sábado, 25 de fevereiro de 2017

Uma oração para você


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Quando o céu parecer mais azul, atrás dos montes,
E as tímidas árvores receberem os primeiros raios de sol,
E as flores fizerem a vida mais colorida,
E até mais azuis ficarem as águas das fontes...
Então estarei pensando em você, menina!

Quando quente o tempo estiver em dezembro,
E eu estiver um pouco mais velho do que agora,
E minhas noites ficarem tristes sem seu calor,
Mesmo que eu não saiba onde você esteja vivendo,
Eu estarei pensando em você, querida!

Mas o tempo não para e chegará o outono!
As folhas,  já pálidas como eu, cairão sobre a terra,
Virá o vento e nuvens escuras cobrirão o céu,
A chuva fria molhará o meu rosto sofrido...
Mas estarei pensando em você, meu bem!

E quando o inverno chegar novamente,
E eu andar pelas ruas ao encontro do nada,
E como hoje o vento soprar fortemente,
Pensarei em você sem rancor, com saudes...
Pois quem errou fui eu, meu amor!


Euclides Riquetti

Composto no inverno de 1973
e publicado no livros "Prismas - volume IV, da Coleção
Vale do Iguaçu", em União da Vitória - PR - em 1976,
(com ilustração).

Carnaval de Joaçaba, o melhor do Sul do Brasil, vem aí, minha gente!

LIESJO – Popup

         Tudo pronto para a primeira noite de desfiles das escolas de samba de Joaçaba e Herval d ´Oeste, na Avenida XV de Novembro, em Joaçaba. Na noite de sexta, 24, cerca de 7.000 foliões se divertiram na arena do Carnafolia, localizada na Praça da Catedral, no centro da cidade. Na noite deste sábado, desfilam na Avenida do Samba as escolas Acadêmicos do Grande Vale e Unidos do Herval, a partir das 21 h e 30 min.  A Acadêmicos traz o tema: "O Planeta Água em Nossas Mãos" e a Unidos, "Eu profanei, pulei, brinquei, foram as ordens do rei", em que conta a história do carnaval do mundo.

          No domingo à noite, a Aliança busca conquistar seu pentacampeonato com o tema  relativo às pedras preciosas: "Viajei... Joias Busquei... com as pedras verdes sonhei.... A Escola Vale Samba, que não participará da competição deste ano, apenas fará uma homenagem especial aos que marcaram sua história.   Após, a presença de um trio elétrico na avenida, para a alegria dos foliões.

          Os que apreciam nosso carnaval podem vê-lo através dos sites www.radiocatarinense.com.br e www.ederluiz.com.vc

Euclides Riquetti
25-02-2017




Quando doerem nossos braços


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Quando doerem em nossos  braços
As dores dos anos que passaram
Tomados de fadiga e de cansaço
Por tudo aquilo que já suportaram...

Quando doer nossa alma nevoenta
Que perdeu o branco por pecados
A beleza da manhã estiver cinzenta
E sonhos forem marcas do passado...

Quando o horizonte se encurtar
E se alongar a história já vivida
E não tivermos por quem esperar
Porque já foi passado a nossa vida...

Quando os olhos não verem beleza
Nas paisagens antes coloridas
E o frio só nos trazer a tristeza
Nas madrugadas antes divertidas...

Precisaremos relembrar dos anos
Em que vivemos tudo intensamente
Dos momentos sacros e profanos
Que fizeram nossa alma tão contente.

Precisamos ver que valeu a pena
E que a vida nos fez muito bem
Que vivemos glórias e dilemas
E que me fez feliz  como ninguém!

Euclides Riquetti
25-02-2017

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Se o seu rosto estiver triste...


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Se o seu rosto estiver triste, estará o meu certamente
Se, no entanto, ele estiver feliz, o meu também sorrirá
E, se os seus olhos estiverem brilhando intensamente
Brilharão os meus também como o sol lhe brilhará.

Se a sua voz estiver meiga e docemente carinhosa
A minha esperará por suas palavras tão divertidas
Mas se o seu perfume me atrair de forma contagiosa
Me perderei nos desejos e nas ideias pervertidas....

Se você exercitar a bondade que se esconde em sua alma
Verá que isso fará muito bem pra você e para mim
E você encontrará o universo da harmonia e da calma
Um mar de alegria e felicidade que nunca terá fim.

Euclides Riquetti
24-02-2017




Brilho para teus olhos, força contra o que te deprime...


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Peço a Deus que o sol te aqueça nas manhãs de inverno
E que o vento fresco venha te afagar nas tardes de verão
Assim como peço que as estrelas, num movimento eterno
Te abençoem nas noites longas e protejam o teu coração...

Peço que as andorinhas te tragam os melhores recados
Ao sobrevoarem o telhado de tua casa, trazendo alegria
E que,  nas horas em que teu coração se sentir desolado
Tu te lembres de meus versos, de todas as nossas poesias.

Peço que as chuvas lavem os caminhos onde que tu pisas
Que o belo colorido das flores nas plantas sempre te anime
E Deus te dê tudo o que for bom e do que tanto precisas:
Brilho  para teus belos olhos, força contra o que te deprime.

Euclides Riquetti
24-02-2017

Pelos oceanos da paixão


Viva, intensamente, todos  os  seus momentos
Viva a alegria, muito mais  com  seu coração
Dê asas a todos os seus melhores sentimentos
Navegue, sutilmente, pelos oceanos da paixão.

Viva, porque viver é uma bênção divina e cara
Porque viver é o grande dom que Deus nos dá
Porque viver  é nossa joia mais preciosa e rara
É o nosso pão e o vinho, é nosso melhor  maná.

Viver em harmonia, entregar-se e receber amor
Andar com pés descalços nas areias ou na relva
Render-lhe, com toda a devoção, o devido valor.

Cuidar para que ela jamais venha a ser abalada
Pelos infortúnios advindos desta impiedosa selva
Viver pelo amor, para amar, viver para a amada!

Euclides Riquetti
17-11-2015

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Caminhar juntos... em alguma estrada!


