quarta-feira, 18 de setembro de 2024

Que as estrelas abençoem os olhos seus


 


 

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Que as estrelas abençoem os olhos seus
É um desejo meu...
Que as estrelas ajudem a lua a pratear
Na noite de luar...

Que o céu a cubra com seu manto
Divino e santo...
Que o céu dispense toda a sua proteção
Ao seu coração...

Que o universo lhe lance os raios dourados
Do sol avermelhado...

Que o universo me traga a maior inspiração
Para eu compor uma canção...

E que, em cada momento de nossa vida
Tenhamos motivos para comemoração:

Tenhamos a vitória esperada e merecida
O vencer do sonho sobre a desilusão!

Euclides Riquetti

Ficarei te esperando

 


 

 



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Ficarei te esperando
Na beira do Mar
Pra te ver mergulhando
Pra te ver nadar...

Serei como a areia
A afagar os teus pés
Bela e  doce sereia
Doce e  bela mulher...

Nas águas do Arroio, sim
Quando vais te banhar
Vais te lembrar de mim
De mim vais te lembrar...

Nas tardes mais quentes
Nas manhãs mais frias
Pensarás como sempre
Na nossa alegria...

Pois estarei te esperando
Na beira do Mar
Num Arroio  nadando
Pra poder te abraçar...

Euclides Riquetti

Eu quero dizer a você (canção)

 


 





Traz-me o  sorriso o pensamento que vem
Na noite de inverno aqui do Sul
Vem me encantar com o seu olho azul
Com o belo sorriso que você tem...

E depois da noite vem o novo dia
E a lembrança da hora sonhada, encantada
Na viola dedilho uma linda toada
O meu coração é só alegria...

Eu quero dizer a você: meu amor é sincero
Só quero dizer a você o quanto eu a quero! (Bis)

Eu quero dizer a você um  poema de amor
Que fique no seu coração por onde se for
E quando na noite voltar-me o sorriso bonito
Farei outro  poema dizendo-lhe tudo o que eu sinto...

Eu  quero dizer a você: meu amor é sincero
Só  quero dizer a você o quanto eu a quero! (Bis)

Que venha a mim o seu belo e suave sorriso
Pra animar o meu dia,  é disso que eu tanto preciso
Pra animar o meu dia, é disso que eu tanto preciso!!!...

Euclides Riquetti

Nuvens que escondem as estrelas


 



Nuvens de breu escondem as estrelas de prata

Do piano o maestro tira as suaves melodias 

Os casais se embalam na dança na pista da sala

Os vocais entoam canções da maior nostalgia.


O vento adentra o lugar pela larga veneziana 

Vai soprar o dorso desnudo da senhora gentil

A sutileza dos gestos e modos ilustram a dama

Um cavalheiro conduz os passos de modo sutil.


Os garçons carregam bandejas elegantemente

Taças de espumante rosé procuram por lábios

A sede do meu desejo a procura contentemente.


Vai-se a noite, vem a chuva, e você me ignora

E já não ouço sinos tocarem lá no campanário

Nada mais me resta a não ser chorar e ir embora. 


Euclides Riquetti

Alimentar os pássaros...




Alimentar os pássaros eufóricos
Nas madrugadas melancólicas
Com seu canto de alento...

Alimentar as crianças indefesas
Colocar comida na mesa
Prover-lhes o sustento...

Mas, sobretudo, alimentar a alma
Com a meditação que acalma
Que ameniza o sofrimento...

E dar amor desmedido
A quem tenha sempre mantido
E preservado o sentimento...

Dar à vida o valor mais sagrado
Tê-la com todo o cuidado
Viver cada momento...

Enfim, amar quem nos  ama
Quem  mantém acesa a chama
Quem vive em nosso pensamento!

Euclides Riquetti

Choveu no início da noite

 


 


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Choveu no inicio da noite e a chuva que lavou minha alma
Veio dócil, suave, fresca e calma!

