sábado, 13 de janeiro de 2018

Esvazia teu coração

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Esvazia teu coração do que não te faz bem
Joga fora tudo o que não serve pra ti
Despe-o de tudo o que acumulaste ali
Livra-te de tudo conforme te convém.

Esvazia teu coração cumulado de erros
Joga para a terra as experiências inservíveis
Despe-o das lembranças frágeis e sofríveis
Livra-te de tudo o que te causa os medos.

Coloca  dentro dele os  meus versos francos
Sinceros mensageiros que te levam conforto
Mistura-os com teus dotes e teus encantos.

E, quando constatares que já raiou a aurora
Quando perceberes que ele não está mais morto
Abre-o para receber novas  paixões de agora.

Euclides Riquetti

Cuide bem do sol

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Cuide bem do sol
Cuide bem!
Porque hoje tem
Chuva e sol.

Porque hoje é sábado
Um dia encantado
De chuva e sol
De sol e de chuva
De vinho e de uva.

Porque é tarde quente
De sorvete napolitano
De coração que sente.

Cuide das gaivotas
No céu a voar
Mas cuide do sol
E cuide do mar.

Então, cuide bem do sol
E de meu coração espartano
Mas cuide bem do sol!

E, se quiser
E se você se dispuser
Também cuide de mim
Cuide de meu corpo, sim
Bem assim!

Euclides Riquetti
13-01-2018













Nowhere Boy (About John Lennon)

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           Nowhere Boy é o título de um filme que, no Brasil, recebeu o nome de "O Garoto de Liverpool" e conta a história do Vocalista/Guitarrista dos "The Beatles", John Lennon. É vivenciado no famoso Bairro de Londres, Inglaterra, na década de 60, e retrada a vida conturbada de Lennon em seu período de infância e adolescência, dos 5 aos 17 anos. Nowhere Boy poderia ser traduzido como "Menino de lugar algum". O título combina com a história dele, embora, mais adiante, ele passou a ser um "menino de todos os lugares", conquistando o mundo pela música, sendo condecorado pela Rainha da Inglaterra, juntamente com seus outros companheiros, Paul Mac Cartney, Ringo Star e George Harrison.

          O filme é de 2009, tendo Aaron Johnson interpretando-o, e mostra o quanto ele era rebelde, tanto na escola quanto na casa da Tia Mimi, que o criou. Mimi Smith é interpretada por Kristin Scott Thomas, bela atriz britânica com dezenas de filmes na carreira, inclusive "Tle English Patient", ou "O Paciente Inglês". Anne Marie Duff faz o papel de sua mãe, Júlia Lennon. É outra bela e notável atriz britânica, protagonista de filmes e de séries para a TV. Júlia é irmã de Mimi. É uma roqueira que, enquanto o marido estava na Segunda Guerra Mundial, teve pelo menos dois romances com outros, e acabou casando com um terceiro, com quem tinha duas filhas. Mais tarde, vem à tona que Lennon teria uma outra irmã, fruto de um dos "casos" que manteve durante a ausência do marido, a quem rejeita quando a Guerra termina.

          Lennon vive o drama de morar com a Tia e enfrentar muitos problemas na escola, onde é suspenso por uma semana, por ter mostrado uma revista pronográfica para uma senhora no ônibus que o levava à aula. Era um garoto terrível.

          Sua mãe, Júlia, concordou abrigá-lo em sua casa durante o período de suspensão, sem que a Tia soubesse. Lá,  ela, roqueira que fora, lhe ensina a tocar violão, e ele se propõe a constituir uma banda de rock. A Tia Mimi lhe compra um violão, usado,  por   sete libras  esterlinas, que daria, na época, uns R$ 25,00. Mais adiante, quando ele se une a Paul Mac Cartney para formar a banda Quarrymen, ela o presenteia com uma legítima "Hofner", uma das guitarras mais cobiçadas da época. E a banda começa tocando numa quermesse, com uma canção que sua mãe lhe ensinara.

          Os seus conflitos existenciais  são muitos e, somente quando está em vias de formar a banda The Beatles,  é que sua mãe, ele e sua tia se entendem, se compreendem. Ele fica muito feliz, mas, em seguida, sua bela mãe é atropelada por um carro e morre. E ele se desespera, pois recentemente tinha começado a compreendê-la.

