sábado, 2 de dezembro de 2017

Joaçaba tem Havan

      
Luciano Hang recebeu os clientes na porta de entrada da Havan
em Joaçaba.


 Foi inaugurada nesta manhã de sábado, 02 de dezembro,  em Joaçaba, a centésima sexta loja da Havan. Mais um empreendimento do empresário catarinense/brusquense Lucino Hang. O nome Havan é uma composição de Hang e  Vanderlei, que foi sócio de Luciano Hang quando iniciaram o projeto Havan, uma das mais bem sucedidas e completas lojas de departamentos no Brasil. O empreendimento, em Joaçaba, construído numa área do Acesso Adolfo Ziguelli, tem 7.000 metros de área em sua loja e amplo espaço para estacionamento de veículos.

         Saí de casa a pé, levei uns 6 minutos para chegar até a loja. Acompanhei, diariamente, durante 3 meses, o desenvolvimento da construção, desde a terraplenagem da área até as complicações proporcionadas pelos técnicos da Prefeitura Municipal, com querelas fúteis e desnecessárias. Aliás, algumas pessoas que estavam lá posando para fotos, deveriam pedir desculpas ao Luciano Hang, pois se portaram como verdadeiros malas durante o processo, usando os meios de comunicação para manifestar-se inadequadamente sobre alguns desabafos de Hang, a quem dou toda a razão, pois todos os joaçabenses sabem como é difícil para um empreendedor poder estabelecer-se na cidade. leis arcaicas e cabeças com pensamentos obtusos ainda azaram com a vida dos cidadãos.

          O Havan é o quee eu esperava: uma mega loja, que comercializa mais de 100.000 item, que emprega 200 pessoas bem selecionadas, diretamente. Os clientes têm amplo espaço para circulação, 30 caixas funcionando, espaço para 4 salas de cinema, praça de alimentação onde destaco a choperia Bierbaun, de Treze Tílias;  a esfiharia e chpoperia Arabi´s;  e a Vivenda. Peguei um produto na prateleira, uma agenda 2018 e fui o primeiro cliente a ser atendido pela operadora de caixa Naissara Oliveira, uma garota de Jaborá que está empregada na empresa. . Eu, realmente,, queria marcar minha presença na inauguração!

          O samba de nosso carnaval esteve presente, com a vale samba disponibilizando Hino e a Aliança os instrumentos, além de sambistas. Um grupo musical de Treze Tílias entreteve os presentes durante toda a amanhã, havia diversas autoridades presentes lá.

         Imagino que as autoridades das cidades e os funcionários públicos possam tirar grandes lições da vinda da Hvan a Joaçaba: Agilidade e planejamento na sua construção, executada em 90 dias apenas. Várias atividades sendo levada a efeito devidamente coordenadas, seleção e treinamento de pessoas para o trabalho na loja, gente muito motivada para atender bem a quem lá chega. Aliás, o próprio Luciano é o grande motivador de todos, puxando cantos, gritos de guerra, um verdadeiro animador. Padrão Sílvio Santos, mas com mais agilidade e desenvoltura em razão se sua juventude.

         Tive a alegria de cumprimentar o Luciano e chamei-o de "poeta dos negócios", pois é uma pessoa que imprime clima de alegria e romance em seu trabalho. Ele me respondeu com um aperto de mão e um sorriso franco e alegre, o que me deixou contente. O comportamento dele, no trato para com as pessoas, é autêntico e de igualdade, não importando o status de que chega a sua loja.

          O povão esteve lá. Vários conhecidos meus de nossa cidade e da região visitando a loja e comprando. Parabéns ao empreendedor e à loja.

Dublê em entrevista

Coisa antiga... vale a pena relembrar!

Arabutã FC - estádio da Baixada Rubra - Ouro - SC
Foto: Rádio Capinzal

          Quando voltei para passear um casa, num  feriado de 1972, fui à missa na Matriz de Capinzal, no domingo à noite. Depois, era ir ao Cine Glória, comprar um pacotinho de pipoca do carrinho do Gigi Gramázzio, e pegar um filme. Era o costumeiro programa de domingo. Formava-se uma extensa fila defronte ao cinema, todo mundo querendo comprar ingresso na mesma hora. Os mais espertos, já compravam o seu na sessão do sábado, para não se procupar no domingo.