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Caminhar juntos, depois afastar-se
Lembrar do sorriso, e  imaginar...
E então...   reencontrar-se!
Rever-se, entender-se,  com  apenas  um olhar
Caminhar juntos, em direção ao nada!
Caminhar juntos, pensar, sonhar..
E mais nada!

Sorrir o sorriso que diz tudo
Acenar o aceno da alma leve
Dar falas ternas ao coração que está  mudo
Não dizer adeus, pois a despedida fere...
Ver-nos-emos de novo, ao longo da estrada
Ver-nos-emos de novo, num momento breve
Em alguma estrada...

E, no encontro de todos os caminhos
Nos aclives e declives, com ou sem espinhos:
Você!
Mesmo quando tudo parecer longe, distante
A silhueta divina, doce, elegante:
De novo você!  Para caminharmos juntos
De novo
Eu e você! Só nós dois...

Euclides Riquetti

Ponte Pênsil Padre Mathias Michelizza (liga Capinzal e Ouro)


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          Os Distritos de Ouro e Rio Capinzal, na terceira década do Século XX, pertenciam ao Município de Campos Novos, de vasto território envolvendo o Planalto Catarinense e o Vale do Rio do Peixe.

           Um fator de dificultava a vida da população dos mesmos, principalmente dos moradores da margem direita do Rio do Peixe, era a falta de conexão entre os dois povoados, uma vez que apenas o serviço de balsa e botes era disponível para o transporte de pessoas e produtos de um para o outro. No lado Rio Capinzal,  havia a Estrada de Ferro, inaugurada em 20 de outubro de 1910,  ainda diversas indústrias, hospital,  um comércio bem organizado e até hotéis. No lado de  Ouro, o comércio era bem ativo e a produção agrícola muito forte, até por causa da vocação de seus colonizadores, descendentes de italianos originários da Serra Gaúcha.

          Em 1932, estando em bom estágio de desenvolvimento, precisavam construir uma ligação fixa entre os dois povoados. Então as comunidades, lideradas pelo Sr. José Zortéa, uma pessoa de alto espírito empreendedor, com grande agilidade e muio criativo, fez projetar uma ponte de madeira, sustentada por cabos de aço assentados em pilastras também de madeira. Coube aos Srs. Otávio Ferro e Aníbal Ferro formarem a equipe de trabalho e executarem a obra, pois tinham grandes conhecimentos em crpintaria e marcenaria.

          Para financiar a obra obtiveram, através do Município, uma pequena ajuda do Governo do Estado, mas o custos maiores foram bancados pelos moradores dos dois Distritos. Depois de quase dois anos desde a concepção do projeto, a ponte ficou pronta e teve sua inauguração em 1934, numa concorrida solenidade, quando o Padre Mathias Michelizza, um dos grandes incentivadores da obra, atravessou-a a cavalo. Na parte localizada em Rio Capinzal, havia sobre ela uma Casa de Pedágio, onde os usuários pagavam para passar de um lado a outro. À época,  era considerada a terceira ponte do gênero no mundo.

         Porém, por ocasião da grande enchente de 21 de junho de 1939, ela veio a ruir pela força das águas do Rio do Peixe, que atingiram, inclusive, a Rua da Praia, hoje Rua Governador Jorge Lacerda, e a Felip Schmidt. O local onde se situa a Praça Pio XII foi totalmente inundado. Fora uma enchente sem prcedentes. Também houve alagamento na área central da Rio Capinzal.

          Mas nossa comunidade, muito unida e determinada, contratou um responsável técnico, o Engenheiro Austríaco Máximo Azinel, que também teve o apoio do prático,  também austríaco,  Antônio Holzmann, e conseguiram reconstruí-la, agora com pilastras de concreto e com um vão central de 84,50 metros e ainda a parte de extensão imóvel. Hoje, na totalidade, atinge 142 metros. A segunda ponte exigiu um investimento de Cr$ 200.000,00 (Duzentos mil cruzeiros), e houve a participação do estado com Cr$ 90.000,00. Os Cr$ 110.000,00 faltantes e ainda muitos serviços, foram bancados pelos moradores dos Distritos de Capinzal e Ouro. Foi inaugurada em 1945. Os nossos benfeitores guardam, até hoje, plaquetas metálicas em que consta serem "sócios" do emprendimento.

          Cabe mencionar que tinha uma largula de 3,5 metros, o que possibilitava a passagem de carroças com tração animal e de pequenos caminhões, os quais transportavam artigos de consumo de Capinzal para o Ouro,  e suínos deste para serem abatidos no Frigorífico Ouro, mas que era localizado em RioCapinzal, ali próximo da Estrada de Ferro.

         Alguns anos depois da inauguração da Ponte Irineu Bornhausen, a chamada "Ponte Nova",  inaugurada em 06 de janeiro de 1955, a pista da Ponte Pênsil foi estreitada, ficando na largura atual, apenas permitindo-se a passagem de pedestres.

          Na enchente de 07 de julho de 1983, ela foi parcialmente destruída, sendo reconstruída pela ação dos Prefeitos de Capinzal, Celso Farina, e de Ouro, Domingos Antônio Boff. Entretanto, na segunda metade do ano de 1984, pouco tempo após a sua reconstrução, um violento vendaval seguido de ciclone atingiu a área central de Ouro, levando parte da cobertura de alumínio do Ginásio Municipal de Esportes André Colombo e derrubando a ponte.

         Foi uma cena horrível: A cidade escureceu na meia tarde, virou tudo noite, vieram fortíssimas rajadas de vento, o ar frio misturava-se ao quente, formava redemoinhos, as pessoas se agarravam aos postes e mesmo aos pneus dos carros estacionados na rua Felip Schmidt para não serem levadas pela sua força. E, num dado momento, os cabos laterais de segurança foram rompidos, a plataforma de madeira foi lançada ao ar sentido Sul/Norte, até a altura do topo das colunas altas que sustentavam os cabos de aço.

