sábado, 1 de junho de 2024

Porque a vida passa!

 



Nas estradas da vida, é possível encontrar

Ruas tortuosas, mas que a levam ao mar.

Em estradas de poeira, ou mesmo asfaltadas

Trafegam almas escuras e algumas alvas.


Nas subidas dos morros, há algumas sombras

E nas descidas, rolam as pedras redondas.

Nos livros em brochuras, contos e romances

Há poemas românticos, perfumes em nuances.


Por sobre os telhados vermelhos, brilha o sol 

E você se deita sob as sedas do branco lençol.

Enquanto isso, no horizonte que você traça

Vá, siga o seu rumo, porque a vida passa!


Euclides Riquetti

01-06-2024





Para quem sonha e os sonhos descreve...

 






Para quem sonha e  sonhos descreve
Um poema longo, terno, ou emotivo
Ou apenas um recadinho bem breve
A palavra amor tem o maior sentido.

Para quem ouve ou simplesmente lê
Minhas divagações tão apaixonadas
Que tentam fazer crer quem não crê
Há respostas a serem interpretadas.

Para quem costuma compor textos
Com teor sarcástico, talvez satíricos
Os argumentos são apenas pretextos
Para fugir dos românticos e líricos.

Pois o amor é essência e substância
É alimento que nos anima e sustenta
É o sentimento de maior relevância
Pois nossa alma estimula e acalenta.

 Euclides Riquetti

Luiz Faccioni - o colono inventor - Homenagem aos saudosos Vicenza e Deoclides Rech






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          Em outubro de 1910, quando inauguraram a estrada de Ferro da Rede Viação Paraná Santa Catarina, mais tarde RFFSA, já havia muitas famílias morando em Rio Capinzal e no então Distrito de Abelardo Luz. E, pela questão do Contestado, Abelardo Luz, hoje Ouro, não pertencia a Santa Catarina e sim à cidade de Palmas, Paraná.

          Ocorre que, pela conveniência da história, contada pela "classe dominante", sempre se omitiu dizer que havia, em Ouro, muitos caboclos e "brasileiros" antes da chegada dos descendentes de italianos. (Se buscarmos a literatura histórica do saudoso amigo Dr. vítor Almeida, vamos ver que é um pouco diferente do que se propagou durante os anos). Mas, em reuniões que realizei, há 10 anos, nas diversas comunidades do Ouro, com as pessoas mais idosas, levantei que antes de nossos italianos havia, por exemplo, os Teixeira Andrade, em Linha Bonita (1902), o Veríssimo Américo Ribeiro (viram d Vacaria em 1919, mas ainda não havia italianos ali), e outros em Pinheiro Baixo, e um "tal Francisco D ´amendoa e um Benedito", em Leãozinho, e os Silva, em Pinheiro Alto. Os Teixeira Andrade e os Américo Ribeiro adquiriram sua terras. Os outros eram considerados posseiros.

          Pois bem, em Pinheiro Alto até hoje é bom escutar as histórias contadas pelos Morés, Masson  Dambrós e  Borsatti. Quando se reúnem para jogar baralho ou bochas, no pavilhão da comunidade, tomando um brodo no inverno,  ou umas birotas, é até bom só ficar ouvindo-os contarem as histórias. E eles riem até dos próprios infortúnios.

          Uma das histórias que mais me marcaram foi a sobre Sr. Luiz Faccioni, um dos primeiros a chegar. Contam os que ali ainda vivem que este senhor era um grande inventor. Tinha farta imaginação e tudo o que imaginava gostava de materializar. Enquanto carpia ou roçava, pensava. Pensava muito. E, nos dias de chuva, procurava dar forma às suas ideias. Gostava de inventar máquinas e equipamentos. Até  inventou uma máquina de costura, feita em madeira. fez as agulhas com espinhos de laranjeira, que quebravam facilmente e isso o deixava irritado, mas não desistia nunca.