          Aquele domingo foi muito especial para mim, pois minha amiga Eloí Elisabete Santos, hoje Eloí Bocheco, escritora, colega na literatura, convidou-me para fazer uma das leituras da celebração. Deveria ler uma daquelas duas leituras que precedm o Evangelho, podia escolher a que quisesse. Tremi um pouco, mas procurei encorajar-me, pois sempre fora muito tímido. Teria de haver uma primeira vez. E eu não podia desapontar aquela bela e prendada colega, que cursava o Segundo Grau, recém inventado.

         Foi minha primeira leitura em público. Até uma freira veio conversar comigo, perguntou se eu sempre lia em missas, se eu queria fazer parte de um grupo litúrgico  formado por jovens. Agradeci, disse que não moarava mais na cidade. Eu era muito envergonhado, pois na escola sempre riam de mim quando eu lia. Mas aquela encarada ajudou-me a perder o medo, e já li milhares de vezes em público. Devo isso à Eloí, agora ela sabe!

         Tendo visto e ouvido minha leitura, após a missa,  vieram  o Márcio "Pimba" Rodrigues  e o Vilmar Nêne Matté e me fizeram uma proposta meio doida: O Arabutã tinha obtido uma bela vitória em Joaçaba, contra um time de lá, não lembro se o Comercial ou a ABCLESC e o Tio Pé, centroavante, tinha feito dois golaços. Queriam que eu desse uma entrevista dublando o Tio Pé para o programa de esportes  da Rádio Clube de Capinzal.

          Achei que isso era uma loucura, que as pessoas iriam ver que não era a voz dele e isso não ia dar certo. Argumentei também que eu não tinha visto o jogo, não sabia como foram os gols, etc. etc. Até me propus a dar uma orientação ao jogador, se eles me antecipassem as perguntas. Eu faria um treinamento com ele e era melhor uma entrevista fraca concedida pelo verdadeiro protagonista do que uma razoável respondida por um dublê. E os convenci a arrumarem outro dublê, mas ninguém aceitou esse desafio e acabaram eles mesmos, na segunda-feira, falanndo sobre a façanha do Tio Pé, filho do falecido Pé-de-angico.

          Pior que isso, somente aquela história que cotam sobre um jogador do Inter, o Claudiomiro, que costumava dar suas entrevistas recheadas de gafes. Uma vez, tendo jogado contra o Clube do Remo, no Pará, disse a um repórter que estava muito contente por ter jogado em Belém, a terra onde Jesus nasceu. Outra vez, escolhido melhor jogador em campo e tendo feito um gol, agradeceu à equipe esportiva de uma rádio de Porto Alegre por tê-lo escolhido como o melhor em campo, em especial por terem lhe dado uma "caixa de brahmas da Antáctica"...

Euclides Riquetti
22-02-2013

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

A Caixa d ´Água da Maria Fumaça em Rio Capinzal

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  Estação Ferroviária de Rio Capinzal - 1930 -
passagem do Presidente Getúlio Vargas pela vila,

 

          Era o ano de 1910 e o povo vibrava em todo o Vale do Rio do Peixe. Inaugurava-se, neste dia, a estrada de ferro que ligaria Marcelino Ramos, no Rio Grande do Sul, na divisa com Santa Catarina, e Porto União, na divisa com o Paraná, a região contestada que viu muito sangue ser derramado tão logo isso aconteceu.

          Rio Capinzal, um povoado que se localizava no Baixo Vale do Rio do Peixe, e que pertencia ao vasto município de Campos Novos, situava-se à margem esquerda do Rio do Peixe. A área, que se constituíra em local de pouso de tropeiros, bastante povoada por capim paulista e com enorme quantidade de água, era o lugar ideal para o descanso das tropas de bovinos e muares que iam do Rio Grande do Sul para São Paulo. E ali levantaram-se algumas dezenas de residências urbanas, contruídas em madeira de pinheiro, um lugar que deveria prosperar muito com a inauguração da ferrovia. Do outro lado do rio, um pequeno povoado chamado de Distrito de Abelardo Luz, pertencente à Colônia de Palmas, do Paraná. Sim, o atual Ouro pertencia ao Estado do Paraná naquela época. A ligação entre os dois povoados dava-se por balsa e botes. Mais ao Sul, entre as atuais  Linha Savoia e Linha Dambrós, antigamente chamada Ribeirão Doze Passos, também era possível que os animais atravessassem o Rio do Peixe sem depender de embarcações, isso quando as éguas deste estivessem baixas. E, em seus cargueiros ou carroças, levassem as mudanças dos descendentes de italianos vinham para colonizar a área à direita do rio.