Choveu para dar alento aos corações aflitos
Para dar muita paz aos seres em conflito!

Choveu pingos que pareciam gotas de cristal
E que se desmancharam  na pele de teu corpo escultural!

Choveu quando eu buscava a melhor das inspirações
Para compor-te um poema e expressar minhas emoções!

Choveu! ... e a chuva fina que molhou teus cabelos macios
Chamou-me a acariciar teus ombros belos e esguios!

E, enquanto chovia, e eu viajava pela imensidão do universo
Compus-te este poema simples, com estes meus versos...

Para ti!

Euclides Riquetti

Ande, sutilmente, pelos caminhos do sol

 


 






 


          Ande,  sutilmente pelos caminhos do sol,  e vá encontrar o que você procura. Estenda, gentilmente,  suas mãos a quem você ama e entregue-lhe, incondicionalmente, o seu coração, com sua alma desprovida  de incertezas,  e seus olhos de inefável beleza. Vai, siga em frente, sem preocupar-se com pedras que possam estar em seu caminho, com plantas que em vez de flores lhe oferecem somente os espinhos.
 
          Abra seu sorriso franco que a torna feliz, retribua, com alegria, a cada manifestação carinhosa, e dispense a todos sua atitude generosa. Seja compreensiva com os que duvidam de você, mostre-lhes que você é sincera e verdadeira, porte-se com altivez e galhardia, mas não se esqueça de exercitar, em cada momento, a sua humildade. Você é mais você, em todas as circunstâncias.

          Permita, em cada dia, um renascer dentro de você, enseje expectativas em cada um que espera que lhe proporcione algo, esperanças que possam se renovar, possibilidades que se possam reabrir, caminhos que possam, novamente, ser percorridos. Situe-se ao lado do bem, não se importando se os outros pensam diferentemente de você. O que importa, sim, é a paz que restará em seu interior e que você fará resultar nos outros. 

          Dirija seu pensamento para o Altíssimo, faça-lhe orações despretensiosas, mas carregadas de boas intenções. Queira a felicidade para todos, independente de a terem ou não perdoado em seus pecados ou a aplaudido em suas vitórias, pois a vida nem sempre é dada a derrotas, e nem sempre a conquistar a glória.

          Ande, sutilmente, pelos caminhos do sol. E, depois que tiver feito tudo isso, sem que lhe fosse de obrigação ou compromisso, colha as flores que nasceram perto de você, nos caminhos que você trilhou, nos jardins onde as plantou. E verá, certamente, que tudo lhe valeu a pena!

Euclides Riquetti

As rosas amarelas...

 


 





O primeiro frio do ano intimidou as roseiras
As rosas vermelhas, as brancas, todas elas
Também amedrontou as rosas amarelas
Que se ocultaram por detrás das laranjeiras...

O outono não foi, digamos, avassalador
Tampouco desanimou os meus hibiscos
Que, florescidos desde os tempos priscos
Vingaram,  soberanos, nos meses de calor...

O primeiro frio, que veio no pré-inverno
Nos dias em que se finda o mês de abril
Me transportou pelo céu retinto de azul anil
E  me fez chegar ao seu aconchego terno...

E, em seus braços finos, longos e elegantes
Me entreguei com a volúpia do enamorado
Em seu corpo esbelto, sutilmente mergulhado
Deliciei-me como nunca houvera antes!

Euclides Riquetti

terça-feira, 17 de setembro de 2024

Rezo por ti, penso em ti...

 







Quando a cantoria do  passaredo  te acordar, na madrugada
E a sinfonia que orquestram encher teu coração de alegria
E os primeiros lances de luz invadirem as janelas de tua casa
Anunciando a chegada de mais um belo e novo dia
Quando sentires uma brisa suave adentrar a tua morada
Estarei pensando em ti, por quem nutro uma doce nostalgia!

