sábado, 18 de novembro de 2017

O belo que a mão de Deus esculpiu

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Cataratas do Rio Iguaçu - PR

          Nosso Brasil tem uma pródiga e indescritível natureza. É uma grande aldeia natural a abrigar o homem, a inspirar o poeta. Em todas as suas regiões, mesmo que não houvesse tido a intervenção do homem, teríamos belezas a apresentar, pois há as  naturais para nos encantar e encantar nossos visitantes. Duzentos, quatrocentos milhões de anos a nos fazer bem, a moldar nosso relevo de forma a se tornar, por si só, algo que nos fascina.

          A orla brasileira, com  seus rochedos nas encostas,  ou mesmo com as milhares de praias paradisíacas, surpreendem ao visitante que vem pelo mar. A paisagem verdejante, entrecortada pelas águas dos caudalosos rios e dos mansos lagos a embasbacar  os que vêm pelo céu. Os vales por onde correm sinuosamente esses rios, emoldurados por paredões de rochas, configuram paisagens singulares.

          Em cada lugar, cada canto, cada ponto de nosso país, sempre há algo natural a ser admirado. Por quem nos visita e por nós mesmos. Nossa natureza é simplesmente espetacular.

          Nossa Região Sul,  que tem reconhecimento nacional pela sua força produtiva e de trabalho, não foge à regra brasileira. São três estados e muitas semelhanças. Estados celeiros.

          No Paraná, além de toda a sua serra litorânea, de suas belas praias, há dois recursos que chamam a atenção do mundo: O Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa; e o Parque Nacional do Iguaçu, em Foz do Iguaçu.  São dois monumentos naturais de reconhecimento mundial.
Resultado de imagem para fotos parque vila velha ponta grossaArenitos no Parque Vila Velha - Ponta Grossa - PR


          No Parque do Iguaçu, onde tivemos a oportunidade  de estar algumas vezes, destaco as Cataratas do Rio Iguaçu, aquela imensidão de águas que a natureza habilmente para ali conduz, com quedas de até 80 metros de altura. Um mar de águas. E a localização numa área de terras que comporta sítios naturais e de preservação biológica. Milhares de animais e plantas, das mais variadas e raras espécies formam sua fantástica  biodiversidade.

           Em Vila Velha, nos Arenitos, em múltiplas formas;  nas três Furnas, com até 80 metros de profundidade,  ou na Lagoa Dourada, não há como não ficar embevecido com o que a natureza nos legou ali. É muito capricho! Parece que  Deus tirou  muitas de suas horas daqueles sete dias na Criação do Mundo para projetar aquilo que está ali hoje. Lembro-me de que, durante muitos anos, quando se compravam fósforos da marca Irati, estampava a caixinha uma gravura de um  cálice de arenito, muito conhecido.  Animais raros podem ser localizados naquele parque.
Resultado de imagem para fotos serra do rio do rastro santa catarina Serra do Rio do Rastro - SC

          Aqui em Santa Catarina, um dos grandes monumentos naturais é a Serra do Rio do Rastro, que liga a Serra Catarinense ao Planalto Serrano, basicamente nos territórios dos Municípios de Lauro Müller e Bom Jesus da Serra.  A a intervenção humana fez pavimentar 12 Km da Rodovia que a corta com milhares de metros cúbicos de concreto, mas tudo projetado de forma a adequar-se á paisagem sem causar-lhe muitos danos. Motociclistas do Meio Oeste de Santa Catarina e gaúchos,  nos finais de semana, costumam dirigir-se para ali só para poder sentir aquelas sensação de liberdade que só eles sabem sentir e curtir. A estrada possui quiosques na sua extensão, onde servem comida e oferecem banheiros aos passantes.


          Outro lugar que muito me atraiu,  e volto para lá sempre que é possível,  é a Guarda do Embaú, ao Sul de Palhoça. Ali, um rio vem paralelo à praia e alcança o mar num ponto próximo a um morro, dando-nos a impressão que a grande faixa de areia branca, aquele paraíso dos surfistas, seja uma ilha. A vila, pequena e com suas ruas estreitas, lembra-nos aquelas aldeias indianas ou jamaicanas, onde, no verão, as cabeleiras rastafári tomam conta do visual local.
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Guarda do Embaú - onde o rio e o mar se confundem...

