O botão da rosa tremeu
Quando você passou
Acho que foi seu perfume
Que o contagiou
(E seu balançar o emudeceu)...
O botão da rosa era vivo e galante
Portava-se como um príncipe virtuoso
Bonito, formoso!
O botão da rosa era predestinado
A tornar-se uma rosa encantada
Talvez branca
Talvez vermelha
Ou rosa matizada.
Mas quando você passou
Bonita e deslumbrada
Jogando sorrisos pra todo lado
Intimidou-se o rapagão
Que via-se ficar apenas botão.
Mas passou a tarde e a noite chegou
E caiu sereno na madrugada.
Então, na manhã azul chegou a fada
Com sua varinha abençoada
E o botão sentiu-se revigorado
E ficou todo prosa:
Um toque da varinha mágica
Era tudo de que precisava.
Então virou uma bela de uma rosa
Explendorosa
Perfumada!
Que foi por você beijada
E levada...
O botão virou uma moça
Bela, risonha, cobiçada
Muito amada
Como você...
Euclides Riquetti
sábado, 15 de fevereiro de 2014
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014
Amizades Verdadeiras - laços duradouros
Celebrando, neste dia 14 de fevereiro, o Dia da Amizade! Tão importante quanto o Dia do Amigo, é o da Amizade. Afinal, o ato de cultivar amizades é uma habildiade, uma arte. É algo que torna você merecedor da confiança das pessoas. A Amizade, digamos, é uma substância de valor inestimável. Quem consegue angariar amizades, pelo jeito sincero de ser, é um merecedor da felicidade. Só por isso já vale a pena propor-se a travar conhecimento com pessoas e construir amizades.
A convivência com pessoas gera em nós a necessidade de diálogo e este é o caminho para que a amizade se efetive entre os seres. Demonstrações de amizades entre os humanos são muito comuns, e isso independe da idade que tenham. Até entre os animais ela é muito evidenciada. Seguidamente, verificamos que animais bem distintos, que teoricamente poderiam ser considerados inimigos, cultivam entre si a amizade. É comum vermos fotos e vídeos de gatos e cahorros convivendo pacificamente, estabelecendo entre si ações de respeito e ajuda mútua. O ser humano também se entrega à amizade com animais de uma forma surpreendentemente extraordinária. A natureza, como se vê, é magnífica, mágica.
Sempre tive facilidade em fazer amigos, tanto que nos lugares onde trabalhei e vivi, fui aumentando meu leque de amizades. Desde minha infância no Leãozinho ou na Linha Bonita, (Ouro), até minha adolescência e juventude em Capinzal, fui aumentando meu círculo de amigos, dos quais ainda hoje guardo muitas lembranças e saudades. Sempre que tenho oportunidade, estabeleço contado com alguns deles, as redes sociais me permitem isso, o telefone também. Os estudos no Mater Dolorum, no Padre Anchieta, no Juçá Barbosa Callado, na Escola Técnica de Comércio Capinzal. O trabalho nos armazéns do Clarimundo Bazzi, do Arlindo Baretta, no Posto Dambrós e no Ipiranga.
Minha mocidade em Porto União e União da Vitória, quando estudei Letras na FAFI e trabalhei na Mercedes-Benz, ou mesmo quando lecionei no Yázigy e no Colégio Cid Gonzaga, mesmo que por pouco tempo, deixei muitos e muitos amigos. Hoje, quase quatro décadas depois, ainda lembro com muitas saudades de meus colegas e professores. Consegui restabelecer contato com alguns deles, que se espalharam pelo País, mas que hoje me comunico facilmente com eles, passando-lhe recados pelo facebook. Eventualmente, em passagens pelas duas cidades, visito alguns deles.
Os anos em que morei no antigo Distrito de Duas Pontes, hoje Zortéa, logo após o casamento em União da Vitória, me possibilitaram construir laços com os professores, com meus alunos e meus colegas de trabalho. Vivíamos, alegremente, participando dos eventos da Escola Major Cipriano Rodrigues Almeida, da Capela de Santa Catarina e do Grêmio Esportivo Lírio. E do trabalho na Escola e na Zortea Brancher, na época a maior indústria da microrregião. Vivenciamos educação, esportes, trabalho, religião e vida social.
A atuação como professor na Escola Sílvio Santos, em Ouro; no CNEC e no Mater Dolorum, em Capinzal, e na Prefeitura do Município de Ouro, onde fui Secretário em diversas pastas e, aos 35 anos Prefeito Municipal, também me permitiram conhecer muito bem as pessoas com quem convivi e guardo muitas boas lembranças delas. As atividades na Paróquia de São Paulo Apóstolo, em Capinzal;na Associação dos Professores de Ouro e Capinzal, e em diversas outras entidades, também me trazem ótimas lembranças. O futebol no Palmeirinhas da "Rua da Cadeia" (Ouro), no Grêmio Esportivo Lírio (Zorte), no Arabutã FC (Ouro e Capinzal), no Grêmio Navegantes, também foram somando amizades em minha vida.
Agora, a convivência numa nova cidade, Joaçaba, uma vizinhança muito boa, o respeito mútuo, a alegria de escrever no Jornal Cidadela e no meu blog, a de andar pela cidade, correr na Pista do Clube Comercial, caminhar pelas ruas da Cidade Alta e do Centro da Cidade, tudo isso me deixa contente.