          E, com a estrada de ferro, foram construídas algumas benfeitorias para dar suporte à sua logística: alguns armazéns, para depósito de mercadorias; muitos estrados para o empilhamento de madeiras gradeadas, tábuas e madeiras quadradas; mangueiras para alojamento de tropas de bovinos destinados a Ponta Grossa e São Paulo; uma estação ferroviária, com local para venda de passagens, comunicação por telefone ou telégrafo; sala de estar para os passageiros, com bancos de madeira para assentar-se; uma sala para depósito de mercadorias; e um café-bar. Em frente, paralelamente à ferrovia, uma extensa plataforma com rampas de acesso ao Norte e ao Sul. E, pendurado num caibro, um sino de bronze que chamavam de "pode" (póde). O pode era acionado para dar autorização para o trem dar partida. O agente da estação ou seu auxiliar repicava o sino, o trem apitava,  e saía de mansinho...  todas essas lembranças me vêm à mente porque muito ouvi falar nas histórias de Rede e porque convivi com pessoas que fizeram parte dela. Acima da "Ponte Nova", localizavam-se as casas, também em madeira, pintadas de um misto de ocre e marrom, onde residiam os turmeiros, encarregados da manutenção da ferrovia.

          Localizada logo após a plataforma de embarque e desembarque, uns 40 metros desta, no sentido Norte, localizava-se a Caixa d´Água. Essa nos traz muitas e muitas histórias à lembrança. Um reservatório enorme para a época, onde se armazenava a água que vinha em canos de metal que lhe traziam a água desde o Morro da Pedreira. Havia um comando composto por uma haste de ferro com um volante, e um dispositivo de lona tecida, uma mangueira com mais de 20 centímetros de diâmetro, que era dirigida para o sentido da Maria Fumaça que ali estacionava, onde era alimentado o reservatório desta, a fim de gerar o vapor que acionava os mecanismos de movimento da locomotiva.  Ao lado da mesma, e à sua frente, do outro lado da ferrovia, os depósitos de lenha empilhada a céu aberto, trazida pelos caminhões, dentre eles o do Sebastião da Silva, pai do Naco, meu colega de ida aos bailecos de Piratuba, Lacerdópolis e Barra do Leão nos dois primeiros anos da dácada de 1970.  

           E o vapor era obtido através da elevação da temperatura da água, o que se sucedia na caldeira, alimentada por fogo de madeira  combustível, a lenha. E, com muita alegria, ouvíamos o apito produzido pela liberação de vapor, que chegava ao longe. Coisas muito simples, que representavam alta tecnologia para a época, mas de grande resultado.

          Nos dias de jogos ou treinos no campo municipal, mas que pertencia à Companhia da Estrada de Ferro, e se situava onde hoje funciona a Estação Rodoviária de Capinzal e a Praça Pedro Lélis da Rocha, os jogadores saíam do campo, nos intervalos, e iam ali para beber água ou tomar uma "refrescada". O volante que servia para liberação da água, por uma espécie de registro, e pela mangueira, era acionado à  esquerda e a água, pura e límpida, descia por sobre o corpo dos jogadores, que bebiam dela enquanto se banhavam, principalmente no verão. Mas os times visitantes não sabiam da existência desta, e enquanto os "da casa" se deliciavam, recuperavam-se e voltavam ao campo muito dispostos para o segundo tempo, os outros se recuperavam, no máximo, recostados nas paredes de madeira que circundavam o mesmo.

          Houve tentativas de desmancharem a caixa de água para vender o metal. Ora, uma voz se fez presente e bradou: "Essa caixa faz parte de nossa história, não pode ser demolida". Vinda de uma pessoa humilde, mas ardorosa defensora de Capinzal, do Sr. Alduir Silva, o popular Binde, impediu que ela fosse retirada. Imaginem perdermos um bem histórico, que foi importado da Inglaterra para, a aprtir de 1910, disponibilizar a água que produzisse o vapor o qual acionava a locomotiva destinada a puxar os vagões do trem. Vejam os leitores da importância de as cidades terem pessoas que gostam do lugar onde nasceram e defenderem sua história e seu patrimônio histórico! Obrigado, Binde!

          Aquele conjunto que ali reinou até a ocorrência da enchente de 7 de julho de 1983, resta-me na memória saudosa que não me abandona. E na de muitas pessoas de minha geração e das que nos precederam, que não viram o mundo mudar, mas que tiveram o prazer de andar de trem, ir para o Norte ou o Sul, andarem ali com a namorada, com o namorado. Em nosso trem se iniciaram e também se findaram, certamente, muitas histórias de amor... Conheço algumas, que guardo para mim, são minhas, me emocionam...