Penso em ti nas horas do dia e durante a noite que não passa
No tempo de contar os raios de sol e das estrelas que cintilam
Enquanto meu  coração sonha, se enternece e se compassa
E meus versos ganham palavras que se renovam e se sublimam.
Penso nos movimentos de seu corpo, que com elegância e graça
Despertam meus instintos, que se exaltam e se animam.

Rezo por ti nas tardes ensolaradas e nas noites chuvosas
Rezo por ti nas manhãs encantadas da primavera colorida
Rezo por ti nos segundos, e nos minutos de nossas horas
Rezo por ti, peço por ti, em todos os dias de minha vida
Rezo por ti, para que te livres  das águas tormentosas
Rezo por ti, penso em ti, quero tua alma salva e protegida...

Por isso rezo por ti, penso em ti
Quero o melhor para ti
E também para mim!

Euclides Riquetti

Se o tempo não para

 




Se o tempo não para
E a vida passa
É preciso viver
Para que tenha graça!

Se o tempo não para
E vêm novos dias
É preciso sorrir
Ter muita alegria!

Se o tempo não para
Corre intensamente
É preciso cantar
Cantar alegremente!

Se o tempo não para
E vai em velocidade
E eu preciso  reviver
O que me dá saudade!

Por isso o sonhar
Me deixa contente
E me faz relembrar
De você, simplesmente!

Euclides Riquetti

Onde está a perfeição? - Poema ilustrado...

 

 


Estaria a perfeição na forma da obra do escultor
Ou na premonição dramática do velho profeta?
Estaria ela na arte sacra ou no desenho do pintor
Ou no soneto alexandrino de um pobre poeta?
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Estaria a perfeição na grácil destreza da ginasta
Ou nos movimentos harmoniosos da bailarina?
Estaria ela no cometa que vem e logo se afasta
Ou no luar prateado que os namorados ilumina?





Estaria a perfeição nas águas límpidas da fonte
Os nos raios de sol que douram a sua pele macia?
Estaria ela na neve que decora os topos do montes
Ou na nuvem branca que nos encanta e contagia?

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Direi apenas que ela está na mulher idealizada
E no rosto ingênuo da criança que eu vejo em ti
Está na musa sedutora, no rosto da bela amada
Está naquela por quem meu coração sorri!



Euclides Riquetti

Cabelos de tranças


 


 

Cabelos de tranças

Mulher dos cabelos de tranças
Que já foi menina, que já foi criança
Que já encantou meninos
E deixou lembranças...
Mulher da pele da cor do pinhão
Dos olhos da cor da noite
Que já teve todos sonhos
Do coração...

Mulher dos talentos incontáveis
Das palavras amáveis
Dos gestos irretocáveis...

Mulher das tardes nubladas e das manhãs ensolaradas
Mulher das noites estreladas
Que sonhou nas madrugadas...

Mulher que já foi menina, que já foi criança
Que já encantou meninos
E deixou lembranças...

Mulher: menina, moça, senhora
Hoje avó, criança outrora
Mas sempre mulher!

Mulher de sentimentos profundos
Da voz maviosa
Declamadora talentosa
Que nos sensibiliza:
Amiga, humilde, despreendida:
Amiga Amiga!

Euclides Riquetti

Como um condor andino


 



Como um sagaz condor andino

Sobrevoo o chão de telhados

Sou um grande pássaro alado

Que vaga sem nenhum destino.


Talvez que eu procure por algo

Uma presa fácil, desprotegida

Uma mulher nua, frágil, despida

Musa encantada, centro do alvo.


Como um condor astuto e ágil

A navegar com precisa direção 

Porém sem perder o jeito grácil.


Quem sabe, algum desses telhados

Cubra quem me dá a inspiração

Para meus versos e poemas rimados.


Euclides Riquetti

O primeiro vento

 


 


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O primeiro vento que roçou meu rosto
Trazendo-me um doce bálsamo floral
Veio para se impregnar no meu corpo
Na manhã de sol e de um mar colossal.