E, se chegamos até esta época de nossa vida somando tanta experiência e vivência, só temos que agradecer à Deus, à Família e às Amizades. Que deus nos permita continuar a fazer isso por muitos e muitos anos ainda.
Salve 14 de fevereiro - Salve o Dia da Amizade!
Euclides Riquetti
A convivência com pessoas gera em nós a necessidade de diálogo e este é o caminho para que a amizade se efetive entre os seres. Demonstrações de amizades entre os humanos são muito comuns, e isso independe da idade que tenham. Até entre os animais ela é muito evidenciada. Seguidamente, verificamos que animais bem distintos, que teoricamente poderiam ser considerados inimigos, cultivam entre si a amizade. É comum vermos fotos e vídeos de gatos e cahorros convivendo pacificamente, estabelecendo entre si ações de respeito e ajuda mútua. O ser humano também se entrega à amizade com animais de uma forma surpreendentemente extraordinária. A natureza, como se vê, é magnífica, mágica.
Sempre tive facilidade em fazer amigos, tanto que nos lugares onde trabalhei e vivi, fui aumentando meu leque de amizades. Desde minha infância no Leãozinho ou na Linha Bonita, (Ouro), até minha adolescência e juventude em Capinzal, fui aumentando meu círculo de amigos, dos quais ainda hoje guardo muitas lembranças e saudades. Sempre que tenho oportunidade, estabeleço contado com alguns deles, as redes sociais me permitem isso, o telefone também. Os estudos no Mater Dolorum, no Padre Anchieta, no Juçá Barbosa Callado, na Escola Técnica de Comércio Capinzal. O trabalho nos armazéns do Clarimundo Bazzi, do Arlindo Baretta, no Posto Dambrós e no Ipiranga.
Minha mocidade em Porto União e União da Vitória, quando estudei Letras na FAFI e trabalhei na Mercedes-Benz, ou mesmo quando lecionei no Yázigy e no Colégio Cid Gonzaga, mesmo que por pouco tempo, deixei muitos e muitos amigos. Hoje, quase quatro décadas depois, ainda lembro com muitas saudades de meus colegas e professores. Consegui restabelecer contato com alguns deles, que se espalharam pelo País, mas que hoje me comunico facilmente com eles, passando-lhe recados pelo facebook. Eventualmente, em passagens pelas duas cidades, visito alguns deles.
Os anos em que morei no antigo Distrito de Duas Pontes, hoje Zortéa, logo após o casamento em União da Vitória, me possibilitaram construir laços com os professores, com meus alunos e meus colegas de trabalho. Vivíamos, alegremente, participando dos eventos da Escola Major Cipriano Rodrigues Almeida, da Capela de Santa Catarina e do Grêmio Esportivo Lírio. E do trabalho na Escola e na Zortea Brancher, na época a maior indústria da microrregião. Vivenciamos educação, esportes, trabalho, religião e vida social.
A atuação como professor na Escola Sílvio Santos, em Ouro; no CNEC e no Mater Dolorum, em Capinzal, e na Prefeitura do Município de Ouro, onde fui Secretário em diversas pastas e, aos 35 anos Prefeito Municipal, também me permitiram conhecer muito bem as pessoas com quem convivi e guardo muitas boas lembranças delas. As atividades na Paróquia de São Paulo Apóstolo, em Capinzal;na Associação dos Professores de Ouro e Capinzal, e em diversas outras entidades, também me trazem ótimas lembranças. O futebol no Palmeirinhas da "Rua da Cadeia" (Ouro), no Grêmio Esportivo Lírio (Zorte), no Arabutã FC (Ouro e Capinzal), no Grêmio Navegantes, também foram somando amizades em minha vida.
Agora, a convivência numa nova cidade, Joaçaba, uma vizinhança muito boa, o respeito mútuo, a alegria de escrever no Jornal Cidadela e no meu blog, a de andar pela cidade, correr na Pista do Clube Comercial, caminhar pelas ruas da Cidade Alta e do Centro da Cidade, tudo isso me deixa contente.
E, se chegamos até esta época de nossa vida somando tanta experiência e vivência, só temos que agradecer à Deus, à Família e às Amizades. Que deus nos permita continuar a fazer isso por muitos e muitos anos ainda.
Salve 14 de fevereiro - Salve o Dia da Amizade!
Euclides Riquetti
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
Gabriela Weber - Uma História de amor!
A Gabriela Weber era uma joverm muito bonita. Estudiosa. Inquieta. Trabalhadeira. Caprichosa. Preocupada com o futuro. Responsabilíssima. Carinhosa. Generosa. Adorada pela família, pelo namorado, pelos amigos. Sonhadora, tinha os mesmos sonhos da maioria dos jovens de sua idade: Queria ser feliz!
Na manhã de 13 de outubro de 2011, há exatos 28 meses, saí de casa muito cedo para ir ao meu trabalho em Ouro. Passei, de carro, pela Escola do Bairro Nossa Senhora de Lourdes, fui em direção à BR 282. Também Passei diante de uma sequência de casas ao lado esquerdo da Avenida Santa Luzia, e de prédios ao lado direito. Eram poucos minutos antes das 6,30. De uma dessas casas, também, saiu com sua motocicleta a jovem Gabriela...