Euclides Riquetti
04-07-2013

Dia de poesia

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Todo o dia é dia
De fazer poesia
De escrever lembranças saudosas
De dizer palavras carinhosas.

Todo o dia é dia
De fazer poesia
De falar de sonhos vividos
De falar de amores sentidos.

Todo o dia é dia
De fazer poesia
De pensar nas breves ilusões
Que flecham os corações.

Todo o dia é dia
De lembrar com nostalgia
Dos momentos de nossos sonhos
De seus olhos morenos, risonhos.
Todo o dia...

Euclides Riquetti

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Alimentar a alma

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Alimentar os pássaros eufóricos
Nas madrugadas melancólicas
Com seu canto de alento...

Alimentar as crianças indefesas
Colocar comida na mesa
Prover-lhes o sustento...

Mas, sobretudo, alimentar a alma
Com a meditação que acalma
Que ameniza o sofrimento...

E dar amor desmedido
A quem tenha sempre mantido
E preservado o sentimento...

Dar à vida o valor mais sagrado
Tê-la com todo o cuidado
Viver cada momento...

Enfim, amar quem nos  ama
Quem  mantém acesa a chama
Quem vive em nosso pensamento!

Euclides Riquetti

Breca lá, Riquetti!

Reedição

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          Jogadores de futebol são muito dados a falar gírias. Os boleiros estão sempre inventando expressões  ou modificando significados delas. Por exemplo, dizem "hoje tá uma lua muito doida", pra dizer que está fazendo muito sol durante o treino. Todo o treinador é chamado de "Professor", mesmo que não tenha concluído o antigo primário. Chamam também de professor o árbitro. E a galera o chama de ladrão e gaveteiro.

          Não há torcedor que tolere goleiro frangueiro, canela dura, e nem firuleiro.  Zagueiro furão ninguém quer. A galera não perdoa.  Zagueiro bom é aquele que, no apuro, dá bicuda. Atacante que dá bicanca é grossão, mas quando faz tento vale do mesmo jeito. Cartola "se achão", então, que se mude. A estrela tem que ser o da grama, não o da tribuna.

          Quando era pequeno jogava num campinho abaixo da ponte nova, no Ouro. E no campo da rede ferroviária, onde é a Praça da Rodoviária, em Capinzal. Jogava de conga porque não tinha grana pra chuteira. Depois, em União da Vitória, na república, tínhamos um campinho ao lado de casa onde jogávamos nos finais de semana. Ali aprendi a amolecer a canela, até consegui ter uma certa habilidade.

          O Gilmar Rinaldi jogou conosco no campinho ali do Ouro.  Já era goleiro. Tinha camisa amarela, igual à do Raul, goleiro do Cruzeiro. Ninguém achava que viraria astro, mas virou. Jogou no Inter, no São Paulo, na Udinese, num clube do Japão e no Flamengo. Agora é empresário de boleiros. Rompeu com o Adriano Imperador (isso dispensa comentários...).

          Voltando ao Paraná: Uma vez fomos jogar no Campo do São Bernardo, em União da Vitória. O Boles era nosso centroavante. Corria mais que lebre. Ele coiceava a esfera do meio para cima, então ela ia rolando. E ele corria atrás, às vezes chegando antes do que a bola.  Uma vez deu o chute e saiu correndo junto com a pelota. Correu tanto que chegou à  trave antes que ela.  Ela bateu atrás das canetas dele e voltou para a área, enquanto que ele foi para dentro das redes. E nós zoamos muito dele.

          Na república de estudantes tínhamos um colega que era nascido em Lacerdópolis, no tempo que este pertencia ao Distrito de Ouro e Município de Capinzal. Ele tinha jogado no Iguaçu como profissional Jogou numa célebre partida em que empataram com o Atlético Paranaense em Curitiba, em 1972, no estadual. Diz que o azar dele foi o tião Kelé, que voltou do México e fez gol nele do bico da área ao seu lado esquerdo. Chutou cruzado. Disseram que se ele tivesse 1,90 não tomaria o gol. O Kelé azarou a carreira dele. Jogou bem mas foi dispensado no final do ano. Alegaram que ele tinha pouca altura para goleiro. Foi jogar futsal e trabalhar na Casa do Bronze. Agora tem sua loja de carros.

