sábado, 18 de junho de 2016

Meus primeiros poemas Hicai

 
 

Vista obtida olhando-se de Capinzal para Ouro - SC
 
Olhar de janela
Paisagem de imensidão
Riqueza na mão.

Ponte majestosa
Liga cidades irmãs
E almas bondosas.

No vale encantado
Vai o sinuoso rio
Do peixe e do nado.

Natureza viva
Esperança renovada
Verde e colorida.

Dia ensolarado
Vem meu verão, vem meu sol
Alento esperado.

Só não vem você
Acalentar minha alma
E não vem por quê?

Acho que não vem
Porque há um pecado em querer
E culpa também.

Então pensamentos
De dúvidas povoados
Misturam-se aos ventos.

E eu aqui...

Euclides Riquetti
15-12-2012

Tour em Recife e Olinda



                                          Marco Zero - local de fundação da cidade do Recife


                                             Bonecos da Embaixada dos Bonecos Gigantes


         
          No domingo, 05, fizemos um city tour em  Recife e Olinda, Pernambuco. Há muito eu tinha a curiosidade de conhecer a história daquelas cidades em que, na época do carnaval, nos são mostradas intensamente pelas imagens da TV. Cidades onde o frevo rola solto, há muitos atrativos históricos e culturais em ambas as cidades.

          Saímos do Nacional Inn pela Praia da Boa Viagem, rumamos para o Marco Zero, ponto da fundação de Recife, situado ao lado do Rio Capibaribe, próximo do Porto de Recife. O Marco Zero é uma praça denominada Rio Branco, tendo em um de sus lados o rio que recebe a água das marés do oceano Atlântico. A partir do Marco, olhando-se para o rio-mar, avista-se o conjunto de peças de cerâmica do artista plástico Francisco Brennand, com destaque  para a chamada Coluna de Cristal, erigida no ano 2.000 para comemoração dos 500 anos de descobrimento do Brasil. No sentido contrário, avistam-se diversas edificações com arquitetura que denota a história daquela cidade, e o Centro de Artesanato de Pernambuco.

          Na área central de Recife,  visitamos a Embaixada dos Bonecos Gigantes, os quais são utilizados nos desfiles carnavalescos. Aliás, no Carnaval de Recife e Olinda, bonecos representando personagens da história de Pernambuco e do Brasil desfilam pelas ruas. Encantou-me os de lampião e Maria Bonita, dentre outros. Personagens como nosso tenista catarinense Guga Kurten, The Beatles, Newton Ishii (o Japonês da Federal...), juiz Sérgio Moro e outros também chamam muito a atenção. Na rua, camelôs vendem pequenas sobrinhas de frevo, lembranças daquela cidade e algumas iguarias.

         Em Olinda, destaco a visita à Catedral da Sé, onde rezamos dia te da sepultura  de Dom Hélder Câmara, o cardeal arcebispo que teve muita relevância na política brasileira à época do pós 1964. Por deferência de nosso guia, senhor Eudes, que conseguiu a chave das gavetas, tivemos acesso a vestimentas antigas de bispos, verdadeiras relíquias de tecidos finos bordados com fios de ouro, privilégio que poucos têm.

         No domingo à tarde, fui ver o jogo de futebol entre o Sport Clube Recife e o Clube Atlético Mineiro, no estádio da Ilha do Retiro, em que o placar apontou um empate de 4 a 4. Dois de meus ídolos marcaram gols: Robinho fez dois para o Atlético e Diego Souza fez um para o Sport. Comparando com torcidas de clubes de Florianópolis e Curitiba, achei os torcedores do time da casa educadíssimos. Mesmo quando o clube da casa estava atrás no placar, eles gritavam, porém sem palavrões.

        Recife, a cidade que Albert Camus descreveu como a Veneza Brasileira, é uma cidade muito interessante. Eu acho que deveria ter programado ficar lá pelo menos por mais dois dias para poder usufruir de tudo o que de bom ela nos oferece. Recomendo aos leitores que a visitem. Vale a pena conhecer!

Euclides Riquetti
18-06-2016


Seja feliz você também





Trago em mim o sonho
O ideal tácito de luta
A rejeição ao enfadonho
O instinto da labuta...

Trago em mim o desejo
A capacidade de amar
A vontade de teus beijos
A saudade a vicejar...