          Agora, do que mais riem nossos amigos lá, é da história das asas. De certa feita, com madeiras leves e panos, confeccionou um par de asas. Queria voar. Se os pássaros voavam, era possível que ele também pudesse voar. Amarrava-as ao corpo, às costas, e corria pelo pátio, ali onde morou, até recentemente, o Mário Masson. Fica numa estradinha que dá acesso à estrada geral, indo-se do sentido da cidade para lá,  uns dois quilômetros antes da Igreja, à direita.

          E chegou o grande dia. reuniu esposa e filhos e falou-lhes, em seu dialeto italiano, que tinha chegado a hora. ia fazer sua primeira viagem voando. Voaria até Caxias do Sul, onde reencontraria seus parentes. Depois voltaria para o Pinheiro Alto. E, se as asas fossem aprovadas, faria depois umas que lhe permitissem voar até a Itália...

           E, no dia escolhido, subiu ao sótão da casa  e  fixou, com a ajuda dos filhos seu par de asas. Despediu-se e planou... Seu voo breve deu-se até sobre os arames do parreiral, onde quebrou umas costelas. A notícia logo espalhou-se pelas redondezas.

          Conta-me o amigo Deoclides Rech que ele era bem criança na época e foi com seus pais visitar o vizinho que, além de algumas costelas quebradas estava com muitos hematomas pelo corpo. Lá, ainda encontrou a Vicenza Masson, uma menina da comunidade.

          Agora, o Vovô Deoclides e a Dona Vicenza, bem idosos, moram na Vila Unidos, no mesmo local ainda. E, quando contam essa história, riem muito. E fazem a gente rir junto!

   

         Euclides Riquetti - 2012

Braços e mãos que encantam

 


 

 

Braços e mãos que encantam


Teus braços e mãos muito me encantam
Quando se movem para me fazer carinhos
Quando, leves, abrem caminhos
Para meus olhos que se levantam
E buscam encontrar-te ... de mansinho

Teus braços e mãos me envolvem e  me seduzem
Me deleitam com o ardor de seus beijos profanos
Me animam aos sonhos e desejos mundanos
Pelos caminhos da sedução me guiam e me conduzem
E assim me encontro no teu corpo e nos amamos.

Teus braços e mãos que se levantam com leveza
Me atiçam ao sabor da mais terna das paixões
Me incitam a viver as mais fortes emoções.

Teus braços e mãos que são a âncora da beleza
Me chamam para dividir a alegria e o doce sabor
Me convidam para sorver as delícias do amor!

Euclides Riquetti

www.blogdoriquetti.blogspot.com

O portal dos sonhos

 





Quadro de Euclides Riquetti - acrílico sobre tela


Passarei pelo portal dos sonhos para te buscar
Andarei por estradas bucólicas e por asfaltos
E no mar infinito do tempo irei te encontrar
Em caminhos de calmaria, sem sobressaltos...

Retratarei em tela as emoções e sentimentos
Transformarei meus devaneios em realidade
Buscarei teus olhos meigos e sempre atentos
E nos horizontes largos animarei saudades.

E escreverei meus sonetos de amor e de paixão
Espalharei meus versos pelas estradas e os ares
Irei, navegando na manhã pela imensidão...

E chegarei a ti, chegarei animado e contente
Esperarei o grácil momento de me abraçares
E ganharei teus beijos, ganharei certamente!

Euclides Riquetti

Espalhe seu perfume no ar

 


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Espalhe seu perfume no ar
Deixe-o impregnar-se  em mim
Deixe sua fragrância eu tragar
Para que a possa sentir bem assim.

Eu quero me perder calmamente
Poder me envolver em suas carícias
Me deixar seduzir levemente
Por seus beijos de sabores e delícias!

E, mesmo nesta manhã turbulenta
Me convide ao carinho e ao afago
Me dê sua alma faminta e sedenta.

Me abrace, me roube, me tenha
Me prenda, me segure ao seu lado
Me enlace, me amarre,  me queira.