Gabriela tinha 18 anos, era terceiranista do Colégio Certi, aqui de Joaçaba. Trabalhava numa gráfica aqui na parte alta da cidade, 1 Km distante da sua casa. No dia anterior, Dia da Criança, Dia de Nossa Senhora Aparecida, recebeu um telefonema: Era para ir mais cedo do que o horário de costume para o trabalho, na manhã seguinte, pois com a proximidade do final do ano havia muito serviço a darem conta. Acordou muito cedo naquele dia pós-feriado, plena Primavera. Os dias já costumavam clarear mais cedo, as pessoas eram acordadas pelos cantos dos passarinhos. Próximo à casa de Gabriela, muitos deles nas árvores. Flores nas floreiras e nos jardins das casas. O vento, no entanto, sacudindo os eucliptos, as plantas pequenas, as árvores altas. O céu, naquela manhã, teimava em não clarear. Nuvens escuras o cobriam, havia perspectiva de tempestade, de turbulência.
Dona Rosa da Silva, a mãe da Gabi, não queria que ela saísse de casa, pois o tempo estava ameaçador, perigoso. Mas o senso de responsabilidade da jovem era muito grande. Tinha os sonhos a realizar, precisava ser assídua no trabalho, na escola. Nunca deixara de cumprir seus compromissos e não seria naquele dia que iria falhar.
Gabriela logo ia casar. Amava e era muito amada pelo namorado, o Jair da Silva. Queria estudar Pedagogia, ser professora, adorava crianças. Não gostava de ver criança chorando, aquilo lhe partia o coração. Tinha a vocação para o magistério, para a maternidade. Gostava de crianças, gostava de animais. Tinha seus gatos de estimação, não admitia que fossem maltratados. Duas semanas antes, o casalzinho havia sido padrinho de um casamento. O sonho deles era o do casamento também.
Gabriela gostava de jogar futebol e vôlei, de ir à praia. Viajar a encantava, principalmente quando o destino era estar nas areias das praias, nas águas do mar. Tinha planos, muitos planos. Trocar a motocicleta por um carro para se sentir mais segura era um deles.
Fazia amizades com facilidade, tinha amigos jovens, crianças, pessoas de todas as idades. Adorava festas sertanejas, que frequentava sempre que possível. Mas também gostava de estar em casa, junto com a família, escutado música ou vendo filmes na TV. A menina que gostava da cor pink e que tinha sonhos rosados e gostava da música "Sem ar", de D´Black (uma belíssima canção), também gostava do Grupo Roupa Nova, de Jorge e Matheus, Fernando e Sorocaba, e Paula Fernandes.
Mas naquela manhã em que saiu antes do horário de costume para o trabalho, a moça bonita, de pele macia, olhos brilhosos e cabelos castanhos, não imaginava o que estava a esperá-la: No trajeto para o trabalho, na Rua 12 de Outubro, paralela à BR 282, os fortes ventos partiram o tronco de uma árvore. Fatalmente, Gabriela Weber ia passando pelo local com sua moto. Atingida na cabeça, teve morte instantânea. Chamada, sua mãe, a Dona Rosa, foi a terceira pessoa a chegar ao local. Foi levada ao Hospital Universitário Santa Terezinha pelos Bombeiros Socorristas, mas lá já chegou sem vida.
A voz silenciou, o sorriso se apagou, seu rosto serenou... Gabriela partiu deixando uma legião de amigos e os familiares: Rosa e Osmar, seus pais; Carla Cristina, Daiane, Viviane e Douglas, seus irmãos; Vany, a cunhada, e os sobrihos. E Jair, o namorado, com quem pretendia realizar o sonho maior: O de viver, para sempre, sua História de Amor.
Dos muitos recados que lhe passaram pelas redes sociais, escolhi o postado por sua colega Bonnie, que sintetiza o que seus amigos pensavam dela:
"Gabi, eu gostaria de dizer que você era uma pessoa maravilhosa e que nunca irei te esquecer. Foi um imenso prazer ter te conhecido, nunca me esquecerei de nosso tempo juntas na escola, de como você era simpática e bonita. Nunca achei que isso iria acabar um dia, sempre achei que você teria um grande futuro... Adeus, Gabi, em sinto muito... sem palavras... ( de sua amiga Bonnie)".
Por dois anos eu passava diante daquela casa e via a figura solitária de uma senhora que olhava para a rua, para o céu, imóvel sentada numa cadeira da varanda. Ficava imaginando o que aquela família deveria estar passando. E, quando lia notícias de mães que perderam seus filhos, me comovia. Há uns meses subi a escada e fui conversar com aquela mulher simples e de aspecto tão triste. Apresentei-me, ouvi sua história, a da filha Carla Cristina, e pedi-lhes licença para escrever esta crônica sobre a Gabi. A Gabi, como tantos outros jovens que perderam a vida, não foi uma simples folha em branco. Teve seus sonhos, sua História. Amou e foi amada. Não partiu por vontade própria, mas a fatalidade a afastou de seus entes queridos.
Tenho em mim a lógica de que os filhos é que devem enterrar os pais. Infelizmente, como a Dona Rosa, muitas outras mães tiveram que passar por isso.
Que Deus tenha para a Gabriela um belíssimo lugar no paraíso. Que possa, com sua bondade e sorriso, ser luz para os que aqui ficaram e que sentem muita dor pela sua perda.