          O ponto mais famoso da Guarda do Embaú  é a Pousada do Zulu.  O Zulu, além de modelo e ator que já participou de produções Globais, é um "homem do mar". Nada e surfa. Em qualquer época do ano, mesmo no inverno, os surfistas estão presentes com suas pranchas e encantam os poucos visitantes. mas, no verão, a vila de ruas estreitas fica intransitável. Mas vale a pena ir até lá. Numa das vezes que lá estive, andando nas trilhas de um morro de um pontal, escutei uma voz:  "Estou procurando um homem do Ouro!" Olhei, era meu amigo Hermes Susin, colega de adolescência. Eu jurava que jamais iria encontrar um conhecido ali, mas encontrei. Divertimo-nos rindo de nosso encontro.

cascata

Cascata dos Monges - Veranópolis - RS

          No Rio Grande do Sul há umas cachoeiras muito bacanas, como por exemplo uma que serviu de pano de fundo na filmagem de O Quatrilho, na Serra Gaúcha. A Cachoeira do Caracol, em Canela, e os cânions de Cambará do Sul são expressivas belezas naturais.
         A Lagoa dos Patos, no RS e a de Laguna, em Santa Catarina, dão excelência à paisagem litorânea. A Ilha de Santa Catarina, com suas mais de 50 praias, é outro grande monumento natural. Os rios Guaíba, Das Antas,  Pelotas e Uruguai, no Rio Grande do Sul; Canoas, do Peixe, Chapecó, Peperi-guaçu e Itajaí, em Santa Catarina; Guaíra, Iguaçu e Paraná, no Paraná, desenham a paisagem hídrica exuberante de nossa Região Sul.

          Nossa natureza é abençoada. Temos 4 estações climáticas bem definidas no ano. Nossos invernos são frios, nossos verões quentes. No outono caem as folhas e recomeçam os ventos. Na primavera os campos florescem, o clima é ameno. Só resta ao homem preservar aquilo que ganhou, de graça, e que foi construído pela mão divina. Deus salve o Sul, Deus salve o Brasil.
         

Euclides Riquetti
05-02-2013

Alegria de sentir saudade

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A cor do teu beijo
É de tom vermelho
E brilham os olhos teus
Que seduzem os meus.

O sabor do teu sorriso
E o cheiro de teu cabelo liso
Me encantam, me embriagam 
E, meus pensamentos, divagam...

Se hoje é dia de comemorar
À vida devemos brindar.
Enquanto o sol vem e vai
Bronzeia tua pele e sai...

Feliz seja nosso novo dia!
Que venham montes de alegria
Alegria pura, alegria de verdade
Alegria de sentir saudade!

Euclides Riquetti
18-11-2017





O doce do teu beijo

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Que bom que eu tenho olhos que te veem
Que bom sentir o doce de teu beijo
Que bom que tenho lábios que te beijam
Que bom sentir o olhar do teu desejo.

É bom ver-te vestida desse rosa
É bom  tocar tua pele tão morena
É bom ver-te bonita, assim formosa
É bom amar tua alma tão serena.

Melhor é abraçar teu corpo frágil
Melhor é te roubar o beijo grácil
De amor e de desejo revolvido.

Divino é mergulhar no teu abraço
Divino é me perder no teu enlaço
No corpo que me deixa enternecido.

Euclides Riquetti


sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Um surdo na escuridão


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Como surdo a vagar na escuridão
Nada vejo, nada ouço, nada, nada!
Insensível ser navegando na ilusão
Inefáveis sentimentos em escalada...

Imerso em pensamentos obtusos
Buscando a lucidez desaparecida
Embriagado em sonhos confusos
Em devaneios na noite sofrida...

Doem, no corpo, as dores do tempo
Escapam-me as palavras proféticas
Desenha-se, no rosto, o sofrimento
Fica-me apenas a arte poética!

E, então, numa reação a cada ação
Levando meus voos na literatura
Rabisco versos do poema-canção
Sorvo as essências da sua candura!

