sábado, 14 de abril de 2018

Gabriela Riqueti - Rainha do Município de Ouro/2018

      
Gabriela, ao centro, ladeada por Aline e Taíse, princesas.

       A jovem Gabriela Riqueti foi eleita Rainha do Município de Ouro, na noite desta sexta-feira, 13 de abril, em evento realizado nas dependências do Clube Esportivo Floresta, na cidade de Ouro, em concurso organizado pela Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desporto.  Gabriela tem 24 anos, é advogada e representou a Cooperativa de Crédito Sulcredi. Elegante, bela e comunicativa, fez por merecer. Eram 11 candidatas na disputa e foi escolhida por júri composto por 5 jurados. Teve como Primeira Princesa Aline Masson e Segunda Princesa Taíse Lazzari.



Gabriela Riqueti - desfilando (foto Rádio Capinzal)

    Torcemos por ela mesmo à distância, pois temos muito carinho pela sua família. É filha de meu saudoso irmão Ironi Vítor Riqueti, que ela perdeu quando ela tinha apenas 4 anos. Parabenizamos a Rainha, sua mãe Lurdes Maria Andrioni Riqueti, a irmã Graziela, o cunhado Fabiano Lago e o sobrinho Pedro Miguel. Também a toda a família Andrioni. Gabriela e neta de Guerino Riquetti e bisneta de Frederico Richetti.

Gabriela Riqueti: Filha de Ironi Vitor Riqueti (in memoriam) e de Lurdes Maria Riqueti, reside na rua Senador Pinheiro Machado, tem 24 anos, pesa 59kg e tem 1,73cm de altura. A cor dos olhos é Verde e sua profissão Advogada. Uma frase que considera importante: Teu dever é lutar pelo direito, mas se um dia encontrares o direito em conflito com a justiça, lute pela justiça.

Parabéns, Gaby!

Euclides Riquetti e Família

Eu lhe dou minha alma


Resultado de imagem para fotos mulher apaixonada


Você quer o motivo, eu apenas algo bem sugestivo
Algo que me inspire a lhe escrever um doce poema
Você quer uma frase magnífica, eu quero um tema
Pois quero enaltecer você com os afáveis adjetivos.

Você quer ouvir palavras doces, eu quero rimadas
Quero a sua substância para embasar meus versos
Quero os espelhos côncavos nos vidros convexos
Quero dos seus perfumes as fragrâncias exaladas.


Você quer as carícias, eu quero paixão desmedida
Quero o sonho que sonhei na noite da sua partida
A lembrança do seu beijo gostoso e avassalador...

Você espera por versos escritos em meus bilhetes
Você aguarda que lhe mande flores em ramalhetes
Eu lhe dou minha alma, meu corpo, e o meu amor!

Euclides Riquetti
14-04-2018



sexta-feira, 13 de abril de 2018

Você foi um anjo

Resultado de imagem para imagens de anjo voando



Você foi um anjo que bateu asas
Que foi pousar  num campanário
Que sobrevoou os jardim das casas
Deixando meu coração solitário.

Você foi um anjo que me alentou
Que me deixou marcas inapagáveis
Tantos poemas você me inspirou
Viagens e sonhos inimagináveis.

Você foi um anjo de amor e ternura
Um anjo que me entregou uma flor
Um anjo da alma revestida de alvura.

Você foi um anjo bonito, idealizado
Anjo que à vida me trouxe muita cor
Anjo que me fez feliz e enamorado.

Euclides Riquetti

Como as andorinhas...


Resultado de imagem para imagens andorinhas



Voam, silenciosas, na noite, as andorinhas
Como a que não querer que as vejamos
Abanam suas asas pequeninhas
Que as sustentam em seus voos calmos e planos.

Voam, silenciosas, sobre os telhados
Sobre os quartos onde dormem as crianças
Vagam  diante das janelas de vidros espelhados
Timidas em seus voares e em suas andanças.

Voam, silenciosas,  as andorinhas singelas
Voam com a delicadeza e a sua sutilidade
Sobre as casas verdes, brancas e amarelas.

E seu voo é como o dos anjos protetetores
Que cuidam dos lares, das praças, e da cidade
Vigiando tudo, nos céus dos esplendores.

Euclides Riquetti

Apenas um raio de sol...

Resultado de imagem para imagens raio de sol



Permita-me ser um raio de sol no seu caminho
Apenas um, mesmo que tímido e acanhado.
Um pequeno esplendor, bem pequenininho
Um raio luminoso em sua pele jogado.

Um raio de sol como outro raio qualquer
Singelo, dourado, simplesmente fenomenal
A brilhar sobre seu corpo perfeito de mulher
Algo terno, admirável, sublime e sensual.

E que seus olhos de esmeralda possam me encontrar
Em horizontes plácidos nas paisagens airosas
Enquanto beijo a brisa suave que vem do mar.

E, nesta primavera e verão sulinos
Que os ventos nos tragam os aromas das rosas
E as notas  emanadas das cordas de um violino.

Euclides Riquetti

Riccordi: O Terceiro Encontro da Família Richetti em Paraí

Para relembrar:


Resultado de imagem para Fotos encontro família Richetti parai sc

         Revivendo... na preparação para o quarto Encontro, em Capinzal - SC, dias 21 e 22 de abril de 2017.

           Nossa Família Richetti (Ricchetti, Riquetti, Riqueti e agregados), reuniu-se, pela terceira vez, em Paraí, no Rio Grande do Sul, neste final de semana, dias 01 e 02 de maio de 2015. Foi uma festa belíssima que nos foi proporcionada pelos primos "Richetti", descendentes do nono Paschoale Richetti e da nona Maria Margherita Corona, italianos que aportaram no litoral gaúcho e se fixaram na Serra Gaúcha, em Caxias do Sul,  no início do terceiro quarto do século XIX. Tiveram como filhos Benjamino, Justina, Júlia, Felipe, Albertina, Frederico, Maria Agnese, Eugênio Josue, Guerino Santo (que não é o meu pai, é tio dele).   Quase um século e meio de vida brasileira, com seus descendentes espalhando-se, no ínicio do Século XX,  pelo Oeste de Santa Catarina, depois pelo Paraná e, em seguida, por muitos estados brasileiros e mesmo pelo exterior, na Europa e nas Américas.

