sábado, 21 de setembro de 2024

A celebração do amor e da vida

 


 


 



Celebro o amor porque celebro a vida
Celebro a vida porque celebro o amor
Celebro ambos com alegria desmedida
Abstratos ou concretos, a vida sem dor!

Celebro cada um dos momentos felizes
Nos anos, nos meses, nas semanas e dias
Pois não sabemos do amanhã, bem o dizes
Se virão tristezas ou se virão alegrias.

Importam as alegrias  mais que as primeiras
Pois que elas nos animam e nos confortam
Importam as sensações mais verdadeiras.

Importa a mim e a ti a felicidade presente
Os teus abraços e beijos também importam
Importa-nos sermos felizes hoje e sempre!

Euclides Riquetti

Viajando pelo universo

 


 



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Se viajares  pelo universo
Transformarei teu sorriso em versos...
Se andares pela estrada asfaltada
Te farei uma poesia rimada...
Se andares sem direção
Te farei uma bela canção...
Se andares por meio aos espinhos
Irei na frente abrindo o caminho...
Se fores passear sob o luar prateado
Farei tudo para estar ao teu lado...
Se andares pelos bravios oceanos
Esperar-te-ei por meses e anos...
Se viajares pela imensidão
Dou-te para levar meu coração...
Com amor
Deu-te a flor:
Apenas isso...
Bem assim!

Euclides Riquetti

Deixa que o perfume dos ventos te acaricie

 



 



Deixa que o perfume dos ventos te acaricie
Afague tua pele e beije teus  lábios que eu tanto desejo
Erice  teus cabelos macios  e aplaque  teus medos
Permite  que o perfume dos ventos se delicie...

Deixa que a brisa da noite refresque teu corpo fogoso
Apalpe teus seios, teus braços, com toda a ternura
Que leve pra ti  os aromas  e toda doçura
E que a noite se transforme em algo sublime  e gostoso.

Deixa-te navegar na distância numa  viagem bonita
Ultrapassar as barreiras que te impedem de ser feliz
Voa pelos ares da mente na imensidão infinita

Deixa  que teu rosto receba o carinho de minhas mãos
E sente  o seu  toque sensual que você sempre quis
Deixa-te trazer até mim, embalada pelo som da minha canção!

Euclides Celito Riquetti

Chuva de melancolia

 


 






Chove muito em seu telhado
São as gotas da melancolia
Talvez meu  pensamento frustrado
Talvez o prenúncio de uma noite fria...

E toda a chuva que cai por aqui
Busca as valetas de nossas ruas
Corre as ribanceiras até ti
Vai pra acalmar as dores tuas!

Choveu na noite e chove agora
E isso aprofunda a tristeza
Pois sei que o mundo ali fora
É uma rota de incertezas...

Mas deixe que a chuva role solta
Esse é seu papel na natureza
Porque, depois dela, tudo rebrota
E se colore com rara beleza!

E que a chuva de melancolia
Se torne algo promissor
Que logo nos volte a alegria
Que tudo se revista de paz e amor!

Bem assim!

Euclides Riquetti

Vai, leva contigo


 



Vai, leva contigo o perfume que me contagiou
Vai andar pelos caminhos que escolheste e que traçaste.
Vai, leva contigo as lembranças do que se passou
Vai, relembrar, sozinha, o que em ti guardaste.

Vai, vai-te econder nos vales ou montanhas
Ou  refugiar-te  em ti, só tu e teus pensamentos
E,  mesmo que tuas atitudes me pareçam estranhas
Compreenderei que te movem os sentimentos...

Vai, mas por mais distante que te possas esconder
Não deixarás de lembrar de meus saudosos versos
De todos aqueles que eu pude  te escrever.

Vai, mas onde estiveres, lembra-te de de mim
Pois guardo para ti todos todos os meus afetos
Tudo o que eu sinto em mim, eu guardo para ti!

Euclides Riquetti

Abre a janela (Eu te amo!)

 


 



Abre a janela e olha pro céu
(Eu te amo)
Abre a janela e vê o sol
(Sim, eu te amo)
Fecha os olhos e vê as estrelas
(Ah, sim, como eu te amo)
Fecha os olhos e vê as  rosas amarelas
(Sinta que, realmente, eu te amo).

Abre o teu coração e sente que o amor existe
(Percebe que eu te amo)
Abre teus braços e me abraça com toda a paixão
(Claro que eu te amo!)
Traze  teus lábios para perto dos meus
(E veja que muito eu te amo)
Quero sentir o calor dos beijos teus
(Eu te amo, eu te amo, eu te amo!)