Euclides Riquetti
17-11-2017





 

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

O Êxito do sexto tour ao Faxinal do Céu, Bituruna e Porto União da Vitória

      

 A imagem pode conter: 1 pessoa, em pé e atividades ao ar livre

 Nosso grupo defronte ao Hotel Grezelle, em Bituruna - PR

           O Faxinal do Céu é um verdadeiro paraíso na América do Sul, localiza-se no Centro Sul do Paraná, em Pinhão, no Vale do Iguaçu. É uma área do tamanho de cerca de 150 campos de futebol, onde se localizam todas as espécies de árvores do mundo. Estivemos lá na tarde de sábado, 11,  com um grupo de joaçabenses e ourenses.

          Contamos com a amabilidade da Neusa e da Amanda, na recepção do Jardim Botânico. Também fomos recebidos, carinhosamente, pelos escoteiros ali sediados e que estavam em atividade, chefiados pelo Rodrigo e a Silvana. O Gabriel, filho do vereador Ivonei Dambrós e da professora ( Andrea Simone Rech, filhos dos saudosos Adelir, que  ajudava minha mãe lá no Ouro,  e do Adelino, que, quando eu era criança, vinha de caminhão buscar porcos em leãozinho e gostava de brincadeiras).

          Rodrigo e Simone são sobrinhos do Hélio Hanel, capinzalense, meu colega dos tempos de Ginásio Padre Anchieta, vascaíno como eu, que fez sua carreira profissional no horto do Faxinal.  E temos algo muito em comum: fomos afilhados de João Franck e Catarina Vitorazzi, aqui do Leãozinho, em Ouro, in memorian. Já fomos bem recebidos lá, em outras oportunidades, pelo Engenheiro Florestal Dr Mário Torres, um brasileiro muito apaixonado por árvores. E pela Ana Clara, que também sabe, com muita didática e comunicação leve, fazer-nos navegar, in loco, pelo mundo do conhecimento botânico. Todos os responsáveis pelo Faxinal nos dão carinhosa atenção, pelo que agradecemos muito. Posso asseverar que o Faxinal e os locais dos arredores concentram mais hortênsias do que a cidade de Gramado, RS. Então, imagine ainda um lugar em que existem mais de 40 espécies de azaleias....

          Em Bituruna curtimos a visitação, com degustação de vinhos, sucos de uva  queijo e salame, na Vinícola Sanber, onde a simpática enóloga Michele, nos dá, sempre, uma verdadeira aula sobre vinhos de uvas americanas ou europeias. E ainda pelo Denilson, dos vinhos Dal Mont, que nos dá sua prestigiosa atenção, com explicações sobre seus vinhos, conduzidos pelo dedicado, competente e atencioso Jairo Ravanello, Presidente do Conselho de Turismo e proprietário da agência e transportadora Bitur.

          Almoço no Empório Sabor Italiano, com especial atenção do Rafael (Masiero) e do Claudinei, jantar no Restaurante Massas Beponi, do Bépi Masiero. Comida excelente, excelente atendimento. Gente caprichosa, simples e simpática. Tenho o Bépi como um verdadeiro irmão, pura simpatia, dedicação e amabilidade. Hospedagem no Hotel Grezelle, onde a Josi e os familiares, assessorados pelo Marcelo, nos dão plena atenção. Muito conforto, tudo limpinho e cheirosinho, lugar certo para descanso.

         No domingo, pela primeira vez, usamos uma rota alternativa a União da Vitória, via Porto Vitória, 30 Km de estrada de chão (peço desculpas aos convidados...), mas uma parada num lugar exuberante, onde se localiza uma bela cachoeira e um portal bem sugestivo e interessante, denotando a cultura local.