Veio suave e  me trazendo as gaivotas
Com seus gemidos e os seus planares
Olho, no oceano, as distantes ilhotas
E voa meu pensamento sobre os mares.

O mesmo lufar que me traz saudosas
As lembranças que me fazem feliz
Traz-me também a energia prazerosa
Que me impele a te querer e sentir.

Então, enquanto contemplo a calmaria
E me transponho pelo azul celestial
Eu me perco na nave da nostalgia
E busco te encontrar no espaço sideral!

Euclides Riquetti

Se Deus me desse asas...

 



 


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Se Deus me desse asas, eu voaria
Iria te encontrar onde tu estivesses
E, então, eu te abraçaria
Desde que tu permitisses e me quisesses!

Se eu pudesse voar, certamente
A distância entre nós diminuiria
E, quando a saudade viesse, assim, de repente
Ei ia te encontrar, claro que eu iria!

Se eu voasse na manhã ensolarada
Seguiria os trilhos do céu para te encontrar
Iria buscar-te, doce mulher amada
Quer fosse nas serras, quer fosse no mar!

Eu iria, sim! Ah, certamente que eu iria!

Euclides Riquetti

Visite o www.blogdoriquetti.blogspot.com 

Ama, verdadeiramente, quem te ama!







Ama, verdadeiramente, quem te ama

Quem te ama, quem te respeita, quem te quer

Ama, verdadeiramente, quem te chama

Quem te chama e te valoriza como mulher.


Observa cada gesto, cada palavra que te chega

Não te iludas com promessas e  devaneios

A dor pode vir junto, sem que se perceba

Inserida nas falas  falsas  e nos vis galanteios.


Ama, verdadeiramente, o que julgares certo

Aquilo que é ditado pela tua intuição

Não procures longe o que pode estar bem perto.


Ama quem possa te trazer felicidade 

Aquele que pode ser filtrado  pela tua razão

Que te oferece amor, carinho, lealdade!


Euclides Riquetti

Como uma andorinha

 


 


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Como a tímida  e cândida andorinha
Busco libertar-me das inquietações
Procuro respostas às perguntas minhas
Nas estradas de meus ocultos rincões.

E, como tal, sobrevoo os verdes vales
Busco caminhos para minhas escolhas
A cura e a solução para todos os males
Enquanto dos plátanos caem as folhas.

E, como a água da chuva fria que cai
Sou o prateado da lua que te ilumina
E és o raio de sol tímido que me atrai...

É assim que nossa vida se reconduz
E, como determina a vontade Divina
Procuro em ti encontrar minha luz!

Euclides Riquetti

Quisera que me quisesses

 


 


 



 

 
  
Eu quisera que tu me quisesses como eu te quero
Eu quisera que tu me entendesses como eu te entendo
Eu quisera que tu me dissesses,  pois  não compreendo
Por que não dizes as palavras que eu tanto espero?

Eu pensei que  em teus sonhos divinos  estivesse presente
E mergulhei na paixão desmedida que tanto nutri
E agora me vejo sozinho, afastado de  ti
Sedento de amor e desejo na noite fervente!

Os anos passam, o mundo anda ligeiro, ligeiro
Não há porque não deixar as coisas acontecerem
E os sonhos precisam ser vividos agora,  por inteiro.

Os anos passam e as pessoas também se vão
Sem que elas possam tudo isso perceberem
Sem conviver  com  a alegria de uma paixão...

Euclides Riquetti

Como nos desertos...

 


 


 



Como nos desertos
Ventos e areias me ferem os olhos
E meu coração cheio de imbróglios
Entrega-se aos rumos mais incertos...

Como se num inverno
O frio inibe meus movimentos
E fico paralisado como se os ventos
Me tornassem um corpo de gelo eterno...

Como se não houvesse luz
Escondo-me nas trevas misteriosas
Nas estradas mais longas e perigosas
Nos caminhos pelos quais você me induz...

Como se não houvesse nada
Nem um amanhã risonho a me esperar
Ou um barco com o qual navegar
Sou uma alma perturbada...

