sábado, 11 de julho de 2015

A canção que vem do rio...


A canção que vem do rio no inverno
Vem pra me trazer calor e paz
Vem pra junto de mim e traz
O recado de um  amor eterno...

A canção que vem do rio me alenta
Acalma  minha alma ansiosa
Acalma minha mente virtuosa
Mistura-se ao ar que o tempo venta...

A canção que vem do rio me conforta
Me devolve o desejo ardente de sonhar
Pois o  futuro feliz  é o que me importa.

A canção que vem do rio ressoa em mim
É igual àquela que me traz o mar
É canção dos anjos que não terá fim.

Euclides Riquetti
11-07-2015

O Fuscão Azul... (Quem não teve um fusca?)

          O primeiro carro que entrou para a família foi um Fusca 1300 L, azul, muito bonito. Reinou entre os fuscas em Capinzal e Ouro a partir de 1976. Ficou até 1998, quando meu irmão mais velho, o Ironi, que era seu dono, veio a falecer precocemente. Com a placa OK 0445, tinha rodas de magnésio pneus tala larga, volante pequeno, igual aos de carros de corrida, escapamento da Kadron, toca-fitas onde meus irmãos Ironi e Hiroito ouviam o "Amigo Pedro", do Raul Seixas.... Era belíssimo, o mais  bonito da cidade, só havia dois daquela cor!

          O que me leva a escrever sobre este e outros fuscas é que recebi um e-mail onde me perguntavam se eu era o Riquetti que, há uns 30 anos atrás, tinha um fuscão azul... Respondi que o fusca era de meu irmão mais velho, Ironi, (que faleceu em 1998, aos 51 anos). Mas quem andava com ele, era muito mais o Piro, meu irmão Hiroito, que tem  nome de japonês. Além de ser o primeiro carro da família,  ainda era zero quilometro.

          Em 1977, quando fui morar em Zortéa, também comprei um fuscão, na Auto Elite, em Capinzal. Era um modelo 1500 que viera de Erechim. Um baita "carro de malandro", cor Ocre/ Laranja, muito incrementado. Eu me sentia o cara!  Era diferenciado para a época: tinha os paralamas alargados para que pudessem comportar as rodas baixinhas com pneus super tala larga. Era o único. bancos de couro, reclináveis, volante Fórmula 1 e toca-fitas. Precisava mais?

          Quem vê, hoje, a grande oferta de carros pelas montadoras, que invadem a TV, a internet e as revistas para nos mostrarem, quem vê as ruas entopetadas de veículos, não imagina como era a situação na época. Nem o Gol quadradinho tinham inventado ainda. Nem o Escort, nem o Fiat Uno... Havia, no mercado, no máximo, Brasílias, Chevettes e Corcéis. Para os graúdos, os Opalas, os Passats, os Galaxies e os Landaus, os Dodge Dart e Charger. Nem o Del Rey tinham inventado, ainda.

          Ora, quanta gente teve no pequeno fusca, da Volkswagen, o seu primeiro carro! E quantos há, ainda, por aí! De todas as cores, desde os  modelitos com cachorretes nos para-choques, até os que foram fabricados a partir de 1970, que conservaram o padrão até o atual. Os das sinaleiras pequenas, os das médias e, mais adiante, das "fafás". Tive meia dúzia de fuscas. Para cada um deles eu teria uma história. Quantas viagens com a família, as crianças pequenas, pedindo para parar nos restaurantes e lhes  comprar pastéis, indo de Zortéa, Ouro ou Capinzal para Porto União da Vitória, Curitiba, para Florianópolis, Balneário Camboriú, São Miguel D ´Oeste!...

         E você, leitor, leitora, também teve um fusca em sua família?

Euclides Riquetti
11-07-2015

        

Lá, onde mora o coração

Lá, onde mora o coração
Há mistérios infindáveis
Há enigmas indecifráveis
Há segredos inconfessáveis
Lá onde mora o coração.

Lá,  onde mora o coração
Consegue chegar o pensamento
Vai pelo ar, com o vento
Vai livre, vai com o tempo
Lá onde mora o coração.

Lá , onde mora o coração
Há lábios certamente rosados
Há lábios por mim desejados
Há amor e há pecados
Lá onde mora o coração...

Euclides Riquetti

As ações comunitárias do bem (você também ajuda??)

          Cada vez mais as ações comunitárias se fazem presentes nas cidades. Uma prática muito antiga, que foi muito forte na colonização do Sul do Brasil, por italianos e alemães, diversifica-se e se consolida fortemente. Bom para a população em geral, bom para o Poder Público, que vê a comunidade se mobilizando para ter sua infra-estrutura adequada, bom para nós, que podemos ter lazer barato e de excelência. Bom para a cultura, que se propaga sem propagandismos.

           Desde criança acompanho o trabalho comunitário. No Leãozinho, (Capinzal, depois Ouro...), quando eu tinha 3 anos e morava com meus padrinhos, a Família de João e Rachele (Vitorazzi) Frank, lembro-me bem, as pessoas já trabalhavam pela sua comunidade. Na Capela de Santa Catarina, e na Gruta de Nossa Senhora de Lourdes, as pessoas rezavam os terços, cantavam, rezavam a Ladainha de Nossa Senhora, em Latim. E havia os que dirigiam o time de futebol,  que mais tarde se chamou Primavera, que montavam as bodegas em dias de jogos para angariar um dinheirinho que servia para as despesas com aquisição de bolas e camisas.

          Em Linha Bonita, além das atividades da Capela São José, os fabriqueiros (fabricieri...), faziam as lides comunitárias e organizavam as festas. Até mesmo havia uma equipe de  marceneiros que fabricava os caixões para os funerais, quando dos falecimentos. Faziam de madeira, revestiam com tecido (azul e rosa para as crianças, brancos para os medianos e negros para os idosos). Havia o campo de futebol, na propriedade de Arturo Viganó, em que nunca faltava a bebida nos dias dos torneios. No estabelecimento de meu avô, Victório Baretta, havia um telefone comunitário, já no final da década de 1950, coisa muito rara para a época, tratando-se de área rural, distante pelo menos 12 Km da cidade cidade de Capinzal.

          Mas essa prática estava presente em todas as comunidades. Inclusive, por ocasião da celebração de casamentos, era comum a vizinhança ajudar na preparação dos banquetes, quando não algum gaiteiro da comunidade animava um bailinho para os noivos e convidados, muitas vezes nos paióis das propriedades rurais.

          Hoje, fico ouvindo as chamadas no rádio e as publicações na internet sobre os eventos que acontecem, em todos os finais de semana, na região. São muitos. Realizam pasteladas, feijoadas, costelões, buchadas, jantares, bingos, rifas,  bailes, torneios de pênaltis, torneios de laço, de bochas,  rodeios, cafés coloniais, festas juninas e julinas, feirinhas, codornadas, sempre com um objetivo: angariar fundos para as entidades que os organizam. E as pessoas trabalham GRATUITAMENTE.  Têm meu aplauso todas as iniciativas comunitárias, sejam elas quais forem.

          Sempre digo e tenho uma opinião bem clara sobre um fato, que é minha constatação: APPs de escolas e diretorias de igrejas (da grande maioria delas), administram com muito responsabilidade, eficiência e competência todos os recursos que conseguem angariar. Isso vale também para as APAEs, Hospitais Filantrópicos, se estendendo também a muitas outras.

