sábado, 1 de março de 2025

Perdas de amigos de Ouro e Capinzal - homenagem a Márcia Dambroz, Nadilce Dambrós e Marinês Casara



       Nos primeiros meses do ano  costumo dar passeios para algum lugar. Neste ano, fui para Caldas Novas, Minas Gerais e agora, em fevereiro, para uma semanada em Canasvieiras, aqui em Florianópolis, nossa Ilha da Magia. Mas, mesmo fora, procuro estar conectado com o que se passa em minhas cidades, Capinzal, Ouro e Joaçaba. A facilidade  dos meios virtuais de comunicação nos permitem saber de notícias, acompanhar os acontecimentos à distância. E no mês de fevereiro tivemos perdas muito sentidas, partiram pessoas de antigo convívio, que um dia fizeram parte de nosso cotidiano. 




       E, quando a gente abre as páginas dos sites das cidades, algumas fotos nos chocam, pois nos indicam que pessoas amadas foram viver em outro plano. Foi assim com Márcia Dambroz Peixer, Nadilce Dambrós e Marines Casara. Então nossa mente se volve ao passado, se buscam as lembranças de cada pessoa, como eram em sua infância, adolescência ou juventude. E, com carinho, se tecem orações, se deseja que cada um tenha conseguido, à sua maneira, deixar um legado, uma história, bons exemplos, tudo na sua simplicidade, no seu jeito de viver.

       Primeiro foi nossa Márcia Dambroz, aquela menina dos cabelos loiros e crespos que tinha vida em nossa infância, nos anos da década de 1960. Filha de Dona Iolanda e Olávio, ia de sua casa à Foto Márcia, primeiro ali ao lado de onde se situa o Ginásio André Colombo, depois na esquina da Rua Guerino Riqueti com a Felip Schmidt. Quer no fusquinha amarelo, onde iam ela, o Romualdo e o Renato, no banco de trás do fusquinha amarelo, quer no DKW Vemaguete, azul claro, quatro portas, que o Olávio estacionava ali ao lado do Posto Dambrós, ou na condução deles até o Colégio Mater Dolorum, onde estudavam suas séries iniciais. 

       Depois Márcia foi embora para Curitiba, morou também em Manaus, mas na Capital Paranaense viveu a maior parte de sua vida, onde constituiu família. Manteve suas origens, buscou a história dos Dambroz, escreveu, publicou, a família tinha considerável acervo de fotos. A menina linda se tornou mulher, Psicóloga, atuante em causas sociais. Com a modernidade, agitou as pessoas da antiga Rio Capinzal, resgatou fotos e histórias, resgatou e reaproximou pessoas, num ambiente de amizade e confraternidade.

       A última vez que a vi, e com quem conversamos, estava animada e feliz. Isso foi ainda antes da Pandemia, lá no Centro Educacional Celso Farina, em Capinzal. Expansiva, extrovertida, feliz, ágil nos passos da dança, quando revisitamos as músicas dos anos 60 e 70. O tempo iguala as pessoas, as torna mais maleáveis, o saudosismo as tona mais cordiais, simpáticas, animadas até. Agora, a notícia da sua partida encheu-nos de tristeza, pois nunca imaginávamos que aquela figura esbelta e cheia de energia pudesse, como todos nós, deixar de ser infalível. Saudades ficarão da menina que encontrávamos nas festas de aniversário de nosso priminhos Marcos Antônio e Marcel Luiz, gêmeos, filhos da nossa tia Elis e do Tio Juventino, de saudosa memória, 


       O Nadilce foi meu colega nos bancos escolares do antigo Ginásio Padre Anchieta e na Escola Técnica de Comércio Capinzal, onde nos formamos contadores em 1971. Tivemos convivência social e mantivemos longa amizade durante todo o curso de nossas vidas. A sua partida encheu Capinzal e Ouro de luto. Como a Márcia, também era sobrinho da tia Elis (Dambrós)  e do Tio Juventino Baretta. Os Dambrós foram uma família pioneira do município de Ouro, fundaram uma comunidade, pioneiros na implantação de serraria, moinho, alambique e  outros empreendimentos na segunda dezena do século passado. (Abri meu celular de madrugada, em Canasvieiras, e havia uma mensagem do amigo Vilson Farias: "O Nadilce Dambrós faleceu") Levei um susto e procurei, já de dia, saber o que o levara a isso. Estivera internado em Xanxerê e teve complicações...