Esteja bem, tenha a certeza de que seus familiares e amigos muito a amaram também, Gabi!
Euclides Riquetti
15-02-2014
Na manhã de 13 de outubro de 2011, há exatos 28 meses, saí de casa muito cedo para ir ao meu trabalho em Ouro. Passei, de carro, pela Escola do Bairro Nossa Senhora de Lourdes, fui em direção à BR 282. Também Passei diante de uma sequência de casas ao lado esquerdo da Avenida Santa Luzia, e de prédios ao lado direito. Eram poucos minutos antes das 6,30. De uma dessas casas, também, saiu com sua motocicleta a jovem Gabriela...
Gabriela tinha 18 anos, era terceiranista do Colégio Certi, aqui de Joaçaba. Trabalhava numa gráfica aqui na parte alta da cidade, 1 Km distante da sua casa. No dia anterior, Dia da Criança, Dia de Nossa Senhora Aparecida, recebeu um telefonema: Era para ir mais cedo do que o horário de costume para o trabalho, na manhã seguinte, pois com a proximidade do final do ano havia muito serviço a darem conta. Acordou muito cedo naquele dia pós-feriado, plena Primavera. Os dias já costumavam clarear mais cedo, as pessoas eram acordadas pelos cantos dos passarinhos. Próximo à casa de Gabriela, muitos deles nas árvores. Flores nas floreiras e nos jardins das casas. O vento, no entanto, sacudindo os eucliptos, as plantas pequenas, as árvores altas. O céu, naquela manhã, teimava em não clarear. Nuvens escuras o cobriam, havia perspectiva de tempestade, de turbulência.
Dona Rosa da Silva, a mãe da Gabi, não queria que ela saísse de casa, pois o tempo estava ameaçador, perigoso. Mas o senso de responsabilidade da jovem era muito grande. Tinha os sonhos a realizar, precisava ser assídua no trabalho, na escola. Nunca deixara de cumprir seus compromissos e não seria naquele dia que iria falhar.
Gabriela logo ia casar. Amava e era muito amada pelo namorado, o Jair da Silva. Queria estudar Pedagogia, ser professora, adorava crianças. Não gostava de ver criança chorando, aquilo lhe partia o coração. Tinha a vocação para o magistério, para a maternidade. Gostava de crianças, gostava de animais. Tinha seus gatos de estimação, não admitia que fossem maltratados. Duas semanas antes, o casalzinho havia sido padrinho de um casamento. O sonho deles era o do casamento também.
Gabriela gostava de jogar futebol e vôlei, de ir à praia. Viajar a encantava, principalmente quando o destino era estar nas areias das praias, nas águas do mar. Tinha planos, muitos planos. Trocar a motocicleta por um carro para se sentir mais segura era um deles.
Fazia amizades com facilidade, tinha amigos jovens, crianças, pessoas de todas as idades. Adorava festas sertanejas, que frequentava sempre que possível. Mas também gostava de estar em casa, junto com a família, escutado música ou vendo filmes na TV. A menina que gostava da cor pink e que tinha sonhos rosados e gostava da música "Sem ar", de D´Black (uma belíssima canção), também gostava do Grupo Roupa Nova, de Jorge e Matheus, Fernando e Sorocaba, e Paula Fernandes.
Mas naquela manhã em que saiu antes do horário de costume para o trabalho, a moça bonita, de pele macia, olhos brilhosos e cabelos castanhos, não imaginava o que estava a esperá-la: No trajeto para o trabalho, na Rua 12 de Outubro, paralela à BR 282, os fortes ventos partiram o tronco de uma árvore. Fatalmente, Gabriela Weber ia passando pelo local com sua moto. Atingida na cabeça, teve morte instantânea. Chamada, sua mãe, a Dona Rosa, foi a terceira pessoa a chegar ao local. Foi levada ao Hospital Universitário Santa Terezinha pelos Bombeiros Socorristas, mas lá já chegou sem vida.
A voz silenciou, o sorriso se apagou, seu rosto serenou... Gabriela partiu deixando uma legião de amigos e os familiares: Rosa e Osmar, seus pais; Carla Cristina, Daiane, Viviane e Douglas, seus irmãos; Vany, a cunhada, e os sobrihos. E Jair, o namorado, com quem pretendia realizar o sonho maior: O de viver, para sempre, sua História de Amor.
Dos muitos recados que lhe passaram pelas redes sociais, escolhi o postado por sua colega Bonnie, que sintetiza o que seus amigos pensavam dela:
"Gabi, eu gostaria de dizer que você era uma pessoa maravilhosa e que nunca irei te esquecer. Foi um imenso prazer ter te conhecido, nunca me esquecerei de nosso tempo juntas na escola, de como você era simpática e bonita. Nunca achei que isso iria acabar um dia, sempre achei que você teria um grande futuro... Adeus, Gabi, em sinto muito... sem palavras... ( de sua amiga Bonnie)".