Parabéns a você que já fez ou faz parte de uma entidade que desenvolva ações comunitárias, pois são as considero AÇÕES DO BEM!

Euclides Riquetti

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Uma Oração para Você


Quando o céu parecer mais azul, atrás dos montes,
E as tímidas árvores receberem os primeiros raios de sol,
E as flores fizerem a vida mais colorida,
E até mais azuis ficarem as águas das fontes...
Então estarei pensando em você, menina!

Quando quente o tempo estiver em dezembro,
E eu estiver um pouco mais velho do que agora,
E minhas noites ficarem tristes sem seu calor,
Mesmo que eu não saiba onde você esteja vivendo,
Eu estarei pensando em você, querida!

Mas o tempo não para e chegará o outono!
As folhas,  já pálidas como eu, cairão sobre a terra,
Virá o vento e nuvens escuras cobrirão o céu,
A chuva fria molhará o meu rosto sofrido...
Mas estarei pensando em você, meu bem!

E quando o inverno chegar novamente,
E eu andar pelas ruas ao encontro do nada,
E como hoje o vento soprar fortemente,
Pensarei em você sem rancor, com saudades...
Pois quem errou fui eu, meu amor!


Euclides Riquetti
Composto em julho de 1973
e publicado no livros "Pismas - volume IV, da Coleção
Vale do Iguaçu", em União da Vitória - PR - em 1976,
(com ilustração).

A Morte do Doutor Jivago (Omar Sharif)

          Faleceu nesta sexta-feira, na cidade do Cairo, no Egito, o ator Omar Sharif, 83 anos. Sharif celebrizou-se por eternizar, nas telas do cinema, o Doutor Jivago, do filme homônimo, lançado em 1965.  E, em nossa juventude, vimos a película que era badalada nas telas dos cinemas do mundo todo. Era sucesso no Cine Glória, em Capinzal. O cinema lotava e o mesmo acontecia em Joaçaba. Todos queriam ver o filme que tinha como trilha o "Tema de Lara", grande sucesso nas emissoras de rádio de todo o mundo. Era opção indispensável nos clubes e boates. Sucesso n´ A Cabana e no Clube Primeiro de Maio, no Ateneu em Capinzal, ou no Floresta, em Ouro.

          Omar Sharif foi o primeiro ator de origem árabe a fazer sucesso no cinema mundial. Tem uma bela filmografia.. Mas, o filme pelo qual ficou mais conhecido é, seguramente, o Doutor Jivago, originalmente "Doctor Zhivago", produção norte-americana, em que contracena com Julie Christie, na época da filmagem com 24 anos, mas fazendo o papel da enfermeira Lara Antipova, 17. As cenas se desenvolvem, inicialmente, na Rússia, onde conhece, numa festa, o Doutor Jivago, interpretado por Sharif.  Casados, acabam se encontrando em uma guerra (Primeira Guerra Mundial - 1914-1918), em 1917, na Revolução russa,  numa missão em que ele é médico e ela enfermeira.

         Os acontecimentos se desenvolvem em clima de epopeia dramática, um drama permeado de muito romance. Ainda moça já rivaliza com a mãe, num caso de amor difícil. A atriz, belíssima, nascida na Índia, tem nacionalidade britânica. Com Sharif, egípcio, estabeleceram uma relação de amor de escassa possibilidade de êxito, mas... deixo para que você, leitor, leitora, busquem conhecer o filme e conferir pessoalmente, não lhes tirarei este prazer!

Omar Sharif atuou nos seguintes filmes em sua carreira:

"Um Castelo na Itália" (2013)
"Al Mosafer" (2009)
"Mar de Fogo" (2004)
"Uma amizade sem fronteiras" (2003)
"O 13º Guerreiro" (1999)
"O Ladrão do Arco-Íris" (1990)
"Os Possessos" (1988)
"Top Secret! Superconfidencial" (1984)
"Funny Lady" (1975)
"Juggernaut - Inferno em Alto-mar" (1974)
"O Último Refúgio" (1971)
"Funny Girl - A Garota Genial" (1968)
"A Noite dos Generais" (1967)
"Felizes Para Sempre" (1967)
"Doutor Jivago" (1965)
"O Rolls-Royce Amarelo" (1964)
"A Queda do Império Romano" (1964)
"Lawrence da Arábia" (1962)

Destaque para sua atuação como coadjuvante em "Lawrence da Arábia" e como protagonista de Doctor Zhivago. Omar Sharif faleceu neste 10 de julho de 2015, no Egito. Pessoalmente, tanto a música-tema quanto o filme, considero dos mais marcantes na arte do cinema e a da música em todos os tempos.

Euclides Riquetti
10-07-2015

Procura, na escuridão da noite...

Procura, na escuridão da noite, encontrar respostas
Busca entender a causa das mazelas e dores sentidas
Procura, na escuridão da noite,  fazer o que gostas
Busca deleitar-te nas delicias que nos oferece a vida.

Busca, em todos os cantos e em todos os lugares
Procura a paz para tuas angústias e tuas inquietações
Busca absorver a energia do sol que nos trazem os ares
Procura a paz que acalenta e aquece os corações.

Busca, procura, tenta encontrar todas as  razões
Que levam as pessoas a ações inconsequentes
Que as submetem às mais tensas inquietações.

Procura, busca,  tenta ir além daquilo que te convém
Despoja-te dos orgulhos e ofensivas insolentes
Faze o bem, sempre, sem  considerares a quem!

Euclides Riquetti
11-07-2015

Tempos de dor... 31 anos depois!

          Não, não estou falando da enchente de 1983, sobra a qual já me referi e que, nesta semana, fez seu trigésimo-segundo aniversário. Estarei falando de desventuras... no futebol. Voltarei ao inverno de 1984, mês de julho, mais precisamente no dia 22. Era o dia do batizado da Aquidauana Miqueloto, filha do compadre Neri e da Zanete. Hoje a "Quida" está no pós-doc de Agronomia. Aconteceu, lá no campo do Arabutã, no Ouro, na manhã mais fria do ano.

          Jogávamos futebol. Os adversários eram bem mais jovens do que nós. Eu tinha 31 anos e jogava pelos "veteranos". Lateral direito de ofício, também atuava na quarta-zaga, com a número 4. Meu companheiro, o 3, era o Vilmar Franque, que agora mora aqui em Joaçaba e está em vias de se aposentar. Nesta semana, na terça, encontrei a esposa dele lá no Frigorífico dos D ´Agostini, em Lacerdópolis, onde as pessoas compram "torresmo de barriga". Lembramos que eu e ele jogávamos "por música", nos entendíamos perfeitamente. Eu marcava o centroavante e ele ficava na sobra.

          O que me leva, hoje, a relembrar esse dia, o fato?

          Pois hoje, cedo, fui ao Posto da Vila, aqui em Joaçaba, do amigo "Chique", que é filho do saudoso Osvaldo D ´Agostini (que foi Presidente da Câmara de Vereadores em Ouro logo depois da emancipação...). Lá havia um carro de Capinzal, havia um homem dentro que me parecia conhecido. Olhei bem, identifiquei-o: "Você não é o Mário Poier"?, perguntei! Era... Os "Poier, Poyer e Póggere" são, todos, da mesma raiz familiar.