          Então,  Lennon comunica à tia que irá com seus companheiros para Hamburgo, na Alemanha, onde os Beatles começam a marcar sua presença internacional. Por ser menor, a tia lhe concede autorização.

          Nowhere Boy vale a pena ser visto. É uma drama que retrata uma história verdadeira, de um dos maiores ídolos da história do rock.  Ah, em tempo: Ele, que imaginava, inicialmente  odiar sua mãe, por abandoná-lo aos cinco anos, mais tarde coloca o nome de "Julian", a seu filho, também cantor. Se você procurar fotos, verá que Julian é a cara do pai.

          Adoro The Beatles. Tenho um MP3 com todos os seus sucessos, que escuto frequentemente. Adoro eles, desde minha adolescência, quando minha irmã, Iradi, falou-me deles, e eu fui ao Cine Glória assistir ao "Help". (I need somebody...  Help!)

Euclides Riquetti
13-05-2012

Como um leão faminto

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Muitas vezes eu me sinto
Tal qual pássaro sem voar
Ou como um leão faminto
Sedento por se alimentar.

Talvez como o cachorrinho
Que não recebeu teu afago
Ou como o medroso gatinho
Que espera pelo teu agrado.

Outras como o beija-flor
Que plana sobre o pomar
Que vai buscar em cada flor
O néctar pra se saciar.

Quero ser a águia poderosa
Que voa para te raptar
Com as garras portentosas
Que te leva pra te devorar.

Ou, simplesmente o ursinho
Que seguras para o ninar
Para te dar meu carinho
Que é meu jeito de te amar.

Te amar, adorar, te querer
Como um animal carente
Te desejar, beijar e te ter
Assim: perdidamente!

Euclides Riquetti

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Coração desnudo


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Coração desnudo
Fragilizado
Coração mudo
Desacalentado.

Coração desnudo
Desprotegido
Coração escondido
No abismo escuro.

Desnudo  a  flutuar
Desnudo no abandono
Sem um porto para ancorar
Sem rumo e  sem dono.

Coração a navegar
Sem destinatário
Sem um corpo para ocupar
Desconsolado e solitário.

Coração em stand by
Relembra o  que já senti
Vai e vem, vem e vai
Apenas esperando por ti
Por ti
Por ti!
(E tu nãos vens...)


Euclides Riquetti

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

No dourado da tarde...

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Na última noite de lua cheia de novembro
Ela veio correndo
E tomou o lugar do sol.
Trazia estampado o seu sorriso
Aquilo de que eu tanto preciso.
E era muito bonito
Do tamanho do infinito
Tão largo como o do girassol.

Na noite da lua plena
Minha alma me ordena
A escrever-lhe algo encantador:
Pode ser um verso, simplesmente
Mas tem que ser bem caliente...
Ou um poema inteiro
Bem real e verdadeiro
Com centenas de  palavras de amor.

E, nas outras noites,  quando andar pelas ruas
Verá que em todas as luas
Há beleza e charme.
Sim, porque elas nos trazem belas lembranças
De seu sorriso maroto, ou de criança
Dos sorrisos e de canções cantadas
Das amenidades e das gargalhadas
Na manhã azul, ou no dourado da tarde.

Apenas isso..
Bem assim!

Euclides Riquetti




Reencontrado, em Curitiba, Ewerton Esganzela, jovem que estava desaparecido

      





          O jovem ourense Ewerton Augusto  Esganzela, atualmente residindo em Capinzal, foi encontrado em Curitiba. Eduardo, o Dudo, irmão dele, estaria trazendo-o de volta para Capinzal. Filho de Olindo Esganzela, que foi vereador em Ouro quando de meu mandato como prefeito daquela cidade, e de Rosa Recalcatti, saiu de casa na terça-feira, 02 de janeiro, dizendo que viria a Joaçaba, onde se submeteria a testes para um emprego.

           A amiga Rosa e seus filhos estiveram  muito preocupados durante todo esse tempo. A Polícia Civil foi acionada, fez um bom trabalho de investigação e já havia detectado que ele tomara o rumo do litoral catarinense. Há informações de que ele esteve em Guaratuba e se deslocou de lá para Curitiba. E que um taxista o reconhecera, pois vira a notícia do desaparecimento nas redes sociais,  embora tivesse raspado o cabelo. Teria, depois,  sido localizado através das câmeras de um shopping na Capital Paranaense.