Por dois anos eu passava diante daquela casa e via a figura solitária de uma senhora que olhava para a rua, para o céu, imóvel sentada numa cadeira da varanda. Ficava imaginando o que aquela família deveria estar passando. E, quando lia notícias de mães que perderam seus filhos, me comovia. Há uns meses subi a escada e fui conversar com aquela mulher simples e de aspecto tão triste. Apresentei-me, ouvi sua história, a da filha Carla Cristina, e pedi-lhes licença para escrever esta crônica sobre a Gabi. A Gabi, como tantos outros jovens que perderam a vida, não foi uma simples folha em branco. Teve seus sonhos, sua História. Amou e foi amada. Não partiu por vontade própria, mas a fatalidade a afastou de seus entes queridos.
Tenho em mim a lógica de que os filhos é que devem enterrar os pais. Infelizmente, como a Dona Rosa, muitas outras mães tiveram que passar por isso.
Que Deus tenha para a Gabriela um belíssimo lugar no paraíso. Que possa, com sua bondade e sorriso, ser luz para os que aqui ficaram e que sentem muita dor pela sua perda.
Esteja bem, tenha a certeza de que seus familiares e amigos muito a amaram também, Gabi!
Euclides Riquetti
15-02-2014
Observações de um caminhante inquieto
Há pouco mais de um ano, desde que comecei a cuidar mais de mim do que dos outros, desenvolvi um pouco mais meu senso de observação. E, nas andanças, algumas constatações que me deixam apreensivo, como o que verifiquei numa tarde de domingo, bem recentemente.
Após uma daquelas costumeiras caminhadas, perto de uma casa, simples, uma senhora muito jovem estava diante de um tonel de lata com um belíssimo arranjo de balões brancos e rosas. Colocou-os sobre o tonel, pegou um cavaco no chão e começou a estourar um a um, até não sobrar nada. Depois, soltou aquelas borrachas grudadas a um barbante dentro do enorme vasilhão que servia de lixeira. Meu pensamento voltou ao passado e...
Caminhei por uns minutos por uma rua recentemente asfaltada. Aquilo que se inaugurara efusivamente há poucos meses podia receber um Decreto de Situação de Emergência. Quem sabe logo vire um caso de Calamidade Pública...
Mais algumas passadas e alcancei dois meninos que conversavam. Bem vestidos, bermuda e camiseta novos, tênis de marca. Um, aparentando no máximo oito anos, dizia: "Eu acho que as pessoas não devem roubar. É melhor pedir do que roubar, minha mãe me ensinou assim". O outro, um pouco mais velho, talvez de dez ou onze anos, falou: "Eu já acho que tem que roubar. Pra que fazer diferente se roubar é muito mais fácil"...
Direi a você, leitor, que são apenas três situações observadas em no máximo meia hora. Colocarei como A, B e C, respectivamente.
Na situação A, lembrei-me da dificuldade que tínhamos, em nossa infância, de termos brinquedos. Nos natais e aniversários, ganhávamos coisas simples, normalmente feitas pelos pais, de forma artesanal. E balões, quando tínhamos "Dois Cruzeiros", conseguíamos comprar uma meia dúzia em bazar ou livraria. Não os enchíamos de uma única vez. Só enchíamos o segundo, quando o primeiro estourava. Brincávamos longe dos espinhos das plantas e até dos gramados para que não estourassem. E fazíamos com que aquela meia dúzia de balões nos divertisse por pelo menos uma semana, quando não um mês. As facilidades do mundo consumista, do ter dinheiro sem muito esforço, levando uma mãe a jogar fora os balões que decoraram o aniversário de sua filhinha. Valeu a foto, os balões vão estar, possívelmente no álbum de fotografias, ou no facebook...
Situação B: Uma rua que recebeu asfalto, inaugurada há menos de seis meses, com barro acumulado em muitas baixadas. Dezenas de metros de meio-fio "derretido", já destruído, onde se constata, fácil, que houve aplicação de cimento de má qualidade ou formulação inadequada. E as bocas-de-lobo, localizadas em pontos mais elevados e faltando nas baixadas. Falhas na execução, na fiscalização, etc., etc.... Dinheiro "nosso" muito mal aplicado...
Situação C: Mais preocupente que as duas anteriores. Família impotente, (ou desajustada) perdeu o controle sobre os filhos. Poder Público omisso, deixando a coisas correr. Educação daquele jeito. E isso gerando insegurança e falta de perspectivas melhores.
Na minha condição de observador, estou aqui mostrando apenas três situações vivenciadas em menos de meia hora. Imagino, leitor, por quantas situações semelhantes ou mesmo diferentes você passa todos os dias. Vive, como eu, num mundo em que o "faz-de-conta" muito conta. Mas tudo é muito preocupante. De minha parte, procuro evitar o consumismo, que produz muito lixo e causa muita poluição. Sempre que encontro alguma autoridade, em qualquer lugar, estou procurando informá-los e cobrando seriedade no caso das obras mal executadas. E procurando, sempre que possível , dar conselhos e atenção às crianças que encontro na rua, dizendo-lhes que fazer o bem vale a pena! Omitir-me, seria um grande pecado...
Euclides Riquetti
13-02-2014
Após uma daquelas costumeiras caminhadas, perto de uma casa, simples, uma senhora muito jovem estava diante de um tonel de lata com um belíssimo arranjo de balões brancos e rosas. Colocou-os sobre o tonel, pegou um cavaco no chão e começou a estourar um a um, até não sobrar nada. Depois, soltou aquelas borrachas grudadas a um barbante dentro do enorme vasilhão que servia de lixeira. Meu pensamento voltou ao passado e...