         Enchi-o de perguntas, como é de meu feitio. "Como está? Melhorou  bem da perna? Joga bola ainda? Está aposentado?  Quantos filhos tem?"  E ele ia-me respondendo com aquele sotaque italianado,  lacerdopolitês. E começamos a rememorar nossos infortúnios de 1984.

          Naquela época, nos encontrávamos nos corredores do Hospital Santa Terezinha, aqui em Joaçaba. No dia de minha fratura de tíbia e perônio, fui trazido a Joaçaba com o Fuscão 1500 do Alvanir Mafra, meu companheiro de bola, e o Vilson Farias, hoje Vice-prefeito de Capinzal. Quando passávamos pelas ruas centrais de Joaçaba, quanta  dor passei. No solavanco, sobre o calçamento de pedras irregulares, os ossos feriam os músculos. Eu me olhava pelo retrovisor central e via que estava pálido. Na época eu tinha cabelos bem  compridos, estava muito suado, mesmo sendo o dia mais frio daquele ano... Mas, seis meses depois, eu estava jogando bola de novo, cheio de disposição e vitalidade.

         O que acontecera com o Mário, morador de Lacerdópolis, jogador do Beija-flor, da comunidade de Santa Bárbara, na divisa deste município com Ouro? Bem, ele teve uma fratura semelhante à minha, mas com um agravante. Sua perna "fincou no barro e na grama" e, após o gesso, continuou com muita dor, por muito tempo. Sempre que o encontrava, ele se queixava, muito. Em seis meses, eu estava de volta ao meu futebol. Ele, sempre com muitas dores, não se recuperava.

           Com o tempo, descobriram que, dentro da perna, ficara uma folhinha de grama... e isso não possibilitava a consolidação da fratura. Imagine quanto ele sofreu! Foram três anos de martírio. Hoje, falou-me que o acidente aconteceu em Nossa Senhora da Saúde, no Ouro. Ele jogava para o Beija-flor, era zagueiro e levou uma entrada forte de um adversário e teve a perna fraturada. O time adversário era o glorioso Noroeste, aquele mesmo que, na virada da década de 1960 para 1970, ganhou um torneio de futebol no Campo do Arabutã, com o Mandu (Nadir Gramázzio), e o Santinho (Santo Penso), respectivamente, chutando e defendendo penalidades. O Rui Toigo, seu companheiro, foi quem o levou ao Hospital. Naquele tempo, as coisas eram bem diferentes do que hoje, não havia ambulâncias, bombeiros, Samu...

          Fiquei muito contente em reencontrar o Poier. Falou-me que, da perna, está muito bem. Mas está cuidando de outros problemas de saúde. Com boa aparência, nos seus 69 anos. Espero que o reencontre muitas vezes, ainda. E que goze de boa saúde e tenha longa vida.!

Euclides Riquetti

quinta-feira, 9 de julho de 2015

O que eu sinto por ti....

O que eu sinto por ti, é amor do mais profundo
É algo tão simples, simples, mas do tamanho do mundo
O que eu sinto por ti, eu nem sei como explicar
É algo pequeno, pequeno, mas é do tamanho do mar.

O que eu sinto por ti, não se mede, não se diz
É algo tão irrisório, mas que me deixa feliz
O que eu sinto por ti, é um sentimento exultante
É algo de pouca importância, mas que me torna gigante.

O que eu sinto por ti, não há palavras que expressem
É algo tão misterioso, como se tu não soubesses
O que eu sinto por ti, está escrito em meu coração
É o que mais importa: Amor, Saudade, Paixão...

Euclides Riquetti

Quarta Crônica do antigamente (reprise)


(De minha série de crônicas do antigamente, estou reeditando):

Quarta Crônica do antigamente

         Minha antiguidade é relativamente antiga. Já escrevi, em outras oportunidades, sobre ser antigo. Sou muito, muito, mas nem tanto. Sou do tempo em que os adolescentes levantavam muito cedo, no domingo, para ir à Missa das Seis, na Matriz. Primeiro o "compromisso", depois a bola. Então, a maioria dos amigos (eu ia com o irmão Ironi), levantava às 5,30, quanto tocava o sino, para ir à Igreja, "confessar", escutar bem o sermão do Frei Gilberto "Fujão", do Frei Lourenço "Brabo", do Frei Tito "Bondoso"  e, depois, comungar. E, comungando, não poderia fazer pecado no domingo, nem na segunda, nem na terça...

          Então,  o negócio era não pensar marotezas, nem dar caneladas nos outros nas peladinhas do campínho, porque tudo isso era pecado, muito pecado. E havia dos pecados veniais, que eram os mais simples, mais fáceis de se obter o perdão por se tê-los cometido, que poderiam ser extinguidos se estivéssemos arrependidos, mesmo sem contá-los ao padre, bastando para isso declinar um simples "ato de contrição". Tinha o grande e o pequeno, que era mais fácil de decorar. Se o pecadinho era um "nadica di nada", podia ser o pequeno. Coisa  assim como dar uma olhadinha numa menina, coisinhas simples. Mas, se fosse uma coisa como "pegar" uma pera do quintal do vizinho, mesmo que ela estivesse caído com o vento, isso era roubo, um roubo leve, sim, mas isso era sério, poderia se acostumar e, mais tarde, tornar-se um contumaz ladrão. Então, por enquanto, precisava ser  um "ato de contrição grande", que tinha no livrinho de catequese. Era como uma medida liminar judicial, permitia que você comungasse mesmo assim, mas, adiante, quando tivesse oportunidade de confessar ao padre, mostrando aparente arrependimento, após esse julgamento, estaria   perdoado,  e a alma, que enegrecera, voltava à brancura. Ficava branca como camisa lavada com "Rinso".

          Acho que a alma da Marjorie Estiano deve ter ficado um pouco cinzenta quando ela casou com o Rodrigo, que era a grande paixão de sua irmã, Ana, a bela tenista que se encontrava em coma, mãe da Júlia, em "A Vida da Gente". E deve ter rezado pelo menos uns três "atos de contrição", daqueles bem longos, quando a mana da Manu acordou, na novela. Seria um "pecado mortal"??

          Os pecados mortais rondavam as mentes perturbadas de minha geração temente a Deus. Hoje, as pessoas nem sabem mais que pecados mortais existem,  e agridem, roubam, matam...

          Quando o Pelé esteve em Capinzal, em 1989,  estivemos com ele lá na Perdigão. Estávamos eu, o Frei Davi, o Celso Farina, o Barzinho, o Irineu Maestri, o Ademir Belotto, o Jaime Baratto, o Ronaldo Cheiroso (que trabalhava lá),  convidados pelo Altrair Zanchet. Com o "Rei", viera o ator David Cardoso, o Rei da Pornochanchada, ator e diretor em quase 100 filmes nacionais, protagonista da novela "A Moreninha", sucesso da Globo, em que ele era o Leopoldo, e contracenava com a Lucélia Santos.

