásio para os meninos. À noite, no prédio, havia a Escola Técnica de Comércio de Capinzal, que depois mudou o nome para Colégio Capinzalense Flor do Vale e, adiante, Colégio Cenecista Padre Anchieta. Formava Técnicos em Contabilidade. Fiz parte da turma de 1971. As garotas não podiam estudar nas mesmas escolas que os meninos. Então, estudavam seu Ginásio no Colégio Mater Dolórum, controlado pelas irmãs da Congregação Servas de Maria Reparadoras. Sem meninos junto. Pela manhã, ali funcionava a Escola Normal Mater Dolórum, que formava professoras. Meu pai formou-se professor em 1963. Era o Bendito Fruto entre as Mulheres.
Questões de moral e de religião ensejavam essa separação dos alunos naquela época. Somente mais tarde, com o fechamento do Ginásio Padre Anchieta, meninos e meninas passaram a fazer seu segundo ciclo secundário no Mater, na mesma escola, na mesma sala de aula. Funcionava o curso Científico ali. Havia um conceito, na região, de que o científico era melhor que os cursos profissionalizantes, pois prparava as pessoas para o vestibular. De fato, alguns professores originários da própria região, que haviam estudado fora e retornado, passaram a lecionar no novo curso. Dessa forma, ocorreu uma leve mudança de comportamento com relação a estudar fora, sendo que alunos faziam as duas primeiras séries na cidade e depois iam para Curitiba para o Terceirão.
Na verdade, o ensino em Ouro e Capinzal era de alto nível. Poucos professores tinham curso superior na área da Educação, mas havia ótimos autodidatas na cidade. Os profissionais de Odontologia e Medicina se ocupavam das área biológicas. Os de Engenharia eram bons em Matemática e Física. Os funcionários do Banco do Brasil iam bem nas exatas. Advogados davam sua contribuição em Historia e Geografia. Ex-seminaristas que voltavam para casa atuavam nas áreas humanas. E, assim, conseguíamos ter uma boa base de formação para que, depois, as pessoas fossem cursar o Ensino Superior em outras cidades, principalmente nas capitais.
Os egressos do Padre Anchieta espalharam-se pelo Brasil. Um dos destinos muito efetivo para a continuidade foi Ponta Grossa. Nas décadas de 1960 e 1970 dezenas de capinzalenses e ourenses foram para ali. Dizem que a formação em nível técnico, no Colégio Augusto Ribas, equivalente ao atual Ensino Médio, na área da agropecuária, aproximava-se ao nível dos crusos superiores da área atuais. Oportunamente, vou abordar sobre os muitos amigos que fopram ali estudar. Por conta disso, vários deles acabaram fixando residência naquela cidade e região paranaense.
A geração que fez seus estudos em Capinzal nessas duas décadas que se espalhou pelos quatro cantos do Brasil foi muito determinada. Os pais investiram nos filhos porque já acreditavam que o conhecimento era o melhor caminho para sua autonomia. E foram participando dos vestibulares, cursando faculdades e seguindo em frente, alguns galgando a privilegiada condição de pós-doutores. Hoje, quando recebo e-mails, telefonemas ou mesmo reencontro meus contemporâneos, sinto muito orgulho, minha estima sobe. Numa época em que não tínhamos facilidades em comunicações e nossas cidades só conheciam asfalto através dos documenbtários que precediam as sessões de cinema no Cine Farroupilha ou no Cine Glória, nossos jovens tiveram a coragem de sair de casa para construir sua autonomia. E continuam, agora os filhos e netos de nossa geração, deslocanbdo-se para os mais distintoss lugares do globo, mas sempre representando bem seu lugar de origem.
Euclides Riquetti
No Padre Anchieta tínhamos um Diretor muito enérgico, Giovani Tolu, nosso saudoso Frei Gilberto. Era natural da Itália, lecionava Matemática e Ciências. Conhecia de tudo, até Engenheiro prático era. Fez a planta de nosso sobradão. Construiu o prédio onde funciona a Casa da Fé, que na época comportava nosso Colégio. Na entrada principal, há arcos de concreto armado, estilo da arquitetura romana. Eles utilizaram taquaras e bambus para moldar e sustentar a estrutura de concreto, no tempo de que não se dispunha de ferro de construção à vontade. Madeiras foram usadas com múltiplas finalidades, antigamente, Disse-me o Hélio Bazzo, meu dentista, que os primeiros pinos para a implantação dos pivôs dentários foram feitos com madeiras. Também tínhamos as professoras, excelentes educadoras: Dona Vanda Meyer, de Inglês e Desenho; Waldomira Zortéa, de Geografia; Vanda Bazzo, de Português; Lorena Moraes, de História.
No Anchieta, sob a responsabilidade dos padres, funcionava o Ginásio para os meninos. À noite, no prédio, havia a Escola Técnica de Comércio de Capinzal, que depois mudou o nome para Colégio Capinzalense Flor do Vale e, adiante, Colégio Cenecista Padre Anchieta. Formava Técnicos em Contabilidade. Fiz parte da turma de 1971. As garotas não podiam estudar nas mesmas escolas que os meninos. Então, estudavam seu Ginásio no Colégio Mater Dolórum, controlado pelas irmãs da Congregação Servas de Maria Reparadoras. Sem meninos junto. Pela manhã, ali funcionava a Escola Normal Mater Dolórum, que formava professoras. Meu pai formou-se professor em 1963. Era o Bendito Fruto entre as Mulheres.
Questões de moral e de religião ensejavam essa separação dos alunos naquela época. Somente mais tarde, com o fechamento do Ginásio Padre Anchieta, meninos e meninas passaram a fazer seu segundo ciclo secundário no Mater, na mesma escola, na mesma sala de aula. Funcionava o curso Científico ali. Havia um conceito, na região, de que o científico era melhor que os cursos profissionalizantes, pois prparava as pessoas para o vestibular. De fato, alguns professores originários da própria região, que haviam estudado fora e retornado, passaram a lecionar no novo curso. Dessa forma, ocorreu uma leve mudança de comportamento com relação a estudar fora, sendo que alunos faziam as duas primeiras séries na cidade e depois iam para Curitiba para o Terceirão.
