sábado, 23 de março de 2019

A chuva da manhã de outono



Resultado de imagem para fotos manhã chuvosa

Na manhã chuvosa de outono me chega a canção
Que me vem trazida pelo vento
Pousa, suavemente, em meu pensamento
E se aloja em meu frágil  coração.

Vem, num carrossel de anjos que vêm
Com sua melodia indescritível
Canção de sabor aprazível
Vem me deliciar também.

Na manhã chuvosa de outono vem a canção que me afaga
A canção da noite, que você repete
E que me acalenta, me confunde e me embriaga.

Na manhã chuvosa de outono meu coração silencia
Enquanto se acalma, pensa, reflete:
Quer esperar você, cheio de uma doce  nostalgia.

Euclides Riquetti

Primeiros Dias de Outono

P

Resultado de imagem para imagens outono faxinal do céu
Foto de Edno Pilonetto - Faxinal do Céu - Pinhão - PR


O outono nos trouxe suas primeiras manhãs
Acanhadas, tímidas, ventosas
Levemente chuvosas
Mas também manhãs.

E nos trouxe as tardes amenas
As nuvens claras e cautelosas
Quietinhas , dengosas...
Apenas nuvens, nuvens apenas...

O outono nos traz lembranças
Das pessoinhas  agasalhadas
Luvas nas mãos, jaquetinhas bordadas:
Adoráveis e belas crianças.

O outono nos leva ao passado
Aos momentos mais sentidos
Aos abraços mais comovidos
Recebidos e dados: lembrados!

Ah, outono, quantas e quantas saudades...

Euclides Riquetti

Chuvas de outono

Imagem relacionada



Caem, no meu Outono, chuvas torrenciais
Molham a terra e verdejam as paisagens
Protegem-se, as pessoas, dos ventos fatais
Que fazem tombar plantas e pastagens.

Esconde-se, o passaredo sob folhas planas
Buscam ocos nos troncos os animaizinhos
E nas velhas árvores frondosas e soberanas
Agazalham-se os sabiás e os passarinhos.

Espantam as chuvas as pessoas das praias
Afugentam os homens que aram os campos
Já não correm os cavalos zainos nas raias
O balido das ovelhas assemelha-se a prantos.

Riem, os idosos, do medo dos meninos
Não se abalam com fenômenos conhecidos
Não temem as intempéries e os desatinos
As marcas da vida os deixaram fortalecidos.

Enquanto isso, penso nos anos que se vão
Penso em você e nas tormentas da sua vida
Rezo a Deus para que lhe dê Sua proteção
Mas chora a minha alma débil e sofrida...

Euclides Riquetti

sexta-feira, 22 de março de 2019

Quando o sol voltou








Quando o sol voltou
Depois das nuvens e das tormentas
Todo o oceano se acalmou
Ausentaram-se as águas violentas.

Quando a tarde serenou
E as nuvens alvas voltaram
E o céu, de novo, se azulou
Apenas saudades restaram.

Porque, depois das turbulências
Volta a paz
E a normalidade se refaz.
Porque, depois dos conflitos
Tudo de apazigua no infinito!

Euclides  Riquetti

Sorriso de criança

Resultado de imagem para fotos julia riquetti mattos da silva

(Júlia Riquetti Mattos da Silva - neta)


Nada é mais autêntico que o sorriso da criança
Pois nele há singeleza, beleza, ingenuidade
Suas palavras simples  denotam sinceridade
Tempo do qual se guarda a mais saudosa lembrança.

Gestos muito simples, modos sempre delicados
Olhar sutil, bondade no seu coraçãozinho
A proteção materna que a atende com carinho
A segurança ao ter sues pais presentes e dedicados.

Sorriso de criança,  enternecedor e contagiante
Belíssima transpiração de inocência e de docilidade
Sorriso de criança, encantador e  deslumbrante.

Sorriso de criança, dos sorrisos o mais risonho
Inspiração para o poeta, para os pais felicidade
Sorriso de criança, um mundo de amor e de sonho.

Euclides Riquetti

Mar - uma arte de amar






A ação do mar que vem sobre a areia
É uma obra natural e da maior arte
Ele apara o chão quando se incendeia
Que então se aplaina por toda a parte.