          Conversei muito com ele, ele havia sido candidato a Prefeito no Mato Grosso, não lembro se em Campo Grande ou Dourados, perdera, e queria saber como eu, com 35 anos, havia sido eleito Prefeito. Falei sobre meu engajamento em causas comunitárias, sociais e culturais, minha liderança junto a alguns segmentos sociais e profissionais, e que isso me dera base para a conquista. Ainda, abordei-o sobre o filme Férias no Sul, filmado em Blumenau e Gramado, em que ele contracenara com a Vera Fisher, a glamourosa atriz e ex-miss brasileira. Contou-me que teve um "flerte" com ela, que ela era "o máximo"... Ah, ele e o Pelé vieram  juntos porque estavam filmando no Pantanal, um filme de combate aos matadores de jacarés, em que o Pelé era o Policial e o David Cardoso era o mocinho. O ator tivera deliciosos pecados com ela, todos veniais, compreensíveis...

          Mas, como tenho afirmado, sou antigo, muito antigo. Sou do tempo do Sapeca e da Tia Bena, do João Maria Barriga-de-Bicho, da Nega Júlia, do Zeca Gomes, do Vinte-quatro... figuras folclóricas de Capinzal e Ouro que, certamente, sabiam muito bem a diferença entre "pecado venial e pecado mortal", mesmo que não tenham aprendido o "ato de contrição", porque eram almas ímpias e puras, negros de alma muito alva, da estirpe de nosso Cruz e Souza, sem pecados que lhe valessem qualquer condenação...

          Não sou tão antigo quanto o Simbolista, mas sou antigo, sim!

Euclides Riquetti
27-12-2010

Um porto seguro

Busque encontrar um porto seguro
E navegar nos mares da tranquilidade
Evite as turbulências do céu escuro
Busque a calmaria nos dias de tempestade.

Busque viver com pessoas otimistas
Com gente que a respeita e lhe quer amar
Mais vale ter poucos amigos leais e realistas
Do que ter muitos em quem não  confiar.

Busque tornar seus dias alegres e prazenteiros
Ter alguém simples, mas com que possa contar
Para compartilhar seus medos, para  juntos sonhar.

Busque os encantos mais puros e verdadeiros
A sinceridade nos gestos, o sorriso mais largado
Busque apenas ser feliz e me ter ao seu lado...

Euclides Riquetti
09-07-2015




quarta-feira, 8 de julho de 2015

Jogadores talentosos, mesmo que "idosos"

          Há um conceito que considero relativamente equivocado: o de que jogador de futebol é  "velho" quando chega aos 33 anos. Com 32, um jogador ainda é considerado em idade boa para a prática do esporte bretão. Aos 33, já  passam a considerá-lo "velho". Não cuidam de verificar o seu desempenho, nem sua biografia. Sobretudo sua condição física e a habilidade.

          Pessoas que sabem cuidar-se, que não se tornam dependentes de vícios, que cuidam de seu corpo e de seu espírito, podem, sim, praticar esportes, inclusive o futebol, mesmo que na faixa dos 40 anos. No entanto, aqueles que são desleixados nesses quesitos, além de encerrarem suas carreiras muito cedo, ainda acabam "na miséria", endividados, muitas vezes processados por ex-esposas que lhes cobram pensão. Quando não, na cadeia!

          Não vou me ater aos maus exemplos, a aqueles que se metem com drogas e álccol, que entram em confusão e até crimes cometem. Vou, sim enaltecer alguns atletas que acho que merecem:

          - Pelé, o maior ídolo da história do futebol brasileiro, parou aos 37 anos, em 1977, depois de ter feito 1.281 gols em 1.363 jogos em que atuou. Pelé começou em Bauru, jogou no Santos (teve uma pequena passagem no Vasco da Gama), na Seleção Brasileira sagrou-se tricampeão mundial, e jogou ao final da carreira no Cosmos, de  Nova York. Foi exemplo de vigor físico e capacidade intelectual. Tive a alegria de conhecê-lo pessoalmente, quando fui convidado pelos Diretores da Perdigão, em 1989, a passar algumas horas com ele e o ator Davi Cardoso, em Capinzal. Atencioso e simpático, só aceitava fazer propaganda de produtos de  que conhecesse o processo de produção e em que não era empregada mão-de-obra escrava ou infantil.

          - Rivaldo: Jogador escolhido como o melhor do mundo em 1999, jogou no Barcelona e outros clubes importantes. Foi revelado no Santa Cruz, de Recife. Está com 43 anos e é Presidente do Mogi Mirim. Nesta semana, depois de 16 meses de aposentadoria, voltou a jogar pelo clube. E foi o mastro na vitória sobre o Náutico, clube de Pernambuco.

          - Juninho Pernambucano: Está com 40 anos e parou de jogar aos 39. Talentoso, foi revelado no Sport Recife. Destacou-se no Vasco da Gama, no Lion, da França, e na Seleção Brasileira. Foi um dos melhores cobradores de falta da história do futebol mundial.

          - Zé Roberto: Profissionalizado na Portuguesa de Desportos, jogou em diversos clubes brasileiros e em três dos maiores da Alemanha, além do real Madrid, da Espanha. O paulistano está com 41 anos e atua no Palmeiras, de São Paulo. Corre muito, é habilidoso, atua no meio do campo e na lateral esquerda, cumprindo suas funções com maestria.

          - Rogério Ceni: Natural de Pato Branco, no Paraná, foi revelado pelo SINOP, do Mato Grosso. Está com 42 anos e é titular do São Paulo desde 1997. É o jogador que tem o maior tempo e o goleiro que mais  jogos fez por um único clube no mundo. Goleiro-artilheiro, já marcou 129 gols em pênaltis e faltas. é respeitado pelos torcedores, inclusive pelos torcedores adversários. Na seleção brasileira, nunca conseguiu o mesmo brilho que no clube, até mesmo porque não foi bem aproveitado porque, ironicamente, o achavam "velho demais".  Exemplo de profissionalismo e seriedade, certamente que se tornará dirigente do clube em que atua quando parar com o futebol.

           Ora, um bom jogador alia habilidade a uma boa condição física. E, sua habilidade, consegue melhorar com o treinamento´. O condicionamento físico, com a boa preparação. E, para manter isso, disciplina alimentar e corporal.

           Um time ideal é sempre composto com atletas experientes bem "conservados" e com bons dotes técnicos. E com jovens também habilidosos velozes e cheios de energia. O conceito "velocidade" substitui o de força, atualmente. Mas, no momento, estamos vendo milhares de jogadores que correm muito, ganham muito dinheiro, arrumam bem o cabelo e fazem-lhes  cortes exóticos, escrevem bobagens na internet e, quando precisamos deles, não jogam nada! É isso mesmo!

Euclides Riquetti
08-07-2015

Desenhei um coração num papel de seda

Desenhei um coração num papel de seda
E nele escrevi versos de amor e paixão
E quero agora  apenas  que você os leia
E que retribua com um de sua própria mão.

Quero que guarde meu coração-poema
E que me entregue o  que você escreveu
Pra ter certeza de que com este sistema
Terei o seu e você terá o poema meu.

Um poema simples, curto, mas sincero
Com palavras escolhidas  com todo o cuidado
Um poema assim  é apenas o que eu quero.

Quero que ele  me seduza e  contagie por inteiro
E que me deixe ainda muito mais enamorado
Pra viver um sentimento puro e verdadeiro!

Euclides Riquetti
08-07-2015






A Grave Crise na Grécia

          O mundo acompanha, mais curioso que atento, os problemas da Grécia com relação à União Europeia e à Zona do Euro. A Grécia está quebrada, seus bancos estão endividados. O País deve "um pib e meio", Ou seja, 150% do que movimenta no ano. É uma dívida astronômica, coisa difícil de se dimensionar e entender para quem não acompanha assuntos de Economia.