          Ficamos contentes com a notícia e esperamos mais detalhes sobre os motivos que o  teriam levado a ir embora, uma vez que o conhecemos desde que era criança e sempre foi muito ligado à família dele. De qualquer forma, não deixa de ser um alívio para todos os seus familiares, em especial os Esganzela e Recalcatti, a maioria moradores em Ouro - SC.

Euclides Riquetti
11-01-2018

Doces lábios de morango

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Beijo seus lábios doces de morango
De divina pele avermelhada
O delicioso aroma vai-me contagiando
Com o gosto de sua  essência adocicada.

Sorver seus lábios e sentir  seus olhos distanciados
Perdidos na planície que se estende  ao longe
Sentir seu coração aberto aos meus afagos
Tentando me levar pra não sei onde.

Ah, doces lábios de morango que me seduzem
Ah, corpo grácil que me aquece nesta tarde fria
Ah, mãos suaves que nas noites me conduzem

Morangos que bailam na música da grande orquestra
Que devolvem a minh' alma a nostalgia
Que fazem minha vida ser u'a grande festa!

Euclides Riquetti

O que espero para 2018...

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Esplanada dos Ministérios, em Brasília - DF


Que venha 2018 com menos turbulências!

       Chegando ao final de mais um ano em nosso calendário civil. As mesmas turbulências políticas vividas em 2016 revivemos em 2017. Gente graúda continuou indo para a cadeia, políticos corruptos mentindo, eleitores esperando por promessas não cumpridas, combustíveis, gás de cozinha e energia elétrica subindo acima do que subiram os salários, violências nas estradas, nas cidades e no seio das famílias, mortes, rodovias esburacadas e lotadas de veículos, trânsito congestionado, estados endividados, municípios quebrados, bastante conversa e pouca execução, níveis de educação ruins, miséria em vez de acabar aumentando, hospitais abandonados, medicamentos, exames e cirurgia faltando, contrabando de drogas e cigarros se avolumando, gente ainda comprando bilhete premiado de loteria, brigas nos entornos dos estádios, reforma política, reforma frustrada da previdência, um monte de gente andando na rua olhando para o telefone celular e se esquecendo da vida, filhos gastando o dinheiro da aposentadoria dos pais idosos, projetos públicos executados em passos de tartarugas ou abandonados...burocracia e leis retrógradas infernizando a vida dos empreendedores, desastres climáticos, gente gastando mais do que ganha, um monte de gente desempregada, pessoas morando em habitações com condições sub-humanas, muitos sem dinheiro para comida e remédios, outros com malas e caixas de dinheiro guardados em apartamentos, Rio de Janeiro mandando 3 ex-governadores para a cadeia e um monte de políticos e empresários sem dormir de noite.
       Hora de estabelecer metas para o próximo ano: manter a saúde, viver bem com a família e os amigos, fazer umas viagens, buscar a alegria constante, ter momentos de lazer, morar bem e comer bem. E ver asfaltada a minha rua. Não é muito, né?!
       Desejo que você, leitor, também tenha suas metas e, quem sabe, seus sonhos realizados. Lute por isso, não se omita, defenda seus direitos e manifeste sua opinião através dos meios de comunicação de que dispuser. Você pode ajudar a melhorar as condições de sua cidade, seu estado e seu país. Não aceite estar a serviço do Poder, tenha em mente que as autoridades e servidores públicos é que devem estar ao seu serviço. Afinal, quando você compra algo, consome luz, combustível, gás, telefone e paga por serviços de internet, você está pagando elevados impostos. E a contrapartida ao que você paga é irrisória. Bom 2018 para você e sua família!

Euclides Riquetti – Escritor – Membro da ALB/SC

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Enquanto você dorme...

Mulher, Deitada, Sol, Pensando, Dormindo


Enquanto você dorme
As estrelas alçadas no céu decoram a noite
O brilho do luar encanta os namorados apaixonados
Enquanto você dorme...

Enquanto você dorme
O vento move as folhas e com seu suave delicado açoite
O universo abre-se para abrigar os seus sonhos alados
Enquanto você dorme...