Majestoso e forte nosso mar bravio
Se enfurece com a reciclagem do luar
Sobre ele balançam barcos e navios
Que saem, garbosos, para navegar.

Ah, mar!, doce mar das águas sulinas
Doce mar das ressacas e das calmarias
Mar de meus encantos, de ondas salinas.

Ah, doce mar dos dias mais adoráveis
Doce mar de todas as minhas alegrias
Mar das manhãs e tarde memoráveis!

Euclides Riquetti

O carnaval passou... É hora de começar a fazer o mundo andar!


Fotos: Paula Patussi


O carnaval passou. É hora de começar a fazer o mundo andar!

       Passadas as festas momescas, que sucederam as de virada de ano e as férias escolares de verão, é hora de todos porem a mão na massa. Aliás, por com muita vontade, para que não nos tornemos uma massa falida. É hora de agir estudando, trabalhando, aprendendo e interagindo positivamente. Deixar de ser mala para ir à proatividade!

       Os dois primeiros meses do ano nos mostraram um Governo Federal com muita vontade de fazer as coisas acontecerem, mas tropeçando em suas falas, dando chance de críticas aos adversários de sua ideologia, ao mesmo tempo que seus seguidores o defendem ferrenhamente. Algumas conversas mal colocadas de parte dos filhos do Presidente e de alguns ministros, com chances para os comentaristas do Sistema Globo terem assuntos para se esbaldarem no canal de comunicação a que servem. Mas, lembrando-me do que disse o ex-Ministro Delfin Neto, em palestra aqui na UNOESC, há uma década ao menos, no gráfico da economia e da gestão pública, há crises avassaladoras, há outras contornáveis, e algumas que não exercem nenhum efeito sobre a vida da população. Pois eu penso que as confusões que passaram pelos diversos cenários não tiveram e nem terão qualquer efeito sobre a condução dos rumos do Brasil.

       A reforma da Previdência Social, batizada de Nova Previdência, terá sua aprovação no mesmo espaço de tempo em que uma mãe gesta um filho. Até setembro, no máximo, teremos tudo aprovado, possivelmente com muitos remendos, mas que é sempre melhor do que nada. Nem tudo ao diabo e nem tudo a Deus!

       Por outro lado, temos visto que a atividade econômica está em recuperação gradativa. Os caminhões estão nas estradas transportando as riquezas. As lavouras de milho e soja cobrem de verde o Sul e o Centro-Oeste do Brasil. O gado se acampa nas pastagens ou nas baias com viço, os úberes das vacas transbordam de leite e os problemas enfrentados pelos produtores de carnes de frangos e suínos estão sendo superados, com franca recuperação do mercado internacional. Até o calor de janeiro possibilitou que Santa Catarina, por exemplo, tivesse 15% de melhoria em sua arrecadação de impostos relativamente a janeiro, comparando-se com o mesmo período do ano passado. Supermercados e energia elétrica pautando a melhora da economia, ajudando nosso estado a sair do buraco, mesmo que não seja algo efetivo.

       Agora, é hora de falarmos menos bobagem, fazermos nossas obrigações, estudar, aprender, trabalhar muito, não jogar lixo nas valetas e bueiros e esperar que tudo fique melhor. Vislumbro um ano melhor para a população de nossas cidades, nosso estado e nosso Brasil.  Então, vamos pôr a mão na massa!

Euclides Riquetti – Escritor – membro da AlB/SC, autor do livro “Crônicas do Vale do Rio do Peixe e outros lugares”.  www.blogdoriquetti.blogspot.com

quinta-feira, 21 de março de 2019

O homem que matutava e os ombros da Letícia Sabatella



          O Apolinário matutava. Não era jeca, não era analfabeto. Tinha até pós-alguma coisa, acho que graduação, mas matutava. De vez em quando matutava e falava, baixinho, que era para que ninguém percebesse e não o achasse louco. Louco não era. Era normal como todos os outros meio anormais que estão por aí, matutando. Pensava no seu time que andava perdendo muitas. Não havia treinador que desse certo. O caso era de pouco sebo nas canelas. E a gurizada não quer mais saber de por o sangue nos olhos. Todo mundo quer sombra e água fresca, mesmo que seja à noite.
 