          Em Porto União, o city tour, com parada no mirante do Morro da Cruz e no Poço do Monge João Maria. O mirante ficou maravilhoso com as obras realizadas pelo ex-prefeito Anízio de Souza, que, aliás, nos recebeu com seus familiares na loja da Steinhager (Traude, esposa, Marcos Aurélio, filho, Paulo, genro). Posso garantir que o Anízio foi o Prefeito que mais realizou melhorias em termos de equipamentos turísticos em Porto União. Também passagem pelo Batalhão do Exército Brasileiro e, em União da Vitória, a ponte do ferro, a estação ferroviária, antiga Fafi, a Praça Coronel Amazonas e a Catedral. Almoço nos restaurante X Burguer, de meu cunhado Luiz Fernando Ghidini e da mana Iradi, onde se come muito bem e se tem especial atenção.

          Após o almoço, passagem pela Havan, no Porto, onde se toma o delicioso chope Bierbaun, de Treze Tílias. E, no trajeto de retorno, parada na loja da Erva Mate Carijo, onde compramos mate para chimarrão. O restaurante do Posto Horizonte II é nossa parada obrigatória, na ida e na volta, para um lanche muito variado, atenção primorosa e banheiros limpíssimos.

          Além dos convidados já mencionados, agradeço pela participação da amiga Lourdes Bortoli, Ida Zanette, Iracélia Zago Puchale, Salete Loraschi, Neide Abate Palla, Adelise Massignan Praxmara, sua irmã Dra Ione Rofner e o marido desta, Roberto Rofner, bem como à Sílvia Russowski, filha da capinzalense Vitória Toaldo e do saudoso Dr. Miguel, do Hospital São Miguel de Joaçaba. Nos alegrou a presença do amigão Armando Gálio e da esposa Dona Clari Menin Gálio, da Canhada Funda, Ouro, que descobri ser vascaíno, além de produtor de delicioso mel.

Grande abraço em todos. Agora, o centro Norte do Rio Grande do Sul que nos aguarde, de 01 a 03 de dezembro, com visitações a Guaporé, Serafina Correa, Nova Bassano, Nova Prata, Veranópolis e Paraí.

Euclides Riquetti
16-11-2017

 

         

        

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Eu, você, nós dois apenas... E o mar!


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Eu, você, nós dois apenas...
E o mar!

O mar das ondas revoltas
Que leva embora as folhas soltas
Que o vento traz....
Sim, ele, o mar!

Eu, você, nós dois apenas...
E o mar!

Olhe para ele e sua imensidão
Olhe com os olhos do seu coração...
Para seu balanço que barulha
Enquanto você mergulha!

Eu, você, nós dois apenas...
E o mar!

E escute a sua canção
Aquela que vem junto com o vento
E, que por um momento,
Me enche de inspiração!


Eu, você, nós dois apenas...
E o mar!



Euclides Riquetti
15-11-2017

Mais do que um sonho... uma agradável lembrança!

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          Uma das coisas boas de minha vida é sonhar! Fechar os olhos, imaginar, navegar, sonhar... Passar por sobre fronteiras sem passaporte, sem documento: apenas com sorte! A sorte de encontrar seres que estão com a gente, que estarão, ou que já estiveram perto de nós, junto de nós...
  
          Sonhar é meu, seu, nosso direito! Sonhar de dia, de noite, de pé, deitado, de qualquer jeito! Mas sonhar... E ensejar para que nossos sonhos se tornem realidade. Os sonhos, por si, nos possibilitam a vivência de realizades possíveis e impossíveis... Dentre estas, a de ter junto conosco pessoas que nos foram muito queridas e nos deixaram. Na noite de domingo, revivi momentos com meu querido pai. Deixou-nos num sábado, 18 de junho de 1977. Tinha 55 anos. Nascera  Guerino Richetti, virou Riquetti. Guerino de "guerreiro"!

          Posso asseverar que sou muito parecido com ele. Uma cópia, um clone. Meu jeito de me movimentar, de mover minhas mãos, de olhar para as pessoas, de ficar com o pensamento visivelmente distante. Os mesmos hábitos: Ler, ler muito, informar-me. Herdei isso dele. Quando nasci, lá no Leãozinho, então comunidade de Rio Capinzal, ele estava lendo "Os Sertões", de Euclides da Cunha. Quando escrevia, desenhava as palavras. Letra firme, uma verdadeira caligrafia. Estudou Latim , Filosofia, Francês, Italiano, aprendeu a tocar piano. Conhecia muito de História, de Geografia, de Matemática. Notas altas nos tempos de Seminário, o São Camilo, da Vila Pompeia, em São Paulo. Notas altas no "Normal", para habilitar-se ao magistério, no Mater Dolorum, em Capinzal, onde concluiu seu curso em 1963. Estava com 40 anos...