          Com o represamento do vento, foi tanta a força exercida, que as pilastras de concreto quebraram-se ao meio, na altura da plataforma, caindo tudo dentro do Rio do Peixe. Custou-me acreditar que isso tivesse acontecido. Presenciei a cena da janela da sala do Pré-escolar da Escola Prefeito Sílvio Santos, para onde corri quando percebi que vinha a escuridão. Preocupei-me porque esta era uma casinha de madeira, ao lado do prédio principal da Escola.  Com calma incentivei as crianças da Professora Neusa Bonamigo a "brincarem de se esconder" debaixo de suas mesinhas. Formulei uma brincadeira de nos escondermos, pois tive medo de que a edificação também desabasse sobre eles. A professora logo entendeu o que eu estava fazendo e o porquê. . Eu apontava o dedo para a janela sugerindo que fosse olhar sem as crianças notarem aquele cenário desolador. Fazia sinais e ela não imaginava a cena de horror que se passava lá fora. Eu não queria que as crianças se assustassem, mas entendeu que algo se passava e alojou os pequenos sob suas mesinhas.  Evitamos  que as crianças percebessem o que se passava. . Felizmente, nada de mal  lhes aconteceu.

          Alguns minutos  depois, a ocorrência de chuva. Um aluno nosso e o filho de uma professora, nossa colega, estavam sobre a ponte, mas conseguiram escapar de cair no rio ou serem atingidos pelos materiais da ponte. Caíram fora das águas. Tudo terminou bem. Mas as águas subiram e levaram todas as madeiras embora, de novo...

          No ano seguinte, 1985, foi reconstruída, com o aproveitamento das bases dos pilares e a fixação dos pórticos de sustentação dos cabos de aço sobre essas. Fizeram furações verticais nas pilatras restantes e conseguiram "chumbar" as colunas sobre elas. Tudo ficou bem novamente. Houve substituição do madeiramento por duas vezes, desde então, em 1991 e em 2005, , ficando no mesmo padrão, com o objetivo de preservar seu modelo arquitetônico, uma verdadeira obra de arte. Está ali, impondo sua simplicidade historica, majestosamente, sobre o nosso Rio do Peixe!


Euclides Riquetti
24-05-2013

Aceite meus versos como se fossem rosas






Aceite meus versos como se fossem  rosas delicadas
Leia-os com o doce sabor de seus lábios vermelhos
Livre como as garças que voam elegantes e encantadas
Alente seu coração, acalente e alma e alimente os desejos
Seja mais que  a musa que inspira as canções eternizadas....

Apenas abra-se a eles, sem nenhuma condição a impor
Receba-os com amor, frutos de  minha  tênue  inspiração
Creia nos propósitos, nas palavras, nos sonhos do sonhador
Dono  de sentimentos nobres que se transformam em paixão .
Antes de fechar seus  olhos para seu  sono reparador
Atice os seus pensamentos que navegam na imensidão
Diga, então, que também me quer,  e me deseja com ardor.

Idealizada, imaginada, concebida com elegância extremada   
Divinamente descrita nos versos mais bonitos e singelos
Avalanche de amor, de sedução, uma pintura redesenhada
Discretamente, mando-lhe rosas vermelhas ou lírios amarelos
Andante do universo estrelado, musa bela e encantada
Dádiva de Deus a semear beleza a enfeitar,  a perfumar castelos...

Euclides Riquetti

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Os Jogos Estudantis de Capinzal e Ouro (JECOs)

Restam apenas boas lembranças...


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          No primeiro ano da década de 1980 voltei a morar em Ouro. Tinha passado os últimos 8 fora, 5 em Porto União da Vitória e 3 no interiorzão de Campos Novos, Distrito de Duas Pontes, que mais tarde veio a emancipar-se, tornando-se o Município de Zortea. Em Ouro adquiri um lote na área urbana, onde fiz minha casa.

          Uma das melhores lembranças  que tenho desta cidade, é uma competição esportiva escolar que era realizada anualmente, acontecendo no Ginásio Municipal de Esportes, que mais tarde veio a chamar-se "André Colombo". Ali o esporte acontecia. De segunda a sexta-feira, todos os horários disponíveis das 19 às 23 horas estavam outorgados. Durante o dia, a Escola Básica Prefeito Sílvio Santos o utilizava para as aulas de Educação Física. Nos sábados à tarde destinava-se  à EF dos alunos do CNEC e, após estas, aos professores de nossa APROC. Nos domingos pela manhã, escolinhas de futsal. Era movimentadíssimo nosso Ginásio.

         No segundo semestre do ano, quando as escolas já tinham trabalhado as modalidades esportivas mais praticadas pelos estudantes, voleibol, handebol e basquetebol, aconteciam os JECOs - Jogos Estudantis de Capinzal e Ouro, que envolviam as escolas Sílvio Santos, Mater Dolorum, Cenec e Belisário Pena. CNEC e Mater levavam vantagem na categoria Juvenil, pois seus alunos eram egressos do Sílvio Santros e de Belisário e, consequentemente, tinham uma idade média maior, mais anos de treinamento. O Sílvio Santos, por ter também ensino noturno, conseguia atletas de porte razoável. Mas estes não tinham o mesmo tempo de treinamento que os do diurno.

          No ano em que cheguei, lecionando o Sílvio Santos, deram-me a incumbência de ser Chefe da Torcida, juntamente com a saudosa professora e futura comadre, Ivonete Bazzo. A escola fora bicampeã em torcida e tínhamos a meta  de torná-la tri. Tarefa muito difícil, mas aceita como um desafio. Incentivamos os alunos a irem ao Ginásio com roupa verde, cor da escola, criamos gritos de guerra, frases de efeito, adereços,  e toda a sorte possível de acessórios. E sabíamos que era uma tarefa muito difícil conquistar o Tri, pois nosso maior rival, o Mater Dolorum estava com os alunos que haviam feito o Primeiro Grau no SS, jogavam muito bem e, na quadra, eram fortíssimos. Fora ali mesmo, naquele ginásio, que aprenderam a jogar, conheciam cada centímetro da mesma.

          Soube que os idealizadores dos JECOs teriam sido os próprios alunos da CNEC e outros desportistas da cidade, os quais não eram professores com formação na área. Mas conseguiram implantar um evento que era o mais esperado pelos estudantes durante o ano. Era uma grande motivação a espera pelos JECOs.