          Relatos nos dão conta de que nosso bisnono  Paschoale naseu em 18 de abril de 1843, em Cesiomaggiore, na Itália, e faleceu em 18 de abril de 1910, tendo chegado em Caxias do Sul provavelmente em 18 de janeiro de 1877.

           Falantes, sorridentes, carismáticos, gostam de uma alegre cantoria e de um bom vinho. E foi em clima de alegria,  desde a sexta à tarde, quando fomos recebidos pelo primo Celso Richetti no salão paroquial da Igreja Matriz de Paraí, até o fim de tarde de domingo. Uma deliciosa sopa de anholini,  com vinho Cabernet Sauvignon produzido pelos Irmãos Richetti, de Linha São Luiz, Paraí, "esquentaram" a noite. Filhos de Severino Richetti e outros nos animaram com sua cantoria. Jantamos, eu e meu irmão Hiroito, com o pessoal do Tio Vitalle, de Capinzal e Ouro,  sendo uma alegria revermos a turma, capitaneada pelo Sérgio "Van Johnson", o Riqueti da Churrascaria, de Capinzal.

          Hospedados no Hotel Katedral, já ali reencontramos a turma de Cascavel, pouco mais de 4 dezenas de Richettis & Riquettis. Divertidos e simpáticos, já foram nos provocando a sediarmos  a "Quarta Richettada",  em Capinzal e Ouro, o que foi confirmado na tarde de sábado. Nossa turma assumiu o compromisso de editarmos a festa por aqui em dois anos. Vamos nos organizar , sob a coordenação do primo Maicon, para que nossos parentes possam divertirem-se muito bem aqui também, em 2017.

          A celebração da Santa Missa foi muito bonita. Igreja cheia, com dois celebrantes, ofertório e cantos bem arranjados e entoados, equipe litúrgica bem preparada, o brasão da família diante do altar, as bandeiras das delegações postadas nos mastros ao lado do altar. Irmã Gentila Richetti, uma pessoa simpaticíssima, conduziu a imagem de Nossa Senhora pelo corredor central, colocando-a no altar. Foi um momento de muita emoção, que nos contagiou a todos.

         Após a missa, a foto oficial do Terceiro encontro da Família Richetti, na escadaria diante da Igreja. Mais de 500 Richettis participaram do evento, muito bem organizado pela Comissão Organizadora local. Conversamos muito com primos e primas, vimos o tio Victório, 88 anos,  se reencontrar com seu primo João, o Joanim, filho do Egídio, 85 anos, casado com Madalena Canali, moradores de Paraí.  São  os dois mais idosos que restam dos descendentes de Paschoale. Uma motivação a mais vermos ambos se reencontrando.

         Após o almoço,  foram apresentadas mídias com a historia da família, uma performance do humorista Edgar Maróstica e ainda danças pelo grupo CTG lços da Amizade, que nos brindou com coreografias perfeitas.

          Participar do Terceiro Encontro da Família Richetti foi uma grande alegria. Conheci muitos primos, conversei com pessoas de todas as idades, revi alguns que eu não via há muito tempo, conheci um pouco mais de nossa História, algumas cidades da região de Paraí,  onde moram muitos de meus primos, em que se concentra a maioria dos descendentes de meu bisnono Paschoale.

          Obrigado, primos, pela receptividade e pela organização do evento. E que Deus lhes dê muita saúde para que possamos nos reencontrar muitas e muitas vezes ainda.

         Carinhoso abraço em todos!

Euclides Riquetti
03-05-2015

quinta-feira, 12 de abril de 2018

Que as estrelas abençoem os olhos seus

Resultado de imagem para fotos de contemplando estrelas


Que as estrelas abençoem os olhos seus
É um desejo meu...
Que as estrelas ajudem a lua a pratear
Na noite de luar...

Que o céu a cubra com seu manto
Divino e santo...
Que o céu dispense toda a sua proteção
Ao seu coração...

Que o universo lhe lance os raios dourados
Do sol avermelhado...

Que o universo me traga a maior inspiração
Para eu compor uma canção...

E que, em cada momento de nossa vida
Tenhamos motivos para comemoração:

Tenhamos a vitória esperada e merecida
O vencer do sonho sobre a desilusão!

Euclides Riquetti
12-04-2018






Num castelo azul




 Resultado de imagem para fotos castelo azul

Imaginei-te num castelo azul
Onde bailam valsas e tangos
Onde dançam musas e anjos
No meu castelo branco e azul...

Imaginjei-te num castelo com janelas brancas
Escadarias de mármore e de granito
Que nos levavam para o infinito
Além das paredes azuis e das janelas brancas...

Imaginei-te num castelo de telhados risonhos
Arquitetados para nos cobrir na noite e proteger das chuvas
Ladeados de vinhas da mais cândida das uvas
Cobertos prateados e altos, em nosso castelo de sonhos...

Imaginei-te com teu sorriso belo e franco
Com teu olhar de menina amedrontada
Com teu corpo de mulher desejada
Com quem me perco no lençol macio e branco...

Encontrei-te e me perdi em ti e no teu corpo formoso
Encontrei-te no sonho e acordei esperançoso
De te ver de novo!

Euclides Riquetti

O mar que nos manda a brisa...

Resultado de imagem para imagens ondas guarda do embaú
Mar na Guarda do Embaú - Palhoça - SC
Paraíso dos surfistas



O mar é colossal
Move-se em suas ondulações francas
Gera e extingue as espumas brancas
De água e de sal.

O mar é imenso e colossal
É um oceano de águas turbulentas
Que balamça as mais  doces emoções
Que se quebram nas ondas que chegam lentas
Aos pés, corpos, peles, almas e corações.

O mar que me traz dos tempos de criança
As mais ternas lembranças
É o mar de todas as idades.

O mar que nos manda a brisa generosa
É aquele que embala a alma esperançosa
E que nos faz sentir saudades... saudades... saudades!