Dorme como uma princesa encantada
Com sua beleza de mulher amada
Cortejada
Desejada...

Dorme como uma princesa já rainha
Um corpo de mulher
O sono de uma menina
Uma alma que diz que me quer
Que deseja ser minha...

Dorme e sonha o sonho do amor
Da mulher que espera pela flor
No dia do aniversário
Da aliança no noivado
E do beijo do enamorado
Enquanto dorme!

Euclides Riquetti

Saudosa lembrança de uma cidade bucólica e outras reflexões

OURO-FOTO:THIAGO DAMBROS  - OURO - SC 

Rua Presidente Kenney - Ouro

Aos fundos, Capinzal - SC

          Houve um tempo em que apenas algumas ruas de Capinzal ( e seu Distrito, Ouro), dispunham de pavimentação com paralelepípedos. Na margem esquerda do Rio do Peixe, havia calçamento, com paralelepípedos,  em parte da Rua XV de Novembro e parte da Carmelo Zóccoli. Em Ouro, o calçamento vinha de onde é hoje a Prefeitura até defronte o Seminário Nossa Senhora dos Navegantes, mais precisamente até a casa do Amélio Dalsasso, onde hoje mora o Sr. Jardino Viel. Era uma casa de madeira, cor alaranjada, madeira beneficiada, telhas francesas no teto. Aliás, a maioria dessas telhas vinham da Cerâmica Santa Cruz, de Canoinhas, famosas pela excelente qualidade,  mas havia algumas fabricadas em Alto Alegre, Capinzal, porém não chegavam a atingir a qualidade das de Canoinhas. As nossas eram utilizadas para cobrir paióis e chiqueiros, sucedendo as tabuinhas de madeira falquejadas, que os italianos chamavam de "scandoles", utilizadas largamente para cobrir casas e outras benfeitorias desde 1902, pelos "brasileiros", e a partir de 1910 pelos "italianos", até a década de 1950.

          Muito interessante é que na XV, na quadra que vai do Bradesco e prédio do Mência, até o prédio do Saul Parizotto e o da família Henrique, havia argolas de aço fixadas ao chão, nos meio-fios, dobráveis ao chão para que não  tropeçássemos nelas, onde se podiam amarrar os animais de montaria, ou mesmo os bois que arrastavam as carroças, ou os animais de puxavam as charretes. Para que não fugissem, enquanto seus donos faziam negócios, entregando mercadorias no comércio, bebidas, ou vendendo pão.

          Restam, em minha memória,  a charrete do Santo Boff, que levava  bebidas aos bares; a carroça da Comercial Baretta, conduzida pelo Juca Rupp, que entregava ranchos e buscava mercadorias na estação ferroviária;  a charrete da Padaria Cadorin, tendo o Artêmio Tonial e depois o Alcebides Soccol como pilotos; o Ari Wilbert, me parece, também utilizou uma em alguns anos; a carroça freteira do Eurides Venâncio, puxada por duas mulas, que trouxe parte da mudança da Prefeitura de Capinzal para  o Distrito de Ouro, no tempo do Prefeito Horácio Heitor Breda, na década de 1950, e que foi a que mais tempo permaneceu em serviço;  e a gaiotinha do Tio Vitório Richetti, que fazia entrega de bebidas, puxada por uma mula, e que ele a utilizava também para nos levar em pescarias, subindo a serrinha dos Masson, Miqueloto e Campioni,  e estacionando-a onde hoje é o Bairro Alvorada, em Ouro, para que descêssemos a pé pelos "peraus"até o Rio do Peixe, ali acima de onde hoje é o Tio Patinhas Lanches, para encher as sacolas de lambaris, jundiás e cascudos.

