Em razão da pandemia, muitas
atividades foram sendo “canceladas” a partir da metade de março do ano passado.
No serviço público, os servidores tendo estabilidade de emprego, houve um
grande privilégio. Nas empresas privadas, muitos trabalhadores perderam o
emprego e depois acabaram retornando, pois a atividade econômica foi sendo
gradativamente recuperada. Alguns serviços, no entanto, foram e ainda estão
prejudicados, principalmente na área de turismo. Na educação, quem mais perdeu,
ou seja, só perdeu, foi a categoria dos transportadores de estudantes, quer
para instituições particulares, como terceirizados das prefeituras. Veículos
parados por quase um ano, os investimentos na substituição dos mesmos
totalmente frustrados, as prestações dos financiamentos a serem pagas e a renda
ficando a zero. Mas a política, ah, essa não parou. E estamos vivendo a nova
velha política!
A semana iniciou com as eleições da
Câmara e do Senado Federal. Em Joaçaba, houve a nova eleição da mesa diretora do Legislativo
Municipal, determinada pela Justiça, com
a ocorrência de uma espécie de “buraco negro”. Aqui, Diego Bairros foi eleito
Presidente, com oito dos nove votos, derrotando Vilmar Zílio, que obteve um
voto; e Disnéia de Marco Secretária, com
cinco dos nove votos, cabendo quatro a Almir Pastori. Mas para os cargos de
Vice-Presidente e Segundo Secretário, não houve inscritos, situação que leva a
uma situação que precisará sercontornada nos próximos dias, pois ambos restaram
vagos.
Para a Assembleia Legislativa, ALESC,
Mauro de Nadal, do MDB, foi eleito `Presidente, com 38 dos 40 votos, em razão
das ausências de Júlio Garcia, que está em prisão domiciliar, e Ada de Luca,
internada com a Covid 19. Tudo em mares calmos em nosso Estado.
Para a Câmara Federal, Arthur Lira, do
PP de Alagoas, foi eleito com 302 votos,
em primeiro turno, contra 145 de seu principal opositor, Baleia Rossi, do MDB
de São Paulo, apoiado por partidos uma
dezena de partidos, incluindo os de esquerda. Em suas propostas, a rediscussão
das pautas do auxílio emergencial, da reforma tributária e da reforma
administrativa, além da pauta de costumes. Logo após conclamado o resultado,
Arthur Lira fez um discurso de conciliação, ressaltando a importância da
harmonia entre os poderes, da valorização de todos os parlamentares da Câmara
dos Deputados. Mas, como primeiro ato, cancelou todas as decisões tomadas pelo
agora Ex-Presidente Rodrigo Maia, na segunda-feira, 01, nas horas que
antecederam a eleição. Com isso, Rodrigo Maia teve grandes perdas políticas,
pois estava muito bem acomodado e acostumado com a Cadeira de Presidente da
Câmara. Esperamos, agora, que as pautas pendentes voltem à discussão.
Para o Senado, Rodrigo Pacheco, de Minas
Gerais, do DEM, foi eleito com 57 votos, contra 21 de Simone Tebet, do MDB do
Mato Grosso do Sul. Foi apoiado pelo então Presidente Davi Alcolumbre, também
do DEM. Tebet não contou nem mesmo com o apoio de seu partido, fisiologista que
tem se mostrado ser.
A eleição em ambas as casas mostra uma
vitória do Presidente Jair Bolsonaro, cujos assessores, de todos os níveis,
fizeram negociações e acordos com os parlamentares. Na verdade, os métodos
utilizados foram os mesmos que se verificaram nas situações anteriores e
renderam várias críticas ao Governo, pois utilizou-se de convenções que sempre
condenou, em especial de parte do próprio Presidente da República.
O jogo de conveniências, no Brasil, vai
muito além da política. Vejam o que a Ford protagonizou recentemente, parando
de produzir seus modelos de carros harch, sedan e suv. É notório que ela vai
manter a produção dos carros de alto valor, a maioria acima de 100 mil reais
por unidade, que lhe dão muito mais lucro do que os pequenos. E você, leitor,
verá que outras montadoras estarão adquirindo suas plataformas temporariamente
ociosas. A Caoa Cherry é uma das que mais possibilidades têm de fazer isso,
pios tem grande interesse de ocupar o espaço aberto no mercado. Aguardem!
Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com