Trago em mim a vida
O sentido do eloquente
O futuro que me convida
A viver bem o presente...

Sofrer seria uma pedra
Perder seria um motivo
Mas haverá algo que medra
Se houver um objetivo.

Morrer seria uma derrota
O viver uma grande vitória
Se a vida lhe parecer torta
Busque encontrar a gloria.

Mas viver é o verbo certo
Pela força da superação
Se o mundo for um deserto
Busque reencontrar um chão.

Louve a vida que lhe dão
Valorize o que você tem
Anime sempre seu coração
E seja feliz você também.

Euclides Riquetti
18-06-2016




















sexta-feira, 17 de junho de 2016

É nossa toda a imensidão


 

 

É nossa toda essa imensidão
É nosso o vento que acaricia minha pele
É nossa toda essa imensidão
É nosso o luar que prateia a madrugada
É nossa toda essa imensidão
É nosso o poema que a alma concebe
É nossa toda essa imensidão
É nosso o canto, sinfonia da passarada.

É nosso o infinito do céu matizado
E também são as cores do arco-íris
É nosso o desenho da planta, articulado
E também o sorriso dos rostos felizes.

É nosso esse mundo de verde, de azul, de infinito
É nosso o frescor no dia que amanhece
É nosso esse vale encantado, bonito
É nosso o sonho que a alma aquece...

São nossos a alma, o sonho, o sorriso
É meu, muito meu, o prazer de estar contigo!
 
Euclides Riquetti

Revivendo histórias na Escola N S Lourdes








          Na quinta-feira, 16, estive na Escola Municipal Nossa Senhora de Lourdes, aqui em Joaçaba, a convite da professora Sônia Stoffel de Souza e da diretora Elizalda Casagrande, para conversar com 16 alunos do oitavo ano sobre Memórias Literárias. Eles estão participando do concurso Nacional "Escrevendo o Futuro", uma das modalidades dentro da Olimpíada Nacional de Língua Portuguesa.

          Sempre é de muito agrado para mim quando tenho a oportunidade de conversar com jovens, o que fiz durante 31 anos de atuação no magistério catarinense, onde me iniciei em 1976, no Colégio Cid Gonzaga, em Porto União, e depois na Escola Major Cipriano Rodrigues Almeida, em Zortéa, e na Sílvio Santos, em Ouro. Hoje, não foi diferente na escola que se localiza a menos de 200 metros de minha casa.

          Escrever, sempre reafirmo, é uma atividade prazerosa. Claro que o ato de escrever sucede o de ler. Para que se tenha fluência na escrita, é preciso ser, antes de tudo, um contumaz leitor. E, para desenvolver as habilidades e a criação, é preciso que se exercite o ato de escrever. Quando o fazemos cotidianamente, nosso cérebro nos impele a criar. Criar poemas e crônicas, ou qualquer outro tipo de texto, muito me apraz.

         Em seus trabalhos, os alunos terão que escrever sobre pessoas, fatos ou coisas da comunidade onde estão inseridos, no caso deles, o Bairro Nossa Senhora de Lourdes e cercanias. A eles, reportei-me sobre algumas pessoas que aqui residem há tempos e que têm belas histórias a nos contarem: Valério Dal Cortivo, sobre quem já me referi em crônica recente; Seu Lenheiro, nosso fornecedor de gás de cozinha que começou como lenheiro e evoluiu para a distribuição de gás; Dona Santina, a quem chamamos de Dona Santa, e viveu em uma serraria quando criança; Dona Helena, uma simpática senhora que, quando ficou viúva teve que bancar o cuidado de sua família sozinha, e outras personagens; e de pessoas que foram bem sucedidas nos negócios, mesmo sendo de origem humilde.

          Os alunos da N S Lourdes são muito atenciosos e educados. Comprometi-me a voltar lá para falar sobre a criação de crônicas para outra turma. A escola está bem organizada e o clima é bem legal em seu interior.

          Agradeço por me terem dado atenção e desejo que tenham pleno sucesso na sua competição.

Euclides Riquetti
16-06-2016

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Adoro ouvir você cantar

 
 
 


Adoro ouvir você cantar
Pois quando canta, me contagia
Me traz a paz de que eu preciso
Me devolve toda a alegria!