          No domingo, mais um belo e agradável sonho. Sonhei que eu estava com uma amiga,  ajudando-a  a fazer a decoração para um ambiente de um evento cultural. Amarrávamos panos brancos entre colunas, provavelmente para mais  uma daquelas "Noite do Canto, Arte e Poesia", que costumávamos organizar com os amigos poetas da APECOZ (Associação dos Poetas de Capinzal, Ouro e Zortea). Saudades disso também... Meu pai chegou, parecia mais alto do que era, embora tivéssemos a mesma altura: 1,83 metros. Estava com calças e camisa de manga longa, uma cor escura, uma combinação de preto ônix com preto dark. Sapatos pretos, bem lustros, como era de seu costume. Boina.  Mas as maiores e melhores lembranças dele tenho-as com ele usando camisa branca e calça preta ou marinho.

          A aproximação dele veio natural, parecia que estava verdadeiramente ali. Elegante, inteligente, culto, charmoso. Assim eu o via e é assim que eu o vejo e quero ver nos meus sonhos. Ele veio e disse que estava com um pouco de pressa, precisava dar aulas de Matemática... E saiu... Fique muito contente em vê-lo. Estava bem. Acordei-me sobressaltado, mas feliz. Eu o vi mais uma vez. Ele não era professor dessa disciplina, mas ensinou-me a fazer contas de medidas agrárias e volumes. Área de quadrados, retângulos, triângulos. Para este, dizia: "base vezes altura, dividido por dois".  E fazia desenhos em papéis para eu entender. Para madeiras em toros: "raio ao quadrado vezes o PI (3,1416),  vezes altura..."  Aprendi isso antes de me ensinarem na escola. E, com 10 anos, eu fazia cálculos das roçadas e carpidas que os familiares do saudoso Sebastião Feliz da Rosa, o "Velho Borges", e seus filhos João e Dário empreitavam. Vinham lá em casa para que meu pai calculasse. E ele me punha na a fazer as contas: alqueires, quartas de terra...

          Ora, misturo sonhos, lembranças e saudades. Saudades, porque isso é inerente à condição humana: quem não as sentir, não tem história, não tem passado, não tem sensibilidade. Lembranças, porque elas nos trazem alegrias. E se confundem com as saudades.  E sonhos! Ah, esses sim! Sonhos  que   me permitem revivenciar realidades impossíveis. Como a de ter, perto de mim, pessoas que só podem vir com o sonho...

Euclides Riquetti
11-11-2014

Com o verbo amar

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Tentei rimar
Algo com o verbo amar
Busquei seu nome
Mas ele some
Você não me responde
Acho que se esconde..

Mas vou encontrar
Em algum lugar
Descobrir o motivo
De você ter sumido
Ah, sim,eu buscarei
E, pode crer, encontrarei.

Em todos os caminhos
Onde houver espinhos
Ou nos jardins em cores
Onde houver flores
Buscarei, incessantemente
Amar você... intensamente!

Euclides Riquetti
15-11-2017


terça-feira, 14 de novembro de 2017

De sapateiros e de sapatos - Cenários de Capinzal e Ouro

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Só para reviver...

          Sapateiros estiveram presentes na vida das pessoas desde que inventaram as sandálias, os primeiros calçados disponíveis ao homem. O objetivo, primordialmente, era o de proteger as solas dos pés, não o de adorno. Isso há mais de 10.000 anos. Depois vieram as botas, os botinões, as botinas, os coturnos,  os sapatos. A proteção aos pés, nas marchas para as guerras, era um fator de sobrevivência. Quem tinha os pés mais protegidos, conseguia encurtar as distâncias. Nos desertos, as sandálias,  nas montanhas nevadas, os mocassins. Em minha adolescência, todo o cara "bacana" tinha um sapato "Passo Doble", da Vulcabrás.