         Ah, como era bom viver nas gêmeas bucólicas cortadas pelo serpenteio do Rio do Peixe, e que até 1963 eram uma cidade só!!! E, aos 16 anos, tomar um ônibus (a gasolina) para ir cobrar uma conta em  Joaçaba, a "Capital do Oeste Catarinense"... e não receber nada...  Vejam bem, 16 anos e conhecer a primeira cidade além de Capinzal. E, aos 17,  conhecer Piratuba, aos 18 Concórdia e voltar mais uma vez a  Joaçaba, para tomar um ônibus e ir a União da Vitória increver-se no vestibular ao curso de Letras. Campos Novos, fui conhecer aos 23 anos, já formado na Faculdade. E sem TV em casa! Que Universo Limitado, fechado. Em compensação, viajei pelo mundo todo, n' O Correio do Povo, Revistas Manchete, Cruzeiro e Seleções do Reader´s Digest, escritores  Machado de Assis, Jorge Amado, José de Alencar, Camilo Castelo Branco, Dalton Trevisan, Alceu eAmoroso Lima (o Tristão de Athaíde), Nelson Sicuro, Francisco Boni, Francisco Filipak, Abílio Heiss, Ivonish Furlani, (meu Patrono) Júlio Verne, William Shakespeare, Edgar Allan Poe, Jonathan Swift, Oscar Wilde, Lewis Carrol, Charles Dickens, e muitos, muitos outros incontáveis amigos de minha juventude, que entravam em minha casa a todo o dia, a toda a  hora, e não precisavem me pedir licença! E que Deus os tem em seu Reino. Obrigado, amigos, que me permitiram viajar pelo mundo.

Euclides Riquetti
31-03-2012     

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Memórias da Juventude (Bom dia, Silvestre!)

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Simca Chambord

          Trabalhei com o Silvestre Schepanski na Rua Clotário Portugal, 974, em União da Vitória (PR), na concessionária da Mercedes-Benz, então Álvaro Mallon e Filhos, de 1972 até o início de 1977, quando fui morar em Zortéa. Eu estava em meu primeiro ano de faculdade, na FAFI. Trabalhei na seção de peças e, nos dois últimos anos, fui gerente da filial, na Avenida Manoel Ribas, na antiga sede da Transiguaçu, próxima ao Posto Ipiranga, dos irmãos Ravanello.

           Silvestre era meu chefe. Estudava à noite, fazia o "ginásio" no Túlio de França, estava na sexta série do então Segundo Grau, em 1972. Não gostava de novelas. Dizia que tinha um cunhado que ficava vidrado com a "Selva de Pedras", em que a Simone (Regina Duarte), fazia par com outro jovem ator, Francisco Cuoco. Achava que isso era uma extrema perda de tempo. Anos depois, converteu-se a noveleiro também.

          O Silvestre tinha uma Simca Chambord e uma bicicleta. Não raro, alguém tinha que empurrar a Sinca, pois a bateria dela não era lá essas coisas. A bicicleta nunca o deixava na mão. Ah, bem que eu gostaria de ter aquela Chambord branca e vermelha, hoje. Ou a Sinca Jangada, do meu professor de Direito usual na CNEC, em Capinzal, Benoni Zóccoli. Hoje, o Silvestre está com os filhos bem encaminhados, anda de caminhonete poderosa, é um empresário bem sucedido, tem uma fazendinha, imóveis, e é dono da "Auto Peças Silvestre", na Marechal, em União da Vitória, uns 500 metros abaixo do Estádio Enéas Muniz de Queirós, do Ferroviário.

          A grande virtude do Silvestre era defender os seus subordinados perante os chefes das outras sessões. Ele era muito bem dado com o Romeu da Silva, que era vendedor de caminhões, e a quem ainda me referirei numa crônica. Quando alguém da oficina mecânica da concessionária pegava no nosso pé por alguma razão, ele nos defendia. Depois, em particular, mostrava nossos pontos certos e nossos pontos errados. defendia, arduamente, os interesses da empresa. Aprendi muito com ele.

          O Silvestre era natural de Canoinhas, jogou no Santa Cruz, tinha intimidade com a bola, isso nós percebíamos quando de jogos da nossa turma da Mercedes. Magrão e alto, bigode bem arrumado, era um zagueiro que sabia sair jogando para distribuir a bola ao ataque.  Lembro que, na época, ele tinha dois filhos: o Gérson e a Mari. Hoje, eles tocam as negócios do pai. Na última vez que estive na loja de peças deles, conversei com todos. o atendimento é bom e fornecem peças até mesmo para concessionárias, tão variado e organizado é seu estoque.