          Matutava o Apolinário. Não que matutar fosse sua predileção. matutava por matutar. E, enquanto matutava, contava. Não era o "contar causo", era o contar de fazer contas, contas "de mais" como a professora ensinou muito bem na primeira série. Na segunda, já as contas eram bem maiores, com mais algarismos. Algarismos são aqueles pequenos desenhos que hoje chamam de dígitos. E, matuta vai, matuta vem, e nada de respostas para suas indagações. Pensava na novela do horário das sete, "Sangue Bom". E constatava em sua matutice que pouco havia de bom no sangue daquela tropinha chamada elenco. Não nas pessoas deles, mas de suas personagens. Ah, que vontade de dar uma surra na Damáris. Podia ser na Gládis, aquela desavergonhada da irmã dela que está tentando o Lucindo...Não! Esses três fazem a parte boa, a engraçada da novela. Não merecem nehum castigo. Seria um sortilégio fazer isso, Santo Deus!

          Estava o Apolinário a matutar. Não havia outra coisa a fazer enquanto caminhava. As moçoilas e os rapazotes passavam, iam pra frente, pra trás. Certamente que não matutavam, não precisavam disso, nem tinham tempo para isso, tinham que falar ao telefone celular: " E aí, mano?! Vamos fazê umas quabrada na náite?! O Apôli não entendeu nada. Nem queria entender aquela falação sem graça. As "mâna", então, grudadas no seu Infinity-pré, também de nhém nhem:  "Oooooiiiii, lindaaaaa! Como cê tá massa!  - e o Apolinário, definitivamemente, nem queria ficar perto de gente assim. Continuava a pensar na novela: Quanta gente aquela Maiara/Amora, Amora/Maiara enganou antes de descobrirem todas as sacanagens que aprontou na novela! Pior que ela, só a mãe dela, a Bárbara Hellen. Elas são duas tranqueiras, bem que se merecem. Bonitinhas, mas ordinárias, como diria o Nélson Rodrigues... Mas tem o Bento que é gente boa. Tem sangue bom!

         Tendo matutato já um tantão,  o Apolinário pensou em virar o pensamento para outro lado. Uma psicóloga, uma vez, dissera para sua namorada que,  quando ela tivesse um pensamento runho,  era pra tentar pensar num pensamento bom, algo que deleitasse, que desse prazer. Então, ele começou a pensar nas personagens boas da novela e fixou-se na Verônica. A verônica, pra quem não sabe, é a mesma Palmira Valente que deixa seus afazeres de publicitária para exercitar seu hobby, cantar no Cantaí. E como ela canta! Com certeza seu vídeo vai bombar na internet. Mas a parte melhor, mesmo, a que mais toca o coração desapegado do amigo fica por conta dos ombros da Letícia Sabatella. Ah, que ombros! Você já reparou? Não? Então veja a novela e depois você vai ver se o Apolinário não tem razão. É um navio de areia para o seu caminhãozinho. Ah, se é! Como são belos os ombros da Letícia Sabatella.

Euclides Riquetti
20-10-2013

Nas brancas areias das dunas




Vêm as ondas verde-esmeralda banhar meus pés
Enquanto o vento atiça as brancas areias das dunas
Lá nas águas jazem as negras galés
Quando as vagas se requebram em alvas espumas.

Nas cinzentas manhãs do pré-verão
As verdades rebatem à minha porta
E uma dor leve açoita meu coração
Que já não tem certeza de que você se importa.

E em cada grãozinho de areia trazido
O despertar de um sentimento já adormecido
Reanimado pelas águas que balançam.

E em cada corpo que baila, bronzeado
Está você em seu presente e seu passado
Enquanto os anos avançam...

Euclides Riquetti

quarta-feira, 20 de março de 2019

Cá estou eu de novo!






Bom dia....um ano mais velho!
Mais velho, sim
Hoje é meu aniversário...
Obrigado por me desejar
Bons presságios.