Caminhei por uns minutos por uma rua recentemente asfaltada. Aquilo que se inaugurara efusivamente há poucos meses podia receber um Decreto de Situação de Emergência. Quem sabe logo vire um caso de Calamidade Pública...
Mais algumas passadas e alcancei dois meninos que conversavam. Bem vestidos, bermuda e camiseta novos, tênis de marca. Um, aparentando no máximo oito anos, dizia: "Eu acho que as pessoas não devem roubar. É melhor pedir do que roubar, minha mãe me ensinou assim". O outro, um pouco mais velho, talvez de dez ou onze anos, falou: "Eu já acho que tem que roubar. Pra que fazer diferente se roubar é muito mais fácil"...
Direi a você, leitor, que são apenas três situações observadas em no máximo meia hora. Colocarei como A, B e C, respectivamente.
Na situação A, lembrei-me da dificuldade que tínhamos, em nossa infância, de termos brinquedos. Nos natais e aniversários, ganhávamos coisas simples, normalmente feitas pelos pais, de forma artesanal. E balões, quando tínhamos "Dois Cruzeiros", conseguíamos comprar uma meia dúzia em bazar ou livraria. Não os enchíamos de uma única vez. Só enchíamos o segundo, quando o primeiro estourava. Brincávamos longe dos espinhos das plantas e até dos gramados para que não estourassem. E fazíamos com que aquela meia dúzia de balões nos divertisse por pelo menos uma semana, quando não um mês. As facilidades do mundo consumista, do ter dinheiro sem muito esforço, levando uma mãe a jogar fora os balões que decoraram o aniversário de sua filhinha. Valeu a foto, os balões vão estar, possívelmente no álbum de fotografias, ou no facebook...
Situação B: Uma rua que recebeu asfalto, inaugurada há menos de seis meses, com barro acumulado em muitas baixadas. Dezenas de metros de meio-fio "derretido", já destruído, onde se constata, fácil, que houve aplicação de cimento de má qualidade ou formulação inadequada. E as bocas-de-lobo, localizadas em pontos mais elevados e faltando nas baixadas. Falhas na execução, na fiscalização, etc., etc.... Dinheiro "nosso" muito mal aplicado...
Situação C: Mais preocupente que as duas anteriores. Família impotente, (ou desajustada) perdeu o controle sobre os filhos. Poder Público omisso, deixando a coisas correr. Educação daquele jeito. E isso gerando insegurança e falta de perspectivas melhores.
Na minha condição de observador, estou aqui mostrando apenas três situações vivenciadas em menos de meia hora. Imagino, leitor, por quantas situações semelhantes ou mesmo diferentes você passa todos os dias. Vive, como eu, num mundo em que o "faz-de-conta" muito conta. Mas tudo é muito preocupante. De minha parte, procuro evitar o consumismo, que produz muito lixo e causa muita poluição. Sempre que encontro alguma autoridade, em qualquer lugar, estou procurando informá-los e cobrando seriedade no caso das obras mal executadas. E procurando, sempre que possível , dar conselhos e atenção às crianças que encontro na rua, dizendo-lhes que fazer o bem vale a pena! Omitir-me, seria um grande pecado...
Euclides Riquetti
13-02-2014
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014
Nossa Senhora de Lourdes - Sempre em Nossa Vida
Comemoramos, nesta terça, 11, os 156 anos da primeira aparição da Virgem Maria a três meninas na Gruta de Massabielle, menos de 2 Km fora da cidade, em Lourdes, na França, no dia 11 de fevereiro de 1858. Bernardette Soubirous, 14 anos, tinha ido com uma irmã e uma amiga buscar lenha para vender a fim de ganhar um dinheirinho para comprar pão quando a Virgem lhes apareceu. Até hoje, a Santa cuja imagem se apresenta com uma túnica branca com bordas douradas, um manto azul e uma rosa amarela em cada um dos pés, é venerada no mundo todo.
Sou devoto de Nossa Senhora de Lourdes, tenho uma imagem dela aqui em casa, acredito nela desde minha adolescência, quando tive um irmão doente, com febre que não baixava dos 42 graus e meu pai fez uma promessa à mesma.Ele salvou-se, meu pai cumpriu a promessa, que não vou colocar a público. Mas meu pai era religioso convicto, muito devoto da Santa. Chegou ao noviciado, ao Curso de Filosofia no Seminário São Camilo, em São Paulo, onde chegou a usar batina. Felizmente, para mim, por desavenças com seu colega Albino Baretta, que se tornou padre, abandonou o Seminário durante a Segunda Guerra Mundial e eu estou aqui escrevendo para vocês lerem. (A desavença é que ele deu uma marretada no dedão do pé do colega e jorrou muito sangue, arrebentou até a unha. Teve que fugir para não ser expulso. Ainda bem que ele era nervosinho...)
Nascemos, eu e minha irmã, Iradi Lourdes (Riquetti Ghidini), que mora em União da Vitória, na comunidade de Leãozinho, então Distrito de Ouro, município de Rio Capinzal. Eu em 23 de novembro de 1952, e ela em 09 de janeiro de 1954, com apenas 1 ano, 1 mês e 16 dias de diferença de idade entre nós. Meu pai homenageou a Santa de sua devoção incluindo seu nome na composição do de minha irmã.