Euclides Riquetti

Não há tempo que possa apagar...

 


 


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Não há tempo que possa apagar
Algo que possa ter existido
Algo que se queira lembrar
Não importa quando  tenha acontecido
Mas que até hoje nos faz sonhar...

Não há tempo que apague
Memórias que estão registradas
Como não há luz que não se propague
Pela imensidão das estradas
Quando a saudade nos invade...

Nada há  que possa impedir
Que os corações pulsem eternamente
Enquanto ainda houver um sentir
Ou uma lembrança latente
Que nos resgate um pequeno sorrir...

Nada há que extinga da nossa  mente
Bons momentos que nós vivemos
Que estarão  sempre presentes
Nos sentimentos que ainda temos
Doces, ternos e envolventes...

Euclides Riquetti

Sou apenas o verso...

 


 




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Imagino ser, na madrugada, a estrela da vastidão infinita
Ser apenas o verso tímido que teimas em não escrever
Ser uma folha de papel branco que espera pela tua escrita
Ser  a resposta à pergunta que fiz e não queres responder.

Imagino ser uma das árvores tristes da imensa floresta
Que apenas contempla o alegre passaredo em revoada
Que vai de galho em galho comemorar, em grande festa
Que se harmoniza em orquestra na manhã abençoada.

Imagino que bem que poderias me dar um breve aceno
Dizer-me: estou aqui, estou esperando-te com saudade
Dizer-me: espero sempre por ti e por tua doce amizade...

Imagino poder pegar em tuas mãos e dizer bem sereno:
Segura meu coração que eu também quero segurar o teu
Dá-me todo o teu amor, pois quero que seja somente meu!

Euclides Riquetti

sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Respostas

 


 



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Fragrância que perfuma belas rosas
Tantas quantas habitem os jardins
Presenças marcantes e perfumosas
Calêndulas misturadas aos jasmins
Alimentos para as almas generosas
Nascidas do amor entre os corações
Que se afinam em desejos e paixões.

Nas horas tristes, um consolo pleno
Doces lembranças daquelas felizes
Trazidas à mente em noite de sereno.
Sal do mar, seiva que vem de raízes
Castiçal que me ilumina para a vida.
Duas mãos estendidas me procuram
Levam ao céu uma esperança perdida
Amando-me nos anos que perduram:
Marcas deixadas em cada semblante
Acariciadas pelo vento contagiante!

Siga os sinais que vêm do horizonte
Quando os dias estiverem bem claros
Rotas do hoje, do amanhã e do ontem
Elos entre os espíritos ignotos e raros:
Tentativa de amar e ser muito amada
Prazer que se esconde atrás do nada!

Busque encontrar a força escondida
Que se vai por causa dos infortúnios
Revigore-se sempre, ousada e atrevida
Navegue sobre as águas dos dilúvios.
E, lá no horizonte azulado e distante
Onde voam garças brancas e gaivotas
Onde quer que sua vista agora alcance
Encontrará  às perguntas as respostas!

Euclides Riquetti

Palavras certas

 




Palavras certas podem ser apenas palavras
Se estaticamente colocadas, linearmente dispostas
Mas, quando escritas ou faladas
Na conformidade em que são pronunciadas
Ferem, matam, pelo peito, pelas costas...

Palavras podem ser amargas como o fel
Por-nos em caminhos tortos, sem dar-nos um norte
Mas também doces, assim como o mel
Ter tons de azul, de rosa ou pastel
Ou terem a cor negra da temível morte.

Palavras jogadas ao vento
Perdem-se no firmamento
E não voltam mais.
Mas palavras certas, com destino certo
Não importa onde, não importa quais
Se o teu coração estiver por perto
Tu não as esquecerás jamais!

Euclides Riquetti

As andorinhas da noite (soneto)

 


 


As andorinhas da noite

Voam, silenciosas, na noite, as andorinhas
Como a que não querer que as vejamos
Abanam suas asas pequeninhas
Que as sustentam em seus voos calmos e planos.

Voam, silenciosas, sobre os telhados
Sobre os quartos onde dormem as crianças
Vagam  diante das janelas de vidros espelhados
Tímidas em seus voares e em suas andanças.

Voam, silenciosas,  as andorinhas singelas
Voam com a delicadeza e a sua sutilidade
Sobre as casas verdes, brancas e amarelas.