Preciso de você
De seu apoio incondicional
Preciso de seu bom dia
Do seu beijo matinal.

Doce, quente
Ardente
Mas bem real
Nada de virtual!

Ontem, mais novo
Hoje, um ano a mais
A contar nas minhas contas
Não tem como voltar atrás.

Então, só me resta agradecer
Ao Deus todo Poderoso reconhecer
Pela saúde que me dá
Pela minha força que se refaz
Pelos anos que me deu
Pelos aniversários que me ofereceu.

Bom dia!
Feliz aniversário pra mim!
Divido a alegria de estar vivendo
De poder estar aqui escrevendo
Com bom sangue na veia
Para que você leia!

Você faz parte de minha vida
Obrigado...
Beijo gostoso
Muito carinhoso!
Até...

Euclides Riquetti

Ao seu lado


Resultado de imagem para images couple eating icre-crem

Quero estar ao seu lado
Em quaisquer circunstâncias
Na alegria e nas inconstâncias
Quero ser seu namorado.

Quero estar sempre presente
Cuidar de você com muito carinho
Colocar-me sempre em seu caminho
Sentir o mesmo que você sente.

Quero dividir tudo com você
Compartilhar o que tivermos em comum
Somarmos tudo, sermos dois em um
Ver o mundo como você vê!

Quero ser seu poeta sonhador
Tomar sorvete na mesma casquinha
Chimarrão na  tarde ou na manhãzinha
Oferecer a você todo o meu amor!

Apenas isso...
Bem assim!

Euclides Riquetti
20-03-2019











Na primeira manhã de outono

Resultado de imagem para imagens primeiro dia de outono


Na primeira manhã de outono
Quando você acordar
Na primeira manhã de outono
E abrir a janela de seu quarto morno
Para que entre o frescor do ar...

Quando você perceber que  a manhã outonal
Não é diferente das do verão que se foi
E que haverá um tempo para amar depois
Mas que talvez seja uma manhã sem igual...

Quando você lembrar
Que no seu sonho eu estava desperto
Que eu a buscava e chegava tão perto
E você fugia sem poder me abraçar...

Quando você constatar
Que sempre há um novo dia em qualquer estação
Seja inverno, primavera ou verão
Mesmo ao ver o outono começar...

Então pense em mim...
Me queira
Pense assim
De qualquer maneira
Mas pense em mim
Nesta manhã de dia morno
Neste primeiro dia de outono.

Apenas isso
Nada mais!

Euclides Riquetti

terça-feira, 19 de março de 2019

Esperavas que eu te mandasse rosas




Esperavas que eu te mandasse rosas
Talvez vermelhas ou amarelas
Desde que fossem cheirosas
Com suas pétalas singelas...

Esperavas que eu te mandasse flores
Mesmo que fossem gerânios
Ou cravos extemporâneos
De  matizes multicores...

Mas eu te mandei, gentilmente
Versos que na noite compus
Versos de amor e de luz...
Que eu compus sutilmente.

Versos que me dispus a compor
E que espero que tu aceites
São meus eternos  presentes
Meus doces versos de amor!

Para ti, somente para ti!

Euclides Riquetti

Choveu no início da noite




Choveu no inicio da noite e a chuva que lavou minha alma
Veio dócil, suave, fresca e calma!

Choveu para dar alento aos corações aflitos
Para dar muita paz aos seres em conflito!

Choveu com pingos que pareciam gotas de cristal
E que se desmancharam  na pele de teu corpo escultural!

Choveu quando eu buscava a melhor das inspirações
Para compor-te um poema e expressar minhas emoções!

Choveu! ... e a chuva fina que molhou teus cabelos macios
Chamou-me a acariciar teus ombros belos e esguios!

E, enquanto chovia, e eu viajava pela imensidão do universo
Compus-te este poema simples, com estes meus versos...

Para ti!

Euclides Riquetti

segunda-feira, 18 de março de 2019

Um pedacinho de teu coração

Resultado de imagem para imagens pedacinho de coração


Quero que me dês
Um pedacinho de teu coração
Ou, quem sabe, talvez
Um amor com ilimitada paixão.