Euclides Riquetti

Ninguém jamais irá te amar como eu te amei

 




Ninguém jamais irá te amar como eu te amei



Ninguém jamais irá te amar como eu te amei
E isso brotou do fundo de meu coração
Sentimento sincero, amor puro, muita emoção
Porque jamais alguém te amará como eu te amei!

Ninguém jamais irá pensar em ti como eu pensei
E isso vem das profundezas de minha alma
Vem da oração que me redime, que me salva
Porque ninguém jamais pensará em ti como eu pensei!

Ninguém jamais irá lembrar de ti como eu me lembro
E isso vem de minhas mais recônditas memórias
Vem de nossos bons momentos e de nossa história
Porque me trazes as melhores coisas de que eu lembro!

Ninguém jamais vai te querer como eu te quero
E isso ficará registrado junto a minha mente
Querer é o meu sentimento de desejo ardente
Porque tu és o grande amor que eu tanto quero!

Euclides Riquetti

Lula não consegue lidar com adversidades e terá que fazer escolhas para dar os rumos de que o Brasil precisa.

 



       Lula terá que escolher entre Janja e Haddad! Sim, terá quer fazer uma opção entre o que o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, propõe para fazer o Brasil andar, ou  o que é sugerido pela primeira dama atual, Janja da Silva. Esta gosta de glamour e está totalmente desconectada da realidade. E Lula precisa falar menos e agir melhor. Os discursos românticos que faz no Nordeste não servem para o povo do Sul. O Sul é composto por um povo trabalhador e ordeiro. O que costuma dizer lá pra cima não é o adequado para ser dito para a metade do Brasil que mora aqui embaixo, o que inclui o Centro-Oeste e o Sudeste, além do Sul, é claro.

       O Lula e a maior parte de seus ministros precisam aprender a lidar com gente nos tempos atuais. Precisam ver que estamos há duas décadas do pleno exercício de seu primeiro Governo e que tudo muda rapidamente. Não adianta Lula e seus assessores mais próximos acharem que o problema deles é só o de comunicação. É de falta de ação rápida! E isso fica muito evidenciado na morosidade oficial para tomar medidas fortes e rápidas com relação ao Sul.

       A primeira dama tem um comportamento que não condiz com uma situação de anormalidade e tristeza que se vive no Rio Grande do Sul. A chamada “grande imprensa”, aquela mídia que sempre ganhou com o puxassaquismo ao Poder Público está fadada ao fracasso. A rapidez com que um vídeo produzido por qualquer adolescente com um simples telefone celular, é mais eficiente e, portanto eficaz, para que uma informação chegue a qualquer cidadão brasileiro e mesmo ao mundo.

        Vamos ajudar os leitores e leitoras a conhecer  algumas características de primeiras damas brasileiras que merecem menção.  Lá vai:

       Maria Thereza Fontella Goulart foi Primeira Dama do Brasil aos 25 anos. Aos 19 já era segunda dama. João Goulart, o Jango, foi eleito Vice-presidente de Leonal Brizola em 1961. Uma mulher fantástica e bonita, promoveu a alta costura no  Brasil, optando por usar modelos criados pelo estilista Dener Pamplona de Abreu, enquanto que a onda era comprar as roupas em Pais e Londres. Está com 87 anos. Pesquise sobre ela e compare.  Você vai se encantar!

       Antonieta Castello Branco Diniz – foi primeira dama do Brasil em razão de sua mãe ter falecido ainda antes da  escolha do Marechal Humberto de Alencar Castello Branco para Presidente da República. Ao contrário das esposas dos presidentes militares, teve importante atuação social, destacando-se por liderar ações de voluntárias no território nacional.

       Rosane Malta Collor de Mello – Esposa de Fernando Collor de Mello, que sofreu processo de impedimento. Bonita, elegante e inteligente, atuava fortermente na área social. Quando eu era prefeito em Ouro, ela autorizou o pagamento de um tratamento que salvou uma adolescente ourense num hospital de Joaçaba. Presidente da LBA, teve importante papel na tentativa de redução das diferenças sociais no território brasileiro.