Mas espero por um novo dia
Por seu sorriso terno e cativante
Por flores perfumadas com alegria
Pelo seu abraço contagiante.

Apenas por isso, nada mais!

Euclides Riquetti

Brotaram as rosas vemelhas

 


 





Brotaram as rosas vermelhas
Brotaram também as cor de rosa
Também algumas amarelas
Brotou uma branca cheirosa...

E, se as rosas brotam em setembro
Também brotam em outubro e novembro
Exalam olores perfumados
Que se impregnam também em dezembro...

Mas, se as rosas choram
É porque também chora meu coração ferido
Choram com dor de dolorido
Não riem, apenas choram!

E eu também choro
Choro como chorei no inverno
O desconsolo eterno
Choro e choro...

Apenas assim: eu choro!

Euclides Riquetti

Buscar-te na noite

 


 



O vento que move as folhas das aroeiras arredias
É o mesmo que me acaricia com seu dileto açoite
Que me traz as estrelas e o frescor da noite
Após as chuvas ditosas do final do dia...

O vento que beija teus lábios de vermelho maçã
É o que me inspira na noite sedutora
Que me acalma com sua aragem redentora
E alenta meu corpo e minha alma sã.

Ah, noite de verão que meus medos esconde
No aguardo do outono que derruba a folha
Noite para pensar em quem está longe.

Pensar, sim, viajar pelo ignoto  firmamento
Que essa seja a nossa melhor escolha
Buscar-te  na noite, embalado ao vento...

Euclides Riquetti

segunda-feira, 16 de setembro de 2024

Sabem os deuses

 


 

Sabem os deuses

Cada vez que olho para o céu estrelado

Sua imagem se sobrepõe na imensidão

Por noites e dias eu fico aqui inspirado

Calmamente, buscando em ti inspiração

Pois meu ser a procura como anjo alado,


Sabem os deuses de sua real grandeza

Lua e sol refletem seus raios sublimes

Fazem os anjos um coro a sua realeza

Faz a manhã com que seu rosto brilhe

Procurando a felicidade tão merecida.


Toda a honra possível lhe é oferecida

Mais do que versos, tem o meu poema 

Leva em si toda a elegância concebida

Primeira rosa na floreira mais colorida

Canção deste poeta, indolor, como tema

Uma centelha de amor e nenhum dilema!


Euclides Riquetti

Tempo de amar (Te amo!)

 


 


 




Tempo de verão, tempo de amar
Tempo de sentir, tempo de paixão
Tempo de viver, tempo de sonhar
Tempo de sorrir, chorar de emoção!

Meu verão  dos sonhos e dos sabores
Dos rostos risonhos, olhos brilhantes
O verão do sol dourado e das flores
Das tardes encantadas e dos amantes!

Vida de alegria, da natureza cantante
Vida de harmonia e das belas cores
Vida muito feliz, crianças saltitantes
Vida para viver paixões e amores!

Tempo de amar o amor verdadeiro
Tempo de sonhar os sonhos da gente
Tempo de beijar teus lábios faceiros
Tempo de me perder perdidamente!

Euclides Riquetti

Palavras ...

 


 



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Não vou poder te dizer palavras bonitas
Não vou poder atiçar a tua imaginação
Não vou entender as palavras já ditas
Não vou alimentar uma doce ilusão.

Não vou poder dizer dos teus olhos bonitos
Não vou poder elogiar dos cabelos a cor
Não vou rimar co´s  teus doces conflitos
E nem te dizer mil palavras de amor.

Não vou entender o que se passa comigo
E nem o que vai em teu pensamento
Não quero mudar o caminho que sigo...
Só quero teus beijos, teu corpo moreno
Nem que seja por um breve, curto momento
Quero sentir os teus lábios que tanto desejo...