Adoro ouvir você cantar
Pois quando canta,  eu me esqueço do mundo
Fico ouvindo e vendo seu sorriso
E mergulho num êxtase  profundo!

Adoro ver você alegre e contente
Pois sua alegria me envolve e me anima
E o meu coração também sente
Seu doce olhar  de menina!

Adoro estar perto de você
E poder dividir meus sonhos por inteiro
Beijar seus lábios e dizer
Que amo seu jeito brejeiro!

Adoro ouvir você cantar
Porque canta as românticas canções
Aquelas que me fazem sonhar
E me provocam emoções
Conjugando o verbo amar
E me trezendo recordações.

 Adoro ouvir você cantar!

Euclides Riquetti

Aromas de amor





Sopra o vento que vem do Sul e me traz as lembranças
Sopra o vento que leva os pensamentos e deixa as saudades
Sopra o vento que me transporta até minha infância
Onde eu reencontro os lugares e as antigas  amizades.

O vento que sopra lento é o mesmo que me acaricia
Que embala as folhas que o outono ainda não derrubou
Mas que me traz de volta cestos de nostalgia
Do amor ingênuo que, teimoso, não vingou!

O vento que sopra ternamente em ares angelicais
Me traz os perfumes das flores, das águas, das delícias
Dos campos verdes, das relvas e dos florais.

Sopra o vento que sacode a folha e que bafeja a  flor
Sopra o vento que me afaga em frescores e carícias
O vento sutil  que me embriaga e  me traz os aromas do amor!

Euclides Riquetti

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Quando o pássaro quebra suas asas






Quando o pássaro quebra suas asas
Não consegue mais voar
Quando a gazela quebra sua pata
Não consegue mais andar...

O ser humano também é assim
Depende dos membros para se locomover
Escadas, rampas, tudo enfim
É perigo constante a surpreender...

No mundo dos sonhos é bem diferente
Anda-se em nuvens e flutua-se nas águas
Esquia-se nas neves sem incidentes
Em barcos imaginários despacham-se as mágoas...

O mundo dos sonhos é mais seguro
Seguro é o sonho do poeta
Tanto no claro como no escuro
Sempre lhe dará a rota certa...

Então tudo pode ficar bem
Tudo voltar à  normalidade
Pois as asas se ajustam também
Quando nos volta  a felicidade!

Euclides Riquetti
15-06-2016




O que sua mãe lhe deixou, amiga?

Porque sempre é bom lembrar...



          "Que legado uma mãe pode deixar para uma filha? Que tipo de lembranças, de lições, ensinamentos?"

          Imagino que a amiga leitora deve estar  remetendo seu pensamento de volta ao seu tempo de criança. Às   saudosas lembranças daquele ser que a pôs  no mundo, deu-lhe educação, orientou-a, ajudou-a  de alguma fora. Até a amparou na hora em que teve  filhos. Muitas, felizmente, ainda as têm por perto, muitas vezes dividindo  com elas o mesmo teto. Mas mesmo meninos e  rapazes seguem os ensinamentos de suas mães, pois são elas que estão presentes na maioria do nosso "tempo de criança".

          Perguntei a uma jovem senhora que lembranças ela tinha de sua mãe, que hoje já está velhinha:

         "Minha mãe teve uma presença muito forte e marcante em minha vida, embora eu tenha saído de casa muito jovem, antes de meus dezoito anos. Ela me deixou alguns príncípios e valores que sempre procuro seguir. Respeitar as pessoas e dar-lhes o devido valor. Não ter nada do que não é legitimamente nosso. E, se alguém nos der algo, fazer um serviço para retribuir. Oferecer-se para fazer-lhe alguma coisa. Todos podem pagar por aquilo que recebem".

          Certamente que, seguindo essas orientações, ela se deu bem, constituiu sua familia, estudou, trabalhou e pode-se considerar uma pessoa realizada e feliz.  Claro que também aprendeu os afazeres do lar, os cuidados com a casa, com a comida, com as roupas. E, aquilo que se aprende com a mãe se internaliza, fixa, preserva-se.