E seu voo é como o dos anjos protetores
Que cuidam dos lares, das praças, e da cidade
Vigiando tudo, nos céus dos esplendores.

Euclides Riquetti

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Diamante negro

 




 
Diamante Negro
Um olhar acanhado, uma sutil timidez
A discrição, a virtuosa e doce sensatez
Uma lembrança, um sorriso,  um segredo!

Diamante que se enobrece com o passar dos anos
O mais singelo, magistralmente  lapidado
Soprepôs-se a tudo pelo tempo já passado
E ainda  resplandece e povoa meus sonhos profanos!

Diamante que exala elegância, charme, sensualidade
Mas que esconde, em si, mistérios indecifráveis
Sentimentos ocultos e infindáveis
Que esbalda a fragrância, o perfume, a veleidade...

Diamante de beleza singular
Diamante negro como a noite mais morena
Divindade cândida, dócil, serena
Preciosidade rara e sem par!

Diamante negro, mais do que um corpo bem esculpido
Mulher amada, musa, anjo deslumbrante
Mulher desejada, tal qual raro diamante
Mulher do sorriso de luz, do olhar eternecido!

Mulher diamante
Amada
Distante
Segredo
Que me traz medo!
Tão rara quanto...
Diamante Negro!

Euclides Riquetti

Tentei parar de pensar

 


 



Tentei parar de pensar em ti
Esquecer os teus beijos e teu doce sorriso
Mas por mais que tentasse,  eu não consegui
Pois ter o teu amor é de que eu mais preciso.

Tentei jogar fora os poemas que eu fiz
Apagar os momentos em que juntos ficamos
Mas a realidade é que me fizeste feliz
E de certo que  nós muito nos amamos.

Percebi que é difícil te reconquistar
O teu coração não quer mais o meu
Então só me resta  lembrar e sonhar.

Mas há uma dúvida que me tortura e consome
E que me faz acreditar que nosso amor não morreu:
Às pessoas com que falas, ainda dizes meu nome.

Euclides Riquetti

A última melodia

 


A última melodia

Quando a última melodia seu quarto invadir
Saindo de detrás das cortinas esvoaçantes
Porque você voltará  de novo a me sorrir
Aquele sorriso belo e angelical como antes...

Quando essa mesma melodia vier a roçar
As maçãs rosadas de seu rosto encantador
E o seu sorriso contagiante  voltar a brilhar
Estarei rezando por você ao Deus Senhor!

Quando aqueles sinos novamente repicarem
Na torre da igreja onde nos encontramos
E a emoção fizer as lágrimas rolarem
Lembrarei dos lugares onde nos amamos...

Porque o amor é eterno e indestrutível
Porque o amor jamais  pode  enfraquecer
Porque meu amor é forte e indescritível
Porque o amor verdadeiro nunca vai morrer!

Euclides Riquetti

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Ler com o coração

 


 


Ler com o coração

Ver com os olhos, mas ler com o coração
Saber entender, compreender
Mais do que simplesmente ler
Mergulhar na leitura com paixão!

Sentir as frases inteiras, as palavras isoladas
E achegar-se, sutilmente, nos significados
Mergulhar em todos os monossílabos articulados
Perceber todas as sílabas pronunciadas!

Ler, sim, com a leitura da paixão ardente
Navegar os pensamentos nas ondas do ar
No mundo dos encantos, dos poemas, mergulhar
Lavar com a chuva fria a alma da gente!

Ler com o coração o que está no âmago do outro ser
Tentar sentir do sangue das veias a  quentura
Banir a presença de qualquer amargura
E contemplar com os olhos a beleza que se pode ver.

Ler com emoção
Ler com paixão
Ler com o coração!

Euclides Riquetti

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O levante do luar dourado


 

 

 

 

 
Levanta-se, no fim da tarde,  no eldorado
O luar dourado que resplandece
E, ao levitar sobre o mar,  extensamente ondulado
De um  prateado fulguroso se reveste
Para abençoar o horizonte santificado. 

Levanta-se, com a cor do ouro casto e polido
O luar fogoso a redesenhar o agreste
E, ao escalar as nuvens, no acorde sustenido
Energiza  os coqueirais perfilados do nordeste
No quadro fantástico pela  natureza esculpido.

E os sonhos  dos amantes e dos enamorados 
Juntam-se no vagar das ondas da imaginação
Enquanto os ideais já quistos e projetados
Juntam-se no eternizar do  poema e da canção
No concerto dos ventos gentis ali soprados. 