Euclides Riquetti

Boutiques e alfaiatarias de Rio Capinzal -crônica de memórias


 


 



          Cresci em meio a homens e mulheres que lidavam com tecidos  e máquinas de costura. Algumas tias minhas eram costureiras. E, nas famílias de origem italiana, fazia parte da formação das filhas o "saber costurar". Desde a adolescência,  as meninas eram ensinadas a pregar botões e a fazer barras em saias e calças. Mas, quando moças, tinham a obrigação em colocar,  dentre suas habilidades de jovens prendadas,  o aprender do manejo da máquina de costura.

          Mas, sabemos, é sempre mais fácil aprender a costurar com "uma estranha", que tem mais paciência para ensinar,  do que com a mãe ou a irmã mais velha. E as jovens buscavam aprender com alguma vizinha. Outras, até procuravam as melhores costureiras de sua comunidade ou cidade e pagavam para aprender. Os aprendizes de alfaiate faziam o mesmo. Tinham que pagar para aprender.

           Quando noiva, a moça recebia como dote, para seu casamento, uma máquina de costura, uma vaca de leite e um baú cheio de peças enxoval. Uma bela colcha para cama de casal, lençóis e sobre-lençóis, travesseiros e fronhas. Toalhas de banho, feitas com sacos de algodão alvejados e com franjas e bordados. Toalhas de mesa e toalhas de pratos impecavelmente trabalhados.  A preparação do enxoval era um ritual sagrado...

          As mães compravam tecidos  com o dinheiro da venda de queijos e ovos. Compravam peças inteiras de tecidos de algodão, um tricolines para camisas para o serviço, normalmente xadrez. Com o mesmo tecido faziam fronhas, lençóis e até toalhas de mesa. Para o serviço pesado dos homens, peças de brim Diamantino, de fibras mais grossas de algodão, com entrelaces de fios brancos, cinzas e pretos. Para forros de roupas compravam o Morim. Mas também usavam a cambraia, tecidos em crepe de lã, seda ou algodão,  cretones, e  casimiras. Estas, só os alfaiates ou as boas costureiras sabiam utilizar. Os alfaiates faziam ternos. As costureiras, tailleurs.

          A História nos conta que as vestimentas mais antigas no mundo eram constituídas de peles de animais. A lã das ovelhas e outros animais, o algodão, o linho e a seda são materiais utilizados na confecção de tecidos dentre 2.500 e 3.000 anos aC. A partir da revolução industrial,  começaram a desenvolver tecidos a partir de moléculas, os fios sintéticos. Hoje estes estão presentes abundantemente no mercado, através do nylon e do poliéster.
           A necessidade de as pessoas se protegerem e, mais ainda, esconderem seu corpo, ou mesmo para "aparecer bem no meio social", fizeram com que os tecidos fossem inventados e reinventados em toda a história da Humanidade. Hoje temos uma grande variedades disponível, de todas as qualidades, cores, estampas, origens  e padrões.

          Na década de 1960 , nas alfaiatarias, começaram a aparecer, em nossas cidades,  os tecidos denominados "Tropical ou "Tergal", sintéticos, uma revolução na região, pois eram tecidos que não se amassavam, fáceis de serem passados a ferro. E os alfaiates fizeram sucesso e alimentaram nossa vaidade masculina. Era o sonho de todos ter uma roupa que não amassasse.

          Mas, e as mulheres, que opções tinham, quando precisassem comprar algo pronto, bem produzido, bem acabado?

          Bem, ou tinham suas costureiras ou buscavam comprar algo da moda nas casas de comércio então  existentes. E, em minha memória, voltam-me as casas comerciais que atendiam minha mãe sempre que precisava de algo: O Bazar da Dona Maria Fávero e  a Casa Marilu, na antiga  Capinzal,  e a Loja da Dona Serafina Andrioni, pelas bandas do Distrito de Ouro.