Na verdade, o ensino em Ouro e Capinzal era de alto nível. Poucos professores tinham curso superior na área da Educação, mas havia ótimos autodidatas na cidade. Os profissionais de Odontologia e Medicina se ocupavam das área biológicas. Os de Engenharia eram bons em Matemática e Física. Os funcionários do Banco do Brasil iam bem nas exatas. Advogados davam sua contribuição em Historia e Geografia. Ex-seminaristas que voltavam para casa atuavam nas áreas humanas. E, assim, conseguíamos ter uma boa base de formação para que, depois, as pessoas fossem cursar o Ensino Superior em outras cidades, principalmente nas capitais.
Os egressos do Padre Anchieta espalharam-se pelo Brasil. Um dos destinos muito efetivo para a continuidade foi Ponta Grossa. Nas décadas de 1960 e 1970 dezenas de capinzalenses e ourenses foram para ali. Dizem que a formação em nível técnico, no Colégio Augusto Ribas, equivalente ao atual Ensino Médio, na área da agropecuária, aproximava-se ao nível dos crusos superiores da área atuais. Oportunamente, vou abordar sobre os muitos amigos que fopram ali estudar. Por conta disso, vários deles acabaram fixando residência naquela cidade e região paranaense.
A geração que fez seus estudos em Capinzal nessas duas décadas que se espalhou pelos quatro cantos do Brasil foi muito determinada. Os pais investiram nos filhos porque já acreditavam que o conhecimento era o melhor caminho para sua autonomia. E foram participando dos vestibulares, cursando faculdades e seguindo em frente, alguns galgando a privilegiada condição de pós-doutores. Hoje, quando recebo e-mails, telefonemas ou mesmo reencontro meus contemporâneos, sinto muito orgulho, minha estima sobe. Numa época em que não tínhamos facilidades em comunicações e nossas cidades só conheciam asfalto através dos documenbtários que precediam as sessões de cinema no Cine Farroupilha ou no Cine Glória, nossos jovens tiveram a coragem de sair de casa para construir sua autonomia. E continuam, agora os filhos e netos de nossa geração, deslocanbdo-se para os mais distintoss lugares do globo, mas sempre representando bem seu lugar de origem.
Euclides Riquetti
quarta-feira, 7 de outubro de 2015
Perdas ensejam saudades...
Perdas são sempre sentidas
Ensejam as saudades
Aguçam a sensibilidade
Ferem os corações e as almas doridas...
As perdas dilaceram os ânimos
E mutilam os pensamentos
Fazem a mente viajar pelo tempo
Perder-se em dias, meses e anos...
As perdas deixam marcas que não se apagam
Que ficam conosco eternamente
E que nos destroem lentamente.
As perdas acontecem e as vidas passam
Fica a dor a matar quem já tanto sofreu
Fica o tempo a lembrar-nos de quem se perdeu...
Euclides Riquetti
Ensejam as saudades
Aguçam a sensibilidade
Ferem os corações e as almas doridas...
As perdas dilaceram os ânimos
E mutilam os pensamentos
Fazem a mente viajar pelo tempo
Perder-se em dias, meses e anos...
As perdas deixam marcas que não se apagam
Que ficam conosco eternamente
E que nos destroem lentamente.
As perdas acontecem e as vidas passam
Fica a dor a matar quem já tanto sofreu
Fica o tempo a lembrar-nos de quem se perdeu...
Euclides Riquetti
De mãos e de braços dados
Dize-me que me amas e eu direi que te amo
Dize-me que me queres e eu direi que te quero
Dize-me que precisas de mim e direi que preciso de ti
Porque, na noite longa, eu te procuro e te chamo
No dia claro eu te busco e com saudades te espero
Adoro quando vibras, quando, alegre, me sorris!
Dize-me que não há espaço para as lamentações
E que em cada novo dia esperas por mais uma vitória
Dize-me que nossas almas e nossos corações
Já têm um caminho juntos, compartilham uma história
Dize-me que nossos caminhos levam-nos sempre a um lugar
Onde possamos nos termos e nosso desejo saciar.
E, se tudo o que desejarmos se tornar verdadeiro
Se nossos sonhos puderem ser compartilhados
Se nos pudermos entregar um ao outro por inteiro
E nossos ideais puderem, sempre, serem alcançados
Viveremos ainda dias muito animados e prazenteiros
E caminharemos juntos, de mãos e de braços dados.
Euclides Riquetti
07-10-2015
Dize-me que me queres e eu direi que te quero
Dize-me que precisas de mim e direi que preciso de ti
Porque, na noite longa, eu te procuro e te chamo
No dia claro eu te busco e com saudades te espero
Adoro quando vibras, quando, alegre, me sorris!
Dize-me que não há espaço para as lamentações
E que em cada novo dia esperas por mais uma vitória
Dize-me que nossas almas e nossos corações
Já têm um caminho juntos, compartilham uma história
Dize-me que nossos caminhos levam-nos sempre a um lugar
Onde possamos nos termos e nosso desejo saciar.
E, se tudo o que desejarmos se tornar verdadeiro
Se nossos sonhos puderem ser compartilhados
Se nos pudermos entregar um ao outro por inteiro
E nossos ideais puderem, sempre, serem alcançados
Viveremos ainda dias muito animados e prazenteiros
E caminharemos juntos, de mãos e de braços dados.
Euclides Riquetti
07-10-2015
terça-feira, 6 de outubro de 2015
O tempo passa....
O tempo passa...
E isso é uma verdade incontestável.
A vida se vai...
E deixa sinais inapagáveis!
O tempo passa, calado.
Então é preciso agir
Porque há um mundo a ser ousado
Uma realidade a se construir.
O tempo passa
Vai-se como um sopro de vento
Vai-se, imperceptível e lento
Mas ele passa...
E, mesmo calmo e silencioso
Vai, despertando saudades nas pessoas
Despertando boas lembranças dos momentos
Nutrindo vaidades ou sentimentos
Enquanto passa!
O tempo passa
E isso é, mesmo, a maior verdade
E, nos rostos, ele vai deixando
Suas marcas indeléveis.
Por onde passa...
Euclides Riquetti
E isso é uma verdade incontestável.
A vida se vai...
E deixa sinais inapagáveis!
O tempo passa, calado.
Então é preciso agir
Porque há um mundo a ser ousado
Uma realidade a se construir.
O tempo passa
Vai-se como um sopro de vento
Vai-se, imperceptível e lento
Mas ele passa...
E, mesmo calmo e silencioso
Vai, despertando saudades nas pessoas
Despertando boas lembranças dos momentos
Nutrindo vaidades ou sentimentos
Enquanto passa!