          Ora, como é bonito ver uma pessoa dizer:  "Esta cuca me faz lembrar das cucas que minha nona fazia. E que, depois, minha mãe também fazia!"  E, agora, certamente que esta mãe, que pode já estar também sendo avó, ensinará suas filhas ou netas a fazer. Mas também poderia dizer em relação à macarronada  com seu delicioso e incomparável molho, o bolo de anivesário carinhosamente preparado ou enfeitado, a bolacha pintada com açúcar cristal colorido ou  com aqueles chumbinhos de confeitos. Ou a toalha bordada, o jogo de cama bordado e crocheteado, a blusa tricoteada, a toalha franjeada.

           Por falar em toalha, quando fui para a Faculdade e mudei-me para Porto União, minha mãe me fez uma toalha de algodão com uma belas franjas bem  trabalhadas. Era macia, gostosa, linda! Mas, naquele tempo, eu não entendia muito desse valor que as coisas têm, que trazem na sua elaboração o carinho das mãos dadivosas ou mesmo as lágrimas de uma saudade que ainda virá... E, para mim, veio, muitas, muitas vezes, fazendo brotarem-me lágrimas de saudades!

          Ah, cara leitora, que bom ter tido uma mãe presente, mesmo que morando longe dela!  Ou podido partilhar com ela todas as emoções de ter gerado os filhos, ver chegarem  os netos!

          Pois convido você a meditar. A voltar ao passado. A lembrar, relembrar. A analisar, com profundidade, quantas e quantas belas lições ela lhe deixou. Quantas vezes foi ombro para você chorar e, com sabedoria, ensinou-lhe a dar tempo ao tempo, aguardar a chegada de soluções para os problemas, respostas para suas angústias?  E, se ela não está mais aqui, faça-lhe uma bela e silenciosa oração. Deixe seu coração rezar por você. Se ainda vive, ligue pra ela, agradeça por aquilo que ela lhe deixou e lhe ensinou. Ou, se ela está perto de você, dê-lhe um abraço, enregue-lhe uma flor, deixe que ela perceba que você é aquela filha que ela quis ter.

          Hoje, em especial, da forma que for possível, dê-lhe seu mais profundo carinho!

Euclides Riquetti
05-12-2013

Um coração num papel de seda

Desenhei um coração num papel de seda
E nele escrevi versos de amor e paixão
E quero agora  apenas  que você os leia
E que retribua com um de sua própria mão.

Quero que guarde meu coração-poema
E que me entregue o  que você escreveu
Pra ter certeza de que com este sistema
Terei o seu e você terá o poema meu.

Um poema simples, curto, mas sincero
Com palavras escolhidas  com todo o cuidado
Um poema assim  é apenas o que eu quero.

Quero que ele  me seduza e  contagie por inteiro
E que me deixe ainda muito mais enamorado
Pra viver um sentimento puro e verdadeiro!

Euclides Riquetti

terça-feira, 14 de junho de 2016

Frias madrugadas







Frias madrugadas do inverno antecipado
Das geadas brancas
Do sol que se levanta
E vem agigantado...

Frias madrugadas que precedem
O céu azulado
O dia ensolarado
As bênçãos que as mães nos conferem...

Frias madrugadas dos pensamentos
Das cândidas orações
Das singelas recordações
Que nos traz o som do vento...

Frias madrugadas dos aflitos
Que esperam que o dia venha claro
Que esperam pelo nosso amparo
Que esperam por um futuro mais bonito...

Frias madrugadas
Em que permaneço acordado
Esperando pelo dia abençoado
Rezando para que sejas...abençoada!

Enquanto espero que amanhã
Seja, para você, um grande e alegre novo dia!

Euclides Riquetti
14-06-2016



Preciso que me faças sorrir


Preciso que tu me faças sorrir
Preciso que tu me faças cantar
Preciso que me faças ouvir
A doce canção de ninar. 

Preciso, sim, que me faças sonhar
Pois sonhar é algo que eu posso
Um sonho assim, singular
Que devolva os momentos só nossos.

Mas os  anos passam  ligeiro
Mudam destinos e trocam caminhos
O tempo fugaz é passageiro
Não me imagino ficar sozinho.

Preciso que tu me faças sorrir
Preciso que tu me faças viver
Quero dar  meu amor só pra ti
Quero que sejas meu bem-querer!

Te amo!

Euclides Riquetti

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Homenagem ao Negão Esganzela, o Moço da Gaita!