       Minhas primeiras lembranças do Nadilce são de quando, em 1965, vinha de sua casa para a cidade, a cavalo, chapéu cinza de feltro na cabeça, capa de chuva de algodão para proteger-se em dias chuvosos, e deixava seu cavalo ali atrás da sede das Indústrias Reunidas Ouro, cujo avô Bortolo  foi um dos principais fundadores. Na primeira série do Ginásio, um rapaz muito educado, estudioso, educado, que tinha muito jeito para lidar com os colegas e disciplina em relação aos professores. Era muito fácil fazer amizade com ele, pois não se metia na vida de ninguém, tinha aquela sua postura simples mas clássica, aquele jeito afável e simpático de ser. 

       Chegou a ser professor primário em sua comunidade, mas quando fomos colegas em contabilidade veio trabalhar na Indústria Ouro, que em 1980 teve o controle acionário assumido pela família de Saul Brandalise, do Grupo Perdigão. Dedicou 45 anos de sua vida ao trabalho na empresa, onde exerceu diversas funções. Na sociedade capinzalense e ourense exerceu diversas atividades de liderança, juntamente com sua esposa Sirlene, com quem tiveram os filhos Vinicius e Rafael. Os filhos eram seu orgulho, sempre falavam com alegria quando se referia a eles e aos netos. 

       Tivemos longa e intensa parceria nas atividades da Paróquia São Paulo Apóstolo, onde ele foi meu Vice quando eu fui presidente do Conselho Administrativo Paroquial (1988 e 1989), e depois me sucedeu. Vale registrar que, quando o pároco Frei Luiz Wolf se transferiu para outra paróquia, esteve na casa do Nadilce e depois na minha. Falou-me que o Nadilce era a pessoa de absoluta confiança e que gostaria de vê-lo como meu sucessor. Ali, embaixo de um plátano da família de Benjamim Miqueloto, ao lado de minha casa, tivemos longa conversa, quando ele me disse que eu, como prefeito, deveria dar apoio ao Santuário (hoje oratório) de Nossa Senhora do Caravágggio. Nadilce esteve presente no lançamento de meus dois livros de crônicas e estive na casa dele posteriormente, Atualmente, era sócio-diretor da Rádio Capinzal. Fará muita falta à sociedade das cidades-gêmeas. 



       Mais recentemente, soubemos da partida de Marinês Casara, em Toledo, Paraná, onde vivia há décadas com seus familiares. Era filha de minha prima Aurora Baretta, esta filha de minha saudosa e querida tia Marietina (irmã de meu pai), e do tio Valentim Baretta, moradores do alto da Linha Bonita, no antigo Distrito de Ouro. Seu pai Antônio e a mãe moraram numa casa perto da materna, foram arrendatários de uma terra de meu pai. Eram muitas crianças pequenas quando a Aurora faleceu, vítima de doença grave.

       Lembro-me bem de que fomos, todos os familiares, de caminhão até Linha Bonita, para a cerimônia de sepultamento. O Ford F 600 de seu irmão Rozimbo Baretta foi carregado, com dezenas de parentes. A tristeza estava estampada nos rostos e na alma de cada um. Além de perdermos uma prima ainda jovem, deixava todas aquelas criança, uma delas, um menino, ainda bebê. 