Quero que tu leias
Alguns dos poemas que te fiz
Os que escrevi nas areias
E os que viraram canção raiz.

Quero que tu me digas
Que tudo valeu muito a pena
E que tudo nesta vida
Não é ficção, nem cinema.

Quero que acredites
Em tudo o que quero dizer:
Viver para amar sem limites
Viver a vida com prazer!

Então, me dá um pedacinho
Um pouquinho de teu coração
Para eu guardar com carinho
Com carinho, amor e paixão!

Euclides Riquetti
19-03-2019




Obrigado por me quereres





Obrigado por me quereres
Por me deixares que te queira
E também por me dizeres
Que me amaste a vida inteira.

Obrigado por existires
Por fazeres parte de meu mundo
E por comigo dividires
Um sentimento tão profundo.

Obrigado por me escreveres
Um poema, um recado
Tens-me crédito, tens haveres
 Por me teres felicitado.

Obrigado por me aceitares
Do jeito assim como eu sou
Quero a tua felicidade
Pelo que me proporcionou.

Obrigado por estares comigo
Sempre bonita e formosa
Por me deixares estar contigo
Mulher doce e carinhosa!

Euclides Riquetti

Palmeirinhas - a amizade de meio século



Reeditado:


Severino MÁRIO Thomazoni

          Como preservar uma amizade de meio século? Tenho certeza de que você, leitor (a) madurão (ona), que já está pré-idoso, tem muitas amizades assim. São aquelas de que nunca nos esquecemos, aquelas que ficaram internalizadas em nós e que, mesmo que não estejam constantemente alimentadas, estão guardadas no fundo de nosso coração. Uma amizade verdadeira, mesmo que seja em alguns momentos abalada por percalços, a esses sobrevive quando ela é autêntica, não surgiu como fruto de algum interesse.

          Resgatar amizades tem sido meu afazer favorito  neste novo ano. E como me sinto contente em poder fazer isso, ter tempo disponível para tal! E uma arma fortíssima a me apoiar é o Mr. Google! Esse cidadão merece meu reconhecimento e meu aplauso, pois me tem possibilitado chegar a endereços que eu jamais imaginei que pudesse.  E, nesses endereços eletrônicos, quantos amigos já revi!  Que felicidade, quanta alegria isso já me trouxe!!!

         Simples recados, uma mensagem curta enviada e uma resposta obtida, por mais sintética que seja, sempre nos reaproxima de alguém que queiramos. Não sei como que se operam as artimanhas da comunicação digital, mas, por alguma razão, recebo solicitações de amizade. Aceito todas, porque sempre que algum pede minha amizade, o mínimo que posso fazer é retribuir aceitando. E, de minha parte, procuro buscar pessoas com quem algum dia convivi, mais antiga ou mais recentemente. Quando envio uma solicitação é porque alguma razão me diz que é uma pessoa confiável e que merece minha amizade. Ou porque algo me diz que é uma pessoa confiável e de quem posso aprender algo novo.

         Nesta semana, reencontrei um amigo que, desde 1965, quando saiu ali do Ouro para Araruna, no Paraná, eu só o vi uma vez, há quase 30 anos: Severino Mário Thomazoni. Éramos vizinhos, moradores da Rua da Cadeia naquela época. Fundamos um time de futebol, entre vizinhos, nenhum distante mais de que 1 Km da Cadeia. Todos pessoas humildes, que gostavam de jogar bola nos campinhos. Em 13 de dezembro de 1964 fundamos o Palmeirinhas. E nosso campinho, justamente, ficava ao lado da cadeia. Primeiro, no próprio terreno desta. Depois, com a sua construção, foi deslocado um pouquinho ao lado.