Euclides Riquetti 

Um Norte pro seu Coração



 



Seu coração precisa
De norteadores seguros
Não pode andar à deriva
Nem em mares escuros.

Um  coração que sempre busca
O mar da tranquilidade
Evita a turbulência brusca
Deseja amor e lealdade.

(Seu coração está longe
De ser um coração cigano
Se  eu chamar ele responde
Está em meu  primeiro plano.)

Dê um norte pro seu coração
Trace-lhe um caminho por onde andar
Não deixe que uma fugaz ilusão
O faça sofrer e chorar...

Euclides Riquetti0AEuclides%20Riquetti

quinta-feira, 19 de setembro de 2024

Te amar, te querer, incessantemente!

 


 





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Apenas dizer "te amo" e nada mais
Dizer isso do fundo de meu coração
Dizer palavras simples, naturais:
Escrever no muro com giz ou carvão!

Dizer "te amo" tantas vezes quantas
Quantas vezes isso for preciso
Com palavras doces e sacrossantas
Desejar-te uma vida de pleno paraíso!

Além de "te amo", dizer "eu te quero"
Dizer-te isso com toda a sinceridade
Seja no verão, ou no intenso inverno
Dizer que te amo com sinceridade!

Além das palavras já ditas e escritas
Dizer-te da forma mais convincente
Dizer-te com as palavras mais bonitas
Te amar, te querer, incessantemente!

Euclides Riquetti

Um sorriso bonito

 


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Um sorriso bonito enfeita a janela
Da casa dela...

Uma flor vermelha enfeita o jardim
Cultivado por mim...

Um perfume suave o ar contagia
E me traz alegria...

Um poema romântico me encanta
Enquanto ela dança...

Uma canção de ninar me embala
Enquanto ela fala...

E, enquanto eu escrevo seu nome
Ela apenas dorme...

Porque ainda é de manhãzinha
E eu espero pelo novo sol!

Euclides Riquetti

O vento sutil que afaga o rosto

 


 


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Afaga-me o rosto o vento sutil
Acaricia-me com a maciez de suas mãos delicadas
Beija-me com os aromas das flores encantadas
A suavidade da manhã primaveril
E vem nutrir de amor minha alma esperançada.

Inunda-me de desejo o pensamento que devaneia
E que me leva até a fonte que me inspira
Sob os acordes da sedutora lira
Que a harmonia pelos ares  e espaços semeia
Atiça o fervor de um coração que  delira.

Doce musa que provoca o acanhado poeta
Que lhe desperta os sentimentos  já esquecidos
Que remete aos momentos eternecidos
E agiganta os instintos na hora mais incerta
Vem, vem  animar os meus instintos adormecidos
Vem!!!

Euclides Riquetti

Meu recado...

 


 

 


 

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Meu recado...

Recebi um recado
Do brilho prateado
Do luar:
Vem comigo
Vem meu amigo
Vamos passear!

Vamos andar pela via láctea
Conhecer a imensidão intacta
Do espaço sideral
Andar pelo  Universo
Em frente e verso
Pelo mundo colossal!

Recebi um recado alvissareiro:
Vou andar pelo universo inteiro
Com a sua companhia.
Vou com seus olhos claros
Pelos recantos mais raros
Vou com toda a alegria

Vou, sim. Vou com você, querida!

Euclides Riquetti
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O dia está nublado: Eu te amo!

 



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O dia está nublado:
Eu te amo!
O dia parece encantado:
Eu te amo.
O dia parece emburrado:
Eu te amo...

O dia promete ser quente:
Eu te amo!
O dia é dia da gente:
Eu te amo.
O dia é o que a alma sente:
Eu te amo...

Cada dia é sempre um dia:
Eu te amo...
Cada dia é uma ousadia:
Eu te amo.
Cada dia é amor e alegria:
Eu te amo!

O dia, e cada dia, cada dia
Remetem a uma nova lembrança
A um mundo mágico, (uma dança)
Uma gostosa nostalgia...


Euclides Riquetti

Os Jogos Estudantis de Capinzal e Ouro (JECOs) - Memórias

 






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Reedição:

          No primeiro ano da década de 1980 voltei a morar em Ouro. Tinha passado os últimos 8 fora, 5 em Porto União da Vitória e 3 no interiorzão de Campos Novos, Distrito de Duas Pontes, que mais tarde veio a emancipar-se, tornando-se o Município de Zortea. Em Ouro adquiri um lote na área urbana, onde fiz minha casa.