       Nesta sexta-feira de carnaval, 28 de fevereiro, encontrei o irmão dela, Dirceu casara, aqui no centro de Joaçaba. Perguntei-lhe sobre como fora o passamento de sua irmã e ele me disse que ela vinha sofrendo muito, que a sua partida representava um descanso para ela.  Falamos sobre outros assuntos, o Dirceu é um rapaz que dedica parte do seu tempo para nossa cidade, foi participante ativo, durante muitos anos,  dos desfiles da Escola Vale Samba. 

       Enfim, foram perdas de três pessoas com quem convivemos desde a  infância, que fizeram parte de uma história que precisa ser contada,  e essa é minha tarefa. Dar homenagem a quem realmente mereceu, pessoas que viveram com dignidade, que merecem nossas orações e que têm cadeira cativa no céu. Aos familiares de Márcia, Nadilce e Marinês, as mais sentidas condolências de todos nós.


Euclides Riquetti e Família

Joaçaba, SC, 01 de março de 2025. 



       

Se o seu rosto estiver triste...

 


 


 






Se o seu rosto estiver triste, estará o meu certamente
Se, no entanto, ele estiver feliz, o meu também sorrirá
E, se os seus olhos estiverem brilhando intensamente
Brilharão os meus também como o sol lhe brilhará.

Se a sua voz estiver meiga e docemente carinhosa
A minha esperará por suas palavras tão divertidas
Mas se o seu perfume me atrair de forma contagiosa
Me perderei nos desejos e nas ideias pervertidas....

Se você exercitar a bondade que se esconde em sua alma
Verá que isso fará muito bem pra você e para mim
E você encontrará o universo da harmonia e da calma
Um mar de alegria e felicidade que nunca terá fim.

Euclides Riquetti

Não podemos nos deixar cegar: o futuro é muito incerto!



       Não nos esqueçamos de que a facilidade de hoje pode tornar-se a dificuldade de amanhã. Distribuir é fácil, desde que não seja com o dinheiro da gente. Querer ser popular com benesses é perigoso.. Então, olho na política!

       As eleições em nível estadual e federal estão a 20 meses de nós. Mas as ações visando à obtenção de votos já estão em curso faz tempo. O raciocínio da classe política não é o mesmo que tem o cidadão comum, o eleitor que sempre espera por dias melhores, que trabalha muito, paga impostos e sustenta quem não trabalha, ou trabalha muito pouco. .

       Há oito anos, (e parece que isso foi ontem), o Presidente Michel Temer protagonizava ações que lhe conferiam uma alta rejeição por propor a votação de uma reforma previdenciária. E, no pacote, uma reforma das leis trabalhistas. No ano passado, muito se falou em redução da jornada de trabalho semanal para o trabalhador celetista. O funcionalismo público, dentre seus muitos privilégios, de uma forma ou de outra, já trabalha menos horas que os outros trabalhadores, além de, pelo argumento de economia de energia, água e material de limpeza e suprimentos, trabalhar um turno único, de seis horas, goza de privilégios ao menos dois meses por ano.

       Agora, já há cientistas políticos, economistas, administradores e alguns políticos falando que a Previdência Social precisará de nova reforma... E, quando a fumaça campeia, pode ter certeza de que atrás dela já tem fogo.

       Mas tudo poderia ser facilitado se, em vez de demagogia, se tratassem os brasileiros por igual, acabando com privilégios. E, quanto maior o nível hierárquico, maiores as despesas com salários, mais déficit, mais risco para as finanças do País, estados e municípios. Mas essa possibilidade pouco de vislumbra.

       Alguns poucos administradores de municípios já estão agindo para proteger suas cidades, as empresas e, por consequência, os cidadãos. Estão propondo limites para a concessão do bolsa família e outros benefícios. Sejamos francos: Precisam de ajuda os velhos, os doentes, os portadores de alguma deficiência em ralação aos outros seres, e as crianças nascidas em lares pouco protegidos.