           Tínhamos uma sede, numa sala no porão da casa do Sr. José Thomazoni, junto à sua fábrica de vassouras. Passamos a jogar no Campo de Futebol Municipal, em Capinzal, que pertencia à Rede Ferroviária. Obtínhamos muitas vitórias jogando nas comunidades rurais. Tínhamos jogadores habilidosos. Nosso principal rival era o Juvenil do Grêmio Esportivo São José. Tínhamos jogadores da mesma faixa de idade. Em Capinzal havia o Botafoguinho, de jovens. Os aspirantes deles tinham idade compatível com a nossa. Os times existiram enquanto as pessoas estavam por lá. Ficando adultos, foram jogar para outros e os times sumiram. Muitos foram estudar fora e isso prejudicou nosso futebol. Eu fui para o juvenil do Arabutã, depois para Porto União. Lá foram anos de estudo e bola só am brincadeiras.

          Na segunda-feira, 04, depois de contato via facebook, liguei para o cellular do Mário. Grande surpresa teve ele. E muita alegria tivemos. Falamos mais de duas horas, entramos na madrugada. Quantas belas lembranças, ele me perguntando sobre as pessoas daqui e eu perguntando sobre seus pais, que faleceram, sua irmã Nina e o irmão Arlindo. Falamos de família, de esposas, de filhos, de netos. Que alegria!

          Lembrei-o de uma vez que fomos tarrafear, à noite, ali abaixo da barragem do Rio do Peixe, no lugar que chamávamos de "ladrão" de água. Acendemos um fogo ao lado de uma corrente de água para clarear  e os lambaris saíam do rio e se metiam no meio das pedrinhas por onde escorria um pouco de água. Nós os pegávamos com as mãos, enchíamos as sacolas. Diz que quando conta isso em Araruna falam que é "conversa de pescador". Mas é pura verdade.

          Lembrei-o de que quando saímos para casa, altas horas da noite, ao passar por sobre uma árvore tombada no valo, que servia de ponte de passagem, ele caiu na água. Estava com casaco, de "conga" e com uma sacoleta pendurada com a tarrafa dentro. De um ímpeto, muito ágil, o Ademir Miqueloto (falecido em Porto Alegre), atirou-se na água e o salvou. Coisa para nunca mais se esquecer. E ele foi dando-me deltalhes sobre isso...Foi um susto para nós.

          Nossa sessão saudosista terminou quando ele me passou as fotos dos times antigos, de 1964 e 1965, de Capinzal e Ouro: Do nosso Palmeirinhas (da Rua da Cadeia), do Botafoguinho (de Capinzal), do Arabutã e do Vasco. Ver essas fotos me dá uma nostalgia dolorosa, pois verifico que muitos  dos viventes da época já foram pro céu...

          Como não é meu propósito publicar fotos no blog, as que ele mandou estão no meu facebook, quem quiser vê-las, busque por lá e sintam-se à vontade para compartilhar. Ele, inclusive, descreveu os nomes dos atletas e dirigentes. Tem tudo bem organizado, coisa de quem gosta muito de futebol.

          Uma das fotos, de dezembro de 1964, traz os seguintes atletas: Ivanir Souza (Coquiara), Ironi Riquetti (o Foguete, falecido), Cosme Richetti (Joaçaba), Djair Pecinatto (Lages?), Juventino Vergani (Bicicleta ou Bichacreta,  Água Doce/Joaçaba), Romário de Vargas (Caçador),  Nereu de Oliveira (Curitiba), Moacir Richetti (Joaçaba), Ademar Miqueloto(Ouro), Altevir Souza (Joaçaba) Valdir Souza (Joaçaba), Luiz Alberto Dambrós, (o Tratorzinho, Goiás), Severino Mário Thomazoni (Araruna-PR), e Euclides (Pisca) Riquetti (Joaçaba). Nós arrumamos umas camisetas brancas, regatinhas, cada um,  e tingimos de verde. Bordamos um "P" do Palmeiras com ponto corrente.  Fizemos isso tudo nós mesmos. Foi o único jeito de termos uniforme. E quem não tinha chuteira, jogava de conga ou descalço. Foi nosso primeiro time.

          Uma segunda foto, mostra nosso time já evoluído, tínhamos A e B. Incorporamos o Fluminense do Rogériol Caldart e ficamos com a seguinte formação: Rogério Caldart, Sílvio Dorini, Arli Silva, Vicente Gramázzio, Rubens Flâmia, Severino Mário Thomazoni, Paulo Zuanazzi, Sérgio Baratieri, Valdir Souza, Altevir Souza, Dejair Pecinatto e o mascote Cleverson Richetti, que faleceu 15 dias antes de completar 18 anos, em 1976. O time usou a camisa do Fluminense.