Euclides Riquetti

quarta-feira, 11 de abril de 2018

Nossa História: Palestra na Escola Professor Guerino Riquetti, em Ouro



Com alunos e professores da Escola Municipal
Professor Guerino Riquetti, em Ouro - SC


       Estive, nesta terça-feira, 10 de abril, pela manhã, visitando a Escola Municipal Professor Guerino Riquetti, no Bairro Nossa Senhora dos Navegantes, em Ouro. Fui convidado pela Orientadora Pedagógica Fabiana Karvaski e a Professora Fernanda Serena para palestrar sobre o tema "História do Município de Ouro". Ouro comemorou, no dia 07 de abril, seus 55 anos de instalação, uma vez que foi criado em 23 de janeiro de 1963, pela Lei Estadual número 870. Tivemos a participação de quase que seis dezenas e crianças de séries iniciais do Ensino Fundamental, bem como de professores e gestores da escola, como Lucilene Sarmento, Franciane Tonini, Andreia Rech, Genice Valkarenki, Neila Sarmento e da Diretora Elisiane Almeida.

       Além da amabilidade de todos, fiquei encantado com o nível de atenção, interesse e disciplina das crianças. Comunicativos, fizeram muitas perguntas sobre "como era a cidade e como era o bairro" nos tempos antigos. Alguns mencionavam os nomes dos pais e avôs, perguntando se eu os conhecia. Conhecia a maioria, pois vivi pelo menos 80% de meus anos de vida naquela cidade, onde atuei em diversos ramos de atividade, no comércio, na educação e na vida pública.

       Dividi a atividade em 3 partes: O início do povoamento do antigo Distrito de Abelardo Luz, que pertencia à Colônia de Palmas, Paraná, hoje município de Ouro; fatos mais relevantes de sua história,
como as enchentes de 1911, 1939 e 1983; a implantação da estrada de ferro; a emancipação do Município e as ações que a precederam;  a construção da Ponte Pênsil  Padre Mathias Michelizza; as neves de 1965 e 1975, a ocorrência de forte chuva de granizo em 1981; o vendaval de 1984, e outros assuntos.

       Mencionamos os primeiros moradores da antiga Colônia, com a  pequena vila iniciada na comunidade de Coxilha Seca e depois atingindo a margem direita do Rio do Peixe, os primeiros moradores do Bairro Nossa Senhora dos Navegantes e a paisagem da época da emancipação, em que apenas três ramos familiares ali residiam: O Sr Sebastião Félix da Rosa, conhecido como "Véio Borges"; o Sr. José Ferreira e seus descendentes; o Sr. Abílio de Oliveira, (com seus filhos Nereu e Irineu, que foram embora para União da Vitória ao final da década de 1960), e a família de Olino Lucietti, no mesmo terreno da Vitorino Lucietti, onde já morava Abílio de Oliveira.

       Também ressaltei o fato de que o Município só foi instalado em 07 de abril, mesmo emancipado em 23 de janeiro de 1963, porque SETE DE ABRIL era o dia do aniversário da UDN, União Democrática Nacional, partido que tinha a simpatia da maioria dos moradores do então distrito de Ouro. Do outro lado do Rio do Peixe, Capinzal, havia o domínio político do PSD -Partido Social Democrático, que se aliava ao PTB, Partido Trabalhista Brasileiro. A separação de Ouro e Capinzal atendia aos interesses de ambas as partes.

       Ainda, que a sede da Prefeitura de Capinzal ficava ao lado da atual Prefeitura de Ouro, onde funciona hoje a Secretaria Municipal de Educação, cujo prédio foi restaurado para abrigar o Museu professor Guerino Riquetti  mas que... (???).... Quem mora em Ouro sabe do que estou falando!!! E, com a separação, a Prefeitura de Capinzal foi embora para o outro lado do rio e o Ouro ficou com o prédio, que fora adquirido da família Sartori pelo Sr. Marcos Fortunato Penso e vendido ao Município de Capinzal.

       Quero registrar o agradável reencontro com o professor Felipe Miqueloto, meu antigo vizinho, que conheço desde antes de ele nascer, e que, me revelou, ontem, que é torcedor do Vasco da Gama porque eu lhe dei uma camisa do Vasco quando ele era criança. Uma camisa grande, em que poderiam caber uns três do tamanhinho dele na época. Mas conquistamos um torcedor, dentro de uma família que era do Fluminense!

       Agradeço, imensamente, pela acolhida e atenção, desejo muito êxito em todos os projetos da equipe da Escola Municipal Professor Guerino Riquetti e a seus simpáticos e inteligentes alunos.


Euclides Riquetti
11/04/2018





Corpos que atraem, almas que enfeitiçam

Resultado de imagem para fotos de corpo feminino bonito



Corpos que atraem
Almas que enfeitiçam
Castelos que caem
Olhos que cobiçam...

Corpos que seduzem
Almas que pecam
Olhos que reluzem
Sonhos que se perdem.

Corpos da perdição
Olhos encantadores
Almas da forte ilusão
Encantos sedutores.

Corpo que alimenta
Uma  ilusão que cega
Alma que atormenta
E que nos leva...

E que nos entristece,
Deprime,
Enfraquece...
E, depois... redime!

Euclides Riquetti
03-02-2015


terça-feira, 10 de abril de 2018

Entregue-me seus sonhos, seus segredos...

Resultado de imagem para fotos mulher baby doll

Entregue-me seus sonhos
Seus desejos
Seus medos
Entregue-me seu olhar
Seus cabelos
Seus seios
Seu corpo de modelo...

Entregue-me tudo sem pedir nada em troca
Faça-me perguntas sem esperar respostas
Faça-me carinhos e diga-me coisas que nos importam
E eu  darei amor, abrigo, agasalho, e tudo de que gosta.

Entregue-me seus sonhos juvenis
Ternos
Eternos
Sutis...
Mas entregue-os.

Entregue-me tudo sem nenhum temor
Como se me estivesse dando apenas uma flor
Entregue-me seus lábios de cor delícia e de sabor cereja
Entregue-me sua alma que me acalenta e deseja.

Coloque suas mãos entre minhas mãos
E entre meus dedos seus delicados dedos
Entregue-me com  paixão  seus grandes segredos!
Apenas seus segredos...
Para que eu possa
Compreendê-los!...

Euclides Riquetti

Pioneiros do Navegantes - Ouro - SC


Resultado de imagem para voltando no tempo adjori capinzal
Foto antiga Rua XV de Novembro,
na década de 1960. Foto de jornal
O Tempo - Capinzal e Ouro - SC



          O Bairro Nossa Senhora dos Navegantes, em Ouro, surgiu em decorrência de o ex-Prefeito de Capinzal, Sr. Sílvio Santos, através de sua Urbanizadora Nossa Senhora dos Navegantes, tê-lo idealizado. O loteamento, em si, já existia na década de 1960, com as ruas longitudinais abertas, porém com um mínimo de habitantes.