          Quando fazíamos nossas peladas no campinho da Rua Professora Amazília, ele gritava: "Riquetti, breca lá!" E eu brecava, não deixava o adversário passar. Desde então apelidamos ele de Breca. Era a gíria do Bugão, do Nire, do Duda, do Jaime Rotta  e do Tanque Joaquim lá no Iguaçu. O Celso Lazarini é "Breca" até hoje.

          O Nivaldo "Bode" Dambrós foi goleiro da AMFO no campo da Linha Sagrado, no Ouro. Fomos inaugurar a ampliação. Um cara "da casa" chutou forte. Ele pensou que o balão de couro ia para fora e nem se mexeu. A bola deu no travessão, voltou, bateu atrás da cabeça dele e foi por cima da trave. Evitou o gol, sem querer. Foi saudado como herói.

          Uma vez, lá no Arabutã, eu estava jogando com raiva. Tinha um painel de propaganda do Besc às minhas costas. Estava há 60 metros da baliza, fiz  um gol do meio da rua. Enfiei um canhão com a gamba esquerda e o goleiro foi buscar a pelota no fundo da cozinha. Comemorei muito, pois eu era lateral direito. Em 22 de julho de 1984 quebrei a perna quando estava na quarta zaga. Saí pra deixar o Tita na banheira e o Vinte Cinco deu condições de jogo prum  pelego. Fui mandar a bola pro mato mesmo que o jogo não fosse do campeonato, e meu goleiro me atingiu. Foram três quebradas, uma de tíbia e duas de perônio. O Mafra e o Farid me levaram pro gesso em Jç. Muita dor e seis peses no estaleiro. Depois O Mafra foi pra Floripa e o Farid virou vice-prefeito de Capinzal. Mas quando eu era pequeno era muito perneta, canela seca e dura. Era um baita pé torto. Com a idade fui aprendendo a jogar. Mas da daí as pernas foram ficando muito curtas e o campo muito comprido.

          Próximo de decisões de classificação cuidam dos boleiros para que não aceitem nada dos malas pretas. É vergonhoso. Ninguém tolera quem dá migué, pois deixa os amigos no compromisso. Boleiro que se preza dá o sangue no campo, sua a  camisa e reza pro seu pai-de-santo. Mas a maioria tem fé em Nossa Senhora, de preferência a Aparecida.  Quando a coisa fica preta, no entanto, exclamam: "Santo Deus, joque sério!" ou "Jesus Cristo, mexa-se!" Mas quem tem que fazer isso é o jogador, não Deus nem Jesus. Quando tem  muita lua no céu, no verão, pedem: "São Pedro, manda umas gotas daí de cima!"

          Bem, lembrar de algumas das muitas histórias de boleirinho me traz saudades. Saudades do Caburé, do Paciência, do Jota Bronquinha, dos Coquiara, do Inferninho, do Foguete, do Flamenguinho, do Nêne, do Sapuca,  e de muitos outros. Alguma hora dessas me atrevo a dizer quem foram esses. Enquanto isso, "Breca lá, boleiro!"

Euclides Riquetti
18-02-2013

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

As flores que você plantou

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Não sei onde se encontram agora
As flores que você plantou
Se apenas sumiram por ora
E por causa delas você chora
Depois que a tormenta passou...

Não sei onde estão as rosas e as margaridas
Que você regou com seu pranto
Mas que deixaram suas manhãs floridas
E ajudaram a curar suas feridas
Que desapareceram como que por encanto...

Mas sei onde se encontram os versos
Que você me inspirou a compor:
Vagam pelas ondas dos mares mais  incertos
Nos lugares mais diversos
Num universo de paz e de amor......

Euclides Riquetti

Chora minha alma, chora meu coração: "Vamos lá, Verdão!, Vamos, vamos, Chapêêê!"

Mais lembranças da tragédia da Chape:







Chora minha alma, chora meu coração
Lágrimas rolam no meu rosto entristecido
E todo o meu íntimo doloroso e sofrido...
Choramos a perda do nosso time paixão.

Choram todos os queridos chapecoenses
Os catarinenses e todos os brasileiros
Os nossos olhos já não brilham faceiros
Choramos todos nós, bravos catarinenses.

Choramos porque perdemos nossa Chape
O Verdão do Oeste que nos dava alegria
Chora a noite longa, chora nosso novo dia
E oramos a Deus para que a força não falte.

Não creio que Deus tire aquilo que nos dá
Porque o mundo precisa ser de felicidade
Sem espaço para  para tristeza e fatalidade
Silenciou a alegria em nossa Arena Condá.