          Uma terceira, da inauguração de um jogo de camisas mangas longas, brancas, teve: Nereu de Oliveira, Antônio Gramázzio  (Pítias), Vicente Gramázzio, Romário Vargas, Severino Mário Thomazoni, Nilton Segalin, Ricardo Baratieri, Antoninho Carletto, Valdir Souza e Djair Pecinatto. O Ricardo Baratieri atuou no lugar do Celito (Bandito)  Baretta, que entrou depois. Foi a única partida do Ricardo.  Quando se substituía um jogador, este pagava a camisa do que estava em campo, pois não tínhamos camisa de reservas...
    
          Fico contente em poder, junto com o Mário Thomazoni, resgatar um pouco de nossas histórias. Foram tempos em que, para comprar uma bola, fizemos uma rifa americana de um Ferro Elétrico, vejam bem. E era o único jeito de democratizar o futebol, pois se aceitássemos jogar com a bola de alguém, esse iria querer ser titular e jogar  tempo todo. Então, melhor do que aceitar isso, era vender os números da rifa do ferro elétrico...


 Euclides Riquetti

06 de março de 2013

Perdas ensejam saudades...




Perdas são sempre sentidas
Ensejam  as saudades
Aguçam a sensibilidade
Ferem os corações e as almas doridas...

As perdas dilaceram os ânimos
E mutilam os pensamentos
Fazem a mente viajar pelo tempo
Perder-se em dias, meses e anos...

As perdas deixam marcas que não se apagam
Que ficam conosco eternamente
E que nos destroem  lentamente.

As perdas acontecem e as vidas passam
Fica a dor a matar quem já tanto sofreu
Fica o tempo a lembrar-nos de quem se perdeu...

Euclides Riquetti

De mãos e de braços dados com seu sorriso




Dize-me que me amas e eu direi que te amo
Dize-me que me queres e eu direi que te quero
Dize-me que precisas de mim e direi que preciso de ti
Porque, na noite longa,  eu te procuro e te chamo
No dia claro eu te busco  e com saudades te espero
Adoro quando vibras, quando, alegre, me sorris!

Dize-me que não há espaço para as lamentações
E que em cada novo dia esperas por mais uma vitória
Dize-me que nossas almas e nossos corações
Já têm um caminho juntos, compartilham uma história
Dize-me que nossos caminhos levam-nos sempre a um lugar
Onde possamos nos termos e nosso desejo saciar.

E, se tudo o que desejarmos se tornar verdadeiro
Se nossos sonhos puderem  ser compartilhados
Se nos pudermos entregar  um ao outro por inteiro
E nossos ideais puderem,  sempre,  serem alcançados
Viveremos ainda dias muito animados e prazenteiros
E caminharemos  juntos, de mãos e de braços dados.

Euclides Riquetti

Vasco

Resultado de imagem para imagens cr vasco da gama


Vasco
Apenas Vasco
Na alegria e na dor
Sempre Vasco!

Vasco do meu coração
Minha grande paixão!
Vasco que me faz sofrer
Algo que faz doer...

Vasco é palavra exclusiva
Que me inspira
É meu preferido tema
Para um novo poema!

Mas, paixão é sempre assim
Acontece pra você
Acontece pra mim
É amor que permanece
É amor sem fim!



Euclides Riquetti
18-03-2019

domingo, 17 de março de 2019

O tempo passa




O tempo passa...
E isso é uma verdade incontestável.
A vida se vai...
E deixa sinais inapagáveis!

O tempo passa, calado.
Então é preciso agir
Porque há um mundo a ser ousado
Uma realidade a se construir.

O tempo passa
Vai-se como um sopro de vento
Vai-se,  imperceptível e lento
Mas ele passa...

E, mesmo calmo e silencioso
Vai, despertando saudades nas pessoas
Despertando boas lembranças dos momentos
Nutrindo vaidades ou sentimentos
Enquanto passa!