           Uma descrição simplificada nos remete a dizer que, onde hoje se situa a Rua Formosa, que faz sua ligação com a Felip Schmidt, havia basicamente duas famílias residindo:  a primeira, Família Scapini, ocupava uma casa de madeira no lado direito no sentido sentido de ida do Centro para o Bairro, defronte à propriedade da família do Sr. Biaggio Spada, ali onde há atualmente o casarão azul, com janelas brancas, que foi construído lá atrás, como casa do Cartorário David Cruz. A segunda, após o entroncamento com a Rua Brasil, também do lado direito, onde funcionava um misto de residência e clube de bailes do Sr. João Fontoura. Pejorativamente, os populares o denominavam de "Sete Facadas", embora o nome oficial fosse Salão do Fontoura. Mais adiante a família do Sivo Molitetti veio para ali e está até hoje.

          Ali próximo da Capela de Nossa Senhora Aparecida, logo abaixo, onde reside a família Ribeiro e outros  descendentes, havia a residência do Sr. José Ferreira, que tornou-se conhecido como o "Zé de Amargá". O Vovô Zé  obteve esse apelido porque, para tudo o que as pessoas lhe falavam, dizia: ´"É de amargá" (amargar)!  Era um moreno escuro bem alto, magro,  simpático, forte, e muito trabalhador. Foi trabalhador da Prefeitura Municipal de Ouro, emprego pelo qual se aposentou. Antes, trabalhou para os padres na construção do Seminário Nossa Senhora dos Navegantes.  Foi um dos primeiros funcionários da Prefeitura. Ajudava na confecção de calçamentos e conservação de estradas, tinha muita energia e habilidade para com a pá, a marreta  e a picareta. Após aposentado, continuou a realizar serviços de escavações e remoção de terras, sendo excelente cavador. Com cerca de 80 anos ainda trabalhava como um gigante. Dizia-me: "Preciso trabalhar para comprar carne. Comer feijão, arroz, carne, polente e radici, que isso me dá forças para continuar trabalhando". Morreu com idade avançada e sempre foi um digno pai de família, religioso e  muito respeitado.

          Bem ao centro do morro, próximo de onde se situa a Escola Professor Guerino Riquetti e o Centro de Educação Infantil Raio de Sol, residia o Sr. Sebastião Félix da Rosa, conhecido como "Véio Borges" e também por "Champanhe". Tinha muitos filhos, que eram exímios roçadores de matos e capoeiras. Tinham grande habilidade no manejo das foices e  enxadas. Faziam empreitadas em todas as bandas, tinham resistência para o trabalho. De descendente direto dele ainda temos a Dona Lurdes, casada com o Francisco da Silva, que está ali, rodeada de sobrinhos e netos, até hoje. É uma senhora muito simpática, trabalhou muito em sua Juventude. Quando ofendida, por causa de sua cor, partia pra cima do mal educado e o fazia correr. Não levava desaforo pra casa. Numa casa ao lado, residia o Alípio, conhecido como "Rancheira", um pedreiro entroncado, que cultivava um bigidão. Sua irmã, Dona Jandira Pedroso, é que ficou morando ali na casa da família.

          E, ao final da Rua Agenor Jacob Dalla Costa, morava o Sr. Abílio de Oliveira, com dois filhos, o Nereu e o Irineu, que foram embora para Porto União. Uma filha, antes ainda de ele ir  morar ali, fora dada em adoção, no Engenho Novo, Capinzal. O Nereu era um bom jogador de futebol, tanto na linha como no gol.  Hilário da Rosa, o Chuchu, filho do Sebastião da Rosa, também era um verdadeiro craque de futebol. Era muito habilidoso mas gostava de jogar sem chuteiras. Com estas  nos pés, tinha dificuldades, pois acostumara-se a driblar nos campinhos, sempre de pé no chão. No início da década de 1960,  veio a família do Sr. Olino Lucietti, fixando residência na mesma propriedade, onde até hoje está sua esposa e descendentes.

          Nos primeiros anos da década de 1980 já havia outras famílias morando no Bairro: Os Freitas, lá próximo da casa do Zé Ferreira, os Esganzela, vizinhos do Lucietti, a Dona Aurora Tonini, o Caetano Rech, a Família dos Anjos. O Agnaldo de Souza, que trabalhava como Agente da Estação Ferroviária, tinha uma casa ali, mas estava alugada para um terceiro.

          Como algumas dessas famílias estavam desmembradas, no recenseamento de 1980 contei ali 16 domicílios, pois em algumas unidades havia uma família no pavimento principal e outra no porão das casas. Em 1981 não havia ainda  rede de fornecimento de água nas residências. Nos períodos de estiagem, um caminhão da Prefeitura levava água para as famílias. Esta era despejada nos poços, caixas, tonéis  ou fontes. Na época, o Sr. Vilson Surdi organizou um documento manuscrito, com a assinatura de um representante de cada uma das famílias que ali moravam, menos de 20, solicitando a consrução de rede de águas, sendo que foi atendido pelo Prefeito Ivo Luiz Bazzo. O Sr. Sílvio Santos cedeu um terreno para que o SIMAE instalasse ali o primeiro reservatório de águas. Também doou o terreno para a construção da Capela e de uma cancha de bochas, o que foi possível com o apoio do Prefeito Domingos Antônio Boff. Boff também iniciou a construção da creche local, que foi concluída pelo Prefeito Euclides Riquetti. Este construiu a escola Professor Guerino Riquetti.

          Hoje o Bairro é muito bem estruturado, tendo um bom comércio instalado, bom nível de ensino na Escola, um ginásio de Esportes construído na gestão do Prefeito Sérgio Durigon. A pavimentação de suas ruas foi realizada, gradativamente, por todos os prefeitos que atuaram a partir de 1983. Também comporta, em sua parte mais elevada, as torres repetidoras para retransmissão local das imagens dos principais canais de TV brasileiros. Uma emissora de rádio Comunitária, a Rádio Cidade FM, perrtencente à Associação de Difusão Comunitária Prefeito Luiz Gonzaga Bonissoni ali se situa.