       A realidade é que as empresas precisam de gente para trabalhar e não encontram. Muitos preferem ficar na informalidade, para continuar recebendo algumas bolsas ou vales, do que a garantia  do registro em sua carteira de trabalho. Reduzir a distribuição de dinheiro “de graça”, incentivando a formalização, mesmo que em categoria “autônomo”, elevaria a arrecadação da Previdência Social. Se nada acontecer, logo daqui a dois anos estaremos vendo a falação ( e não falácia), de que as despesas com aposentados estão altas e que alguma coisa precisa ser feita. Aguardemos!


       Na Capital Catarinense do Carnaval – A propaganda de nosso carnaval propala que nosso carnaval é o mais seguro de todos. Concordo! Em tempos de carnaval, costumamos ver forte continente policial nas ruas de Joaçaba, principalmente para ordenar o trânsito, que fica sob uma outra configuração. Nosso carnaval tem alto nível, sempre teve líderes que conseguem colocar as escolas na rua.

       Administrar uma escola de samba é uma tarefa penosa, mas prazenteira. Ainda defendo, e sempre defenderei,  que tenhamos um sambódromo, uma vila cultural, social e esportiva. Uma área extensa, com boa compleição geográfica, quem sabe até um novo bairro. Investimento de uma forma e muito desenvolvimento de outra.




       Chica Pelega, nossa heroína – Francisca Roberta, nascida em Limeira em 1885, filha dos peões caboclos Zinho e Chiquinha, vindos de uma estância do Rio Grande do Sul, foi assassinada em fevereiro de 1914, por forças governistas, durante o turbulento conflito denominado Guerra do Contestado. A valente cavaleira morreu antes de completar 29 anos, era seguidora do Monge São João Maria. Há produções literárias e em vídeos que falam de nossa guerreira. Teve o noivo e o pai assassinados, salvou-se com sua mãe e tornou-se cuidadora e enfermeira de velhos, crianças e feridos. A história dela é bonita e merece muito mais registros.

       José Waldomiro Silva, Rogério Sganzerla, Francisca Roberta (a Chica Pelega), Doutor Aluar de Oliveira Pinto, Doutor Miguel Russowsky, Carlinhos Fet e João Paulo Dantas,  são personagens que merecem muito mais do que lhes foi feito até agora. Frei Bruno está em processo de canonização. Frei Edgar deus as bases para o desenvolvimento de nossa Joaçaba. Quem sabe, junto à Cidade do Samba, se possam ter museu e monumentos que ajudem a preservar e enaltecer a história desses e outros cidadãos.

       Os amantes da história e da cultura agradecem!

Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com

Publicado no Jornal Cidadela em 

27-02-2025

      

Um ensaio sobre o nada ou "An essay about nothing"

 


 


 


Um ensaio sobre o nada ou "An essay about nothing"


Eu pretendia, eu buscava escrever 

Um ensaio sobre o nada:

Contestar as vãs filosofias

Atacar o convencional que anestesia

Vagar, ignoto, pela longa estrada. 


Eu queria, eu teimava em escrever

Palavras bonitas e selecionadas

Que te impressionassem...

Então, minha mente muito agitada

Brigava consigo mesma

Por não encontrar os termos certos

Nesses tempos tão incertos. 


Mas a minha mente escrevia

Nada mais que a poesia

De que tanto gostavas...


É que meu instinto romântico

Que vai do Pacífico ao Atlântico

Não me deixava pensar em nada senão

Escrever-te sobre minha paixão

Exacerbada!


E assim continuo a construir meu destino

A palmilhar meu único caminho

Que é chegar, mesmo que lentamente

Ou, quem sabe, de repente

Até as curvas perigosas de teu corpo

Onde se perde meu coração!


Então, minha obra tão prima

Não passou de uma tentativa frustrada:

Um arremedo, sem a luz que me anima

Um escrito que não combina

Um breve ensaio sobre o nada!

Ou, se tu ainda não viste assim:

An essay about nothing!