O tempo passa
E isso é, mesmo, a maior verdade
E, nos rostos, ele vai deixando
Suas marcas indeléveis.
Por onde passa...
Euclides Riquetti
Por que as mulheres vivem mais tempo do que os homens?
Reprisando mais uma:
Você já foi a um desses encontros da Terceira Idade que acontecem em todas as cidades? Viu o quanto eles se divertem? Dançam, cantam, comem, bebem e, sobretudo, riem! E isso os torna mais felizes, lhes dá longevidade. Mas, percebeu que mais de 70% dos integrantes são mulheres? Onde estão os homens? Ficaram em casa? Não, não ficaram, não estão mais em casa...
Há exatas duas décadas o país começou a destinar dinheiro para o lazer social das pessoas que já deram sua contribuição para a família e a sociedade, trabalhando arduamente desde sua infância, principalmente na lavoura, portanto mais do que as pessoas das gerações atuais. E não dispunham das ferramentas e utnsílios com que se conta hoje, o trabalho era quase que totalmente braçal. As pessoas executaram serviços pesados, indistintamente, se homem ou mulher.
Também, deve-se registrar que recorrentemente se considerava que a mulher que ficava em casa durante o dia "não trabalhava". Ledo engano, já disse alguém, algum dia! A mulher que ficava em casa cuidava de sua numerosa prole, preparava-lhes comida, cuidava da casa, lavava, passava e costurava as roupas. E a mulher agricultora também fazia isso e ainda ordenhava as vacas, buscava pasto para elas, fazia o queijo, colhia os ovos, e ajudava na roça. Pouco lazer lhe restava. Nos finais de semana punha ordem naquilo que deixara de fazer durante a semana. Até hoje a maioria delas, as urbanas principalmente, fazem nos sábados e domingos aquilo que não conseguem executar na semana, por trabalharem fora.
O homem, por sua vez, após o seu trabalho, à noite, exausto, jogava-se numa cadeira de balanço ou sofá, ligava o rádio e esperava pelo jantar. Após a ceia, enquanto sua esposa dava destino à louça suja, cuidava dos pequenos e os punha dormir, o homem retomava o descanso. E, ainda, depois de tudo isso, ela tinha que cumprir com seus "deveres de mulher"...
Dia desses, encontrei um velho amigo e comentei que iria escrever sobre a questão de os homens viverem menos anos que as mulheres. Era de manhãzinha. Ele riu e mostrou-me uma latinha de ceveja geladinha sobre sua mesa. E disse: Começa por aí!...
As mulheres, é sabido, são muito mais disciplinadas do que nós, homens. Vão com frequência ao médico, realizam exames, ingerem bem menor quantidade de álcool, fumam menos. Enfrentam as adversidades com mais tranquilidade, mais calma, abatem-se menos que nós. Levam um monte de vantagem em termos de fatores que as favorecem a viver mais. O homem é mais estressado, reacionário, enquanto que a mulher, que age muito ouvindo seu coração, tem respostas mais imediatas para resolver seus conflitos pessoais.
Então, se você acompanhar as estatísticas nos noticiários, verá quanto mais os homens são envolvidos em confusões por terem bebido ou consumido substâncias que alteram seu comportamento, em acidentes com veículos. E terá muitos outros argumentos além dos meus para ajudar a responder à indagação inicial.
Há exatas duas décadas o país começou a destinar dinheiro para o lazer social das pessoas que já deram sua contribuição para a família e a sociedade, trabalhando arduamente desde sua infância, principalmente na lavoura, portanto mais do que as pessoas das gerações atuais. E não dispunham das ferramentas e utnsílios com que se conta hoje, o trabalho era quase que totalmente braçal. As pessoas executaram serviços pesados, indistintamente, se homem ou mulher.
Também, deve-se registrar que recorrentemente se considerava que a mulher que ficava em casa durante o dia "não trabalhava". Ledo engano, já disse alguém, algum dia! A mulher que ficava em casa cuidava de sua numerosa prole, preparava-lhes comida, cuidava da casa, lavava, passava e costurava as roupas. E a mulher agricultora também fazia isso e ainda ordenhava as vacas, buscava pasto para elas, fazia o queijo, colhia os ovos, e ajudava na roça. Pouco lazer lhe restava. Nos finais de semana punha ordem naquilo que deixara de fazer durante a semana. Até hoje a maioria delas, as urbanas principalmente, fazem nos sábados e domingos aquilo que não conseguem executar na semana, por trabalharem fora.
O homem, por sua vez, após o seu trabalho, à noite, exausto, jogava-se numa cadeira de balanço ou sofá, ligava o rádio e esperava pelo jantar. Após a ceia, enquanto sua esposa dava destino à louça suja, cuidava dos pequenos e os punha dormir, o homem retomava o descanso. E, ainda, depois de tudo isso, ela tinha que cumprir com seus "deveres de mulher"...
Dia desses, encontrei um velho amigo e comentei que iria escrever sobre a questão de os homens viverem menos anos que as mulheres. Era de manhãzinha. Ele riu e mostrou-me uma latinha de ceveja geladinha sobre sua mesa. E disse: Começa por aí!...
As mulheres, é sabido, são muito mais disciplinadas do que nós, homens. Vão com frequência ao médico, realizam exames, ingerem bem menor quantidade de álcool, fumam menos. Enfrentam as adversidades com mais tranquilidade, mais calma, abatem-se menos que nós. Levam um monte de vantagem em termos de fatores que as favorecem a viver mais. O homem é mais estressado, reacionário, enquanto que a mulher, que age muito ouvindo seu coração, tem respostas mais imediatas para resolver seus conflitos pessoais.
Então, se você acompanhar as estatísticas nos noticiários, verá quanto mais os homens são envolvidos em confusões por terem bebido ou consumido substâncias que alteram seu comportamento, em acidentes com veículos. E terá muitos outros argumentos além dos meus para ajudar a responder à indagação inicial.
OBSERVAÇÃO: Um ano após eu ter escrito esta crônica, o homem que estava bebendo uma cerveja num domingo de manhã, deixou a vida terrena...
Euclides Riquetti
08-01-2013
Euclides Riquetti
08-01-2013
Deixe-me abraçá-la
Deixe-me abraçá-la bem de mansinho
Com toda a suavidade possível
Abraçar seu corpo irresistível
Bem assim: terno e devagarinho!
Deixe-me abraçar seu corpo divino
Correr minhas mãos por todo ele
Sentir o calor que brota dele
Fazer dele meu porto de destino..