Reiterando minha homenagem ao amigão Negão Esganzela:




          O Negão dedilhava o teclado de sua gaita com elegância e  maestria. Tirava dela, desde moço, qualquer tipo de moda da tradição gaúcha: música nativista, xote, vanerão, valsa, chamamé, qualquer coisa
que lhe pedissem. Gostava de trajar calça social, preferencialmente cinza ou azul,  e camisa com colarinho, normalmente  branca ou de uma cor muito clara. Dobrava os punhos da camisa de manga longa para melhor movimentar os braços nas alças de sua gaita. Sabia as notas das músicas "de cor e salteado".
Colocava seu coração corinthiano a mover suas mãos e a incitar seu cérebro, tirando os mais belos acordes. Era convidado a participar de festas sociais e animar eventos de escolas.


          Competimos em trincheiras opostas na campanha política de 1988, quando ele se elegeu vereador. Naquele dia 16 de novembro de 1988, ao final do dia, encontrei-o ali na Rua XV, em Capinzal, defronte ao "Edifício Sanalma" Ainda pela manhã havíamos recebido o resultado das urnas. Eu tivera êxito em minha postulação e ele também. Veio correndo e me abraçou: "Ganhamos, Riquetti! Vou apoiar você!" - eu jamais iria esperar isso de um adversário, mas aconteceu. E demos início a uma amizade que foi-se consolidando aos poucos e durou por 25 anos. Viramos, adiante, colegas de trabalho, até aliados na política. 

          Enaltecer a humildade dele, a habilidade que tinha na conversa com as pessoas, seu alto nível de educação, não faz jus às suas inefáveis qualidades. Mas dizer que ele foi uma grande, sincero e verdadeiro amigo, isso sim é ser justo e honesto com sua memória. Estivemos juntos em bons e em maus momentos. Confiava-me muitos de seus segredos, tinha absoluta confiança em mim e eu tinha nele. Há pouco mais de um anos, fiz um poema para ele, imprimi e fui levar a sua  casa.  Colou na parede, queria mostrar para os amigos que o visitassem que eu era verdadeiramente amigo dele. E, se o compus, é porque ele era merecedor. Queria que ele soubesse, em vida, o quanto eu o prezava.

          Consegui conversar com ele pelo menos em três das seis vezes que o visitei aqui no Hospital Santa Terezinha, em Joaçaba. Estava muito debilitado, mas muito lúcido. Lembramos de alguns bons momentos de nosso convívio e ele me agradeceu pelo poema. A gente sentia que sua vida estava chegando ao fim, mas só falávamos com otimismo, ensejando a sua recuperação. Há uma semana, disse-lhe que iria viajar e que quando voltasse o visitaria já em sua casa, recuperado...  E, na noite de ontem, ainda ausente da cidade, recebi a informação de que ele havia partido...

          Vereador do primeiro dia de  1989 ao primeiro de 1997, em duas Legislaturas,  portou-se sempre com retidão, não usou do cargo para favorecer-se. Prestou concurso para o cargo de Vigia Noturno em 1989 e tirou primeiro lugar, efetivando-se no Município de Ouro. Adiante, ocupou funções de Diretor de Obras e Urbanismo. Há oito anos foi acometido de doença e "veio levando a vida". Eu sempre mencionava para meus familiares que o Negão deveria ter um coração muito forte, resistente, na proporção de sua bondade. E, tenho certeza, foi isso que permitiu que tivesse uma sobrevida de pelo menos uns três anos.

         O Olindo Esganzela deixa a Rosa, o Eduardo, o Ewerton, a Vitória, a Lilian e a Iliane.Voltou, neste sábado de sol, a morar no Engenho Novo, ao  lugar onde nasceu. Estava com 55 anos. Seu corpo agora ali repousa, inerte. Mas sua alma foi animar, com seu talento, uma legião de anjos e arcanjos. Num cortejo celestial, foi tocando sua acordeona em meio ao coro de anjos, numa celebração da nova vida. Ao Negão Esganzela, pela sua bondade e pela sua fraterna e simpática maneira de ser, nosso desejo de que esteja bem no Paraíso!

Euclides Riquetti e Família
07-11-2013

Flores com sabor de vinho, de mel...







Se te mandarem flores com sabor de vinho
Com cores alegres, sutis e envolventes
Recebe-as com afeto, amor e carinho
Guarda-as em  vasos de vidro,  transparentes.