          Naquele ano, lembro bem que os professores Jerônimo Santanaa/Eluiza Andrioni(Sílvio Santos), Neivo Ceigol (Mater Dolorum e CNEC) e Antônio Carlos Ruiz (Belisário Pena), dirigiam as equipes das escolas. A professora Denize Sartori, na época Bibliotecária era da base de apoio da competição.  Os JECOs nasceram pela ideia de professores e alunos da CNEC. Mário Fávero, Amarildo Boff e Renato Caldart foram também alguns dos idealizadores.  A rivalidade era grande, grande a disputa na quadra, mas, ao final, distribuída a premiação, com os troféus e medalhas, a comemoração era geral, havia o respeito, as pessoas se conheciam e os abraços selavam a amizade. Mais adiante, vieram também  a Escola Frei Crespin, O São Cristóvão, o Alto Alegre e até os alunos do Joaquim D ´Agostini, de Lacerdópolis.

          Gastamos a voz e a alma de tanto torcer. Por diversas vezes, eu puxava o nome do jurado, bem alto, como por exemplo: "Alô Ruites Andrioooooni!!!... e os alunos faziam coro, gritando: "Aquele abraaaaaço!!!", como aquela música de sucesso. Depois,  eu ia trocando o nome dos jurados e eles  secundando. Não deixávamos de torce um único momento, mesmo quando os resultados estavam adversos. Ao final da competição, o sonhado troféu de melhor torcida, nosso Tri. Objetivo da escola alcançado!

          Lembro com muita alegria daqueles tempos. À frente, com a mudança de professores e com a mudança de conceitos em relação à Educação Física, os JECOs foram extintos. Dizem que estava aumentando a rivalidade e por isso acabaram com a competição. Uma pena, pois reuniam  toda a classe estudantil das duas cidades. Depois disso, tímidos eventos isolados, uma separação que não leva a nada, e as arquibancadas quase vazias...Cidades pequenas fazendo competições isoladas. O próprio Sete de Setembro, comemorado em conjunto, feneceu.  Resta-nos lembrar também disso. Mais um elemento a compor nosso acervo saudosista. Que pena!

Euclides Riquetti
17-06-2013

Nas areias claras dos desertos


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Porei as letras de teu nome em meu diário
Quem sabe bordadas em pano de algodão
Que eu  guardarei com zelo extraordinário
Para utilizar na letra de uma nova canção.

Um nome dissílabo, talvez até paroxítono
E quem sabe uma silhueta em frente ao mar
Um nome que eu pronunciarei em uníssono
Uma tela que eu pintei apenas pra te retratar...

E, se as letras não formarem a combinação
As palavras para que eu componha os versos
Procurarei nas areias claras a inspiração:

Com uma varinha mágica  eu configurarei
Teu rosto nas areias claras dos desertos
E, se o vento o apagar, de novo eu o farei.

Euclides Riquetti
21-11-2015

Vai, Cafu!


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          O Cafu era meu vizinho quando nossas meninas tinham apenas um ano de idade. Era  pedreiro, trabalhava aqui e ali, em Ouro. Morava num anexo a um açougue desativado, do Benjamim Mioqueloto, há uns 8 metros de minha casa. Pois o Cafu tinha duas paixões: Uma menina e um menino,  e um time de futebol: O Inter, de Porto Alegre.

          Tinha bandeira do Inter, camisa vermelha do Inter, fotografias tiradas no Baira-Rio com os jogadores do Inter. Seu compadre, Dr. Vicente o levou lá para conhecer o estádio e os jogadores, e ele  tirou fotos com o Capitão Figuerôa, Falcão, Batista, Caçapava e Escurinho, todos craques daquele timão que fora campeão gaúcho numa grande sequência de vezes,  e ainda brasileiro. Numa das fotos tinha o Marcelo, um menino magrelinho, cabelos claros, filho do nosso médico. Até hoje esse menino, que agora já é bem adulto, posta fotos do Clube Gaúcho de seu coração na internet.

          O Dr. Vicente tinha um Fordeco. Um Fordeco, na década de 1970, inspirava charme e saudosismo. Equivalia a, hoje, ter um fusquinha daquele modelo que fabricaram até 1969, com aqueles parachoques cromados, que na hora de lavar davam mais mão-de-obra do que os que fizeram a partir de 1970. Gostava de desfilar com os filhos pelas ruas calçadas com paralelepípedos de Capinzal e Ouro. E, quando o Inter ganhava um campeonato, e ganhava muitos, comemoravam andando com o F-29.

          Mas, como não me propus a escrever sobre fuscas e sim sobre o Cafu, devo dizer que ele herdou o apelido graças ao de um ponteiro-direito muito veloz que jogava no Fluminense. Como ele trainava na mesma posição no Arabutã, o pessoal lá da Baixada Rubra, na antiga Siap, assim o apelidou. E, por uma acomodação da linguagem, uma corruptela da palavra, acabou se tornando o Cafu. "Cafú", pronunciado assim, mas sem acento, que a regra gramatical não permite.

          O Cafu recebia muitas visitas em sua moradia acanhada. Mas a esposa dele dava um jeito de tratar todos muito bem. Dona Eva resolvia tudo, até fazia o chimarrão. E o Cafu, na boa, sentava numa das cadeiras de palha, daquelas que o Fongaro produzia lá no Alto Algre, e acomodava o visitante. E, visita bem tratada, volta sempre. Quando chovia, era visita na certa, pois pedreiro que se preza não trabalha em dia de chuva, ainda mais se tem risco de asma. E outra coisa que não falta na caixa de ferramentas é o radio de  pilhas. Motorrádio, de preferência, com 4 pilhas médias. Pega de tudo. Até canarinhos, pombas, arapongas...

          Acomodado o visitante, a segunda parte era  a mostra do álbum  de fotografias. Virava cuidadosamente cada página, mostrava, explicava. Pois tinha até uma foto do Fordeco do Dr. Vicente, uma relíquea, com  bancos bonitos, lustrinho, rodas com raios cromados, até buzina tinha... E muitas dos jogadores do Inter.