       Michele Bolsonaro – Esposa do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro – Defende pautas conservadoras e religiosas. Bonita, comunicativa  e inteligente, está em evidência depois do término do mandato de seu marido. Melhorando sua performance política a cada dia.

Marcela Temer – Foi uma primeira dama discreta, elegante e bonita, não apenas no visual mas em sua postura clássica. Reservada, não metia a colher nos assuntos presidenciais.

Marisa Letícia – Discretíssima, nunca buscou os holofotes. Sofreu muito com as confusões em que seu marido se viu envolvido. Não teve a valorização que merecia. Dizem que morreu de desgosto.

Ruth Cardoso – A mais ativa primeira dama do Brasil redemocratizado, a antropóloga  marcou época como primeira dama, embora rechaçasse o título. Realizou importantes trabalhos de transformação social, com repercussão internacional. Pós-doutora por duas universidades dos Estados Unidos, discreta, culta e inteligente, sempre aplaudida e respeitada pelos brasileiros. Um exemplo a ser seguido. Bem que as demais deveriam ler  sua biografia e assimilar seus exemplos e ensinamentos.

Rosângela  (Janja) da Silva – Nascida em União da Vitoria, cidade onde estudei e iniciei carreira profissional, ativista de movimentos sociais, foi agraciada com bons cargos durante as administrações do PT.  Sua maneira de ser e de se meter nas questões administrativas do País tem causado dores de cabeça ao Governo. O apaixonado Lula aceita-a como ela é, pois o apoiou quando estava preso em Curitiba.

 

       De novo, as pesquisas - As pesquisas de opinião de diversos institutos assustam o Presidente Lula e toda a sua equipe. Ele está preocupado com sua popularidade, quando devia focar nos interesses da população, principalmente no que diz respeito ao crescimento da economia. A inflação está baixa, mais pela ação do Banco Central do Brasil, cujo presidente trabalha no controle dos juros, do que pela vontade de Lula em conter os gastos. Os próprios assessores técnicos ficam estarrecidos com o que o Presidente fala. Algumas de suas manifestações, mesmo que da melhor intenção de sua parte, acabam por ofender muita gente.

  Bolsonaro está equilibrado nos seus discursos – O ex-Presidente está no modo “paz e amor”! Se tivesse tido a postura adotada nos últimos meses,  não teria perdido a eleição. Ironia e uma certa arrogância o prejudicaram. Fez bastante,  mas não soube capitalizar como lucro político.

       A comparação entre Janja e Michele – A comparação é inevitável. Uma pesquisa de opinião publicada há poucos dias mostra que os brasileiros aprovam mais a conduta de Michele do que a de Janja da Silva.

       O fracasso dos shows dos artistas que defendem a ideologia da esquerda – Dois são os motivos que estão levando os cantores de preferência ideológica à esquerda a terem que cancelar seus shows por pela venda de poucos ingressos. A) Os ingressos estão caros. B) A população direitista é a que tem mais condições de gastar com lazer. E está propondo o boicote aos eventos em que aqueles são os protagonistas. A tomada de postura para um lado ou para outro gera ganhos mas, ao mesmo tempo, ocasiona perdas. O ativismo político causa danos irreparáveis.

Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com

Chovia...

 


 



Nas últimas tardes do outono, chovia
E as plantinhas tímidas e rejuvenescidas
Cobriram com suas folhinhas os gramados
Ternos, verdes, delicados...
E você não entendia
Que as almas, como as flores renascidas
Já não se escondiam!

As chuvas do final do outono esperadas
Foram ansiosamente aguardadas
E vieram com toda a sua exuberância
Para saciar as sedes e recompor rios e lagos.
Vieram em cântaros de abundância
Correram pelos vales da verdejância
E molharam cidades e prados!

Abençoadas sejam nossas aguadas
As fontes, os poços e todos os açudes
As roças de todos os homens rudes
E todas as estâncias dos fazendeiros
As corredeiras dos piscosos rios lindeiros
A natureza em toda a sua magnitude
E as gotículas que descem pelo pessegueiro!