Não é possível acreditar no que aconteceu
Com os jogadores,  jornalistas e dirigentes
Agora choram as almas de todos os viventes
Morreu o corpo, mas sua alma não morreu.

Ecoa, nos estádios, o seu grito de guerra:
"Vamos lá,  Verdão!!, Vamos lá, Verdão!!
Ecoa, no mundo todo, nos cantos da Terra:
"Vamos lá, Verdão!, Vamos lá, Verdão!
"Vamos, vamos, Chapêêê!
Vamos, vamos, Chapêêê!"

Euclides Riquetti


Homenagem às famílias dos desaparecidos
e a todos os que choram a dolorosa perda.

Desolador: 76 mortos...Avião que transportava jogadores da Chapecoense cai na Colômbia

Um ano depois, revivendo a história da tragédia da Chape:



 Delegação da Chape...
 Avião que transportava a delegação da Chape

          A notícia chegou madrugada e está tomando conta dos meios televisivos brasileiros e colombianos: Caiu, na madrugada desta terça-feira, o avião que transportava os jogadores da Associação Chapecoense de Futebol, após decolar no aeroporto José Maria Córdova, entre La Ceja e Abejorral, na região de Antióquia, na Colombia. O avião caiu há cerca de 50 Km de Medellin. Jogadores, dirigentes e jornalistas, compunham um grupo de 72 pessoas que iriam acompanhar o jogo da Chape na primeira partida para a final da Copa Sul Americana.havia ainda 9 tripulantes, totalizando 81 pessoas.

         Até às 5, 15 horas desta manhã tinha-se a informação de que nenhuma morte foi confirmada.  O Corpo de Bombeiros do local vinha informando que há muitos sobreviventes. Nada de informações concretas ainda.  A região é montanhosa e de difícil acesso.Já se sabe que Alan Ruschell,  o goleiro Danilo e o goleiro reserva Follmann estão entre os sobreviventes resgatados. Os resgatados estão sento atendidos no Hospital  San Juan de Dios , em La Ceja.

          Nós, catarinenses, principalmente os vizinhos de Chapecó, distante 160 Km de minha casa, estamos desolados. Pela primeira vez uma equipe de futebol de nosso Estado chegava à decisão de uma competição internacional de futebol. O jogo, que seria nesta quarta-feira, contra o Atlético Nacional, foi cancelado. 

           Esperamos que logo venham informações mais concretas, pois lá é ainda alta madrugada e somente daqui a umas 4 horas virá o claro do dia. Ainda por cima, chove em Medelín no momento, o que dificulta a ação dos socorristas com helicópteros.

Deus proteja todas essas pessoas para que sobrevivam. Neste momento, suas vidas contam muito mais que qualquer resultado de jogo.

Euclides Riquetti
madrugada de 29-11-2016

Atualização: Frederico Guttierrez, Prefeito de Medelín, declara que há pelo menos 25 mortos dentre os integrantes da comitiva.

Segunda atualização: 76 mortos e 5 sobreviventes, informa a Polícia de Medellín. 7,30 horas.

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Você me seduz

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Você me seduz
Com o seu jeito imponente e importante  de ser
Você me reduz
A um ninguém maltratado, largado outra vez.

Você é assim
A mais bela mulher que eu já vi  por aí
Você é pra mim
A mais formidável senhora que já conheci.

Procuro compor
Um poema com lindas palavras e rimas para lhe agradar
E sinto uma dor
Quando percebo que busco e não tenho o que encontrar.

Procuro pensar
Que você já sentiu quanto amo seus olhos castanhos
E me conformar
Pois não há como ser de você, que me vê como estranho.

Você  me seduz
E maltrata o meu coração perdido e incontido em desejo
Você me reduz
A um frangalho, um  rejeito sem coragem de olhar-se no espelho.

Você é assim
Eu não sei se é maldade, se é medo, ou pura vaidade
Você é pra mim
A deusa distante que finge e me esnoba assim sem piedade.

Procuro compor
As canções mais sensíveis com com letra romântica e melhor  melodia
E sinto uma dor
Que faz com que eu sofra por não receber nem um simples "bom dia"!

Um bom dia
Um aceno
Um olhar...

Apenas um olhar
Disfarçado que seja.
Como a noite sem luz
Você me seduz!


Euclides Riquetti

O menino matreiro se tornou homem!