        E, quando seu time perdia, abaixava a cabeça e ficava emburrado. Pegava um martelo e coitado  do prego que aparcesse na frente: era pancada em cima de pancada. A cerca da mangueira do açougue era o equipamento certo para suportar sua ira.

          Num em dia que foi fazer uma consulta, com o Dr. Vicente, é claro, me aparece em casa com uma caixa de papelão comprida. Eu não perguntei nada, pois cada um de nós cuidava de sua própria vida. No vidro de uma das janelas, colava santinhos do candidato adversário do meu nas eleições, provocava. Mas eu não entrava na dele... Nossa amizade era uma coisa, a política era outra. E ele era do Inter e eu do Vasco...Eles tinham o Falcão e nós tínhamos o Roberto Dinamite, que ainda não virara espoleta.

          No outro dia, quando volto da Escola onde lecionava, uma big de uma antena sobre o telhado. Pensei: "O Cafu comprou um televisor. Legal, agora a Eva vai ver novelas e as crianças vão ver o Balão Mágico. E ele o futebol".

          Na primeira oportunidade, entabulei conversa: "TV nova, Cafu?"

          "Não! É uma antena de FM. Não é de TV. Comprei um rádio FM e vou escutar a Transoeste FM, de Joaçaba. A antena é pro rádio!"

          Argumentei porque ele não comprou uma geladeira, então, que ainda não tinha. (Eu devia ter ficado quieto e não me metido na vida dele...)

         E ele respondeu-me: "A minha já tá chegando. Mais uma semana e você vai ver quanto frio vai fazer a partir de junho. Quem precisa de geladeira com um frio desses que vem aí?!"

         Esse era o Cafu!  Andei assuntando e me parece que se abriga  ali pelas bandas de Herval d ´Oeste. Ainda não obtive o endereço, mas vou encontrá-lo uma hora dessas. Quero ver aquele álbum com aquelas valiosas fotos dos maiores craques que o Inter já teve. E rever o Cafu e, de repente, reencontar suas crianças, que já devem estar bem grandes!

Euclides Riquetti
02-06-2013

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Sentir-te na noite, desejar-te no dia...



Navegar por águas claras e tranquilas
Velejar por mares de amor e de paixão
Reviver todas as emoções e repeti-las
Mergulhar nesse  paraíso à exaustão...

Sonhar com flores, com anjos e sereias
Perder a vista no azul que borda o céu
Deitar-se no calor dos grãos de areia
Inspirar-se em leves nuvens cor de véu...

E, depois dos sonhos e de teus alentos
De teus abraços e dos teus carinhos
Entregar-nos ao doce frescor dos ventos.

Então, guardar o teu perfume e tua magia
Desviar-se  das pedras vis e dos espinhos
Poder sentir-te na noite, desejar-te no dia...

Euclides Riquetti

Dor de Cotovelo do Vice-presidente da Ponte Preta...






O Vasco da gama, do Rio de Janeiro, contratou Luiz Fabiano, o Fabuloso, que vinha atuando na China e está com 36 anos de idade. Como é originário da Ponte Preta, de Campinas, seu Vice-presidente ficou indignado...

Ora, ele precisa entender  que os jogadores de futebol são, na maioria, assim mesmo. Valorizam muito os fator "dinheiro". Postei um comentário no side G-1 sobre o que penso daquele clube"


"Sou Vasco, mas sempre simpatizei com a Ponte Preta. Vi um jogo com Dicá e Manfrini, talvez os maiores ídolos de sua história, no estádio Antiocho Pereira, em União da Vitória, no início dos anos de 1970. . No mês de janeiro fui a Campinas e inclui em meu roteiro visitar o estádio Moisés Luccarelli. No entando, o recepcionista disse que era impossível sequer dar uma "OLHADINHA" NO ESTÁDIO e que eu deveria voltar em uma semana para isso. Ora, uma semana depois? A essas alturas, eu já estaria de volta a Joaçaba-SC-onde moro. Encontrei um cara que era dirigente, na rua. Disse-me que, se eu voltasse à tarde,  iria dar um jeito de eu entrar para uma foto. Frustrado, não comprei NADA na loja da Ponte. Havia DVDs da história do Dicá, camisas , bonés, etc. Coleciono bonés... Quase que comprei um no camelodromo, mas não o fiz porque achei que era pirata. E, agora, só posso rejeitar tudo o que se relaciona à mesma, E, como nunca mais voltarei a Campinas, vai ser um estádio que jamais conhecerei. Falta de habilidade do recepcionista. Sou escritor e imaginava escrever uma bela história sobre o clube.Agora...
nada mais!"

Os clubes deveriam ter um local de livre acesso para que torcedores, simpatizantes e turistas fosse fotografar e conhecer os estádios.

Apenas isso, bem assim!

Euclides Riquetti
21-02-201


Sabor showkinho!


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Ainda dividirei com alguém
Um beijo sabor showkinho
Pra que possa me sentir bem
Feliz tal qual um passarinho...

Sabor gostoso de chocolate
Aroma doce que dá o prazer
Com gosto de lábio escarlate
E com vontade de te querer.

Um beijo pra nunca esquecer
Pra gravar e deixar guardado
Algo que nos ajude a viver
Ardente, infinito e desejado!

Que seja showkinho já agora
E que seja também cedinho
Pra deliciar-me não tem hora
Desde que tenha showkinho!

Euclides Riquetti
23-11-2015

Gramado: Atrativos Turísticos na Serra Gaúcha

  

          A região da Serra Gaúcha é pródiga em atrativos turísticos naturais. Posso assegurar que tem lá o equivalente ao que há no litoral catarinense. Aqui em Santa Catarina, belíssimas praias, muito sol. Nossa propaganda é o sol e o calor no verão e... muita gente bonita. Lá, o frio, a irregularidade topográfica, os vinhedos, muitos empreendimentos de cultura e lazer e... muita gente bonita também!
          Ora, dizer que somos privilegiadíssimos é redundante, é chover no molhado. É preciso ver, estar presente, sentir o clima, fazer a interação devida e sim, poder dizer: Nosso Sul é um verdadeiro paraíso! Caxias do Sul uma cidade industrial basicamente colonizada por italianos, onde se realiza a grandiosa Festa da Uva. Bento Golçalves, com o Caminho de Pedras, os parreirais e as cantinas de vinho de altitude que competem com os melhores do mundo. E o conjunto Nova Petrópolis/Gramado/Canela com sua grande evolução em termos de nos ofertar suas confecções, os chocolates, sua cultura, natureza e  e os empreendimentos arrojadíssimos.