          Uma das melhores lembranças  que tenho desta cidade, é uma competição esportiva escolar que era realizada anualmente, acontecendo no Ginásio Municipal de Esportes, que mais tarde veio a chamar-se "André Colombo". Ali o esporte acontecia. De segunda a sexta-feira, todos os horários disponíveis das 19 às 23 horas estavam outorgados. Durante o dia, a Escola Básica Prefeito Sílvio Santos o utilizava para as aulas de Educação Física. Nos sábados à tarde destinava-se  à EF dos alunos do CNEC e, após estas, aos professores de nossa APROC. Nos domingos pela manhã, escolinhas de futsal. Era movimentadíssimo nosso Ginásio.

         No segundo semestre do ano, quando as escolas já tinham trabalhado as modalidades esportivas mais praticadas pelos estudantes, voleibol, handebol e basquetebol, aconteciam os JECOs - Jogos Estudantis de Capinzal e Ouro, que envolviam as escolas Sílvio Santos, Mater Dolorum, Cenec e Belisário Pena. CNEC e Mater levavam vantagem na categoria Juvenil, pois seus alunos eram egressos do Sílvio Santros e de Belisário e, consequentemente, tinham uma idade média maior, mais anos de treinamento. O Sílvio Santos, por ter também ensino noturno, conseguia atletas de porte razoável. Mas estes não tinham o mesmo tempo de treinamento que os do diurno.

          No ano em que cheguei, lecionando o Sílvio Santos, deram-me a incumbência de ser Chefe da Torcida, juntamente com a saudosa professora e futura comadre, Ivonete Bazzo. A escola fora bicampeã em torcida e tínhamos a meta  de torná-la tri. Tarefa muito difícil, mas aceita como um desafio. Incentivamos os alunos a irem ao Ginásio com roupa verde, cor da escola, criamos gritos de guerra, frases de efeito, adereços,  e toda a sorte possível de acessórios. E sabíamos que era uma tarefa muito difícil conquistar o Tri, pois nosso maior rival, o Mater Dolorum estava com os alunos que haviam feito o Primeiro Grau no SS, jogavam muito bem e, na quadra, eram fortíssimos. Fora ali mesmo, naquele ginásio, que aprenderam a jogar, conheciam cada centímetro da mesma.

          Soube que os idealizadores dos JECOs teriam sido os próprios alunos da CNEC e outros desportistas da cidade, os quais não eram professores com formação na área. Mas conseguiram implantar um evento que era o mais esperado pelos estudantes durante o ano. Era uma grande motivação a espera pelos JECOs.

          Naquele ano, lembro bem que os professores Jerônimo Santanaa/Eluiza Andrioni(Sílvio Santos), Neivo Ceigol (Mater Dolorum e CNEC) e Antônio Carlos Ruiz (Belisário Pena), dirigiam as equipes das escolas. A professora Denize Sartori, na época Bibliotecária era da base de apoio da competição.  Os JECOs nasceram pela ideia de professores e alunos da CNEC. Mário Fávero, Amarildo Boff e Renato Caldart foram também alguns dos idealizadores.  A rivalidade era grande, grande a disputa na quadra, mas, ao final, distribuída a premiação, com os troféus e medalhas, a comemoração era geral, havia o respeito, as pessoas se conheciam e os abraços selavam a amizade. Mais adiante, vieram também  a Escola Frei Crespin, O São Cristóvão, o Alto Alegre e até os alunos do Joaquim D ´Agostini, de Lacerdópolis.

          Gastamos a voz e a alma de tanto torcer. Por diversas vezes, eu puxava o nome do jurado, bem alto, como por exemplo: "Alô Ruites Andrioooooni!!!... e os alunos faziam coro, gritando: "Aquele abraaaaaço!!!", como aquela música de sucesso. Depois,  eu ia trocando o nome dos jurados e eles  secundando. Não deixávamos de torce um único momento, mesmo quando os resultados estavam adversos. Ao final da competição, o sonhado troféu de melhor torcida, nosso Tri. Objetivo da escola alcançado!

          Lembro com muita alegria daqueles tempos. À frente, com a mudança de professores e com a mudança de conceitos em relação à Educação Física, os JECOs foram extintos. Dizem que estava aumentando a rivalidade e por isso acabaram com a competição. Uma pena, pois reuniam  toda a classe estudantil das duas cidades. Depois disso, tímidos eventos isolados, uma separação que não leva a nada, e as arquibancadas quase vazias...Cidades pequenas fazendo competições isoladas. O próprio Sete de Setembro, comemorado em conjunto, feneceu.  Resta-nos lembrar também disso. Mais um elemento a compor nosso acervo saudosista. Que pena!