Deixe-me dizer de sua elegância
Dos gestos graciosos e dos carinhos
De sua beleza e exuberância...
E, depois de tudo dito, tudo escrito
E de trilharmos os mesmos caminhos
Demo-nos um beijo gostoso e infinito...
Euclides Riquetti
06-10-2015
Com toda a suavidade possível
Abraçar seu corpo irresistível
Bem assim: terno e devagarinho!
Deixe-me abraçar seu corpo divino
Correr minhas mãos por todo ele
Sentir o calor que brota dele
Fazer dele meu porto de destino..
Deixe-me dizer de sua elegância
Dos gestos graciosos e dos carinhos
De sua beleza e exuberância...
E, depois de tudo dito, tudo escrito
E de trilharmos os mesmos caminhos
Demo-nos um beijo gostoso e infinito...
Euclides Riquetti
06-10-2015
segunda-feira, 5 de outubro de 2015
De pinheiros, trigos, laranjeiras e laranjais
Mais, para relembrar...
Ouro do sol e dos trigais/ Ouro dos nossos laranjais - são os dois primeiros versos do Hino ao Ouro, composto e musicado pela Dona Vanda Faggion Bazzo e o Egídio Balduíno Bazzo, o Titi. Referem-se à abundância do trigo plantado, anualmente, naquele lugar do Baixo Vale do Rio do Peixe. E dos laranjais existentes nas propriedades rurais e quintais das casas da cidade. Os descendentes de italianos vindos da Serra Gaúcha, nas três primeiras décadas do século passado, trouxeram com eles as sementes de trigo e as mudas de laranjas e outros cítricos.
Com relação ao trigo, todas as 1.200 famílias ainda o cultivavam até a década de 1970. Depois, a atividade foi sendo substituída, por diversos motivos: As sementes não eram mais tão resistentes e férteis, o trigo importado da Argentina e da Rússia era muito barato, o trigo importado pelos moinhos era subsidiado pelo Governo Brasileiro para que o pão fosse barato, a mão-de-obra familiar já não era tão abundante, e as pequenas áreas, principalmente em Ouro e Lacerdópolis, não comportavam economicamente a atividade. Já as laranjeiras, que foram plantadas pelos colonizadores, estavam envelhecendo e as árvores precisavam ser substituídas.
Em 1989 intituímos dois programas oficiais em Ouro. O Ouro dos Trigais e o Ouro dos Laranjais. Dávamos um saco de sementes de trigo para cada um adquirido pelo agricultor. Na época ainda tínhamos 918 famílias trabalhando na agricultura e 680 voltaram a plantar o cereal nobre. Já havia melhores sementes e tínhamos parceria com uma empresa local que as produzia. Mas essa onda não durou muito nos anos adiante. Acho que as condições topográficas não estimulavam o produtor.
Com relação aos cítricos, passamos a adquirir mudas em Esteves Júnior, município de Piratuba, e em Laurentino, próximo a Rio do Sul. O caminhão da Prefeitura fazia a busca, a Epagri e a Secretaria Municipal de Agricultura compravam e organizavam a distribuição, e para cada 10 mudas adquiridas o produtor levava mais três de bonificação. Conseguimos obter as das bonificações porque realizamos uma grande quantidade de compras. Não tivemos custos para o Município. Depois organizamos o Programa Ouro dos Ervais em que, da mesma forma, o agricultor ganhava três mudas de erva-mate para cada dez que comprasse e plantasse. Com isso, hoje, a maioria das proprieades estão repletas de laranjas de diversas variedades, principalmente a Valência, além de Morgotas e Poncans.
Mas o que me leva a voltar ao tempo são duas simples histórias que presenciei ali:
Contou-me o Moisés Teixeira Andrade, morador da Linha Bonita, que em 1902, quando seus avôs chegaram ali plantaram duas laranjeiras que resistiram por 100 anos. E uma delas está lá, ainda hoje, com 110 anos, produzindo laranjas. Eu mesmo a vi carregada de belas laranjas comuns, recentemente. É motivo de muito orgulho para a família Teixeira Andrade, que chegou ali ainda antes dos italianos.
Outra quem me contou foi o Américo Faé, morador da Linha Carmelinda. Em sua propriedade, eles têm ainda muitos pinheiros, grande parte com de 50 anos de idade. É que, quando eram criança, ele e seus dois irmãos costumavam "fazer artes", como ele mesmo diz. E, quando o pai descobria, dava a cada um um vasilhame com um quilo de pinhão e mandava que fossem plantar em suas terras. Era o seu castigo. Foi o castigo mais ecológico de que tenho notícia.
Plantar árvores, ter filhos e escrever um livro, como citou o Ademir Belotto no lançamento de um livro da Dona Olga Maria Siviero Brancher, lá no Centro Educaional Celso Farina, em Capinzal, há alguns anos, são três realizações que todas as pessoas deveriam ter feito em sua vida. Não lembro quem é o autor da frase e nem se ela tem o texto dessa forma, mas é uma verdade incontestável. Se, pelo menos, todos puderem desenvolver duas dessas, terão feito sua parte e ajudado a construir, positivamente, a história da Humanidade. De minha parte, cumpri duas integralmente e uma delas parcialmente.
Com relação ao trigo, todas as 1.200 famílias ainda o cultivavam até a década de 1970. Depois, a atividade foi sendo substituída, por diversos motivos: As sementes não eram mais tão resistentes e férteis, o trigo importado da Argentina e da Rússia era muito barato, o trigo importado pelos moinhos era subsidiado pelo Governo Brasileiro para que o pão fosse barato, a mão-de-obra familiar já não era tão abundante, e as pequenas áreas, principalmente em Ouro e Lacerdópolis, não comportavam economicamente a atividade. Já as laranjeiras, que foram plantadas pelos colonizadores, estavam envelhecendo e as árvores precisavam ser substituídas.
Em 1989 intituímos dois programas oficiais em Ouro. O Ouro dos Trigais e o Ouro dos Laranjais. Dávamos um saco de sementes de trigo para cada um adquirido pelo agricultor. Na época ainda tínhamos 918 famílias trabalhando na agricultura e 680 voltaram a plantar o cereal nobre. Já havia melhores sementes e tínhamos parceria com uma empresa local que as produzia. Mas essa onda não durou muito nos anos adiante. Acho que as condições topográficas não estimulavam o produtor.