          Do alto do Bairro Nossa Senhora dos Navegantes é possível avistar-se toda a cidade de Capinzal. Uma paisagem encantadora, com o Rio do Peixe dividindo os dois pequenos Municípios. Vale a pena fazer-lhe uma visita.

Euclides Riquetti
23-04-2013

segunda-feira, 9 de abril de 2018

Fatos Relevantes da História de Ouro - SC


Alguns fatos, pelas suas características, apresentaram-se como marcantes na História  do município de Ouro. Enquanto os empreendedores e desbravadores empenhavam-se na construção de uma base econômica sólida, assentada  na atividade agriopécuária, eventos adversos muitas vezes acabaram por destruir aquilo que com muito esforço se construíra:


Enchente de 29 de setembro de 1911: Destruiu parcialmente algumas casas que já se localizavam na parte baixa da cidade, próximo ao Rio do Peixe, da qual se tem poucas informações.


Tomabamento Pontes Pênsil 2 cor.jpg


Construção da Ponte Pênsil padre Mathias Michelizza: Ligando Ouro a Capinzal, sua construção deu-se de 1933 a 1934, tendo como responsável pela construção o cidadão José Zortéa, um verdadeiro empreendedor. Foi inaugurada em 1934, mas acabou destruída em 1939, devido a uma grande enchente ocorrida.
Resultado de imagem para fotos enchente Rio do Peixe 1911


Enchente de 1939: Causou graves prejuízos à vila onde hoje é a sede municipal. Ocorrida no dia 21 de junho, alagou as casas comerciais e depósitos ou armazéns. Destruiu a ponte pênsil, há poucos anos inaugurada.
Resultado de imagem para foto inauguração ponte irineu bornhausen breda



Construção da Ponte Irineu Bornhausen – inauguração em 1956, :  Conhecida como a “ponte nova”, erigida em estrutura de concreto armado, constitui-se em monumento de engenharia, tendo resistido à grande enchente de  07 de julho de 1983, a ponte Irineu Bornhausen ligou o Distrito de  Ouro a Capinzal, sendo inaugurada em 06 de janeiro de 1956.  


Resultado de imagem para fotos ponte pênsil padre mathias michelizza


Neve de 1965:  Em  20 de agosto de 1965 a neve cobriu a paisagem em Ouro. Os telhados das casas receberam camadas de até 10 centímetros. Nas que possuíam telhados com platibandas e utilizavam calhas a neve acumulou-se e demorou para derreter, comprometendo, pelo seu peso, alguns telhados, principalmente os que possuíam calhas para chuva,  e até mesmo a estrutura  de algumas casas de madeira. O gado procurou abrigar-se embaixo das árvores e ao amanhecer do dia, instintivamente,  postou-se dentro da água nos córregos, que era o único lugar em que não havia neve.

Houve grande prejuízo ecológico, pois ocorreu grande mortandade de pássaros. As abelhas praticamente sumiram e, por muitos anos, o mel se tornou produto escasso na região. 

Por outro lado,  os descendentes de italianos, já velhinhos, vibraram por vislumbrarem o espetáculo da neve, ao qual foram acostumados em ponto de origem na Itália, como foi o caso de Luiggi Santórum, de Leãozinho.


Chuva de Granizo de 1981 – Violenta chuva de granizo ocorreu em 1981, principalmente na parte territorial compreendida por  Linha Sagrado e redondezas, chegando a Linha Vitória e Linha São Paulo. Pedras de gelo de até 600 gramas destruíram plantações de milho, parreirais e telhados. Animais domésticos, inclusive boizinhos,  foram mortos durante a tempestade. Na época o Prefeito Ivo Luiz Bazzo decretou “Estado de Calamidade Pública” e, após os levantamentos, houve ressarcimento  financeiro aos proprietários pelos prejuízos havidos com telhados, através de recursos liberados pelo Governo do Estado, mediante relatórios da Comissão Municipal de Defesa Civil.


Resultado de imagem para fotos enchente 1983 rio do peixe ouro e capinzal



Enchente de 1983: Ocorrida na noite do dia 07 de julho, poderia ter-se tornado uma grande catástrofe, porém Deus poupou as vidas dos atingidos. No bairro Parque e Jardim Ouro foram destruídas todas as casas localizadas na Rua Voluntários da Pátria, cerca de doze. Na área central as águas, ainda antes do meio-dia,  16 horas,  já invadiam o Ginásio de Esportes André Colombo, destruindo o revestimento do piso, formado por tacões de madeira-de-lei aplicados por base de concreto. Atingiam também casas localizadas em áreas mais baixas e muitos porões de moradias. Mas foi a partir das 18 horas que as águas cobriram a Praça Pio XII e atingiram as Ruas Governador Jorge Lacerda e Felip Schmidt e, conseqüentemente, residências e casas comerciais, com incalculáveis prejuízos.


 Vendaval de 1984:  Violento vendaval ocorreu em Ouro e região no dia 03 de julho de 1984, atingindo principalmente a área central da cidade. Formou-se uma espécie de ciclone, vindo pelo Vale do rio do peixe desde a Vila São José, arrebentando no Parque e Jardim Ouro, após a curva do Rio do Peixe, em direção à Linha  Galdina. Além de descobrir mais de uma centena de casas das mais próximas ao Rio do Peixe, arrancou parte da cobertura do Ginásio Municipal de Esportes André Colombo, levando chapas de alumínio até as proximidades da ponte Irineu Bornhausen. A ponte pênsil Padre Mathias Michelizza, que houvera recentemente sido recuperada das avarias causadas pela enchente de 1983, foi totalmente destruída, quando os ventos desprenderam os cabos de aço de segurança laterais e esta balançou para o Norte, ficando com a face de seu piso em vertical, recebendo toda a fúria e a força do vento.  Seus pilares de concreto com quase que um metro de diâmetro foram partidos ao meio, em fato que só quem presenciou pode testemunhar sobre a sua dimensão  e sua gravidade.  Duas pessoas que transitavam sobre ela foram jogadas ao solo, fora das águas, felizmente, com ferimentos que não as comprometeram com gravidade.


Euclides Riquetti


Ouro - Antigo Distrito de Abelardo Luz


Resultado de imagem para fotos ouro santa catarina

Ouro do sol e dos trigais...
Ouro dos nossos laranjais...