          Por sua vez, o Banco Central Europeu, que tem alimentado com euros os bancos gregos, diante da reiterada situação de inadimplência destes, sempre forneceu dinheiro a juros cada vez mais altos. A dificuldade grega vem crescendo faz tempo e se agravou com a chegada de Aléxis Tsipras ao cargo de  Primeiro Ministro. Este, propôs um plebiscito, realizado no último domingo, para ver se os gregos concordavam ou não com as propostas da União Europeia de controlar seus gastos, inclusive reduzindo os valores das aposentadorias.

          A Grécia é conhecida por sua história, seus filósofos, o domínio das ciências humanas. Mas, diferentemente de países como a China, a Índia e o Japão, considero que ficaram no ufanismo de sua história e não buscaram alternativas de desenvolvimento tecnológico. Gastaram mais do que deveriam e podiam e agora estão endividados.

          Não acredito que sejam excluídos da Zona do Euro, como mostram as ameaças, e tenham moeda própria. Como dizem os líderes do Eurogrupo, se a Grécia ficar de fora, todos perdem. E o caso de você, leitor, leitora, ter um vizinho que lhe deve. Se você o ajudar a se reorganizar e ganhar dinheiro, pode ser que ele lhe pague. Se o abandonar, ele fica quebrado e você não recebe mais.

          Os gregos estão vivendo sob a égide do populismo recente. Você já viu países em que os governantes são populistas terem desenvolvimento firme e sustentado? Aparentemente e inicialmente, vivem bem, mas depois a coisa piora e a população passa a ter maiores sacrifícios e a miséria aumenta em seus domínios.

           Como brasileiro, torço para que eles entrem num acordo e dividam os sacrifícios. E que o Brasil se espelhe nas crises dos outros e que tenha suas ações politicas pautadas no planejamento para o longo prazo. Sem nos esquecermos  de que sempre que temos facilidades, elas são seguidas de dificuldades. Sem os milagres dos últimos anos, que agora nos levam aos sacrifícios e à austeridade fiscal, que teriam sido evitados se tivéssemos tido uma condução equilibrada de nossa Economia e os gastos moderados do governo. Vale a recomendação do saudoso do saudoso Ex-prefeito de Ouro, Ivo Luiz Bazzo, meu padrinho político, que nos ensinava: "Fazer o que se pode com o que se tem"!

Euclides Riquetti
08-07-2015

terça-feira, 7 de julho de 2015

Flores com sabor de vinho, de mel...

Se te mandarem flores com sabor de vinho
Com cores alegres, sutis e envolventes
Recebe-as com afeto, amor e carinho
Guarda-as em  vasos de vidro,  transparentes.

Se te mandarem flores com sabor de mel
Com as cores mais doces, gentis e puras
Coloca-as a adornar santos num capitel
E reza pelas almas negras, cinzas, escuras.

Se te mandarem lírios brancos ou amarelos
Lembra-te de que eles são frágeis à luz solar
Embora sejam divinos, perfumosos e singelos
Guarda-os à sombra pra que possam durar.

Se te mandarem rosas simples da estação
Ou sempre-vivas, flores do campo,  margaridas
Girâneos e  mesmo cravos de máscula paixão
Absorve-os como tudo o que há de bom pra vida.

Flores com sabor de vinho, mel e com perfumes
Flores de ternura e encanto sem medida
Flores transcendem eras, lugares e costumes
Flores, o que há de melhor em nossa vida!

Euclides Riquetti
07-07-2015













Terceira Crônca do Antigamente (mais reprise...)

Reprisando minhas primeiras crônicas, as série "Antigamente":
          Já disse, sou antigo, muito antigo. Quando criança, matava a bola na canela, piscava, sujava as mãos de tinta na escola. Era o perfeito aluno-problema. Ainda bem que naquela época não tinham "Conselho de Classe" nas escolas. Eu ficava na mão de um ou outro professor, pelo menos isso me aconteceu na terceira do "Ginásio" e na primeira do "Comércio". Na terceira, a Dona Holga me deixou em segunda época em Português e Matemática, lá no Juçá Barbosa Calado, uma escola que havia em Capinzal. Era um Ginásio Normal, em que meu professor de Psicologia era o Dioni Maestri, a quem, até hoje, reservo muito carinho e devoto sincera amizade. Ele nos levou ao Cine Glória para assistir ao filme "Freud, muito além da alma", onde Freud hipnotizava as pessoas. Conseguiu ingressos "fiado e com desconto" junto ao Armando Viecelli, dono do cinema. Nem me lembro se depois pagamos ou ele mesmo pagou. Na primeira, foi o João Bronze, de saudosa memória, que me deixou em segunda época em Inglês: que coisa feia, o único aluno  da CNEC a fazer segunda época de Inglês, em 1970, ano de nossa gloriosa conquista do Tricampeonato Mundial de Futebol, no México.

          Mas, como já disse em outras oportunidades, sou mais antigo do que a Marjorie Estiano, a que era feinha, e agora nem tanto. A Fernanda Montenegro também nunca foi um exemplo de beleza, mas o talento a tornou bonita e eterna. A Tônia Carrero, privilegiada, é talentosa, bonita e eterna, mas anda escondida há muito tempo. Quando a Marjorie Estiano nasceu, em 1982, lá em Curitiba, minha filhas, Michele e Carol, tinham quase três anos. (Cá entre nós, são mais bonitas que a Marjorie Estiano). Depois de 11 trabalhos na TV Glogo, 5 peças no teatro e 2 filmes em 2011, ela vive a Manuela Fonseca, a Manu, na novela "A Vida da Gente". Casou com o Rodrigo,  pai da Júlia, filha da Ana, irmã dela. Agora o cara não sabe com qual das duas vai ficar. Mas se você for noveleiro, como eu já fui, vai saber isso tudo ao final da novela.

          Sou do tempo em que apenas parte da  Rua XV de Novembro, em Capinzal, e da Felip Schmidt, em Ouro, tinham, calçamento. O Fioravante e o Vicente Colombo, o Dário da Rosa, o Leonel Ferreira, o Miro, o Orsoletta,  o Acir Borges e mais tarde o Zezinho Gonçalino faziam calçamento com perfeição. E o Shirlon Pizzamiglio levava água com o garrafão (H20) e, com uma canequinha de alumínio, e os servia sob o calor de 36 graus.

          Sou do tempo em que aquele padre fugiu com a professora e levou o dinheiro da bolsa de estudos de meus colegas. E de quando o Edvino Dacás organizava, patrocinava  (e transmitia) jogos de futsal na quadra asperenta do Padre Anchieta, a mesma em que o Edovilho Andreis, o Vino, ralou o dedão do pé. A mesma onde muitos jovens casadoiros conheceram algumas jovens casadoiras e hoje são pais de médicos, advogados, engenheiros, professores...Ou, simplesmente, casais felizes e com filhos! A mesma onde o padre fujão estapeou um aluno alemãozinho (vou preservar o nome do colega), porque, num joguinho de cegotes, ajuntou  três lata do chão, com os olhos vendados, e era para ajuntar só uma.