Com relação aos cítricos, passamos a adquirir mudas em Esteves Júnior, município de Piratuba, e em Laurentino, próximo a Rio do Sul. O caminhão da Prefeitura fazia a busca, a Epagri e a Secretaria Municipal de Agricultura compravam e organizavam a distribuição, e para cada 10 mudas adquiridas o produtor levava mais três de bonificação. Conseguimos obter as das bonificações porque realizamos uma grande quantidade de compras. Não tivemos custos para o Município. Depois organizamos o Programa Ouro dos Ervais em que, da mesma forma, o agricultor ganhava três mudas de erva-mate para cada dez que comprasse e plantasse. Com isso, hoje, a maioria das proprieades estão repletas de laranjas de diversas variedades, principalmente a Valência, além de Morgotas e Poncans.
Mas o que me leva a voltar ao tempo são duas simples histórias que presenciei ali:
Contou-me o Moisés Teixeira Andrade, morador da Linha Bonita, que em 1902, quando seus avôs chegaram ali plantaram duas laranjeiras que resistiram por 100 anos. E uma delas está lá, ainda hoje, com 110 anos, produzindo laranjas. Eu mesmo a vi carregada de belas laranjas comuns, recentemente. É motivo de muito orgulho para a família Teixeira Andrade, que chegou ali ainda antes dos italianos.
Outra quem me contou foi o Américo Faé, morador da Linha Carmelinda. Em sua propriedade, eles têm ainda muitos pinheiros, grande parte com de 50 anos de idade. É que, quando eram criança, ele e seus dois irmãos costumavam "fazer artes", como ele mesmo diz. E, quando o pai descobria, dava a cada um um vasilhame com um quilo de pinhão e mandava que fossem plantar em suas terras. Era o seu castigo. Foi o castigo mais ecológico de que tenho notícia.
Plantar árvores, ter filhos e escrever um livro, como citou o Ademir Belotto no lançamento de um livro da Dona Olga Maria Siviero Brancher, lá no Centro Educaional Celso Farina, em Capinzal, há alguns anos, são três realizações que todas as pessoas deveriam ter feito em sua vida. Não lembro quem é o autor da frase e nem se ela tem o texto dessa forma, mas é uma verdade incontestável. Se, pelo menos, todos puderem desenvolver duas dessas, terão feito sua parte e ajudado a construir, positivamente, a história da Humanidade. De minha parte, cumpri duas integralmente e uma delas parcialmente.
Nota importante: Reencontrei o Moisés Teixeira Andrade em Ouro, há um mês, e perguntei-lhe sobre a citada laranjeira e ele me falou que, numa tempestade acontecida recentemente, a laranjeira restou destruída. Lamentamos!
Euclides Riquetti
6-01-2013.
Euclides Riquetti
6-01-2013.
Então me abrace
Então me abrace, carinhosamente
Só um pouquinho...
De mansinho...
Me afague e me abrace!
Então me abrace, sutilmente
E, com ímpetos leves de desejo
Me dê um beijo...
Me beije e me abrace!
Então me abrace com seu abraço sensual
Encoste seu peito no meu
Deixe-me sentir que não morreu
O amor que sentimos
E que por muito tempo nutrimos
Um pelo outro...
Então me abrace com seu abraço legal
E me faça sonhar
E me faça cantar
Uma canção de ninar
Sem nenhum disfarce...
Então me abrace, doce e desejável mulher
E faça comigo o que você quiser:
Uma, duas, três
Mais uma vez
Nós e nossa nudez...
Mas me abrace!
E me faça voar
Como se eu fosse planar
Até alcançar
Você....
Mas me abrace!!!
Euclides Riquetti
Só um pouquinho...
De mansinho...
Me afague e me abrace!
Então me abrace, sutilmente
E, com ímpetos leves de desejo
Me dê um beijo...
Me beije e me abrace!
Então me abrace com seu abraço sensual
Encoste seu peito no meu
Deixe-me sentir que não morreu
O amor que sentimos
E que por muito tempo nutrimos
Um pelo outro...
Então me abrace com seu abraço legal
E me faça sonhar
E me faça cantar
Uma canção de ninar
Sem nenhum disfarce...
Então me abrace, doce e desejável mulher
E faça comigo o que você quiser:
Uma, duas, três
Mais uma vez
Nós e nossa nudez...
Mas me abrace!
E me faça voar
Como se eu fosse planar
Até alcançar
Você....
Mas me abrace!!!
Euclides Riquetti
Tragédias no Meio-oeste catarinense.
No sábado, num evento político, comentei com o amigo Julnei Bruno, repórter da Rádio Catarinense, aqui em Joaçaba, sobre as tragédias que acontecem aqui em nossa região. Listamos: Joaçaba e Herval; Água Doce; Erval Velho; Lacerdópolis; Catanduvas e Jaborá; Ipirá e Piratuba; Capinzal e Ouro. Consideramos que, em razão de serem cortadas por rodovias de grande movimento, acontecem muitos acidentes com veículos nelas. Mas, acidentes semelhantes, acontecem a toda hora nas demais cidades do Vale do Rio do Peixe e outras.
Mas, para ressaltar, lembro-me de que, na maioria dessas cidades, acontecem também muitos suicídios por enforcamento ou ingestão de produtos químicos (venenos...), acidentes de trabalho, como quedas de telhados, eletrocutação, com máquinas agrícolas, com máquinas industriais.
Pois, na noite deste mesmo sábado, vejo nos portais de notícias regionais que três rapazes, entre 17 e 23 anos, todos meus conhecidos, que de uma forma ou outra estudaram na escola onde eu trabalhei como professor, perderam a vida quando estavam num bote, nas águas violentas do Rio do Peixe, na Vila São José, em Ouro: Luan Rodrigues dos Santos, Marcelo Ricardo Costa Silva e Ângelo Ferreira, residentes no Bairro Kleinubing, onde residem cerca de 70 famílias. Pessoas com quem convivemos durante alguns anos, de famílias de trabalhadores.
Ficamos muito entristecidos com a notícia. Lembrei-me dos alunos que perdemos, também por afogamento, no mesmo rio. Lembrei-me das aventuras doidas que tivemos em nossa adolescência, quando não tínhamos, ainda noção do perigo que as águas representam. Sempre ouvi dizerem que, com água, o fogo e o vento, não se brinca. Infelizmente, mais três vítimas fatais. Aqui em casa lembramos do Luan, que estudava nas séries iniciais da Escola Sílvio santos, aparecia nas escola com tatuagens que os amigos desenhavam nele, boné, brinquinhos e dizia: "Tofessola (professora), como é te (que) se faiz (faz) isso?"