Euclides Riquetti

Parque e Jardim Ouro em versos


 

Ao Norte da cidade de Ouro
A Família de Werner da Silva
Fundou um bairro muito nobre
Que recebeu muitas famílias
Nosso Parque e Jardim Ouro
Um lugar que muito brilha!

Sua história é de gente honrada
Honrada e batalhadora
De gente de bem é a morada
Gente honesta e trabalhadora
Uma terra abençoada
Progressista e promissora!

Quantos ali já cresceram
E viram nascer as construções
Das pessoas que ali viveram
Temos muitas lembranças
Saudades dos que já morreram
A quem devoto orações!

Frarom, Peroza e Thomé
Grulke, Martins, Bonamigo
Rodrigues, Bernardi e Bonato
Proner e muitos amigos
Savaris, Lima e Mattos
Moradores muito antigos.

Precisamos também falar
Dos Zóccoli e Vilarino Dutra
E ainda lembrar
Dos Duarte, Faccin e Oliveira
Dos Esganzela e dos Dacás 
Nesta terra hospitaleira.

Vieram depois os Córdova
Os Meneghini e os Deitos
Os Pereira e Schlindenwein
Os Chiocca e os Freitas
Mantovani e Franceschi
Os Andrioni e os Vieira.

E também dos Spadini
Com sua seriedade e respeito
Dos Rosa, Forlim e Brandini
Dos Camargo e dos Fonseca
Beviláqua, Coeli e Tidre
Vian, Schwantes e dos Baretta.

Tieppo, Minks, Crippa e Gálio
Zambon, Wulf, Frá e Franquini
Anjos, Córdova e Bazzo
Biarzi, Recalcatti e Colpani,
Rático, Storti, Toigo e Santos
Miqueloto, Silveira e Souza.

Minha homenagem aos Garcia
Aos Bassotto e aos Teixeira
Aos Forlin e Morosini
Aos César e aos Possamai
Coronetti e Filipini
Bortolli e a todos os demais.

Os Casara e os Bressan
Pastore, Correa e Chiamolera
Parisotto, Casagrande e Boz
Basei, Susin e os Durigon
Professora Ione Dambrós
E ainda Adiles Masson!

Procurei aqui saudar
Os moradores mais antigos
Os pioneiros que lutaram
E ainda os fundadores
Os primeiros que chegaram
Os verdadeiros desbravadores.

Hoje podemos nos orgulhar
Desse povo tão educado
A quem eu quero homenagear 
Com esses versos rimados
Continuem a nos honrar
E sejam por Deus abençoados!

Euclides Riquetti

Frei Bruno da Fé

 





Frei Bruno da Fé, da energia do caminhante
Frei Bruno das sandálias e da velha bengala
Homem santo, padre santo, o santo viajante
Que andou pelas ladeiras e ruas de Joaçaba.

Frei Bruno do carisma, simpatia e bondade
Frei Bruno, o sacerdote da conduta ilibada
Seguidor de Cristo, exemplo de santidade
Que a todos estendia sua mão e abençoava.

Nas ruas aqui de Luzerna, Joaçaba e Herval
Seus sábios conselhos pelos ventos levados
Santo pregador de uma história tão colossal
Homem dos sentimentos puros e sagrados.

Nossa homenagem ao Homem Santo da Fé
Da humildade presente em todos os altares
As lembranças do sacerdote que andava a pé
Propagando as bênçãos em todos os lugares.

Euclides Riquetti

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Sonhei porque você me permitiu sonhar...

 


 

 


Sonhei porque você me permitiu sonhar

Sonhei com você na noite estrelada
Sonhei o sonho que meu coração ditava
Foi desde o anoitecer, até de madrugada
E acho que você também sonhava...

Sonhei o sonho do fogo e da perdição
Sonhei com você que me queria demais
Foi um sonho de amor, de verdadeira paixão
Como eu nunca sonhara jamais....