          Bem, em minhas incursões memoriais lembro das memoráveis "soirées" do Clube Primeiro de Maio, que apelidavam de "Mangueirão" e da "Cabana", onde a juventude se encontrava, aos sábados, para badalar. Dos meus amigos Arnildo Ramos e Renô Caldart, com quem eu sempre tirava fotos, e eram alguns de meus leais companheiros.

          Bem, você, leitor, pode ver que, realmente, sou muito antigo, por isso mesmo tenho muitas histórias pra contar. Sou do tempo em que as pessoas deixavam de fazer algumas coisas porque era  pecado. E havia mais amizades, mais divertimentos, mais respeito. E, como diz uma amiga: Todo mundo conhecia todo mundo! Agora...nem tanto!

Aromas de amor


Sopra o vento que vem do Sul e me traz as lembranças
Sopra o vento que leva os pensamentos e deixa as saudades
Sopra o vento que me transporta até minha infância
Onde eu reencontro os lugares e as antigas  amizades.

O vento que sopra lento é o mesmo que me acaricia
Que embala as folhas que o outono ainda não derrubou
Mas que me traz de volta cestos de nostalgia
Do amor ingênuo que, teimoso, não vingou!

O vento que sopra ternamente em ares angelicais
Me traz os perfumes das flores, das águas, das delícias
Dos campos verdes, das relvas e dos florais.

Sopra o vento que sacode a folha e que bafeja a  flor
Sopra o vento que me afaga em frescores e carícias
O vento sutil  que me embriaga e  me traz os aromas do amor!

Euclides Riquetti

Adoro ouvir você cantar


Adoro ouvir você cantar
Pois quando canta, me contagia
Me traz a paz de que eu preciso
Me devolve toda a alegria!

Adoro ouvir você cantar
Pois quando canta,  eu me esqueço do mundo
Fico ouvindo e vendo seu sorriso
E mergulho num êxtase  profundo!

Adoro ver você alegre e contente
Pois sua alegria me envolve e me anima
E o meu coração também sente
Seu doce olhar  de menina!

Adoro estar perto de você
E poder dividir meus sonhos por inteiro
Beijar seus lábios e dizer
Que amo seu jeito brejeiro!

Adoro ouvir você cantar
Porque canta as românticas canções
Aquelas que me fazem sonhar
E me provocam emoções
Conjugando o verbo amar
E me trezendo recordações.

 Adoro ouvir você cantar!

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Enchente de 1983 - Foi há exatos 32 anos!

           Quantos anos tinhas no dia 7 de julho de 1983?  Então, se eras jovem ou criança, deves ter ficado com marcas em sua alma  que jamais serão esquecidas. Quem viveu as incertezas climáticas daquele início de inverno, sabe por quantas situações de anormalidade os moradores do Vale do Rio do Peixe passaram. E o mesmo ocorreu com os do Vale do Itajaí, em Santa Catarina, e os do Rio Iguaçu, na divisa entre os estados de Santa Catarina e Paraná, onde o volume de águas esteve acima dos parâmetros até então conhecidos.

          Ouro e Capinzal compõem meu cenário daquele tempo, quando eu morava em Ouro e tinha duas filhas, gêmeas, com 4 anos, Michele e Caroline. Eu era professor, atuava na Escola Sílvio Santos, e era possível perceber, já há um mês antes, que as chuvas torrenciais que caíram em junho prenunciavam novas chuvas e enchentes. Os dias alternavam-se quentes ou frios. Nos dias quentes, já era de se imaginar temporais, as águas do Rio do Peixe com elevação de seu nível normal. Na parte aos fundos da escola, as águas da chuva formavam um lago, cobrindo o pátio todas as vezes que chovia. Reclamavam que a drenagem era insuficiente, mas a cada nova chuva mais água vinha do "Morro dos Padres", e as valas e tubulações não davam conta de escoá-las. A Festa Junina, de Santo Antônio, ficou prejudicada. E, no dia 7 de julho, cedo as aulas foram suspensas, os alunos deveriam ir para suas casas, pois o rio já saía de sua caixa, os riachos da área rural estavam transbordando, e os alunos precisariam retornar para as propriedades rurais, para não ficarem ilhados em algum lugar.

          Lembro que os caminhões das Prefeituras de Ouro e Capinzal começavam a retirar mudanças das casas ribeirinhas, pois havia um histórico de enchentes que precisava ser respeitado. Dez anos antes, na Grande Enchente do Rio Tubarão, o Rio do Peixe chegara a meio metro dos trilhos da ponte férrea sobre o Rio Capinzal. A preocupação das autoridades era pertinente. Naquele tempo,  nem se sabia da existência de órgãos de Defesa Civil. As pessoas norteavam-se pelas informações que ouviam na Rádio Capinzal e na Rádio Catarinense, esta de Joaçaba. O Aílton Viel narrava, o Jorginho Soldi reportava, e todos ficavam com os ouvidos ligados ao rádio para saberem notícias. Com os ventos que precederam a enchente, foram tombadas as torres repetidoras de TV, e o acesso às informações vinha, mesmo, pelo rádio.

         Ainda na parte da manhã, lembro que o Celito Matté liderava um grupo de pessoas para por sacos de areia nas portas dos fundos do Ginásio Municipal de Esportes (André Colombo), mas, isso foi em vão, pois logo as águas adentraram à quadra, destruindo o belo piso de madeira. Foram lá para o sexto degrau da arquibancada. Destruiu documentos que estavam na Secretaria do Ginásio, peças do Museu Professor Guerino Riquetti, que estavam alojadas som a Biblioteca Municipal Prefeito Ivo Luiz Bazzo.

          No meio da manhã, com a ajuda do primo Hélcio Riquetti, retiramos a mudança da colega professora Elzira, levando para o andar de cima da casa da mãe dela. O fogão a lenha, pesado, deixamos no andar de cima do sobradinho de seu irmão Kiko, que à tardinha  também foi alcançado pelas violentas e barrentas águas do Rio do Peixe.   E os caminhões se alinhavam na Felip Schmidt e Jorge Lacerda para carregar os estoques das casas comerciais e mudanças. Em Capinzal, ao anoitecer, as águas chegavam ao Depósito do Supermercado Barcella, ao do D´Agostini, às Casas Pernambucanas, Bradesco, Rodoviária, Fórum da Comarca, Hotel Beviláqua, cobriram a ponte Governador Jorge Lacerda,  também a ponte próxima ao Moinho Crivelatti e todas as outras possíveis passagens do Sul para o Norte do Centro de Capinzal, no rio do mesmo nome. A nova Central Telefônica, da Telesc,  que havia sido inaugurada poucos dias antes, foi invadida pelas águas. Eu havia comprado telefone e só tivemos o prazer de utilizá-lo por um, dia. Depois ficamos sem, por mais de um mês, apenas com um ramal improvisado, na Prefeitura de Capinzal,

          Quando entardecia,  as águas invadiram a Praça Pio XII, em Ouro. Retiramos a mudança do colega Jerônimo Santanna, com a pick-up do Luiz Toaldo. Depois fomos retirando a da casa do amigo Selvino Viganó. Lembro que do guarda-roupas de cerejeira, novo, fixo, só pudemos levar as portas. Logo depois, riui a primeira casa acima da Ponte Pênsil, em Ouro, onde funcionou a fábrica de ladrilhos do Iraci Toigo (antes anida fora do Armédio Pelegrini). E, ao mesmo tempo, 96 casas que se localizavam entre a estrada-de-ferro e o rio, em Capinzal, foram sendo derrubadas em série, pela violência das águas.