Que as águas dessas tardes e noites chuvosas
Lavem e levem embora nossos pecados
E que se dissipem as nuvens revoltosas.
Que volte-nos o sol, amanhã, de novo
E, com a proteção do Deus que aceito e louvo
Voltaremos a ter céu azul e branco nublado
E novas manhãs belas e esplendorosas!

Euclides Riquetti

Conversa de ponto de ônibus

 


 




Replay: 

             Escutar conversas através da porta ou das paredes é muito feio. Mas, quando você está num ônibus ou ponto de ônibus, cruz credo! Você escuta cada uma!...

          Pois que dias desses eu estava me abrigando num desses pontos de ônibus. Desses que os malandros picham, que têm apenas a parede traseira e, com sorte, o passageiro encontra um que tem as proteções nas laterais. Mas que as pessoas se obrigam a ficar ali, muitas vezes infinitamente, à espera de um coletivo. Há, porém,  uma coisa muito atraente em todos esses locais onde se reúnem pessoas, por força das circunstâncias, e acabam fazendo amizade. Assim como existem os amigos de escola, da mesma rua, do campinho, e até do facebook, existem os amigos dos pontos de ônibus.

          Idosos com suas carteirinhas que lhes permitem andar sem pagar as tarifas.  Mães que estão indo visitar familiares nas clínicas. Estudantes que voltam da aula. Diaristas que vão e voltam. E um monte de meninas penduradas nos  seus celulares. No tempo em que eu pegava ônibus, ali naquela Praça no Centro de União da Vitória, para ir trabalhar na Mercedes, nem se sonhava que um dia viessem a existir os celulares, os indispensáveis aparelhinhos que se grudam nos ouvidos das pessoas, desde Xangai até a Linha Maziero, ali no Ouro. Naquele tempo eu chegava cedo e ficava lendo romances, as joias da nossa literatura.

          Então, como eu dizia, o papo vai longe, ali no ponto. O assunto da hora é a dissimulação que, traduzida na conversinha coloquial da hora, é a falsidade. E, uma jovem, com sua frente única e alguns pneuzinhos, falava das novelas, inconformada com algumas que acontecem:

          "Você viu, amiga, quanto falsa é aquela Bárbara Helen, da novela das sete, na Globo! Imagine que até tá torcendo que seu filho adotivo seja desorientado só pra dizer que é uma mãe moderna e compreensiva... Quem não te conhece que te compre!"

          Sua amiga de ponto: "É, ela é muito falsa, vive aprontando. Até roubou o Natan da Verônica. Coitada da Verônica! E a Amora, igualzinha à mãe!"

          "Tudo bem! Só que a Amora ainda vai endireitar no fim da novela. Aposto que vai ficar com o Bento. E a Malu vai acabar ficando com o Maurício, estou torcendo por isso! O Maurício  é um baita menino. Mas o pai!... E,  na Flor do Caribe, você já viu o Hélio? Pura ambição! Ontem ele "desconvidou" a mãe dele para a sua festa de aniversário. Falso que só ele! É pura ambição e falsidade. Até deixou o pai um tempão na cadeia, inocente. Ele era o culpado, mas deixou o pai pagar em seu lugar"

          Então, um velhinho muito gente boa, aqui do Bairro Clara Adélia, se mete na conversa: "Concordo! Isso tudo é uma perdição. A Globo fica botando todos esses picaretas nas novelas e nós temos que assistir!  Tanto a Bárbara Helen como o Hélio são dois falsos. Piores que a Carminha, que enganava o Tufão! Mas o Hélio, esse, é mais falso do que nota de três reais...

          E você, amigo (a)  leitor (a), quantas histórias parecidas você já não ouviu? Aposto uma nota de seis reais que você já ouviu também...


Euclides Riquetti
13-06-2013

sexta-feira, 31 de maio de 2024

Descem os anjos do céu...