Muita tristeza para as famílias e os amigos dos três meninos. Lamentavelmente, vidas de jovens que se vão e as pessoas próximas ficam sentindo a dor de sua perda. Aos familiares deles, nossas mais sentidas condolências.
Carinhosamente!
Euclides Riquetti
05-10-2015
Mas, para ressaltar, lembro-me de que, na maioria dessas cidades, acontecem também muitos suicídios por enforcamento ou ingestão de produtos químicos (venenos...), acidentes de trabalho, como quedas de telhados, eletrocutação, com máquinas agrícolas, com máquinas industriais.
Pois, na noite deste mesmo sábado, vejo nos portais de notícias regionais que três rapazes, entre 17 e 23 anos, todos meus conhecidos, que de uma forma ou outra estudaram na escola onde eu trabalhei como professor, perderam a vida quando estavam num bote, nas águas violentas do Rio do Peixe, na Vila São José, em Ouro: Luan Rodrigues dos Santos, Marcelo Ricardo Costa Silva e Ângelo Ferreira, residentes no Bairro Kleinubing, onde residem cerca de 70 famílias. Pessoas com quem convivemos durante alguns anos, de famílias de trabalhadores.
Ficamos muito entristecidos com a notícia. Lembrei-me dos alunos que perdemos, também por afogamento, no mesmo rio. Lembrei-me das aventuras doidas que tivemos em nossa adolescência, quando não tínhamos, ainda noção do perigo que as águas representam. Sempre ouvi dizerem que, com água, o fogo e o vento, não se brinca. Infelizmente, mais três vítimas fatais. Aqui em casa lembramos do Luan, que estudava nas séries iniciais da Escola Sílvio santos, aparecia nas escola com tatuagens que os amigos desenhavam nele, boné, brinquinhos e dizia: "Tofessola (professora), como é te (que) se faiz (faz) isso?"
Muita tristeza para as famílias e os amigos dos três meninos. Lamentavelmente, vidas de jovens que se vão e as pessoas próximas ficam sentindo a dor de sua perda. Aos familiares deles, nossas mais sentidas condolências.
Carinhosamente!
Euclides Riquetti
05-10-2015
domingo, 4 de outubro de 2015
Com meu corpo e minha alma
Amar-te com meu corpo e minha alma
Querer-te com a força do desejo
Beijar teus lábios com meu doce beijo
Andar de mãos dadas pela praia calma...
Entregar-te os sonhos e os sentimentos
Tudo aquilo que já acumulamos
Alimentarmos tudo o que amamos
Eternizar todos os bons momentos...
Ganhar de ti o melhor dos abraços
Sentir teus dedos me acariciando o rosto
Fazer de teus seios meu porto de encosto
Buscando em ti alento ao meu cansaço...
E em cada música que eu ouvir no dia
Em cada verso que eu te escrever
Mostrar-te o quanto invades meu ser
E eu me embriago de tanta euforia...
Porque há mil razões para eu dizer "te amo"!
Euclides Riquetti
04-10-2015
Querer-te com a força do desejo
Beijar teus lábios com meu doce beijo
Andar de mãos dadas pela praia calma...
Entregar-te os sonhos e os sentimentos
Tudo aquilo que já acumulamos
Alimentarmos tudo o que amamos
Eternizar todos os bons momentos...
Ganhar de ti o melhor dos abraços
Sentir teus dedos me acariciando o rosto
Fazer de teus seios meu porto de encosto
Buscando em ti alento ao meu cansaço...
E em cada música que eu ouvir no dia
Em cada verso que eu te escrever
Mostrar-te o quanto invades meu ser
E eu me embriago de tanta euforia...
Porque há mil razões para eu dizer "te amo"!
Euclides Riquetti
04-10-2015
Poder sonhar ( a liberdade...)
A liberdade é como o vento:
Sopra, ora para esta, ora para outra direção...
Liberdade é o fogo que queima a lenha, vira brasa e aquece a água e as almas.
É como o pássaro que voa no ar
A água que corre pelo vale
O canto da gaivota que plana, sem cansar
Sobre o mar.
Liberdade é um dia de sol:
É quando as nuvens se escondem atrás do azul infinito
Ou a noite matizada por estrelas.
E, quando perco o rumo de meus olhos para vê-las
Se perdem na imensidão.
Liberdade é como o grito da vitória
O Soco no ar
O abraço comovido.
É o olhar sobre o vasto campo florido
Colorido!
Liberdade é poder não ter que levantar-se cedo
É poder deslizar os pés descalços
No verde gramado
É poder sentar no banco da praça e dizer: Este lugar é meu, aqui é o meu lugar!
Liberdade é andar com a pessoa que se ama
Sem ter hora pra chegar
Em nenhum lugar.
E apenas poder...
Continuar a sonhar!
Euclides Riquetti
Sopra, ora para esta, ora para outra direção...
Liberdade é o fogo que queima a lenha, vira brasa e aquece a água e as almas.
É como o pássaro que voa no ar
A água que corre pelo vale
O canto da gaivota que plana, sem cansar
Sobre o mar.
Liberdade é um dia de sol:
É quando as nuvens se escondem atrás do azul infinito
Ou a noite matizada por estrelas.
E, quando perco o rumo de meus olhos para vê-las
Se perdem na imensidão.
Liberdade é como o grito da vitória
O Soco no ar
O abraço comovido.
É o olhar sobre o vasto campo florido
Colorido!
Liberdade é poder não ter que levantar-se cedo
É poder deslizar os pés descalços
No verde gramado
É poder sentar no banco da praça e dizer: Este lugar é meu, aqui é o meu lugar!
Liberdade é andar com a pessoa que se ama
Sem ter hora pra chegar
Em nenhum lugar.
E apenas poder...
Continuar a sonhar!
Euclides Riquetti
O sucesso ou o fracasso? - Tente de novo!
Reprisando, porque... é bom para refletir e... certamente, agir!
O que é o sucesso para você? Que tipo de pessoa você considera "bem sucedida"? Há alguma fórmula para o sucesso? Quem faz sucesso, afinal?