           Algo que muito nos encantou, em Gramado, foi a visitação ao conjunto de museus que é oferecido para um pacote de visitações. Sabe, leitor, aquele dia de chuva que você precisa cuidar-se um pouco e buscar atrativos "indoor"? Pois dois núcleos de museus, com dois departamentos cada um, salva o seu dia. O primeiro, o Museu de Cera: Simplesmente fantástico. Eu já o conhecia de reportagem televisiva, mas estar lá, presente, até tirar fotos com personagens da arte cinematográfica é simplemente maravilhoso:  Estátuas que parecem reais,  de Michael Jackson, Elvis Presley, Marylim Monroe, Lady Di, Woopy Goldberg, Paul Mac Cartney, Elton John, Indiana Jones, Ayrton Senna, Santos Dummont, Charles Chapplin, Einstein e outros é algo divino e que nos leva a pensar o quanto o ser humano já evoluiu em termos de técnicas de reproução de imagens físicas ou digitais.

          Em anexo a este, o Harley Motos Show, com suas potentes e clássicas motocicletas Harley-Davidson, com uma dezena e meia de exemplares, decorando uma choperia, numa reprodução de um ambiente americano, é algo impagável... e inesquecível aos nossos olhos. Coisa de encantar até quem nunca sentiu nenhuma atração por esse tipo de veículo. E o som-ambiente inglês, e ornamentos de neon trazidos da Alemanha, tudo muito harminizado, fino.

          Depois, num segundo núcleo, mas dois museus extraordinários: O Super Carros, com possantes veículos importados que vão das Ferraris vermelhas até os Camaros Amarelos atualíssimos. Para quem gosta de carros, a delícia de fotografá-los e adminrá-los. Mas, quem não gosta de carros bonitos? Só  indo lá e ver para crer nas maravilhas que a tecnologia moderna nos pode oferecer.

          E, finalmente, o mais extraordinário deles, em minha opinião, que combina com meu jeito saudosista de ser: o "Hollywood Dreams Cars". Impressionante! Logo na entrada, um Cadillac Eldorado Biarritz modelo 1957, de uma cor perolizada pink, conversível, com assentos brancos, tudo devidamente harmonizado, díficil de se imaginar que, há mais de 50 anos, pudessem fabricar carros com tamanha tecnologia e beleza.  E, mesmo que você procure intensamente com seus olhos, estará longe de encontrar qualquer defeito em sua conservação.

          Parece que reuniram toda a coleção de preferência da geração Elvis Presley e colocaram lá para que víssemos. Ford, Lincoln, Mercury, Chevrolet, todos com suas irretocáveis pinturas originas e seus estofamentos exuberantes. Que maravilha! Tem razão o locutor que recebe os turistas em dizer que o automóvel americano era o sonho de todo o endinheirado brasileiro nas décadas pré 1960.

          Tudo isso, os quatro museus, em dois pontos diferentes da cidade, você pode visitar por R$ 70.00, (R$ 60,00 para grupos de turistas).

            É porque os atrativos são diversificados na região  que para lá se dirigem milhões de turistas todo o ano, de todas as procedências. Há opções de lazer, compras,  hospedagem e gastronômica,  para fazer com que o turista sempre deseje voltar. Foi meu quarto tour por lá, mas pretendo ir outras vezes. Que Deus permita que viva muitos anos e possa conhecer os que ainda não o fiz. Eu recomendo para você também!
     
Euclides Riquetti
31-08-2013

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Doces palavras


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Doces palavras, é bom ouvir
Como é bom sonhar acordado
Como é bom o luar prateado
Como é bom ver-te sorrir.

Adoráveis carícias, é bom sentir
Como é bom sentir o afago
Como é bom nadar no lago
Como é bom ficar perto de ti.

Tua voz que na noite me chama
Que vem no sonho bem real
Vem para animar meu astral
Vem pra me dizer que me amas.

Receber teu amor, como o poeta diz
Me ajuda   a viver contente
Me faz sentir-te sempre presente
É estimula a  viver e ser feliz!

Euclides Riquetti

Esvazia teu coração

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Esvazia teu coração do que não te faz bem
Joga fora tudo o que não serve pra ti
Despe-o de tudo o que acumulaste ali
Livra-te de tudo conforme te convém.

Esvazia teu coração cumulado de erros
Joga para a terra as experiências inservíveis
Despe-o das lembranças frágeis e sofríveis
Livra-te de tudo o que te causa os medos.

Coloca  dentro dele os  meus versos francos
Sinceros mensageiros que te levam conforto
Mistura-os com teus dotes e teus encantos.

E, quando constatares que já raiou a aurora
Quando perceberes que ele não está mais morto
Abre-o para receber novas  paixões de agora.

Euclides Riquetti

domingo, 19 de fevereiro de 2017

Cuida bem de teu corpo e de tua mente


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Cuida bem de teu corpo e de tua mente
E da tua alma que me parece inquieta
Evita aborrecer-te, pura e simplesmente
Procura encontrar a felicidade completa.

Não deixes que nada, nada te incomode
Procura superar as tuas inconveniências
Se hoje a vida te desafia e te sacode
Amanhã desaparecerão as turbulências.

Encontrar soluções para os problemas
Rezar, pedir a Santa Proteção Divina
Enfrentar os infortúnios e os dilemas
Recuperar tua confiança e a autoestima.

Apenas isso, bem assim!