 



 Descem os anjos do céu

Descem os anjos do céu com seus clarinetes dourados
Deixando nas nuvens seu rastro largo e intenso de luz.
Sorrisos se espalham nos rostos dos seres encantados
Celebrando a alegria da música suave que nos seduz
Elevando minh´alma a um plano de inefável felicidade
Alimentada pela paixão que nos move com afabilidade!

Doce canção embala meu coração que sai para buscar
Sua bela imagem que se esconde no fundo do meu ser
Calmamente, procurando pelos belos olhos cor de mar
Fazendo com que me tome uma forte vontade de viver
Amadamente, carinhosamente, sonho que quero sonhar.

O lindo sol nos desafia a sorvermos seus raios dourados
O amor a ser celebrado nos convida para a grande festa
O querido novo dia me impele a buscar o sonho sonhado.
Todas as estrelas me guiam ao navegar sobre as florestas
Preciso ir até você, perder-me em você, querer, desejar
Para nos envolvermos com ardor, querer, cantar, amar!

Então, enquanto as horas do tempo vão-se pelas ladeiras
Os sabores da paixão invadem meu corpo e minha alma
E odores de perfumes exalam-se em cravos e em roseiras.
Vai-se o dia e vem a noite após a tarde tranquila e calma
Vem a nova manhã, uma nova aurora muito prazenteira!

Euclides Riquetti

Doce pecado de amar

 


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Doce pecado
Da maçã vermelha
Da lingerie preta
Do beijo roubado

Doce pecado
Do sangue  quente
Dos labios ardentes
Do desejo malvado

Doce pecado do corpo  molhado...
Da gula que teima
Do fogo que queima
Da incontrolável  paixão.

Doce pecado
Da mente mundana
Na alma insana
Do prazer desregrado, indecente, impensado...


Doce pecado que não tem dor
Doce pecado de sexo, com ou  sem  amor
Na noite sem cor...

Doce pecado que não quer perdão
Doce pecado da doida  ilusão
Que arde no peito...

Apenas um suave e delicioso pecado
Sem apego
Sem medo
Sem punição
Assim, desse jeito
Escrachado, largado
Mas apena pecado....

Doce e eterno pecado de sonhar
Pecado de gostar
Pecado de amar!

Pecado...

Euclides Riquetti

Quando a esperança renascer das cinzas


 




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Quando a esperança renascer das cinzas
E então o  verde corar todos os gramados
Quando as florinhas amarelas voltarem
Nos campos do Sul de céu azulado...

Quando os seus cabelos forem sacudidos
Pelo vento fresco da manhã de solidão
Quando sua voz movimentar os sentidos
E eu poder ouvir a sua doce canção...

Quando no horizonte eu puder vislumbrar
A silhueta imaginária de seu corpo elegante
Quando na noite, de novo,  puder recordar
As linhas doces  e a beleza de seu semblante..

Eu saberei que valeu a pena!

Euclides Riquetti

Um pedacinho de teu coração

 


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Quero que me dês
Um pedacinho de teu coração
Ou, quem sabe, talvez
Um amor com ilimitada paixão.

Quero que tu leias
Alguns dos poemas que te fiz
Os que escrevi nas areias
E os que viraram canção raiz.

Quero que tu me digas
Que tudo valeu muito a pena
E que tudo nesta vida
Não é ficção, nem cinema.

Quero que acredites
Em tudo o que quero dizer:
Viver para amar sem limites
Viver a vida com prazer!

Então, me dá um pedacinho
Um pouquinho de teu coração
Para eu guardar com carinho
Com carinho, amor e paixão!

Euclides Riquetti

Eu... e meu ócio!







Procuro um sócio  ( Ou seria uma sócia??...)
Para com ele dividir
Meu ócio...

Pode ser um sócio preguiça
Sem ideal, sem cobiça...

Um sócio sem dinheiro
Mas que seja bom companheiro.
Que goste de prosa
Que traga conversa prazerosa
Pra jogar fora
Pra terminar não ter hora...

Quero um amigo bom de papo
E que,  por acaso
Seja contador de casos...