         O Agnaldo de Souza, Agente da Estação Férrea, marido de minha colega Professora Gracita, colocou a mudança na Estação, mas a água chegou lá também. Salvou apenas uns sacos com roupas, que ficaram sujas de óleo que vinha do norte, misturado às águas...

          No Parque e Jardim Ouro, 12 casas que se situavam na Rua Voluntários da Pátria, a Beira-rio, foram levadas pelas águas. A ponte próxima à Igreja de Caravággio no Rio Leãozinho, foi coberta pelas águas, bem como a SC 303, próximo ao Ramal Lovatel. Em Snata Bárbara o Lajeado dos Porcos cobriu-se pela enchente. Em Lacerdópolis a parte próxima ao Lajeado Nair foi a primeira a ser atingida, depois toda a área central da cidade.

          Já noite, as águas continuavam a subir, atingindo a Loja D ´Agostini, a Serraria da São José, no Campo,  a tipografia Capinzal, a ferraria do Luiz Segalin, a Funilaria do Santo Segalin,  a Comercial Maestri, o Bamerindus, o Bolão Ouro, a Auto Mecânica Ouro, a Prefeitura, o Posto de Saúde, enfim, dezenas de casas comerciais e centenas de residências.

          E ficamos sem energia elétrica, sem água potável, pois o ponto de captação do SIMAE foi totalmente destruído. Nos mercadinhos e armazéns foram vendidas todas as velas que dispunham em seus estoques. A gasolina acabou nos postos. Nos açougues faltava a carne. Alguns gêneros de primeira necessidade faltavam nas lojas. As farmácias haviam sido inundadas. A Rádio catarinense anunciava que  a ponte de concreto armado Emílio Baungart, que ligava Joaçaba a Herval D ´Oeste, fora destruída. E que o Rio Itajaí e o Iguaçu faziam horrores com os moradores de cidades como Rio do Sul, Blumenau, Itajaí e Porto União da Vitória. Nossa Ponte Pênsil também teve o madeiramento de suas cabeceiras arrancado dos cabos de aço de sustentação. Enfim, foi um Deus-nos-acuda!

          Mas sobrevivemos. Cada cidade buscou, de uma forma ou outra, recuperar-se, com ajuda do Governo federal e Estadual. Blumenau, para recuperar a autoestima, criou a Oktoberfest. Em União da VItória, criaram uma área ambiental nos pontos mais vulneráveis, acima da Ponte do Arco. Em Capinzal, o Prefeito Celso Farina obteve doação de casas de madeira que foram retiradas das obras da Usina de Itaipu, as quais eram utilizadas para alojar operários em sua construção,  e as  implantou na Cidade Alta, em São Cristóvao, e  criou a  Área de Lazer" (Arnaldo Favorito) ali onde antes havia 96 casas. Também aproveitou para remover as famílias que ocupavam áreas próximas à estrada-de-ferro, acima da ponte Irineu Bornhausen, levando-as para a Cidade Alta e arborizando o local. Em Ouro, o Prefeito Domingos Boff construiu casas nos altos do Parque e Jardim Ouro, onde agora se situa o Centro Comunitário do Bairro Alvorada. E projetou  um conjunto de casas da pela Cohab, que dei continuidade na condição de Prefeito, em 1989.

          Registros fotográficos de Jaime Baratto, Olávio Dambrós e de Nélito Colombo, dentre outros, mostram a gravidade da situação na época.

          Só de lembrar me dá vontade de chorar. Agora, 32 anos depois, parece que tudo aconteceu ontem.

Euclides Riquetti

Uma manhã de inverno

Uma manhã de inverno muito fria, gelada
Um sol chegando pra dourar o dia
Uma manhã com branco de geada
Um coração tomado de muita alegria...

Uma canção tocando com belos acordes
Um sonho antigo sendo realizado
Uma canção que embala enquanto dormes
Um cenário antes nunca imaginado...

Um caminhar com vento frio no rosto
Um poemar com rimas cadenciadas
Uma vontade de te ver de novo
Uma saudade sempre, aqui na estrada...

Eu quero apenas te encontrar sorrindo
O teu sorriso lindo
Os olhos com teu brilho..

Eu quero apenas te abraçar agora
Vê se não demora
Preciso ir embora...

Euclides Riquetti
07-07-2015

Cumplicidade

Reeditei, pois é um poemeto de que gosto muito. Bem antigo...


Cumplicidade
Há uma cumplicidade entre nós dois:
Uma palavra que rima com felicidade
Há uma pequena distância que não conta
Porque depois, depois da saudade
Vem sempre o reencontro, o amor de verdade.

Euclides Riquetti

A Repercussão da Participação de Lucas & Willian na TV

          Pois no domingo, bem na hora em que ia começar o Programa Esquenta, da Regina Casé, na TV Globo, eu estava na rua, não por minha vontade, mas para resolver algumas coisas inadiáveis. Tudo bem resolvido, graças a Deus! No entanto, perdi o início do programa, as entrevistas do Lucas e do Willian, os "Meninos de Ouro", que participaram do novo quadro, denominado "Esquentanejo", apresentado aos domingos, a partir das 13 horas.

         Mas consegui ver a performance deles diante do público, uma boa apresentação. Não foram classificados para finalistas, mas deram seu recado. Procurei no G1 e vi toda a participação deles, prestando muito atenção em sua entrevista: Falaram que eram naturais da pequena cidade de Ouro, Santa Catarina. E que ganharam o primeiro violão do avô. Que o pai, meu amigo Diversino Savaris, desde os 8 anos trabalha na roça. E que aos 12 ele já conduzia um arado. Sobre o trabalho deles na roça, disseram que plantaram e colheram muito milho, soja e trigo. Cuidaram das criações e até leite das vacas eles tiraram.

          Não negar as origens é algo muito nobre, admiro isso.  Não "inventar lugar de nascimento" e sim dizer com sinceridade o que já se fez, onde se morou ou mora, o que se fez para melhorar a vida pessoal e profissional dá credencial às pessoas. Gostei que disseram que estudam na Universidade (UNOESC de Joaçaba), falaram de Ouro e Joaçaba, estudam Engenharia Civil e Ciências Contáveis,  respectivamente aos seus nomes, Lucas e Willian, estão no terceiro ano.

          Ao meu ver, deveriam ter escolhido uma música de mais apelo popular, como fizeram os seus concorrentes, o que contagiaria mais os jurados.  Mas artista é assim mesmo, escolhem aquilo de que mais gostam. Também sou assim, escrevo sobre aquilo de que mais gosto, escolho meus temas. Mesmo que com a natural timidez, "mandaram bem". Quando eram adolescentes e se apresentavam em nossos eventos, lá no Ouro, eram muito reservados. Houve uma estrondosa evolução em sua maneira de e apresentar,  são jovens e a primeira semente está lançada. Milhões de pessoas já sabem que eles existem.

          Aparecer na tela da TV Globo representa um passe de mágica. Agora é só irem fazendo sua parte aqui na região e o sucesso vai acontecer progressivamente. Estão em boas mãos, a Nativa Comunicação Integrada, sediada em Herval D ´Oeste, é uma boa agência, que está crescendo e se solidificando no mercado sul brasileiro.