Alimentamos nossos sonhos neste verão
E juntos bailamos um gostoso bailar
Embalados na melodia da doce canção.

Sonhei com você o sonho do meu desejo
Sonhei porque você me permitiu sonhar
Sonhei  com a alma, com o corpo e com beijos...

Euclides Riquetti

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Quando os pássaros me acordam

 





Quando os pássaros  me acordam
Desde as horas da madrugada
E me convidam  para esperar
Por mais uma  manhã ensolarada
Meus sonhos azuis  a procuram
Sentados à beira da estrada.

Quando o canto deles me chama
Lembrando-me que já é um novo dia
Sou tomado por algo muito bacana
Um misto de entusiasmo e euforia
Pois sinto que sua alma me emana
Muito amor, paixão e alegria ...

Quando, já passado algum tempo
Percebo que nosso dia valeu a pena
Constato que em todos os momentos
Das tardes longas ou pequenas
Você reanima os meus sentimentos
Com suas palavras mais serenas.

E,  quando a noite vem novamente
Quando é hora de dormir e sonhar
Penso em você na cama quente
Imagino-a desnuda a me esperar
E meu coração feliz e contente
Não vê a hora de encontrá-la.

Euclides Riquetti

Além dos sonhos, a realidade!

 




Vá muito além dos seus sonhos 

Busque aproximar-se da realidade

O belo jamais será algo enfadonho

Se for mesclado com a verdade.


Sonhar  é um elemento impreciso

Precisa é uma situação consistente

Se o tijolo é áspero e o azulejo liso

É porque uma lógica está presente.


Nem os sentimentos são precisos

O beijo dado é um fato consumado

Se houver um coração indeciso

Um rumo certo não será tomado. 


Além dos sonhos, há o mundo real

Aquém da realidade se tem fantasia

O mundo é vasto, é campo colossal

Sejamos sensatos em nosso dia-a-dia!


Euclides Riquetti

01-03-2021








sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

Meus pecados saíram para passear...

 


 


 




Meus pecados saíram para passear
Foram buscar outros deles na tardinha
Quase que se esqueceram de voltar
Acho que deram uma "escapadinha".

Foram encontrar os pecados seus
Que com os meus têm afinidades
Todos aqueles que você cometeu
E de que lembramos com tantas saudades.

Meus pecados saíram para passear
Foram cupidar no seu coraçãozinho
Demoraram muito para retornar...

Voltaram, sim, é verdade, pois!
Foram e voltaram juntos, juntinhos
Voltaram namorando como nós dois!

Euclides Riquetti

Pecados, eu quisera tê-los

 


 




Pecados, eu até já quisera tê-los

Muito mais do que eu já os tenho

Tenho-os tantos, mas não posso vê-los

E outros já foram perdoados pelo tempo...


Pecados, os comuns e os sofisticados

Todos eles serão pesados na balança

Por Deus, devidamente analisados

Nas contas da bem-aventurança!


Pecados importantes e os levinhos

Mas de simples e pouca consequência

Os do pensar fraco, os regados a vinho

Os que precisam de sua indulgência.


Ah, não me esquecerei dos existenciais

Aqueles que as boas pessoas cometem

Imagino serem menores que os venais

E que involuntariamente nos acontecem!


Euclides Riquetti


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A maciez de tua mão


 


 



A maciez de tua mão
O ímpeto de meu abraço
Meu peito em teu coração
Em desejo por ti me faço
É uma centelha de paixão
Somos dois no mesmo espaço.

Navegando em pensamentos
Por ti componho um canto  terno
E aglutinando elementos
Havendo verão, havendo  inverno
Exaltarei meus sentimentos
Descreverei  meu sonho eterno!


Euclides Riquetti

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Então me abrace

 



Então me abrace


Então me abrace, carinhosamente
Só um pouquinho...
De mansinho...
Me afague e me abrace!

Então me abrace, sutilmente
E, com ímpetos leves de desejo
Me dê um beijo...
Me beije e me abrace!