          Naquela época  eu gostava de frequentar alfaiatarias e sapatarias. Tinha parentes alfaiates e amigos sapateiros. Aliás, quando eu morava no Leãozinho, na época que tinha  anos, um filho de meu padrinho, o Aristides, era sapateiro. E eu ficava entretido em ver que as pessoas traziam seus sapatos gastos para por uma meia-sola. Em Capinzal, os mais tradicionais, de que me lembro, eram o Betinardi e os Zuanazzi. Adiante, na sapataria do Oneide Andrioni, em Capinzal, ele, os irmãos Severino e Antoninho, mais seu cunhado Valdir Souza, o Coquiarinha, tinham uma sapataria muito forte. Os fazendeiros e os colonos traziam suas botas velhas para fazer um remonte. Agora, o Tata Dambrós, ali ao lado da Praça Pio XII é meu "shoe assistant".

          O  remonte, numa bota, consistia em substituir todo "sapato" da mesma, aproveitando-se apenas o cano do par velho. E, com uma boa pintura, daquela tinta a pincel que só o sapateiro tinha, ficava novinha. Meu sonho era ter uma bota, nem que fosse de remonte. Acho que nunca tive um par delas, só botinas.

          O Riciere Caldart, conhecido como "Seu Nini", era uma fera na área, ali no Ouro. Assim como os Surdi, em Capinzal, os Andrioni, na Linha São Paulo, os Tonini, em Novo Porto Alegre, os Frank, na Linha Sete, o Valduga, na Barra do Leão, e outros. Todas as cidades e vilas tinham que ter uma boa sapataria, pelo menos, e em algumas comunidades rurais. Na verdade, nestas, além de lidar com calçados cuidavam dos arreiames dos cavalos, das selas e dos selins. E as mulheres levavam seus sapatos para trocar o salto, conforme a moda exigia. "Quero cortar meu salto e por um médio!"  "Quero que tire esse salto grosso e coloque um mais alto, que tenho que ir a um casamento no sábado!"
         
          Era tão bonito ver as mulheres com os cabelos bem arrumados, roupas elegantes, alçadas sobre belos sapatos de salto.

          E os sapatos foram ganhando importância tamanha na vida das pessoas que hoje existem de todos os tipos, de todos os materiais e para todos os  gostos. Pode-se dizer que, para a mulher, as bolsas, igualmente, situam-se não mais como acessórios, mas sim como componente básico da vida diária. E a combinação sapato-bolsa-cinto, quando bem articulada, lhes atribui um elevadíssimo grau de charme e elegância. É encantador  ver uma mulher que sabe vestir-se e harmonizar suas vestes com os seus acessórios.

          E nós, homens, também fomos aprendendo com elas. Aprendemos a combinar as cores das cintas com a dos sapatos. Às vezes, até com a carteira. Eu, particularmente, não dispenso isso. Mas o grande consumo em termos de calçados, hoje, é o tênis, que na minha infância  chamavam de "sneakers". As primeiras marcas mundiais foram, sucessivamente, Reebok, Puma/Adidas e Nike. Estão há quase 100 anos protegendo e dando conforto aos pés dos atletas.

          Em termos de sapatos femininos, várias atrizes, a exemplo de Sofia Loren, cultivaram belas coleções de sapatos. Mas, o que mais chamou a atenção do mundo, nesse quesito, foi o que aconteceu com a esposa do Presidente Ferdinando Marcos, hoje viúva,  ditador das Filipinas, que chegou a possuir 3.000 pares de luxuosos exemplares, enquanto que os compatriotas filipinos passavam fome.

          Ainda,  bem recentemente, o investidor financeiro norteamericano Daniel Shak teve uma baita querela na Justiça de seu país em razão de ter descoberto que sua belíssima ex-esposa, Beth Shak,  armazenava, num apartamento, uma coleção de luxuosos1.200 pares de sapatos, avaliada em mais de sete mil e quinhentos dólares, comprada com dinheiro dele. A gata, jogadora profissional de poker, possui até um blog sobre sapatos.