Se te mandarem flores com sabor de mel
Com as cores mais doces, gentis e puras
Coloca-as a adornar santos num capitel
E reza pelas almas negras, cinzas, escuras.

Se te mandarem lírios brancos ou amarelos
Lembra-te de que eles são frágeis à luz solar
Embora sejam divinos, perfumosos e singelos
Guarda-os à sombra pra que possam durar.

Se te mandarem rosas simples da estação
Ou sempre-vivas, flores do campo,  margaridas
Girâneos e  mesmo cravos de máscula paixão
Absorve-os como tudo o que há de bom pra vida.

Flores com sabor de vinho, mel e com perfumes
Flores de ternura e encanto sem medida
Flores transcendem eras, lugares e costumes
Flores, o que há de melhor em nossa vida!

Euclides Riquetti
07-07-2015

domingo, 12 de junho de 2016

A cor rosa do poema




O poema tem cor?
E, se for cor de rosa?
Rosa de amor...
Flor belíssima...
Elegantíssima
Maravilhosa!

E, se a rosa for champagne?
(Não me estranhe...)
Ou,  se for amarela
Branca, bem singela?

No Dia dos Namorados
Eu te fiz um poema
E, sabe qual foi o tema?
Foi o amor cor de rosa....

Da rosa perfumosa
Cor de rosa!

Fiz pra ti este poema:
Um poema bem simples
Pensando no amor que vivi
E naquilo que senti
Ao cheirar uma rosa
Ou imaginar-te vestida
Com roupa cor de rosa!

Euclides Riquetti
12-06-2016

Dia dos Namorados



Tour em Porto de Galinhas - Pernambuco






          Fomos conhecer  Porto de Galinhas, no município de Ipojuca, Pernambuco, no sábado passado, 04. É um local aprazível, uma belíssima praia do Nordeste Brasileiro. Seu mar oferece piscinas naturais de águas límpidas, em que se podem avistar os peixinhos coloridos que vêm mordiscar nossos pés. As areias brancas são um atrativo.  Passeio de buggy  são ofertados e os turistas visitam as praias próximas, deliciando-se com a beleza natural.

          Antiga Praia de Porto Rico, que recebia escravos ilegalmente, tornou-se "Porto de Galinhas" em razão de ali aportarem galinhas trazidas da África e serviam para camuflar o contrabando de escravos, que eram alojados sob gaiolas de Galinha de Angola. A partir de 1990 recebeu grande impulso de turistas em razão de acentuado marketing. Hoje é um grande destino turístico brasileiro.

          Confesso que minha expectativa com o local era maior (ou melhor). Considero que os receptivos de beira mar não condizem com a fama do lugar. Mas, sem dúvidas, é um paraíso natural que precisa ser visitado por quem gosta de viajar. Para nós, sul brasileiros, que naquele dia tínhamos temperaturas abaixo de zero nas noites sulinas, poder andar de short e chinelos pela praia já valeu  a pena. Temperatura um pouco superior a 30 graus, uma delícia.

         Fizemos um passeio de jangada da praia até os recifes, uns 100 metros distantes da faixa de areia. Ali, piscinas naturais com as águas bastante transparentes, com todos aqueles eixinhos coloridos, um verdadeiro aquário vivo a nos encantar.  Uma espécie de mapa do Brasil, numa cavidade nos recifes, desperta curiosidade.

          Saindo-se da Praia da Boa Viagem, em Recife, com trânsito fluindo bem por ser domingo, levamos pouco mais de uma hora para chegarmos lá. Foi o tempo em que travamos conhecimento com pessoas que faziam parte do tour. Muitas vezes gente que nunca vimos antes, tornam-se companhias altamente agradáveis.

          Nosso guia, Genivaldo, a quem chamam de Geninho, um verdadeiro cavalheiro,  conhece bem todos os lugares daquela região e foi uma companhia muito agradável. Também conhecemos um casal simpaticíssimo formado por uma brasileira e um escocês, dois mineiros funcionários de uma empresa chinesa que estavam em Recife a trabalho e aproveitaram o domingo para um tour, e um casal de jovens argentinos que foram para fazer mergulhos no mar e voltariam com outra condução. Valeu a pena pelas amizades, que muito valorizamos.

Euclides Riquetti
12-06-2016