           Deixo aqui meu reconhecimento a ele, ao Altamiro Beckert, ao Mauro (Iwankio?), à Sandra  Probst (Bogus), a saudoso Solon Carlos Dondeo e a todos os que, de alguma forma, me ensinaram alguma coisa em 1972, quando iniciei meu trabalho lá. Tudo o que aprendi na Mercedes, muito me ajudou em minhas atividades comerciais e mesmo públicas, em minha vida profissional.

Grande abraço em todos!

Euclides Riquetti
25-11-2015

Doces palavras




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Doces palavras, é bom ouvir
Como é bom sonhar acordado
Como é bom o luar prateado
Como é bom ver-te sorrir.

Adoráveis carícias, é bom sentir
Como é bom sentir o afago
Como é bom nadar no lago
Como é bom ficar perto de ti.

Tua voz que na noite me chama
Que vem no sonho bem real
Vem para animar meu astral
Vem pra me dizer que me amas.

Receber teu amor, como o poeta diz
Me ajuda   a viver contente
Me faz sentir-te sempre presente
É estimula a  viver e ser feliz!

Euclides Riquetti

Torta de morango, com nata - poema romântico

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Quero torta de morango, com nata
Quero comer a delícia
Com um pouco de malícia
E te fazer uma serenata.

Quero torta de morango, com nata
Quero devorá-la inteira
Na tarde prazenteira
Em que o amor me arrebata.

Quero que tenha chantili
Recheio de coco e  chocolate
Enquanto meu coração bate
De tanto amor que tem por ti.

De  morango avermelhado
Quero com doce de leite
Que me queira, que me aceites
Sou eterno namorado!

Euclides Riquetti

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Meu lado light e meu lado robô

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Aweo Willys 1967: Igualzinho ao do meu sonho...
Releitura, 5 anos depois:

          Penso que as pessoas, a maioria delas, têm comportamentos distintos em si mesmas. Sermos diferentes dos outros já é da conta, mas sermos diferentes em nós mesmos é algo para uma autoanálise. De repente que as pessoas não param para ver como é isso, mas neste início de ano percebo  que desenvolvi alguns costumes habituais que se tornaram de meu efetivo comportamento. Tenho um lado "A" e um lado "B". E isso me assusta, pois, para minha paz, eu deveria ter somente o primeiro, o que me soa como algo tenro, suave. Porém uma parte de mim está robotizada e eu preciso superar isso. Por mim mesmo, sem ajuda profissional.

          Segundo meus próprios entendimentos, advindos dos conceitos e opiniões da galera do ramo, para a cura dos males, o primeiro passo é reconhecer que se tem um  mal. E o meu, pela minha avaliação, é esse algo que me impele a fazer alguma coisa, em todos os momentos.Não consigo ficar parado. Agora, por exemplo, enquanto escrevo ouço o noticiário no rádio e oriento  minha netinha a colocar seus livrinhos numa caixinha.

           Há algumas coisas  que faço enquanto durmo: roncar, revirar-me e, sobretudo,  sonhar, e esta  é um grande ganho de tempo, pois quando se sonha dormindo podemos ter satisfações que a vida diária não nos oferece. Por exemplo, quando tinha uns 17 anos e lavava carros no Posto Dambrós, em Ouro, sonhei que meu pai tinha comprado o Aero Willys do Oscar Goulart, genro do amigo dele, o Luiz Gonzaga Bonissoni. Fiquei muito feliz, vivi meus quinze minutos de felicidade.

        Quando acordei, fiquei decepcionado, ( a realidade é mais dura e só seis  anos depois  a família comprou seu primeiro carro), mas compensei isso colocando carros na rampa para lavar. Colocava a Kombi do Chascove, a Veraneio do Dr. Vicente e a do Apolônio Spadini, os fuscas do Breno Toaldo, da Celita Colombo, do Aílton Viel e do Meneghotto. (Acho que lembro bem destes porque eram os que me davam gorjetas). Tinha a F-100 do Doin, mas tinha também o Galaxie do Dr. Celso, o DKW do Olávio Dambrós,  o caminhão do José Andrade, a pick up do Antônio Biarzi,  a do Silvestre Godoy, e o caminhão do Zitro Brum, também alguns jipes, muitos jipes.