Então fui morar com meus padrinhos, João e Rachele Frank, com quem fiquei até os 8 anos de idade, voltando depois à casa dos pais para começar a estudar. Vivi minha infância brincando e subindo os morros do Leãozinho. Aos domingos, íamos ao terço na Capela, que ficava menos de 300 metros da Gruta de Nossa Senhora de Lourdes. Eu, o Valdecir Frank, os filhos do Danilo Pissollo, os do João Andrioni, o Darcy Biarzi e um filho do Seganfredo, de nossa idade, costumávamos brincar na gruta e numa caverna ao lado dela. Desde a época ali está uma imagem da Santa que nos protege.
O local é muito bonito e aprazível, é visitado por excursões de devotos, principalmente por Grupos de Terceira Idade. Há um riacho em frente do paredão rochoso, com uma ponte de madeira coberta sobre ele, uma obra simples mas que tem grande significação. Costumávamos brincar na ponte quando criança. Meus filhos, quando eram pequenos, fizeram o mesmo. Nós os levávamos para as festas lá e eles se divertiam. A Michele, quando íamos em lugares assim, costumava deixar-se cair na água propositalmente, molhava-se, deixando a Carol, o Fabrício e a Mirian fulois da vida, pois tínhamos que ir para casa antes da hora programada.
Ao longo de minha vida, sempre roguei pela proteção de Nossa Senhora de Lourdes em todas as situações de perigo e adversidades. Tenho muita Fé nela. Acho que herdei isso de meu pai. Uma situação de confiança, de cumplicidade, de entendimento, de diálogo franco no pensamento, nas orações. Ter Fé é necessário para o Ser Humano, ele não pode ser um descrente, precisa ter uma religião, algo em que se apegar, algo que lhe dê um Norte de confiança e segurança.
Por coincidência, vim morar em Joaçaba há cinco anos e meio, acima da Gruta de NS de Lourdes e no Bairro do mesmo nome. Não tenho explicações, mas tudo me levou a que asssim acontecesse, não por opção, mas pelas circunstâncias inexplicáveis.
Salve Nossa Senhora de Lourdes - a Santa das Grutas - devoção de tanta gente no mundo, inclusive minha!
Euclides Riquetti
11-02-2014
Sou devoto de Nossa Senhora de Lourdes, tenho uma imagem dela aqui em casa, acredito nela desde minha adolescência, quando tive um irmão doente, com febre que não baixava dos 42 graus e meu pai fez uma promessa à mesma.Ele salvou-se, meu pai cumpriu a promessa, que não vou colocar a público. Mas meu pai era religioso convicto, muito devoto da Santa. Chegou ao noviciado, ao Curso de Filosofia no Seminário São Camilo, em São Paulo, onde chegou a usar batina. Felizmente, para mim, por desavenças com seu colega Albino Baretta, que se tornou padre, abandonou o Seminário durante a Segunda Guerra Mundial e eu estou aqui escrevendo para vocês lerem. (A desavença é que ele deu uma marretada no dedão do pé do colega e jorrou muito sangue, arrebentou até a unha. Teve que fugir para não ser expulso. Ainda bem que ele era nervosinho...)
Nascemos, eu e minha irmã, Iradi Lourdes (Riquetti Ghidini), que mora em União da Vitória, na comunidade de Leãozinho, então Distrito de Ouro, município de Rio Capinzal. Eu em 23 de novembro de 1952, e ela em 09 de janeiro de 1954, com apenas 1 ano, 1 mês e 16 dias de diferença de idade entre nós. Meu pai homenageou a Santa de sua devoção incluindo seu nome na composição do de minha irmã.
Então fui morar com meus padrinhos, João e Rachele Frank, com quem fiquei até os 8 anos de idade, voltando depois à casa dos pais para começar a estudar. Vivi minha infância brincando e subindo os morros do Leãozinho. Aos domingos, íamos ao terço na Capela, que ficava menos de 300 metros da Gruta de Nossa Senhora de Lourdes. Eu, o Valdecir Frank, os filhos do Danilo Pissollo, os do João Andrioni, o Darcy Biarzi e um filho do Seganfredo, de nossa idade, costumávamos brincar na gruta e numa caverna ao lado dela. Desde a época ali está uma imagem da Santa que nos protege.
O local é muito bonito e aprazível, é visitado por excursões de devotos, principalmente por Grupos de Terceira Idade. Há um riacho em frente do paredão rochoso, com uma ponte de madeira coberta sobre ele, uma obra simples mas que tem grande significação. Costumávamos brincar na ponte quando criança. Meus filhos, quando eram pequenos, fizeram o mesmo. Nós os levávamos para as festas lá e eles se divertiam. A Michele, quando íamos em lugares assim, costumava deixar-se cair na água propositalmente, molhava-se, deixando a Carol, o Fabrício e a Mirian fulois da vida, pois tínhamos que ir para casa antes da hora programada.
Ao longo de minha vida, sempre roguei pela proteção de Nossa Senhora de Lourdes em todas as situações de perigo e adversidades. Tenho muita Fé nela. Acho que herdei isso de meu pai. Uma situação de confiança, de cumplicidade, de entendimento, de diálogo franco no pensamento, nas orações. Ter Fé é necessário para o Ser Humano, ele não pode ser um descrente, precisa ter uma religião, algo em que se apegar, algo que lhe dê um Norte de confiança e segurança.