O tempo passa
E isso é, mesmo, a maior verdade
E,  nos rostos,  ele vai deixando
Suas marcas indeléveis.
Por onde  passa...

Euclides Riquetti

Morre Fábio Dresch - perda lamentável em Treze Tílias

      
Resultado de imagem para fotos de fábio dresch

Fábio Dresch - Diretor do Laticínio
Tirol, de Treze Tílias

       Faleceu neste sábado, 16, no Hospital Santa Terezinha, em Joaçaba, o Sr. Fábio Dresch, diretor Administrativo e Financeiro do Laticínio Tirol, de Treze Tílias, aos 47 anos. Dresch vinha lutando contra uma doença grave há pouco mais de um ano, procurou os melhores tratamentos, mas não resistiu. Lamentamos muito o seu falecimento e desejamos que a família enlutada encontre a força necessária à superação da dor da perda na Proteção Divina.

       Fábio Dresch era uma pessoa muito querida por todos os que dividiam com ele a amizade ou o ambiente de trabalho. Tinha semelhança física e modos muito parecidos com os do seu pai, o saudoso amigo Afonso Dresch, que foi prefeito de Treze Tílias e de Joaçaba, além de Secretário de Estado da Habitação e Ação Social na Administração estadual de Vilson Kleinubing.

       Fábio herdara os gostos do pai, participava dos eventos culturais de sua cidade, era uma pessoa de grande credibilidade não apenas em Treze Tílias mas também no âmbito nacional, em razão de seu trabalho como gestor da empresa em que era diretor e como propagador da cultura austríaca.

Resultado de imagem para fotos de Fábio Dresch com o pai Afonso       Que Deus o tenha em sua Eterna Glória e que a paz reine nos corações de todos os que sentem pela sua partida tão prematura. Deus os abençoe!



Euclides Riquetti
17-03-2019





Saudoso Afonso Dresch -  ardoroso defensor da
cultura e do turismo em Treze Tílias.

Nossas verdes folhas e nosso céu anil!


Nosso mundo verdejante é uma dádiva de Deus
Que enfeita nossos dias ensolarados
Que anima nossos sonhos esperados
Que encanta os olhos teus e os olhos meus!

Ipês elegantes, belos,  roxos, ou amarelos
Cingem a  paisagem em meio às matas aqui do Sul
Que se estendem sob este Divino manto azul
E se banha com os raios do generoso sol  singelo.

Em nossos rios, as águas correm e pedem socorro:
"Cuidem de nós, não deixem que nos maltratem!
Não nos poluam, apenas nos bebam e nos exaltem!
Desde a foz no mar, até a nascente no morro"!

Nas nossas matas, cuidemos das rolinhas e dos sabiás
Respeitemos os canários que cantam em nossos jardins
Que vêm respirar os perfumes dos cravos e dos jasmins.
Preservem nas matas os tatus, as lebres e os preás!

Recomendemos a todos que cuidem de nossas cidades
Usem com critério os recursos naturais que temos
Que os nossos  verbos sejam "respeitemos e preservemos"
E com nossa natureza jamais façamos  maldades!

Que todos os avôs, avós, tios,  mães e também os pais
Deem bons exemplos de conduta ambiental
Ensinando a respeitar a natureza colossal
Para que não nos arrependamos jamais!

Abençoa, Senhor, nossas verdes folhas e nosso céu anil
Abençoa e guarda nossa encantadora natureza
Que Deus criou com toda a sua maestria e beleza
Verdadeiro santuário do Sul de meu Brasil!

Euclides Riquetti

Sentir o teu perfume no ar




Na manhã,  depois da tempestade
Volta o vento calmo do Sul
E lembro-me,  com muita saudade
De teu rosto de divindade
De teu  olhar verde-azul...

Na manhã, depois da tormenta
Volta-me toda a alegria
Meu coração já não  lamenta
E minha alma deseja, sedenta
Navegar nesta calmaria...

Na manhã do dia que chega
O canto dos pássaros a me alegrar
Para mandar embora a tristeza
E, no despertar da natureza
Sentir teu perfume no ar...

Euclides Riquetti