Os dois versos que iniciam o Hino do Município de Ouro bem refletem o que ele sempre representou em termos de força trabalho e grande seleiro agropecuário do Vale do Rio do Peixe, onde se localiza,  em território catarinense.

Ouro, que já no início do Século XX começou a receber corajosas famílias de descendentes de italianos que vinham da Serra Gaúcha, grande parte deles de Caxias do Sul e Farroupilha, foi-se constituindo num lugar próspero e  que muito os atraía, mesmo porque é  montanhoso, com topografia semelhante à de seus lugares de origem, tanto na Itália como no Rio Grande do Sul.  Era uma paisagem que lhes trazia sempre as mais  saudosas lembranças.

A vila que deu origem à cidade foi fundada em 20 de outubro de 1906, mas a ocupação das terras deu-se ainda antes, pois, segundo pessoas de idade avançada que ainda vivem, seus pais lhes relatavam sobre isso. Eles mesmos conheceram muitas famílias de caboclos, que eles chamavam de “brasileiros”, sendo que alguns deles chegaram a possuir grandes áreas de terras, como Veríssimo Américo Ribeiro, na região de  Pinheiro Baixo; Severino Teixeira, em Linha Bonita; e Honório Cassiano, desde Nossa Senhora Saúde até as proximidades com o Município de Cruzeiro, hoje Joaçaba.



Ouro, antigo Distrito de Abelardo Luz 


A vila de Ouro situada à margem direita do Rio do Peixe, foi fundada em 20 de outubro de 1906, juntamente com outras, à  época em que a  Ferrovia Paraná/Santa Catarina vinha sendo implantada.


Relatos desses moradores mais antigos indicam-nos que já  havia habitantes  em praticamente todas as regiões da colônia , quando os  “italianos” aqui chegaram. Viviam em casas de madeira, cobertas com madeira mesmo e raramente telhas de barro.


A partir da inauguração da Estrada de Ferro ligando Marcelino Ramos a  União da Vitória, que se deu em 20 de outubro de 1910,  muitos dos trabalhadores da mesma foram comprando  áreas de terras que pagavam com o que recebiam pela prestação de serviços  na construção da mesma, com títulos que lhes eram vendidos e que continuavam a pagar em prestações a cada seis meses. Outros interessados, com procedência do Rio Grande do Sul, adquiriam-nas da mesma forma, assumindo compromisso contratual de coloniza-las gradativamente. Houve quem comprasse terras da Companhia de Estradas de Ferro São Paulo – Rio Grande, que chamavam de “rede” e que depois foram reclamadas pelos verdadeiros proprietários, tendo ocorrido, na comunidade de Linha  Santa Bárbara, por exemplo,  até o duplo pagamento de algumas, pois o verdadeiro dono, Honório Cassiano, obteve decisão judicial a seu favor, com reintegração de posse. Cassiano residiam na área rural do Distrito de Rio Capinzal. Segundo alguns moradores atuais, veio um “bando” de homens, todos armados, com uma ordem judicial, ficando uma situação de evidente confronto. A maioria dos colonos escondeu-se no mato, restando jovens e mulheres nas casas. As “autoridades” confiscavam armas que os agricultores tinham para sua segurança, quando não agrediam menores pressionando para que delatassem outros. Para evitar derramamento de sangue, alguns passaram a pagar as terras a estes, interrompendo o pagamento de prestações à rede.

O trecho entre União da Vitória e Marcelino Ramos, cortando o Vale do Rio do Peixe e seguindo paralelamente ao seu curso, era administrado pela Rede Viação Paraná-Santa Catarina, depois Rede Ferroviária Federal S/A, estatizada.

Nas primeiras duas décadas do Século XX Ouro era o 4º Distrito de Palmas, Paraná, sendo que suas terras eram contestadas pelo Governo daquela província. Em 1914 eclodiu a Guerra do Contestado, com muito derramamento de sangue pela disputa das terras contestadas. Depois a colônia passou a pertencer a Abelardo Luz, sendo que no ano de 1920 instalaram o primeiro Cartório  do Registro Civil .

Verdadeiramente, os descendentes de italianos  e até italianos natos, começaram a chegar a partir da inauguração da estrada de ferro, sendo que,  de 1915 e 1930,  é que ocorreu o grande afluxo para Ouro.


 Abelardo Luz, Sede do Distrito de Ouro.

Em razão da facilidade de acesso à água, pelas razões de proximidade com o Rio do Peixe, e por ser cortado pelo Riacho Coxilha Seca, o lugar onde atualmente se situa  a sede municipal, foi sendo habitado gradativamente, reduzindo-se a atividade e o número de residências em Coxilha Seca.

Assim, foi-se formando ali um aglomerado de residências e estabelecimentos comerciais, com casas construídas em madeiras. A atividade principal era o comércio e a prestação de serviços. Empresas importadoras e exportadoras foram-se instalando ao logo da Rua da Praia, hoje Governador Jorge Lacerda, que se prolongou com a atual Avenida Felip Schmidt. Esses estabelecimentos compravam a produção agropecuária, transferindo-a para São Paulo, principalmente, favorecida que a região era pela existência da estrada de ferro.

As “casas de pasto” e os hotéis eram os estabelecimentos onde as caravanas  de carroças, cavalos ou cargueiros de burros e mulas paravam para o pernoite. Eram oferecidas refeições aos homens e alfafa ou milho para os animais.

Através de contatos e reuniões com antigos moradores que ainda vivem e que estão já com mais de 80 anos, foi possível levantarmos um rol de nomes dos primeiros moradores da Vila de Ouro, a saber:

Afonsinho da Silva, casado com Eleonora, era balseiro e padeiro, morando no sul da cidadezinha, no local onde hoje se situa a Unidade Clínica de Saúde; Teodoro, um senhor de origem germânica; Afonso Ribeiro, casado com Maria,  e seu pai, que era chamado de “Velho Espiritista Ribeiro”; um cidadão de nome Messias, casado com Maria; Ernesto Toaldo, que comprava porcos e exportava para São Paulo; Eugênio Lunardi; Demétrio Calliari, casado com Ângela, possuía comércio geral, comprando cereais e vendendo inclusive tecidos,  ferragens  e louças; Bonalume, era comerciante; Ângelo Montanari, possuía uma “casa de pasto”, que era uma espécie de restaurante; Família Ampessan, com os irmãos Marcelino, Domingos e Joana, foram balseiros, tendo comprado a balsa de Afonsinho da Silva; Leonarda Zavaski Gonçalves, possuía uma escola onde hoje é a esquina entre a Rua Presidente Kennedy e a Júlio de Castilhos; Francisco Casagrande, com ferraria e carpintaria, onde hoje se localiza a Prefeitura; Abramo Pizeta, possuía uma  funilaria; Euclides Scaiarol, era relojoeiro; Petry, era representante a Companhia de Colonização do Rio do Peixe; Júlio Maestri, comprava porcos; Jacom Maestri, em 1928 era  comerciante geral; Análio Vargas, comprava  produtos coloniais e os exportava para São Paulo; Raimundo Formighieri e Catarina Zóccoli; Palmiro  Germani , era contador e comerciante, casado com Meneghina de Souza;  José Scott, Severino Baretta; Baltazer Brambila, casado com Oliva Broll, veio um pouco depois que os demais e fez uma fábrica de bebidas e refrigerantes, na Rua Júlio de Castilhos; Cabo Antônio, era  responsável pela cadeia; Alcindo Vicente da Silva, era carroceiro; João Nepomuceno da Silveira, era pescador; Alberto Viero, alfaiate; Manoel da Silva, pintor; Abíliio Cercal, era comprador de alfafa; Antônio cadore, casado com Irene; Domingos Gerra, morava na subida para a Cixilha Seca; Pasqualin Andrioni, era proprietário de um hotel com “casa de pasto”; Fritz, era dentista; Eugênio Cozer, era comerciante; Eugênio Lunardi, era carpinteiro e bodegueiro; Pedro Baretta e Carlos Baretta, tinham comércio onde é a Praça Pio XII;  Honorato Nepomuceno e outros.

Euclides Riquetti

A inversão dos valores morais e sociais - homenagem à Soldado Caroline - assassinada em Natal

Resultado de imagem para fotos soldado caroline e marcos paulo

Sargento Marcos Paulo e Soldado Caroline - , aqui de
Chapecó, ele baleado e ela assassinada em Natal - RN

       Há uma considerável inversão de valores presente no modo de vida da sociedade moderna brasileira. Aquilo que antigamente parecia certo, hoje é considerado errado. O que parecia errado, é considerado certo. Os meios de comunicação estão mais preocupados com seus índices de audiência ou então “ficar de bem” com determinados setores sociais do que pautarem seus assuntos e críticas no real e no bom senso. Na luta do bem contra o mal, estão ficando em cima do muro. Querem o aplauso do mocinho e do bandido.

       Nos três primeiros meses do ano, mesmo com todo o aparato oferecido pela intervenção federal no Rio de Janeiro, 30 policiais foram assassinados. E, no primeiro dia de abril, três menores assassinaram o trigésimo-primeiro PM na ex cidade maravilhosa. Então lembrei-me de que, em julho de 2015, 303 deputados votaram pela lei da maioridade penal aos 16 anos. Faltaram apenas 5 votos para que fosse aprovada... Houve um esforço extraordinário do (des) governo de Dilma Roussef para que isso assim fosse. Lembro-me também de que os poderosos meios de comunicação televisiva, sempre querendo ficar de bem com as “minorias”, ficaram apenas “vendo a banda passar”. E a minoria ruidosa conseguiu, mais uma vez, fazer valer seu pensamento. E triunfarem suas ideias....

       No mês de março, vimos a algazarra que fizeram, em diversos estados brasileiros, por causa da morte de uma vereadora no Rio de Janeiro. É evidente que foi uma execução! Também, como eles, quero que apurem o que realmente aconteceu. Mas ficarei bem melhor se fizerem o mesmo esforço para descobrir quem matou os 31 PMs no Rio neste ano. Também ficarei muito satisfeito se descobrirem os assassinos da Soldado Caroline, que foi morta em Natal enquanto jantava com o marido, o Sargento Marcos Paulo, da Gloriosa Polícia Militar de Santa Catarina, que atuavam em Chapecó. Caroline desejava que, quando morresse, fosse enterrada vestindo sua farda de Policial Militar. E não vi nenhum canal de televisão colocando no ar os números de telefone para que se denunciassem os malfeitores, os assassinos  de Caroline. Mas vi dezenas de vezes os noticiários da TV Globo colocando na tela os números dos telefones para denúncia dos assassinos da vereadora.
Resultado de imagem para fotos soldado caroline

Soldado Caroline - fora "destaque do mês" e esteve
entre os destaques do ano na PM de Chapecó - SC

Resultado de imagem para fotos soldado caroline e marcos paulo

Marcos Paulo e Caroline - em férias em Natal -
vivendo o amor e curtindo a vida: vida interrom-
pida de Caroline em Natal - RN

       É hora de os poderosos meios de comunicação e seus comentaristas formadores de opinião pública terem um pouco de coragem e manifestarem suas posições. A população brasileira terá a oportunidade de manifestar que sociedade quer,  se votar em candidatos que tenham posição clara sobre as matérias que costumam discutir. Não voto em candidato que quer ficam de bem com todo mundo, nem em quem usa de proselitismo e discurso fácil. E detesto puxa-saquismo.
Resultado de imagem para imagens soldado caroline chapecó

Colegas de farda de Caroline - conduzindo o corpo
da amiga assassinada no último adeus, em Chapecó
SC


A Fera e a Bela - Profissionalismo sem deixar de
lado a vida social.



Euclides Riquetti – Escritor – Membro da ALB/SC

      

Permite-me cortejar-te...

Resultado de imagem para imagens homem dando flores a mulher



Permite-me "cortejar-te" doravante
Como se tudo fosse a primeira vez
Deixa que tudo seja como se fora antes
Como se o "não" se tornasse um talvez.

Permite-me cortejar-te calmamente
Como se fôssemos dois adolescentes
Deixa que tudo venha delicadamente
Como se não houvesse precedentes.

Permite-me cortejar-te com um poema
Que venha de seu âmago inspirador
Algo que me atrai, sem nenhum dilema
Que vem de teu corpo belo e sedutor.

Permite-me cortejar-te, que delícia
Dizer de teus dons e encantamentos
Na tarde fresca, tênue e tão propícia
Levar a ti meus doces pensamentos.