Euclides Riquetti
17-06-2013

A gestão perfeita da harmonia universal

 





A natureza é uma perfeita e belíssima orquestra,  onde um infinito número de integrantes agem, harmonicamente, dispondo, convenientemente, seus elementos, proporcionando-nos um sentido lógico, como que embalado em musicalidade.

Assim também precisa ser a gestão natural de cada empreendimento, onde os elementos se recriam, se coadunam, se integram, interagem, se realizam e produzem riquezas materiais, intelectuais, culturais, filosóficas e mesmo virtuais, gerando a satisfação dos entes envolvidos, proporcionando renda e possibilitando ocupação e exercício profissional. "O novo é algo que vem de duas coisas velhas" - (Ivan Ramos - 1969)

Pessoas, para serem marca na História, não podem apenas situar-se como uma folha de papel em branco: precisam ler, ler, rabiscar, rabiscar, escrever, escrever, desenhar, desenhar, contar, ousar, calcular. Então propor, apagar, recompor e, por fim, reescrever. Reescrever inovando,  surpreendendo, regozijado e deleitado. Dar, na configuração do que escreve, as denotações e conotações que o interlocutor precisa assimilar, digerir e  compreender. Empreender. Empreender gerando ganhos culturais e intelectuais,  universais. Empreender para realizar o que o dinheiro não consegue.


E a reescrita, a recriação, precisa, sempre, ultrapassar o nível da manifestação original, pois as horas, os dias, os meses e os anos, permitem que aquilo que fazemos hoje, possa sempre, ser refeito melhor no amanhã. É o novo, a partir do já existente.



Esse é meu conceito pessoal de empreender, sem, necessariamente, preocupar-me com quem vai ou não me entender. E, se o não prevalecer, se eu não me fizer compreender em meu contexto, é preciso que eu e você reavaliemos nossos métodos, redefinamos nossas posições, reflitamos firmemente, concluamos assertivamente, e detectemos como está a situação de nosso autoempreendimento. Eu, querendo dizer, e você, tentando me entender.

Euclides Riquetti - 29/09/2011

Cadê o sol?

 







Cadê o sol?
Será que ele se escondeu atrás daquelas nuvens espessas
Cinzentas e travessas?

Cadê o sol
Que me quis abandonar
Aqui nas areias do mar?

Cadê o sol?
Pra onde será que ele fugiu
Quando contigo me viu
Sorridente a andar
Pela orla do mar?

Será que ele saiu em protesto
Com medo dos reclamantes
Que fizeram seu  manifesto
Por causa das águas vazantes
Que trouxeram desconforto
Pra que ia para o aeroporto?

Cadê o sol
Que sumiu bem na hora
Em que a maré mareou
Que, de fato, te assustou
E te fez ir embora?

Euclides Riquetti

Veja como céu está bonito, hoje

 


 


Por que o céu é azul? Como o cientista John Tyndall descobriu a ...


Veja como nosso céu está bonito, hoje
Decorado pelos raios deste sol dourado
Mas é certo que mais tarde ele some
E vem o escuro do anoitecer esperado.

Veja que há frio, mas também alegria
Mesmo com os pássaros escondidos
Sinto as mesmas emoções que já sentia
Antes de seus olhos terem envelhecido.

Sim, porque o tempo passa vil e célere
Não perdoa os erros e nem os tropeços
Enquanto dos poemas já perco a verve
E o envelhecer não perde meu endereço.

E é por isso que preciso cantar a vida
Com as palavras simples que aprendi
Colocar em poemas as dores sentidas
Pelos anos e amores que eu já perdi!

Euclides Riquetti

Turbulência da alma

 









Deixa-se abalar uma alma em turbulência
Conflitada pela desavença de seu exterior
Deixa-se abater diante da maledilência
E do pranto que se desnuda de seu interior.

Se se abala a alma, abala-se o corpo frágil
Somatiza-se a dor da mente em febre ardida
Reveste-se de inconstância seu rosto grácil
O sorriso se oculta atrás de sua pele dorida.

Alma intranquila em corpo cambaleante
Corpo debilitado numa alma turbulenta
Alma que se aniquila pela dor constante.

Alma que sofre, corpo padecente em dor
Corpo a buscar água para a alma sedenta
Enquanto eu espero pra lhe dar meu amor!

Euclides Riquetti