Então me abrace com seu abraço sensual
Encoste seu peito no meu
Deixe-me sentir que não morreu
O amor que sentimos
E que por muito tempo nutrimos
Um pelo outro...

Então me abrace com seu abraço legal
E me faça sonhar
E me faça cantar
Uma canção de ninar
Sem nenhum disfarce...

Então me abrace, doce e desejável mulher
E faça comigo o que você quiser:
Uma, duas, três
Mais uma vez
Nós e nossa nudez...
Mas me abrace!

E me faça voar
Como se eu fosse planar
Até alcançar
Você....

Mas me abrace!!!

Euclides Riquetti

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Nós precisamos continuar sorrindo





 Nós precisamos continuar sorrindo

Porque a vida é muito curta

E nosso tempo não pode ser desperdiçado.


Dizer  não a tudo o que nos faz mal

Refutar a ignorância e a teimosia

Tolerar pequenas coisas que incomodam

Mas que são irrelevantes.


Respeitar as pessoas e entender as suas posições

Nem todos têm os mesmos pensamentos

Pois as opiniões são inerentes a cada um.


Polemizar pouco ajuda!

Mas precisamos ter discernimento

Saber perceber o que pode ser certo 

E refutar o que está errado.


Não nos esqueçamos:

A vida é curta e o futuro incerto.

Então, não percamos nosso tempo com futilidades

Sejamos proativos

Educados e cordatos na medida do possível.


"In medio virtus" , como diria

 o pensador grego Sócrates!


Euclides Riquetti 

28-02-2025

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Rumo aos nove milhões de páginas visualizadas no meu blog. 

Obrigado por me prestigiar.



Lufadas de ar fresco

 





 Lufadas de ar fresco 

Invadem minha casa

Pela porta da frente

E pela janela do lado

Correm pelas salas

E vão se perder

No muro alto e caiado!


Meu pensamento 

Levemente incomodado

Se refaz de repente

E busca forças emergentes

Para a superação

Mesmo que na lentidão

Do tempo que não passa.


Mas horas melhores virão

E poderemos comemorar

O êxito alcançado.

Então, sempre que o sino tocar

Ouvirei os acordes do mar

Lá onde o vento sopra animado

Onde há garças e gaivotas 

Virando cambalhotas

E rodopiando no ar!


E eu, aqui, só pensando em você!


Euclides Riquetti


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Doce pecado de amar

 



Doce pecado
Da maçã vermelha
Da lingerie preta
Do beijo roubado

Doce pecado
Do sangue  quente
Dos lábios ardentes
Do desejo malvado

Doce pecado do corpo  molhado...
Da gula que teima
Do fogo que queima
Da incontrolável  paixão.

Doce pecado
Da mente mundana
Na alma insana
Do prazer desregrado, indecente, impensado...


Doce pecado que não tem dor
Doce pecado de sexo, com ou  sem  amor
Na noite sem cor...

Doce pecado que não quer perdão
Doce pecado da doida  ilusão
Que arde no peito...

Apenas um suave e delicioso pecado
Sem apego
Sem medo
Sem punição
Assim, desse jeito
Escrachado, largado
Mas apenas  pecado....

Doce e eterno pecado de sonhar
Pecado de gostar
Pecado de amar!

Pecado...

Euclides Riquetti

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Um Sol de Outono

 




Um Sol de outono
Resteia no teu acanhado e belo corpo
Secando o orvalho do gramado
Reativa teu pensamento absorto
E reconforta  teu ânimo abalado.

O Sol de outono
Não é apenas mais um sol que brilha
Não é um sol comum do verão:
Reanima uma alma maltrapilha
Aquece o frágil e tímido coração.

Sol de outono
Sol de dimensão universal
Astro Rei semi-hibernado
Da natureza és o  Deus maioral
Tu  clareias o Universo iluminado.