Permite-me mostrar-te quão verdadeiro
É o amor que brota de dentro de mim
Algo sincero, num dia tão prazenteiro
Divina paixão que está dentro de mim!

Apenas isso... bem assim!

Euclides Riquetti

domingo, 8 de abril de 2018

Da Fajo à Unoesc - Acadêmicos Pioneiros


Resultado de imagem para imagens unoesc joaçaba

Unoesc Joaçaba - Campus I


          O ano era 1972. Havíamos concluído o curso equivalente ao atual Ensino Médio no ano anterior, na Escola Técnica de Comércio Capinzal, como Técnico em Contabilidade. Representávamos uma geração de trabalhadores, a maioria do serviço pesado. Eu trabalhava como frentista no Posto Ipiranga, de Capinzal. Antes, fora lavador de carros noutro, serviço que me causou uma pneumonia e interamento hospitalar por uma semana. Tínhamos que tomar algum rumo, mas todos tínhamos uma determinação: Deveríamos continuar a estudar.

          Alguns colegas iriam para Florianópolis, outros para Curitiba. Muitos não queriam deixar a cidade, tinham conseguido empregos em escritórios contábeis ou  em empresas e estavam com a vida pessoal encaminhada, não desejavam mudar de cidade. Cogitei estudar Economia em Lages, mas gostava de ler, de escrever, não tinha nenhuma definição ainda sobre o que cursar. Costumava ler biografias de grandes vultos nacionais e percebia que, a maioria deles, tinha formação jurídica ou em letras. Encantava-me. Queria ser como eles, queria escrever, compor poesias, contos, crônicas até.

          Meu pai, Guerino, professor, disse-me que entre ser professor e economista eu deveria ser professor. Certamente que não ficaria rico, mas que ganharia o suficiente para me sustentar. Então, o professor Teófilo Proner ajudou-me na decisão. Disse-me que em União da Vitória havia a Fafi, onde eu poderia estudar Letras/Inglês. Foi na medida pra mim. Iria buscar meus fundamentos para escrever, iria conhecer novas pessoas e matar quem me matava: o Inglês. Eu era uma calamidade  em Inglês. Mas fui.

          Alguns dos colegas que permaneceram em nossa cidade também tiveram ótimas perspectivas:  Em Joaçaba, distante apenas 35 Km, iria começar a funcionar um curso Administração de Empresas. Estavam criando, há quase a 4 anos, a FAJO, Faculdade de Admistração de Joaçaba. Começou com 9 professores.  Foi a salvação da lavoura para aqueles jovens determinados e estudiosos. De nossa "Rio Capinzal" tivemos e exitoso colega Osvaldo Federle, o Machadinho, hoje um dos proprietários da Êxito Contadores. Começou na primeira turma, a de 1972. Mas, por falta de condução para locomover-se a Joaçaba, trancou matrícula e esperou o segundo semestre, quando também foram acadêmicos o Adauto Francisco Colombo e o Benoni Zóccolli (filho).

        Esses foram os três primeiros acadêmicos de nossa cidade a fequentarem a FAJO, que funcionou nos dois primiros anos junto ao Colégio Marista Frei Rogério. Depois foi transferida para o Colégio Celso Ramos, na sequência para o Pavilhão Frei Bruno e para o Colégio Cristo Rei, onde permaneceu até a inauguração da sede atual.

        O amigo Machadinho conta que o  primeiro transportador de alunos para Joaçaba foi o Ludovino Baretta, popular Chascove, meu primo e compadre, com uma de suas Kombis. Depois o Zeca Almeida e um funcionário do Banco do Brasil, o Rogério, conhecido como "Desligado", comprou uma Kombi e continuou a realizar o serviço. Os custos de transporte eram bancados pelos próprios acadêmicos. A Rodovia Estrada da Amizade não tinha nenhuma pavimentação. Muitas vezes tiveram que empurrar as Kombis nos dias de barro. Ou desviar por Linha Sete de Setembro, aumentando em muito o tempo da viagem.
          A Fajo foi transformada em FUOC, Fundação Universitária do Oeste Catarinense. Em 1992 já era transformada em  Universidade do Oeste Catarinense e,  em 1996,  reconhecida como Universidade. O grande comandante de toda a sua evolução foi, sem dúvida alguma, o Professor e Doutor Aristides Cimadon. Coordenou toda a sua implantação. E, desde 2004 é seu Reitor. Tem mandato até 2016. É difícil imaginar a Instituição sem a figura do Aristides.

          Na década de 1970 trabalhou como educador em Capinzal. Em 1978 ingressou nos quadros do Estado de Santa Catarina através de concurso, tendo obtido o primeiro lugar na área de sua formação. É um cidadão muito inteligente. Suas entrevistas, no rádio, seguem um extraordinário padrão didático. Ouvi-lo, é a mesma coisa que estar tendo uma aula.

          Ingressei no magistério em outra área, no mesmo concurso. Cruzamo-nos muitas vezes em encontros da educação e nos jogos de futebol. É muito elegante no falar e tem elevado carisma. Quando ele saiu de Capinzal, preocupamo-nos, pois perdíamos um grande professor. Mas agora vemos que não foi uma perda, foi um ganho. Nossa região ganhou muito com ele. Só o campus da Unoesc em Joaçaba tem 6.000 alunos. E ele é um dos principais protagonistas da sua  ascensão. Homens determinados implantaram a FAJO há 4 décadas. Sua semente foi a que proporcionou os melhores frutos para a nossa região. Permitiu que tivéssemos um grande impulso de dsenvolvimento. Graças a isso, hoje, nossa iniciativa privada é muito forte e segura, efetivamente, a economia da região, com excelência na qualidade dos serviços e produtos.

Euclides Riquetti
26-03-2013

Meu recado...

Resultado de imagem para imagens homem olhando pra lua



Recebi um recado
Do brilho prateado
Do luar:
Vem comigo
Vem meu amigo
Vamos passear!

Vamos andar pela via láctea
Conhecer a imensidão intacta
Do espaço sideral
Andar pelo  Universo
Em frente e verso
Pelo mundo colossal!

Recebi um recado alvissareiro:
Vou andar pelo universo inteiro
Com a sua companhia.
Vou com seus olhos claros
Pelos recantos mais raros
Vou com toda a alegria

Vou, sim. Vou com você, querida!

Euclides Riquetti