          E você, já teve muitos pares? Então, convido  a lembrar dos primeiros calçados que lhe deram quando criança. Vale contar também aqueles com número bem maior, para que não lhe escapassem e pudesse usar durante pelo menos dois anos. E das congas que usou para ir ao seu Colégio. E das bambas. E dos kichutes.

          E, hoje, quando você passar pela vitrine de uma  loja e embasbacar-se com os tênis de marca,  mocassins, sandálias, peep toes e scarpins, ou quando olhar para aquele Valentino, Louis Vitton, Chanel, Prada, Christian Loubatin, Charlotte Olympia, Dior, Arezzo e tantos outros, e você puder comprar pelo menos um, lembre-se daqueles senhores que um dia, no seu anonimato, ajudaram seus pés a fazer sucesso no bailinho ou na festinha de aniversário.

Euclides Riquetti
03-02-2013

Voltei pra ti

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Voltei pra ti...estou aqui!
Vim pra rever nossas rosas
Ali no jardim, orgulhosas
Esperando por mim e por ti!

Rosas vermelhas encorpadas
Todas elas sorrindo
Rosas pink, rosa, rosadas
Compondo um cenário lindo!

Rosas, apenas elas e nada mais!
Com seu charme que atrai
Pra não se esquecer delas jamais
Perfume que vem e que vai...

Voltei pra ti... estou aqui!
Voltei pra te abraçar
Voltei apenas porque senti
Que aqui contigo é meu lugar!

Euclides Riquetti
14-11-2017





segunda-feira, 13 de novembro de 2017

De corpo e de alma

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Passam os dias
Passam outros e outros
Vem nova semana
Vem outra, outra ainda
Longa, morosa, infinda:
Só tu não vens!

E chega um novo mês
Para animar
Meu coração já insano
Enquanto fico a  esperar
Que comece um novo ano
Que venham outros, muitos talvez, outra vez.

Passa o tempo, inclemente
Num repente!
Só não passa a dor no coração
De  quem  perdeu  algo precioso
Forte, imedível, inimaginável...
Passa simplesmente.

A vida corre  e o tempo passa
Enquanto sento na praça
Na espera da sorte
Que deveria vir do norte
Mas não vem...
Nem do Sul, nem de lá, nem de cá!

Todo o meu conforto
É imaginar-te em mim pensando
Acreditar que não me esqueceste
Que não te arrependeste
De ter sido minha de alma...
E de corpo!

Euclides Riquetti

domingo, 12 de novembro de 2017

Mundo das flores e das crianças


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Em minha casa tenho rosas
Brancas, vermelhas e amarelas
Rosas bonitas e formosas
De todas as flores as mais belas.

Cultivo as plantas com suas flores
A elas dou meu mais fino trato
De todos os matizes e cores
Com o cheiro das plantas e do mato.

As gérberas que enfeitam o jardim
As margaridas e as hortênsias
Trazem alegria para você e pra mim
E para todas as crianças inocentes.

Na casa de minha querida vovó
Têm cravos, gerânios e beijinhos
Com eles eu não me sinto só
Com eles  divido  meus carinhos.

Protege, Deus, as crianças adoráveis
Que gostam das flores perfumadas
Que elas cresçam belas e saudáveis
E tenham  uma vida abençoada!

Euclides Riquetti

Enquanto se avermelham as maçãs

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Os pássaros nascem para nos encantar
Para nos alegrarem em todas as manhãs
Para nos fazerem felizes em cada acordar
Enquanto se avermelham as maçãs...

Maravilha-me cada botão nas roseiras
Delicia-me os odores dos pessegueiros
Enquanto espero pelas jabuticabeiras
E pelos novos frutos dos figueiros...

Pingos de chuva caem para abençoar
E para regar as terras promissoras
Para que possas teu corpo refrescar
Para branquear as almas pecadoras.

E, quando na manhã faltar teu canto
E faltarem nos poemas os meus versos
Desaparecidos como que por encanto
É porque foram voltear pelo universo.

Peço que os recolhas e mos devolvas
Para recompor aquela nossa canção
Canção de corações enamorados
Aquela que reviva a eterna paixão.

Euclides Riquetti