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Nosso menino matreiro se tornou homem, buscou crescer na vida
Buscou andar com suas próprias pernas
Buscar ter sua opinião sobre as coisas...

O menino matreiro vai ser pai
E hoje está de aniversário.
Não se importará se eu disser que já tem 30 anos
Todos bem vividos, trilhando o sucesso pessoal e profissional.

No dia de seu aniversário, voou para uma grande cidade
Foi trabalhar, fazer o seu metier diário
Foi exercitar o seu trabalho!

Nosso menino matreiro é habilidoso em seu diálogo
Persuasivo em sua fala
Rápido em seu raciocínio
Ágil em suas escritas digitais.

Neste dia importante de sua vida
Nosso abraço foi no áudio do telefone
Mas ele estava presente em nós, que muito o amamos.

E, em janeiro, vai ser pai!
Chegará o menino Ângelo, que vem anjo
E que é esperado com muita alegria.

Enquanto isso, nós o aplaudimos e dividimos com ele
A alegria de viver a nossa vida.

Viver alegremente, lealmente, sempre!
Viver para amar e ser feliz
Quer lá, quer cá, ou aqui!

Parabéns, Fabrício, pelo seu aniversário!

Euclides Riquetti
28-11-2017




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Na letra daquela canção







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Fique bem atenta
Preste toda a atenção
Cuide de todas as notas
E da letra daquela canção
Aquela que você canta
Quando o sol se levanta
Bem cedinho, de manhã...

Atente para cada verso
Cada palavra cantada
Cada pensamento desconexo
Cada sílaba pronunciada...

Não esqueça de sentir
Sentir com o seu coração
Que na letra daquela canção
Há um motivo pra sorrir
Há uma mensagem de paixão...

A canção que você canta
E que se harmoniza, se eterniza
Que foi inspirada na brisa
Ou no frescor da noite de outono
Quando perdi o sono
É a canção que a dor espanta
É a canção da madrugada santa...

Sim, preste bem atenção
Fique bem atenta
À  mensagem  daquela canção
Que traz uma declaração de amor!

Euclides Riquetti
30-10-2015

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Turismo - sua grande importância para a economia das cidades

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Monumento de Frei Bruno - Joaçaba - SC


       O Turismo é uma das atividades que ajudam a movimentar a economia no mundo. O ser humano tem, em si, a necessidade de movimentar-se. Curioso por instinto, busca conhecer novos lugares, novas pessoas, seus costumes e sua história. Atraídas por imagens e mensagens disponibilizados nos meios de comunicação, através de toda a sorte de mídia possível, as pessoas, de todas as idades, saem em busca da satisfação de seus desejos e curiosidades. No mundo, o turismo representa um volume de negócios superior ao da indústria química, da automobilística, da automação, da agricultura e da educação. Supõe-se que emprega, diretamente, 105 milhões de pessoas no mundo.
       Dormir em pousadas, hotéis seguros e mesmo em acampamentos, com as melhores condições de higiene, limpeza e conforto, faz com que a pessoa volte outras vezes para o mesmo local e incentive, também, a que outras façam o mesmo. A comida boa, bem preparada, e com absoluta qualidade e segurança sanitária, é um fortíssimo atrativo também. Some-se a isso lugares bonitos ou interessantes.
       A grande maioria dos gestores públicos muito fala e pouco faz para desenvolver, efetivamente, a atividade turística como fator de geração de trabalho e emprego em suas cidades. Têm pouco conhecimento do que, realmente, interessa ao turista. E não é raro produzirem vídeos que propagam, na internet ou em CDs, mostrando os atrativos de suas cidades. Ou produzem catálogos com imagens poluídas e que não servem para chamar a atenção dos possíveis turistas.  A maioria deles se constitui em propaganda enganosa. Na maioria das vezes, são produzidos por publicitários que pouco entendem da atividade turística e seus serviços de qualidade duvidosa.
       Em nossa região, posso asseverar que duas cidades estão bem estruturadas para o turismo: Treze Tílias e Piratuba. E, num plano secundário, Fraiburgo. Mas esta pouco evoluiu no presente Milênio. E há algumas tentativas tímidas nas demais cidades. As lideranças políticas e empresariais não conseguem, ainda, dimensionar a importância que o turismo tem para com a economia de suas cidades.
       A cidade de Arroio Trinta tem sido administrada por pessoas que têm conhecimento na área e estão moldando-a para a atividade, estruturando-a e divulgando a importância da cultura italiana. O Prefeito Cláudio Sprícigo apoiou muito o turismo e foi o responsável por dar àquela cidade a aproximação às características da cultura italiana. Em Salto Veloso, a prefeita Ana Rosa Zanella está indo buscar conhecimento e aplicando em sua cidade. Com uma boa articulação regional, terá muitos dividendos para seu Município. Zortéa tem atrativos naturais importantes, mas não têm sido aproveitados de forma ideal. Então, imagino que os prefeitos das cidades deveriam convocar quem é do ramo e tentar, ao menos, incrementar um pouco alguns equipamentos e melhorar os seus receptivos.
       Em tempos em que se fala muito em inteligência criativa e inovação, devemos pensar, consideravelmente, em dar à atividade turística a importância que ela tem para a economia. Santa Catarina está comemorando o crescimento do turismo nos primeiros 9 meses deste ano. E é verdade, também, que nosso estado pouco investe no Meio-oeste e Oeste Catarinense. A classe política e a empresarial precisam debater o assunto e verificarão que estamos perdendo dinheiro. As pessoas estão indo gastar fora daqui e pouco se faz para que os de outros lugares visitem nossas cidades. Turismo precisa ter mão dupla. Parcerias com cidades que possam enviar turistas para cá deveriam ser firmadas. Há um filão enorme, mas pouco aproveitado. Pensemos seriamente nisso!
Euclides Riquetti – Escritor – Membro da ALB/SC