           O mais enjoado era o Laurindo  Biarzi, com seu jipe "54". Mas era a forma que eu tinha de materializar meus sonhos. Trabalhosa, é claro, que me resultou  uma pneumonia, um ano depois, curada pelo mesmo Dr. Vicente da Veraneio, lá no Hospital Nossa Senhora das Dores, quando já havia passado no vestibular. Fiquei uma semana internado...sonhando!

          E tem o "sonhar acordado", que também pratico muito. Quando meus filhos eram pequenos e percebiam que eu estava sonhando acordado, pediam-me algo e eu respondia "sim". Depois, vendo o que faziam, eu reclamava e eles diziam que eu tinha autorizado fazer aquilo. Eu não lembrava, mas certamente havia permitido. Fiz isso enquanto sonhava acordado.

          Também tenho minha conduta  romântica, as minhas inspirações, meu afeto, minha grande capacidade de sentir, amar, querer, querer proteger. Tudo no lado "light", o A.

          Mas, o que me intriga, é esse meu lado "B". Acordo pensando no que vou fazer. Sinto culpa se não tiver algo de concreto para produzir. Quando em feriados, tenho que fazer algum reparo na casa (nova), cortar grama, ajeitar a rua, lavar um carro, lavar calçadas, a louça... Parece-me, sempre, que tenho que fazer algo material, braçal.

          E, hoje, depois de 48 anos "batendo ponto" em alguma empresa, escola ou repartição, é o primeiro dia em  que estou livre de vínculos profissionais. Sou apenas um professor aposentado. E isso me intriga. Vou ver quanto tempo levarei para migrar minha cabeça para uma nova situação. De repente que me livro desse lado "B". Escrever crônicas e poemas está no meu "A". Posso começar lavando um carro, organizando  um monte de papéis, fazendo caminhadas, correndo... E ajeitar as malas para uma bela viagem. E avolumar muito  o lado "A" para que ele ocupe todo o espaço que eu usava para praticar o meu lado robotizado. É, acho que é por aí: começar um novo ano com uma nova postura, um novo e mais agradável modo de viver. Não à autorrobotização!!!

E continuar escrevendo para que você  leia!

Euclides Riquetti
02-01-2013

domingo, 7 de janeiro de 2018

É noite...

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É noite...
Noite de inquietude
De  escuridão, sem cor
Da perdição e de amor
Cor de negritude.
É noite dos corpos deitados
Nus, quentes, colados!

É noite dos amantes
Das vontades insaciáveis
Noite dos poetas e pensadores
Das almas vulneráveis.

É noite dos corações errantes
Que se despem sem pudores 
Que expõem suas fragilidades
E que buscam a felicidade
Ardentemente...
Incessantemente!

É a noite dos pecados
Que sucede as tardes e precede as  manhãs
Das negras almas vãs
Dos beijos trocados
Do corpo desejado
Noite, apenas mais uma noite
Em que eu me perco infinitamente
Ardorosamente
Em você!

Euclides Riquetti

Para as mulheres

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             "A mulher foi concebida naturalmente tão perfeita, que se fosse um árvore e perdesse as flores ainda continuaria charmosa; se perdesse as folhas,  tornar-se-ia  um corpo sublime; se perdesse os galhos, permaneceria sendo mulher; se lhe tomassem as raízes, restaria como um anjo, divina,  flutuante, elegante, frágil mas  forte,  exalando  amor e esperando respostas. Almas não se destroem: recompõem imagens, corpos, seres. Mulheres serão sempre perfeitas. Mulheres serão sempre mulheres, acima de tudo. E de todos!"

Minha homenagem a você, mulher!

Euclides Riquetti
08 de março de 2012

Dona de mim

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Dona da noite prateada
Enluarada
Dona da noite imaginada
Acalentada
Dona das noites e dos dias
Dona das noites e de minhas poesias
Dos dias encalorados e das noites frias
Dona de todas as noites
Minhas e tuas
Nuas...

Dona das manhãs claras
Das nuvens raras
E das lembranças caras...

Dona das notas das canções
Dos abandonados e dos encontrados
Dos susurros amordaçados
Dos perdidos ... e de nossas perdições...

Dona...
Apenas dona|
Dona, assim
Dona de mim
Dona do meu livre verso
Dona do universo
Sem fim...
Dona de mim!

Euclides Riquetti