Mas, se falar demais, boto-lhe esparadrapo!

Que traga uma erva
Da conserva
Para sorver um mate...
E que, destarte
Entro com a cuia e a chaleira
A bomba reluzente
E a água quente
Para na tarde fagueira
Tenho quase que por certo
Escrever um verso!

Mas se o sócio for uma sócia
Melhor ainda!
Sempre é bem vinda!

Foi domingo, depois Natal
Mais domingo
Ano novo
E, bem ou mal,
Domingo de novo!

Ócio, delicioso ócio
Nada de fazer negócio
Nada de concreto
Nem de abstrato
Nada de assinar contrato.

Apenas escolher um tema
E compor um poema!

Euclides Riquetti

Voa, pensamento...


 




Sagaz inspiradora de palavras e  versos
Mergulha-se  em devaneios e ilusão
Escravos pensamentos estão despertos
Companheiros na  sua solidão.

Olhos brilhantes e meigos que  censuram
As palavras nos seus lábios pronunciadas
As mãos graciosas outras mãos seguram
O sonho que rouba as  madrugadas.

Vaga pisoteando pedras entre a verde relva
Vaga sem cuidados, sem limites, sem reservas.
Entre sucessos, tropeços  e conquistas.

Voa o pensamento entre as nuvens alvas
Voa no firmamento sua dileta alma
Enquanto a névoa lhe embaraça as vistas.

Euclides Riquetti

Perguntas-me quem eu sou

 





Perguntas-me quem sou...
De onde eu vim...
Para onde vou...
Não sei!
Não sei se responderei!
Não sei se errei ou...acertei!
Nas vias tortuosas
Aconteceu assim:
Apalpei tuas curvas formosas!
E, se eu não sei
E, se não sei se responderei
Apenas proporei:
Não te afastes
Não te ocultes
Não me culpes!
Perguntaste-me quem eu era
E eu, que antes não te dissera
Te digo agora:
Te amei o amor verdadeiro
O amor de leal companheiro
Que te amou em toda a hora!

Euclides Riquetti

Busque dar a sua vida um melhor sentido

 



Busque dar a sua vida um melhor sentido

Fazendo tudo o que lhe anima e  apraz

Não deixe que seu coração seja atingido

Por algo que possa tirar-lhe a sua paz!


Veja que no mundo há o justo e o bandido

Há o que lhe faz o bem ou lhe faz o mal

Cada dia precisa ser apreciado e  vivido

Com vida equilibrada, simples, natural!


Sinta prazer e alegria em pequenas doses

O êxito não precisa acontecer de uma vez

Dê tempo ao tempo, como algo que coses

Acalme-se, tudo tanto faz, como tanto fez!


A solução sempre vem com o devido tempo

É preciso esperar, ter a necessária paciência

Pode vir no sonho, pode vir com o vento

Então, faça tudo com sabedoria e prudência.


Dias melhores, certamente, lhe irão sorrir

Para o poeta,  as rimas ricas logo virão

Para o que planta, o regar regerá o porvir

E os melhores frutos certamente colherão!


Euclides Riquetti

31-05-2024









Os verdadeiros sentidos do amor

 


 




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Os verdadeiros sentidos do amor



Busque encontrar os verdadeiros sentidos do amor
Aqueles que nos fazem bem, nos animam
Aqueles que nossos passos conduzem e determinam
Fuja do que lhe faça sofrer, do que lhe traga dor...

Procure encontrar os verdadeiros motivos para a vida
E veja quanta beleza que ela pode nos oferecer
Que mesmo os momentos em que nos faltar o prazer
Ela precisa ser desfrutada e ser bem vivida...

Almeje encontrar aquele que lhe sorri e canta
Que lhe escreve poemas ou versos encantadores
Que, mesmo que não lhe mande maços de flores
Pensa em você desde a hora  em que se levanta...

Espere ficar com quem lhe quer verdadeiramente
Não às ilusões fúteis, frágeis ou passageiras
A mão estendida, o abraço, as palavras alvissareiras
De tudo você precisa para viver intensamente!