Por coincidência, vim morar em Joaçaba há cinco anos e meio, acima da Gruta de NS de Lourdes e no Bairro do mesmo nome. Não tenho explicações, mas tudo me levou a que asssim acontecesse, não por opção, mas pelas circunstâncias inexplicáveis.
Salve Nossa Senhora de Lourdes - a Santa das Grutas - devoção de tanta gente no mundo, inclusive minha!
Euclides Riquetti
11-02-2014
terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
Versos jogados ao vento
Versos jogados ao vento
Desprotegidos e desconexos
Versos jogados ao tempo
Que flutuam dispersos...
Versos sem rimas e sem consequências
Palavras escritas sem consentimento
Joagadas ao vento...
Estrofes escritas sem alma, sem nenhum sentimento:
Apenas palavras e versos solteiros
Sem um poema hospedeiro
Sem endereço certo
De um poema perdido nos caminhos do universo...
Versos procurando sentido e razão de ser
Versos procurando quem os queira ler
Mas tu não os vês
E ninguém os lê.
Versos órfãos de autores e de leitores
Que, no anonimato
Escrevi e te mandei
Que se desintegraram dos meus sonetos
E de meus poemetos
Mas que teimam em te procurar
Nos caminhos do vento!
Euclides Riquetti
11-02-2014
Desprotegidos e desconexos
Versos jogados ao tempo
Que flutuam dispersos...
Versos sem rimas e sem consequências
Palavras escritas sem consentimento
Joagadas ao vento...
Estrofes escritas sem alma, sem nenhum sentimento:
Apenas palavras e versos solteiros
Sem um poema hospedeiro
Sem endereço certo
De um poema perdido nos caminhos do universo...
Versos procurando sentido e razão de ser
Versos procurando quem os queira ler
Mas tu não os vês
E ninguém os lê.
Versos órfãos de autores e de leitores
Que, no anonimato
Escrevi e te mandei
Que se desintegraram dos meus sonetos
E de meus poemetos
Mas que teimam em te procurar
Nos caminhos do vento!
Euclides Riquetti
11-02-2014
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014
Verdadeira no teu coração (soneto)
Não quero ter que andar descalço pelas minhas ruas
Mas apenas pisar nas granas das areias e nas gramas do meu pátio
Não quero que me digas palavras que não sejam tuas
Que tenhas lido em algum lugar ou ouvido no teu rádio.
Não quero que nossa vida seja apenas um faz-de-conta
Um jogo de cenas ensaiadas pra representar
Pois a mentira é algo que me perturba e afronta
Que nada tem a ver com meu jeito de te amar.
Não quero que te escondas por detrás de uma ilusão
Nem que sofras pelas escolhas que tiveste que fazer
Prefiro que sejas verdadeira no teu coração.
Só quero que possamos nos dizer que temos sintonia
Que vivamos a cada dia um dar e um receber
Que haja em nós o entendimento, o amor, a harmonia.
Euclides Riquetti
10-02-2014
Mas apenas pisar nas granas das areias e nas gramas do meu pátio
Não quero que me digas palavras que não sejam tuas
Que tenhas lido em algum lugar ou ouvido no teu rádio.
Não quero que nossa vida seja apenas um faz-de-conta
Um jogo de cenas ensaiadas pra representar
Pois a mentira é algo que me perturba e afronta
Que nada tem a ver com meu jeito de te amar.
Não quero que te escondas por detrás de uma ilusão
Nem que sofras pelas escolhas que tiveste que fazer
Prefiro que sejas verdadeira no teu coração.
Só quero que possamos nos dizer que temos sintonia
Que vivamos a cada dia um dar e um receber
Que haja em nós o entendimento, o amor, a harmonia.
Euclides Riquetti
10-02-2014
domingo, 9 de fevereiro de 2014
Pensar em ti ( e se perder de amor...)
Em meio ao calor sufocante
A chuva se intimidou
E na tarde de sábado, escaldante
Em que o vento silenciou
Um meio de me deleitar:
Pensar, querer, desejar, pensar!
Pensar em ti
Em te querer
Em te rever
Pensar em ti!
E meu pensamento desaprisionado
Abraçou-se na liberdade
Fez-se um pássaro alado
Que sobrevoou a cidade
Viajou pelos ares sobre as montanhas
Sobre florestas desconhecidas e por terras estranhas.
Voou na calmaria
Meu pensamento
Sedento
De chegar até ti.
E, com muita ousadia
Pousar bem ali
Ao lado do teu coração...
E se perder de amor!
Euclides Riquetti
09-02-2014
A chuva se intimidou
E na tarde de sábado, escaldante
Em que o vento silenciou
Um meio de me deleitar:
Pensar, querer, desejar, pensar!
Pensar em ti
Em te querer
Em te rever
Pensar em ti!
E meu pensamento desaprisionado
Abraçou-se na liberdade
Fez-se um pássaro alado
Que sobrevoou a cidade
Viajou pelos ares sobre as montanhas
Sobre florestas desconhecidas e por terras estranhas.
Voou na calmaria
Meu pensamento
Sedento
De chegar até ti.
E, com muita ousadia
Pousar bem ali
Ao lado do teu coração...
E se perder de amor!
Euclides Riquetti
09-02-2014
Assinar:
Postagens (Atom)