          A repercussão de sua aparição no Esquenta foi grande por aqui. Falei com muita gente na rua e as pessoas estavam contentes por tê-los visto e por terem falado das cidades. Dona Carmem Brunoni, hoje cedo, me falou que viu o programa e disse: "Vi os meninos lá da sua terra ontem na TV. Gostei!

          Não posso deixar de mencionar o Jaime Telles, da Rádio Líder, que foi um dos grandes incentivadores dos meninos. Acho que o Roberto Garayo também tem seus créditos. E os pais deles, Elizete e Diversino, além de todos os demais familiares.

Parabéns, mais uma vez, Lucas e Willian.

Euclides Riquetti
06-07-2015

O prazer de estar contigo...

É nossa toda essa imensidão
É nosso o vento que acaricia minha pele
É nossa toda essa imensidão
É nosso o luar que prateia a madrugada
É nossa toda essa imensidão
É nosso o poema que a alma concebe
É nossa toda essa imensidão
É nosso o canto, sinfonia da passarada.

É nosso o infinito do céu matizado
E também são as cores do arco-íris
É nosso o desenho da planta, articulado
E também o sorriso dos rostos felizes.

É nosso esse mundo de verde, de azul, de infinito
É nosso o frescor no dia que amanhece
É nosso esse vale encantado, bonito
É nosso o sonho que a alma aquece...

São nossos a alma, o sonho, o sorriso
É meu, muito meu, o prazer de estar contigo!
 
Euclides Riquetti

domingo, 5 de julho de 2015

Segunda Crônica do Antigamente


Segunda Crônica do Antigamente   (Reprisando: escrita e publicada no blog em 29-11-2011)
Sou antigo. Bem antigo, mais do que a Marjorie Estiano. Não mais que a Vera Fischer, que é um ano mais velha. Mas sou antigo. E isso me permite ter muitas lembranças. Lembranças do Cine Farroupilha, de Capinzal,  que amanheceu em cinzas, num domingo do final dos anos 60. Da desativada fábrica de refrigerantes da família Brambilla, ali onde é a Escola Sílvio Santos, no Ouro, que também amanheceu queimando, poucos dias depois. Já haviam queimado a Capela de Nossa Senhora dos Navegantes, ali na esquina da Formosa com a Pinheiro Machado...

Lembro do Zeca Gomes, que concorreu a Prefeito contra o Gravata e levou, numa eleição satirizando o eleito Cacareco, em São Paulo. Zeca Gomes bebia e fazia gestos, resmungava coisas quase que ininteligíveis:  "Cê tá abusando c´o deputado! Num vai mais abusá c ´o Deputado! E vinha, cambaleando, pela Ponte Nova, dirigindo-se à casa do Laurindo Biarzi, uma boa alma que lhe dava pouso e comida. Na manhã seguinte ele era outro!

Mas sou antigo. Do tempo em que as pessoas matavam  passarinho, armavam arapucas, prendiam eles na gaiola.  Do tempo em que alguns iam para a escola e outros iam trabalhar.  Só os que tinham "boa  idéia" eram escolhidos para a escola, os outros tinham que se virar. E outros iam para o Seminário...

Sou do tempo em que o Estádio Municipal, em Capinzal, era ali onde fica a Rodoviária. Nem sobrava tempo para a grama vingar. E quando não era o futebol era o Circo Robattini, com a bela Valéria Robattini) ao trapézio. Ah, quantas saudades.

Sou do tempo em que o Mater Dolorum era um casarão de madeira e diziam que no sótão tinha assombração de uma freira que havia morrido antigamente. Uma não, duas. E do tempo em que nas calçadas da Quinze havia argolas de ferro presas ao meio-fio para amarrar os cavalos. E que, na Rádio Sulina o jovem Celso Farina fazia sucesso como locutor. E que a Maria Fumaça passava pelo menos umas quatro  vezes ao dia pela estrada de ferro, buzinhando e trazendo aqueles vagões cheios de gente faceira. E outras tantas com os vagões de carga trazendo areia de Porto União, ou belíssimos automóveis importados que vinham de São Paulo e iam para Caxias do Sul e Porto Alegre.

Sou antigo, sim, e minha antiguidade me permite dizer coisas que meu coração registrou e que minha mente reproduz, com muita saudade... Sou antigo, sim, mas não tão antigo quanto a Vera Fischer.

Canção da pequepê

Café Germânico em Luzerna: delícia!

          Após participarmos, na tarde, da festa "julina" do SESC de Joaçaba, no Pavilhão Frei Bruno, onde nos divertimos e vimos belas apresentações de dança e canto folclóricos, com a neta Júlia (Jujubinha) divinamente caracterizada, à  noite fomos participar do Café Germânico promovido pela Comunidade Evangélica Luterana, em Luzerna.

          O período de inverno é a época em que muitas festas acontecem em todo o Vale do Rio do Peixe: Café Colonial, com características italianas, Noite Italiana, em Luzerna, Noite do Queijo e do Vinho, em Ouro e Noite Italiana de Capinzal, dentre outras. O Café Colonial, no Distrito de Barra do Leão, no município de Campos Novos, mas distante apenas 8 Km de Capinzal, é um dos  mais tradicionais  e frequentados da região. No próximo sábado, 11, haverá Café Colonial aqui no Bairro Monte Belo, em Joaçaba. E, ainda muitas pasteladas acontecendo.  As pasteladas são frequentes em Joaçaba e Herval d ´Oeste, estão ficando tão interessantes quando as festas "do xixo", na região de Porto União da Vitória. Claro que lá são muito bem estruturadas e já tradicionais, atraindo muita gente.

          As Festas Juninas e Julinas, com os folguedos de São João, Santo Antônio e São Pedro, acontecem por aqui desde que eu me "entendo por gente". Na adolescência, fazíamos fogueiras no meio da rua, ali no Ouro, próximo à Ponte Nova. Em Porto União, na década de 1970, participei das festas do Bairro São Pedro, onde faziam a "maior fogueira do mundo".

          Pela  primeira vez participamos de um café com características germânicas. Surpreendentemente bom, com organização e delícias de "excelência". A amável e respeitosa recepção, as mesas com louça e talheres bem dispostos, tudo muito limpo e organizado. Os bufetes com os salgados e os doces em separado. Uma equipe de senhoras cuidando disso, uma equipe formidável na Copa/cozinha, os garçons passando pelas mesas com os bules de Café com leite, café preto e ainda chá. Um telão com gente dançando e cantando, evidenciando o caráter germânico. Tortas e doces e salgados típicos indescritíveis. Só experimentando para poder sentir o quanto gostosos são.

          Lá também reencontramos amigos. A Família Patzlaf, do amigo Valdir. Gente simpática e agradável, que conhecemos numa de nossas viagens a Gramado. E outros amigos e conhecidos.

          Quando a gente participa de eventos gastronômicos ou culturais em nossa região, não há como não estabelecer comparações com outros lugares. Sempre digo que nosso Sul do Brasil é inigualável. E, o Vale do Rio do Peixe, um lugar maravilhoso. Muitas opções, muita comida boa, diversidade cultura e diversidade gastronômica.

Parabéns, Comunidade Evangélica Luterana de Luzerna!

Euclides Riquetti
05-07-2015