Euclides Riquetti

Passa o tempo

 


 


Passa o tempo

Passa o tempo meu

Passa o tempo seu

Passa o nosso tempo.


Passa com a nuvem

Passa como o sol

Passa como a chuva.


Mas não posso deixar

Que a vida passe

E se perca no ar!


Então, não deixe a vida

Simplesmente passar...


Euclides Riquetti

quinta-feira, 30 de maio de 2024

Drink com Graspa Dionízio , de Bituruna

 

                                            Graspa ou grappa Dionízio, fabricada em Bituruna - PR.

       Criar drinks alcoólicos é possível com a combinação de uma bebida destilada e alguns outros ingredientes. Uma vez criei um drink com Steinhaeger Doble W. Utilizava a famosa e deliciosa bebida fabricada em Porto União, com adição de achocolatado Tirol (fabricado em Treze Tílias), Coca-Cola e gelo. Resulta num drink delicioso, com o teor sofisticado do Steinhaeger e o sabor de chocolate que, somados ao gás e acidez da Coca dão ao consumidor uma sensação de bem-estar.

       Agora, como os frios que finalmente chegaram, mesmo com o sol brilhando na maior parte do dia, o anoitecer  resulta em ambientes de baixa temperatura. Então, um drink que recomendo, e que fica muito saboroso e palatável, feito com "Graspa Dionízio!", produzida em Bituruna - PR, por Dionísio Sandi e Filho, na Linha Rosário, naquele município. Comprei-a por ocasião de uma excursão que liderei para aquele lugar, mais Faxinal do Céu, há uns 7 anos. Guardei-a com carinho e cuidado, e hoje utilizei para um drink para "esquentar" o corpo. A Grappa ou Graspa, é um produto obtido com aproveitamento de compostos da uva que sobram da produção do vinho. De origem italiana, faz com que nos esqueçamos do frio. Na minha infância, eu ajudava meu Padrinho Joião Franck, no Leãozinho, Ouro, SC, a produzir cachaça e graspa.

       Uma receita muito simples é utilizar uma dose de graspa, 100 ml de iogurte ou bebida láctea, e 100 ml de coca-cola. Fica delicioso. Imagine se você enriquecer com leite condensado e creme de leite. As quantidades você varia conforme o teor de açúcar que quer que fique  o seu coquetel. Duas doses de graspa farão que você se aqueça ainda mais rápido.

       Mas não se esqueça: bebida alcoólica e cigarro não fazem bem à saúde!


Euclides Riquetti

30-05-2024

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As canções das essências florais


 




 As canções das essências florais


Quando as canções das essências florais

Encontram as do passaredo em sua toada

E no sonante valsar das manhãs outonais

Bailam as plantas na natureza embalada.


Enquanto soam os clarinetes angelicais

Perfilam-se os anjos em suas vestes alvas

Então voam sobre as planícies celestiais

Saem a saudar os apanhadores  das almas.


Mas se astros nos clareiam com os lumes

Para decorar nossas  noites espetaculosas

As flores nos brindam com seus perfumes.


Então mergulho nos sonos e sonhos meus

E vou clamar pelas musas bem cheirosas

Vou poetar meus versos aos ouvidos teus...


Euclides Riquetti

Turbulência da alma

 


 


 








Deixa-se abalar uma alma em turbulência
Conflitada pela desavença de seu exterior
Deixa-se abater diante da maledilência
E do pranto que se desnuda de seu interior.

Se se abala a alma, abala-se o corpo frágil
Somatiza-se a dor da mente em febre ardida
Reveste-se de inconstância seu rosto grácil
O sorriso se oculta atrás de sua pele dorida.

Alma intranquila em corpo cambaleante
Corpo debilitado numa alma turbulenta
Alma que se aniquila pela dor constante.

Alma que sofre, corpo padecente em dor
Corpo a buscar água para a alma sedenta
Enquanto eu espero pra lhe dar meu amor!

Euclides Riquetti