Euclides Riquetti
19-02-2017

O Segundo Encontro da Família Richetti/Riquetti em Cascavel - PR

 

 Na preparação para o encontro de Capinzal - SC, dias 21 e 22 de abril  de 2017:

  

  Grupo de Cantoria Italiana e Danças da Família Richetti em Cascavel

 

            Estivemos em Cascavel neste sábado. Não poderíamos, jamais, deixar de participar do Segundo Encontro da Família Richetti, que é organizado pelos primos filhos dos meus tios Marcelino e César, irmãos de meu pai, Guerino. Estavam lá muitos dos Richetti, Ricchetti e Riquetti. Do Sul, do Centro-oeste e do Paraguai.  Em Cascavel e região, reside a maioria dos filhos dos tios Marcelino e César, irmãos de meu pai.

          Os do Tio Marcelino eram originários de Rio Pardo, interior de Campos Novos e para lá se dirigiram há uns 50 anos. São pioneiros no bairro Nova Cidade, onde ajudaram a fundar e erigir a Igreja de Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos. Iniciaram-se nas atividades de marcenaria, passaram a produzir carrocerias de caminhões e, com o passar dos anos, a descendência numerosa foi diversificando auas atividades e ocupações, mas mantendo-se unidos enquanto família. Os filhos do Tio César e da  Tia Rosina (Baretta), no bairro São Paulo, desenvolveram serviços em oficina mecânica e fornecimento de peças de reposição para veículos automotores.  Nossos primos criaram sólidas raízes na cidade.

          No sábado, fui um dos primeiros a chegar, antes das sete horas, sendo recebido pelo primo Alceu. Logo depois chegou a Cristiane, veio toda arrumada, já havia, como ela mesmo disse, ido ao salão arrumar o cabelo e fazer maquiagem, queria estar bem na foto.  Postei-me à entrada e fui cumprimentando os que chegavam. O Primo Jaime, uma liderança familiar e cultural  incontestável, a Rosane, com seus filhos, o José Luiz, de Campo Grande, MS, dos Richetti de Paraí, o casal Nestor e Iracema, de Porto Alegre. Depois a Neiva Scalsavara com seu marido italiano Alessando,  e o menino Lorenzo. A Vero com a Eduarda, o Luciano e o Claudinei; o Celso, liderando a turma de Paraí. E fui reconhecendo alguns como o Giovane (marido da Cris) e a menina Brendha;  a Marinês e o Guisti, que no ano passado nos brindaram com suas danças; o primo Nilvo, o Juvelino, a Dilma e todos os outros, impossível enumerar. O Orlando Surdi com a prima Deonilda e os filhos também muito simpáticos e solícitos.
  
          Depois do café, a belíssima celebração da Santa Missa, com a participação do Tio Victório, a esposa e a Tânia, e os primos Sérgio, Nilson Maicon, de Ouro e Capinzal. Revi a Monalysa com o Samir e a Valentina, mais a prima Adiles, que vieram de Florianópolis. Foram  muitos abraços, belas lembranças que ficarão em minha mente para sempre. Na missa, comentada pela Rosane, os jovens tocando e entoando belas canções. Emoção em ouvir "Nossa Senhora", aquela canção do Roberto Carlos. A entrada apoteótica, com três meninas, a Eduarda e as duas meninas Dartora, numa bela coreografia, seguidas de uma família de imigrantes italianos, depois um grupo de parentes vestindo a camiseta do evento, na cor branca e com mangas curtas em vermelho e verde, as cores da Itália. E o Medalhão símbolo, confeccionado em couro, tudo muito harmônico. Cerca de 50 pessoas no cortejo coreografado, uma árvore com os nomes dos Richettis já falecidos. Tudo muito emocionante e bem organizado, as letras das canções em dois telões.

         Ao meio-dia o almoço, com um delicioso costelão no cardápio e, à tarde, a programação cultural, esta simplesmente espetacular. Uma encenação intercalada com diversas performances de dois grupos elegantemente trajados,  em suas vestimentas com características da imigração italiana, apresentando danças muito bem coreografadas. Na abertura, o Jonathan, filho do primo Jânio, surpreendeu a todos ao chamar a manorada Amanda, entregando-lhe uma flor e pedindo-a em casamento. Pedido feito, pedido aceito.  Isso emocionou muito os presentes, pois foi um gesto muito romântico de parte dele, uma forte demonstração de seu amor por ela.

          Na sequência, após as apresentações, um show musical com o Jurandi e um companheiro dele, de Lacerdópolis e  o Rodriguez, casado com uma da família, professor em Curitiba, que manda bem numa acordeona e nas canções nativistas.  Uma programação bem organizada, tudo perfeito, bonito. alegre. Uma confraternização muito autêntica, singela, belíssima, contagiante. Agora, já escolhido o local do próximo encontro: Paraí, RS. Estaremos lá, certamente!

          A hospitalidade desse pessoal de Cascavel é extraordinária. A dedicação deles em organizar tudo direitinho merece nosso aplauso e agradecimento. Alías, quero agradecer ao primo Juvelino pos nos ter conduzido à Rodoviária para a volta.

Um grande abraço em todos e que venha o Terceiro Encontro dos Richetti, Ricchetti, Riquetti e agragados, em Paraí!

Euclides Riquetti
17-11-2013

Que eu gosto de você!


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Deixe-me ser
Seu perfume floral e amadeirado
Ou a chuva que cai em gotas orvalhadas
O ser desejável que quer ser desejado
O sonho das vitórias conquistadas
Deixe-me ser!

Deixe que eu seja
A canção que você canta e que me encanta
O sorriso na manhã prazenteira
A folha da árvore que balança...
A personagem autêntica e verdadeira!

Dei-me ser
O desejo que leva ao perder-se
O sentimento do fazer e do envolver-se
A canção nova e a canção velha que diz
Que é preciso viver para ser feliz...

Deixe que eu seja:
Que eu seja eu mesmo, como você é você
Que eu seja o amor que vive e que faz viver
Que eu seja o eu
Que eu seja seu
E que eu possa dizer
Que gosto de você!

Euclides Riquetti
23-11-2015

O último poema... minha homenagem ao saudoso aluno André Luiz Franquini



          "Professor, faz um poema pra mim?" - Quantas vezes ouvi essa pergunta nos anos em que lecionei lá na Escola Sílvio Santos, no Ouro!
       