          Minha mãe comprava o que precisava para vestir-nos nessas lojas. Ela gostava de blusas de bouclê, que comprava da Dona Carmen Bridi, na Marilu Modas. Dizia que gostava do atendimento e da simplicidade daquela mulher que, mesmo numa "loja chique", atendia a todas com muito carinho e distinção. Sua loja ficava ali na XV de Novembro, um pouco acima do "Bananeiro", Augusto Hoch, defronte à casa da Dona Tosca Viecelli, por ali.

        E, para nós, na loja da Dona Maria Girardi Fávero, (a amiga e vizinha da Tia Clarinda), um bazar com produtos diversificados, em que também vendia "roupas prontas". Ali comprava para si blusinhas de Bon-lon. E, depois, para nós, as camisas "Volta ao Mundo". E, na Dona Serafina Andrioni, as blusas de lã. Eu lembro que, aos 15 anos, fui na Dona Maria, ali logo abaixo do cinema, comprar uma camisa para mim: de cor marfim,  com detalhes em azul xadrez. Fiz sucesso com ela... E, na Dona Serafina, precisei de uma blusa, e fui  sábado à tarde à casa dela,  e ela saiu da cozinha para ir vender-me um blusa cor canela, de gola olímpica. A prestação...

          Hoje, os tempos mudaram, os costumes mudaram, há grande ofertas de produtos do vestuário já prontos, para todos os gostos, todas as preferências, todos os bolsos... As famílias de Dona Maria e de Dona Carmen foram embora. A primeira faleceu  em Ponta Grossa,  a outra mora em Curitiba.  Os filhos saíram para as universidades e não voltaram. As mães foram atrás deles. E a sucessão familiar acabou acontecendo apenas na loja da Dona Serafina Andrioni. Quando faleceu, deixou seu comércio para uma das filhas, a Miraci. Ela a transformou na "Boutique das Lãs". E continua ali, no mesmo lugar, na Felip Schmidt, em Ouro. Construiu uma sala em separado, atrás de seu casarão, entrada pelo lado de uma loja existente.

          E a filha de Dona Serafina, a Miraci, continua ali, atendendo, colocando novelos de lã e outros fios nas mãos de nossas tricoteiras e crocheteiras, que produzem peças maravilhosas. Sempre amável, educada, discreta. Uma pessoa confiável que herdou a simplicidade e a honestidade de sua mãe. Perdeu o marido ainda jovem e encaminhou muito bem a vida de seus filhos, está honrando a memória de sua mãe.

          De todas as personagens, ficam-me as lembranças. Foram senhoras que ajudaram muitas mulheres a se apresentarem bonitas, elegantes. Talvez que o resultado de terem-se vestido bem tenha ajudado muitas jovens a chamar a atenção dos rapazes, que acabaram encantando seus namorados, que viraram  maridos, e hoje são os avôs que estão por aí, colocando as fotos dos netos no facebook.  Essas senhoras ajudaram a fazer a história e, quem sabe, a felicidades de muitas outras. Por isso, minha homenagem a elas. Que Deus guarde bem a Dona Serafina, lá no céu, e dê saúde a longevidade à Dona Maria e à Dona Carmem.

Minha homenagem a elas!

Euclides Riquetti

Dois olhos tristes

 




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Escondem-se, dois olhos tristes, atrás de uma cortina
Divinamente tristes, sóbrios,  muito encantadores
Beleza de mulher: de senhora, de moça e de menina
Olhos que me atraem, sempre  meigos e sedutores.

Dois olhos tristes, calmos, tímidos e fugidios
Que se perdem nas profundezas do pensamento
Dois olhos tristes, ternos, porém arredios
Que fitam, intensamente, o azulado firmamento.

Os olhos que se escondem e que querem atenção
Que permitem vislumbrar mais do que as paisagens
Que enxergam muito além da alma e da imaginação
Que nos transportam pela vida e as suas passagens.

Olhos, singelo par dos tão importantes elementos
Olhos, o permitir conhecer,  o perceber e o sonhar
Olhos alegria de definir-se o caminho sem tormentos
Olhos, o prazer de poder ver, sentir, admirar, amar!

Euclides Riquetti