Liberta-te das angústias que te afligem

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Liberta-te das angústias que te afligem
Que te incomodam, que te atormentam
Afasta-te de todos os que te agridem
Que o teu ânimo abalam e violentam.

Liberta-te de tudo o que te entristece
Agarra-te a aquilo que te traz o bem
Não é saudável aquilo que te aborrece
Não há o que receber de quem nada tem.

Busca, nas pessoas meigas ter o bom dia
O bom ânimo, o otimismo, a motivação
Alia-te a quem possa te dar toda a alegria.

Busca, procura encontrar toda a felicidade
A palavra de conforto, de apoio e atenção
Em quem lhe devota amor, luz e lealdade!

Euclides Riquetti

domingo, 26 de novembro de 2017

Quero que mergulhes em mim

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Divina paisagem matinal
Em que o vento balança as folhas da palmeira
E as plantas jazem sob o azul do manto celestial
De onde vem-me o doce aroma da cidreira.

Pássaros pousados nos galhos que se embalam
Bailam na harmonia  em  realeza
E seus belos cantos nos ares se propagam
Numa grande sinfonia da natureza.

Eu me transporto para o enlevo de teus braços
E me alento no desejo de estar junto de ti
Buscando apenas os teus beijos e teus abraços.

Preciso, ardentemente, mergulhar no teu divino ser
E quero que teu ser mergulhe em mim
E no teu corpo me envolver e  me perder.

Euclides Riquetti

Voar pra longe

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Quero voar pra longe
Ir embora da cidade
Sobrevoar os montes...
Quero voar agora
Eu preciso partir
Eu preciso ir embora...
Quero voar sozinho
Buscar a claridade
Ser como o passarinho...
Quero voar calmamente
Porque preciso sorrir
Reviver novamente...
E, quando tiver voado
Tiver girado o  mundo
Quando tiver encontrado
Algo muito profundo
Voltarei...
Pois terei as respostas
Direitas ou tortas
Que sempre busquei!

Euclides Riquetti
26-11-2017












A voz que veio da lua

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A voz que veio da lua
E que chegou mansa e suave
Veio pelos trilhos do vento
Ou então pelas pedras da rua
Talvez embarcada numa nave
Que flutuou no firmamento...

A voz que veio na noite
Trouxe-me paz, me acalmou
Deu-me o sono reparador.
Fez como a água em seu açoite
Que na minha pele se lançou
E que amainou minha dor...

Tua voz veio na noite estrelada
Sussurrar em meus ouvidos
Trazer-me do gozo o gemido
Fazer-me a carícia esperada.

E então meu sonho te abraçou
Te beijou...
Te amou!

Te amou de verdade!

Euclides Riquetti

Encantos do Rio Grande!

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Portal turístico da cidade de Veranópolis - RS - onde estaremos no dia
02-12-2017 - Cidade da Longevidade. Dizem que quem toma um copo
de vinho cada vez que vai lá, vive um ano a mais. Vou lá buscar meus
créditos!

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Mirante giratório em Veranópolis


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 Vinícola Simonetto

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Parque dos Três Monges... - cascata em Veranópolis
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Nova Prata - RS