          Sempre estimulei meus alunos a escreverem textos diferenciados, em qualquer modalidade que fosse. Aprendíamos a "fazer redação"  juntos. E, como sempre tive em mente de que "se aprende fazer fazendo", e que, para estimular, precisamos dar o exemplo, não apenas mandando fazer ou pedindo para que façam, eu escrevia simultaneamente. Fazer junto para que pudessem sentir que é possível, com liberdade, sem amarras e com estímulo, criar algo que possa encantar alguém. E o poema, ou qualquer texto poético, me encantam, sim!

          E, quando volto a lembrar, saudosamente, de meus alunos, lembro-me de suas atitudes, seus gestos, seus movimentos, alguns com extrema sensibilidade, leitores, criadores. Lembro daqueles que não conseguiam fazer algo extraordinário, mas eu lhes dizia que o importante era que conseguissem transmitir, mesmo que da maneira mais simples, aquilo que  sentissem. E, muitas vezes, sentiam, mas tinham alguns bloqueios, eram acometidos pelo indizível, o inefável, como dizia nosso professor de Literatura, o Francisco Filipak, lá na Fafi, em União da Vitória, no início da década de 1970, quando éramos grandes sonhadores, eu e meus colegas. Sonhadores, porque almejávamos ter um bom emprego, uma carreira profissional e, quem sabe, um dia termos nossos textos publicados em algum lugar.

          Para dar uma certa materialidade ao que os alunos produziam, tínhamos um grupo de professores de Capinzal e Ouro que trabalhava unido. Dedicávamos um bimestre escolar para trabalhar a poesia na sala de aula. Dávamos as condições para que os alunos escrevessem, estimulando-os a lerem suas criacões para a turma, E alguns até tinham talento para a declamação, com serenidade e desinibição. Escreviam, liam, declamavam... Depois, eles mesmos  indicavam as que devessem ser mostradas ao público,  além do âambito da sala de aula. Organizávamos apresentações nos eventos da Escola e, parte das produções,  iam para o "Recital de Poesias", que realizávamos no auditório do Colégio Mater Dolorum. No palco deste, os alunos se superavam, recebiam os aplausos e se emocionavam.

          Um dos anos mais marcantes foi o de 1998. Realizamos o Recital, um aluno fazia a locução, ( e, destes,  dois seguiram a carreira e são bem sucedidos: o Éder Luiz, do portal ederluiz.com;  e o Marlo Matiello, da Rádio Capinzal e do portal vejaovale.com.br), e foi um evento maravilhoso. Até filmamos em vídeo. Passamos o filme nas escolas nas semanas seguintes, pois isso gerava muita motivação, já visando as ações seguintes nas escolas.

          Meu aluno André Franquini, do Ensino Médio, declamou um poema de sua autoria, muito bonito. Ele era estudioso e talentoso. Era um orgulho para seus pais e suas irmãs.  Nosso também. Vimos o vídeo, ficou muito bom. Ele estava contente. Declamou com camisa branca e um colete bordô, que guardo até hoje comigo...  E, agora,  estou eu cá, com as palavras saindo com dificuldade, não sei mais por onde seguir...

          Acontece que, numa noite da  primavera daquele ano, eu dei a última aula da noite na sala dele.  Ele me fez muitas perguntas,  era indagador, um investigador da vida, um irrequieto perguntador, mas um sereno e educado ouvinte. E emitia sua opinão com elegância, moderação. Era muito querido pelos colegas e pelos professores.

          No outro dia, fui a Joaçaba e, na volta, quando chegava ao Parque e Jardim Ouro, vi um movimento de pessoas ali na Rodovia, os policiais com suas pranchetas, algo acontecera, eu sentia em mim algo preocupante. Desci do carro e fui ver. Perguntei a uma pessoa o que havia acontecido e me disse que houve um acidente, que um menino descera pela rua lateral  com sua bicicleta sem freios, vinha freando a roda da frente com a sola do tênis, fazia isso sempre, mas naquele dia não deu certo e fora parar embaixo do rodado traseiro de um caminnhão.  Perguntei se o haviam levado ao Hospital e me disseram que não,  que ele perdeu a vida ali mesmo... Era nosso aluno André!

          Ficamos todos abalados. Uma comoção, um grande desespero tomou conta de todos nós, amigos dele e da família. As duas irmãs e a mãe  foram alunas minhas. O pai, meu amigo pessoal. O André, aquele doce rapaz com que eu muito me afinava, tínhamos em comum o hábito de gostar de poesias, de  compor, de declamá-las, tinha partido...

          Na cerimônia religiosa de despedida, rodaram o vídeo com ele declamando. Parecia uma despedida dele... havia uma angústia em suas palavras, em seus gestos, em sua expressão... Algo marcante, que ainda me faz chorar quando lembro daquele menino, um rapaz já, que gostava de poesia...Deve estar no céu, dividindo seus poemas com os anjos...

Euclides Riquetti
29-07-2013

A melodia que vem de ti




Escuto a música que vem de ti, guria
Vem com o vento e entra pela janela
A canção que cantas com maestria
E me embala na viagem mais singela.

Escuto a música que vem com o vento
Que açoita as pedras, afaga as florinhas
Vem pelo ar, esse magnífico elemento
Vem a acariciar as lembranças minhas.

Sobrepõe-se aos campos mais floridos
E ao rio azul da água mais transparente
Aos pinheiros verticalmente crescidos.

Música romântica, canção sentimental
Mexe com meu coração e minha mente
Redime-me dos pecados mais mortais...

Euclides Riquetti
19-02-2017







Plantarei flores por você

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Plantarei milhares de flores por você
Das mais lindas cores pra você gostar
Plantarei rosas brancas e mesmo  rosé
E outras champanhe para lhe encantar.

Plantarei dálias, beijos e margaridas
Gerânios bordô e cravos matizados 
Antúrios e gérberas em casas floridas
Flores nos jardins e terraços rosados.

E, se de alguma delas eu me esquecer
Por alguma razão, não por vontade
Replantá-las-ei com imedível prazer
Apenas para agradar  Sua Majestade!

Euclides Riquetti
19-02-2017