Durante toda a minha vida procurei observar as pessoas e ver como elas conduziam as suas. Meus amigos, já mencionei, ganhavam brinquedos bem melhores do que os meus. Em se tratando de revólveres, ganhavam aqueles com cilindro de rolinhos de espoletas. Eu, no máximo, daqueles que era preciso colocar uma espoleta de cada vez. O que quer dizer que, nas brincadeiras de cowboy, eu era sempre vencido e meus colegas vencedores, porque as arminhas deles eram mais automáticas, tinham melhor resolutividade, davam mais tiros, matavam mais gente nas brincadeiras.
Em contrapartida, os que não ganhavam essas engenhocas que a indústria já oferecia na época, tinham que inventar seus próprios brinquedos. Os mais favorecidos, ganhavam brinquedos da Estrela e da Troll. Os pais compravam na Livraria Central, do Alfredo Casagrande. E até biciletas Monark que compravam na Eletron Lar, do Válter Correa da Silva, na XV de Novembro, em Capinzal. Nós, os proletários, fazíamos nossos carrinhos de madeira e, com sorte, conseguíamos dar-lhes rodinhas de rolimãs, que encontrávamos nas lixeiras das oficinas mecânicas dos Dambrós ou dos Baretta. Fazíamos bolas de meias com que jogávamos na "serragem" da Pinheiro Machado. Outros, ganhavam as bolas "de capão". Os outros faziam muito sucesso e nós éramos os expectadores externos do êxito deles.
Na compreensão que tínhamos para a época, aquelas famílias que tinham casas de alvenaria, que dizíamos ser de material, eram melhores do que as nossas e, se tivessem carro no porão, então, eram de "super-sucesso", muito ricas.
Meu pai me dizia que, se ele vendesse a terra lá da Linha Bonita, ele poderia, também, comprar um jipe, novo, como os outros faziam. E que dava para fazer uma "frente de material" para nossa casa e ficaríamos iguais aos outros. Dizia que era mais barato pagar um táxi do que ter um carro. E que, antes de comprar um carro, a gente tinha que fazer um curso de mecânico, porque, naquele tempo, as horas dos mecânicos já custavam bem mais do que as que eram pagas para os professores. E ele era professor.
Fui fazer minha vida e ia tentando compreender o modo que as pessoas usavam para fazer seu sucesso. Eu achava que o caminho mais curto, para os pobres, era estudar. O estudo nos iguala, o conhecimento nos faz superar barreiras com facilidade.
Outra constatação que tive tão logo consegui frequentar umas praias: lá naquele espaço bem democrático não eram os ricos e ricas que se destacavam. Nem os probres e os remediados. Aqueles que tinham atributos físicos se sobressaiam, principalmente as mulheres. E, já naquela época, barrigudos faziam pouco sucesso. Lá na Igreja, quem mais se sobressaíam, eram aqueles que cantavam melhor os cantos sacros ou faziam melhor as leituras. No futebol, os meninos mais habilidosos, independente do ton de sua pele ou do dinheiro do pai.
Cresci em meio a todo um mundão de diferenças, num tempo em que as diferenças eram muito ressaltadas. Alías, veja os lugares onde construíam as Apaes: sempre em lugares isolados. Dava a impressão que aquelas crianças precisavam ficar "escondidas". Criança de Apae jamais faria sucesso. Hoje, graças a Deus, pessoas com limitações fazem sucesso. Tenho dois exemplos: a Marielda Morés, filha do Aquiles, lá do Pinheiro Alto, é exímia bailarina. Fez sucesso num Festival. Foi, com seus colegas, destaque na abertura da Noite Italiana de Capinzal. Ela é minha amiga há mais de 20 anos. É uma amiga de sucesso.
No dia 1º de janeiro, a Aline Santos Rocha, que é minha amiga de facebook, bem como seu treinador/namorado Fernando Orso, ganhou a Medalha de Ouro na categoria Cadeirante Feminina na Corrida de São Silvestre, em São Paulo. Ela é um exemplo de sucesso pela sua determinação e persistência. Superou as limitações de suas pernas desenvolvendo e aproveitando o potencial de seus braços e mãos. Ela, como a Marielda, são pessoas, de sucesso. Como são pessoas de sucesso todos os amigos de ambas, que lutam para superar suas limitações. Estarem lá treinando, ou ensaiando, é indício de sucesso!
Lembro-me do sucesso editorial do livro "O Sucesso Não Ocorre Por Acaso", do médico neuroliguista Lair Ribeiro, em 1992. Vendeu caminhões de livros mundo afora. E ganhou milhões dando palestras e cursos para pessoas que querem fazer sucesso. Vou falar dele em outra ocasião.
Sir Winston Churchil, o Poderoso Oficial Militar e Político Inglês, detentor de um Premio Nobel de Literatura, duas vezes Primeiro-Ministro do Rino Unido e considerado o "maior britânico de todos os tempos", disse: "Success is the ability to go from one failure to another with no loss of enthusiasm", que pode ser vertida como "O sucesso é ir de um fracasso a outro sem perder o entusiasmo".´Tem uma grande gama de verdade o que ele diz, mesmo que muitos não concordem com isso. As pessoas que perseguem o sucesso nos negócios podem fracassar uma, duas, nove vezes. Mas, se na décima tiverem sido bem sucedidos, já valeu a pena.
Tentar outra vez, outras vezes, pode não ser a fórmula, mas é uma atitude que pode levar você ao sucesso. Um dos muitos alunos meus, o Gilian, um dia, me disse: "Meus colegas querem ser Veterinários, Agrônomos, Engenheiros, Advogados. Eu vou estudar Administração. Vou ter minhas empresas e vou contratá-los para que trabalhem para mim". É um menino determinado, que sabe o que quer. Vamos dar-lhe o necessário e devido tempo. Depois poderemos saber quantas tentativas e quanto tempo levou para ter seu sucesso. Conheço centenas de pessoas que tiveram a coragem e a determinação de mudar. A maioria, pelo seu perfil empreendedor, empreendedores de sucesso.
Então, se em algum momento de sua vida você tentou fazer algo e não conseguiu, ainda há tempo. Recomece. Tente outra vez. Mesmo que a vida dê errado algumas vezes, ela pode chegar ao certo sem que percebamos isso. Quando vemos, atingimos coisas que não eram nossos objetivos mas que nos compensam ou até superam as nossas expectativas. O que não se pode fazer é desistir. Desistir, não tentar de novo, pode abortar sua possibilidde de sucesso. Tente de novo!