Sol de outono
Oculto nas frias manhãs de inverno
Reinarás  na primavera ainda ameno
E, no verão, com teu Poder Eterno
Virás de novo:  Rei-Deus, Soberano Extremo!

Euclides Riquetti

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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

As canções das essências florais

 


  




As canções das essências florais


Quando as canções das essências florais
Encontram as do passaredo em sua toada
E no sonante valsar das manhãs outonais
Bailam as plantas na natureza embalada.

Enquanto soam os clarinetes angelicais
Perfilam-se os anjos em suas vestes alvas
Então voam sobre as planícies celestiais
Saem a saudar os apanhadores  das almas.

Mas se astros nos clareiam com os lumes
Para decorar nossas  noites espetaculosas
As flores nos brindam com seus perfumes.

Então mergulho nos sonos e sonhos meus
E vou clamar pelas musas bem cheirosas
Vou poetar meus versos aos ouvidos teus...

Euclides Riquetti

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No embalo dos sonhos

 



 



No embalo dos sonhos
Eu fui te encontrar
Na noite de outono
Teus lábios buscar
E encontrei teu sorriso
Ali perto do mar...

No encontro contigo
No meu terno sonhar
Quis ser teu amigo
De mãos dadas andar
Mas te dei meu abrigo
O meu peito pra amar...

Foi mais forte o amor
Foi bem mais que a amizade
E acabei por propor
Nossa felicidade
Quero um mundo de cor
Um amor de verdade...

No embalo dos sonhos
Nós nos encontramos
E felizes,  risonhos
Nos amamos, beijamos
E agora eu só quero
Dizer que te amo!

Euclides Riquetti

Água que te bebo na sede

 


 




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Água incolor, água inodora
E divinamente saborosa
Sempre que agredida chora
Água puramente deliciosa.

Água molemente gostosa
Ou em plena efervescência
Que mata minha sede gulosa
Presto-lhe toda a reverência.

Água de março a fevereiro
O ano todo água saudável
Que corre no rio altaneiro
Ou brota na fonte potável.

Água que te bebo na sede´
Ou que me lava no banho
Água do mar recebe a rede
E molha seu cabelo castanho.

A mesma água que acaricia
Que teu corpo massageia
Que hidrata tua pele macia
E minha alma incendeia.

Água que respeito e quero
Quero saudar-te em teu dia
Que cuidem de ti eu espero
Para te sorver com alegria!

Euclides Riquetti

Desnude sua alma

 


 




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Desnude sua alma  

Desnude sua alma, dispa-se de seus conflitos existenciais
Fale com o coração aquilo que seu pensamento lhe dita
Faça com as mãos graciosas  o que sua mente premedita
Como se cada momento que vive não lhe volte jamais.

Desnude sua alma, seu corpo,  e abra seu afável coração
Deixe que eu mergulhe neles com a força de meu ser
Mostre ao mundo as cores da vida vivida com paixão
E que nada pode apagar esse  imenso desejo de viver.

Ou, cubra-se com o manto que esconde todas as inquietudes
No anular-se da vida, na composição de seu grande cenário
No entregar-se aos infortúnios que dissipam as belas virtudes.

Ou,  entre numa redoma do vidro mais espesso e inviolável
No proteger-se contra todo o inimigo de seu imaginário
Mas nunca deixe de ser a senhora do ânimo inabalável.

Euclides Riquetti

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Abra sua alma e o seu coração










Abra sua alma e seu coração
E me deixe entrar...
Quero segurar em sua mão
E levá-la para passear...

Abra, nem que seja só um pouquinho
O tempo suficiente para que em entre
Dar-lhe-ei amor, darei carinho
E você vai ficar contente...

Eu também já abri o meu
Deixei aberto, escancarado
À espera de um convite seu
Porque quero estar sempre ao seu lado...

Estenda-me sua mão suave e cheirosa
Para que eu possa me deliciar
Tocar sua pele olorosa
Amar você, amar...amar!

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Euclides Riquetti