Euclides Riquetti
10-01-2013
Durante toda a minha vida procurei observar as pessoas e ver como elas conduziam as suas. Meus amigos, já mencionei, ganhavam brinquedos bem melhores do que os meus. Em se tratando de revólveres, ganhavam aqueles com cilindro de rolinhos de espoletas. Eu, no máximo, daqueles que era preciso colocar uma espoleta de cada vez. O que quer dizer que, nas brincadeiras de cowboy, eu era sempre vencido e meus colegas vencedores, porque as arminhas deles eram mais automáticas, tinham melhor resolutividade, davam mais tiros, matavam mais gente nas brincadeiras.
Em contrapartida, os que não ganhavam essas engenhocas que a indústria já oferecia na época, tinham que inventar seus próprios brinquedos. Os mais favorecidos, ganhavam brinquedos da Estrela e da Troll. Os pais compravam na Livraria Central, do Alfredo Casagrande. E até biciletas Monark que compravam na Eletron Lar, do Válter Correa da Silva, na XV de Novembro, em Capinzal. Nós, os proletários, fazíamos nossos carrinhos de madeira e, com sorte, conseguíamos dar-lhes rodinhas de rolimãs, que encontrávamos nas lixeiras das oficinas mecânicas dos Dambrós ou dos Baretta. Fazíamos bolas de meias com que jogávamos na "serragem" da Pinheiro Machado. Outros, ganhavam as bolas "de capão". Os outros faziam muito sucesso e nós éramos os expectadores externos do êxito deles.
Na compreensão que tínhamos para a época, aquelas famílias que tinham casas de alvenaria, que dizíamos ser de material, eram melhores do que as nossas e, se tivessem carro no porão, então, eram de "super-sucesso", muito ricas.
Meu pai me dizia que, se ele vendesse a terra lá da Linha Bonita, ele poderia, também, comprar um jipe, novo, como os outros faziam. E que dava para fazer uma "frente de material" para nossa casa e ficaríamos iguais aos outros. Dizia que era mais barato pagar um táxi do que ter um carro. E que, antes de comprar um carro, a gente tinha que fazer um curso de mecânico, porque, naquele tempo, as horas dos mecânicos já custavam bem mais do que as que eram pagas para os professores. E ele era professor.
Fui fazer minha vida e ia tentando compreender o modo que as pessoas usavam para fazer seu sucesso. Eu achava que o caminho mais curto, para os pobres, era estudar. O estudo nos iguala, o conhecimento nos faz superar barreiras com facilidade.
Outra constatação que tive tão logo consegui frequentar umas praias: lá naquele espaço bem democrático não eram os ricos e ricas que se destacavam. Nem os probres e os remediados. Aqueles que tinham atributos físicos se sobressaiam, principalmente as mulheres. E, já naquela época, barrigudos faziam pouco sucesso. Lá na Igreja, quem mais se sobressaíam, eram aqueles que cantavam melhor os cantos sacros ou faziam melhor as leituras. No futebol, os meninos mais habilidosos, independente do ton de sua pele ou do dinheiro do pai.
Cresci em meio a todo um mundão de diferenças, num tempo em que as diferenças eram muito ressaltadas. Alías, veja os lugares onde construíam as Apaes: sempre em lugares isolados. Dava a impressão que aquelas crianças precisavam ficar "escondidas". Criança de Apae jamais faria sucesso. Hoje, graças a Deus, pessoas com limitações fazem sucesso. Tenho dois exemplos: a Marielda Morés, filha do Aquiles, lá do Pinheiro Alto, é exímia bailarina. Fez sucesso num Festival. Foi, com seus colegas, destaque na abertura da Noite Italiana de Capinzal. Ela é minha amiga há mais de 20 anos. É uma amiga de sucesso.
No dia 1º de janeiro, a Aline Santos Rocha, que é minha amiga de facebook, bem como seu treinador/namorado Fernando Orso, ganhou a Medalha de Ouro na categoria Cadeirante Feminina na Corrida de São Silvestre, em São Paulo. Ela é um exemplo de sucesso pela sua determinação e persistência. Superou as limitações de suas pernas desenvolvendo e aproveitando o potencial de seus braços e mãos. Ela, como a Marielda, são pessoas, de sucesso. Como são pessoas de sucesso todos os amigos de ambas, que lutam para superar suas limitações. Estarem lá treinando, ou ensaiando, é indício de sucesso!
Lembro-me do sucesso editorial do livro "O Sucesso Não Ocorre Por Acaso", do médico neuroliguista Lair Ribeiro, em 1992. Vendeu caminhões de livros mundo afora. E ganhou milhões dando palestras e cursos para pessoas que querem fazer sucesso. Vou falar dele em outra ocasião.
Sir Winston Churchil, o Poderoso Oficial Militar e Político Inglês, detentor de um Premio Nobel de Literatura, duas vezes Primeiro-Ministro do Rino Unido e considerado o "maior britânico de todos os tempos", disse: "Success is the ability to go from one failure to another with no loss of enthusiasm", que pode ser vertida como "O sucesso é ir de um fracasso a outro sem perder o entusiasmo".´Tem uma grande gama de verdade o que ele diz, mesmo que muitos não concordem com isso. As pessoas que perseguem o sucesso nos negócios podem fracassar uma, duas, nove vezes. Mas, se na décima tiverem sido bem sucedidos, já valeu a pena.
Tentar outra vez, outras vezes, pode não ser a fórmula, mas é uma atitude que pode levar você ao sucesso. Um dos muitos alunos meus, o Gilian, um dia, me disse: "Meus colegas querem ser Veterinários, Agrônomos, Engenheiros, Advogados. Eu vou estudar Administração. Vou ter minhas empresas e vou contratá-los para que trabalhem para mim". É um menino determinado, que sabe o que quer. Vamos dar-lhe o necessário e devido tempo. Depois poderemos saber quantas tentativas e quanto tempo levou para ter seu sucesso. Conheço centenas de pessoas que tiveram a coragem e a determinação de mudar. A maioria, pelo seu perfil empreendedor, empreendedores de sucesso.
Então, se em algum momento de sua vida você tentou fazer algo e não conseguiu, ainda há tempo. Recomece. Tente outra vez. Mesmo que a vida dê errado algumas vezes, ela pode chegar ao certo sem que percebamos isso. Quando vemos, atingimos coisas que não eram nossos objetivos mas que nos compensam ou até superam as nossas expectativas. O que não se pode fazer é desistir. Desistir, não tentar de novo, pode abortar sua possibilidde de sucesso. Tente de novo!
Euclides Riquetti
10-01-2013
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