sábado, 12 de agosto de 2023

O que eu sinto por ti...

 




O que eu sinto por ti, é amor do mais profundo
É algo tão simples, simples, mas do tamanho do mundo
O que eu sinto por ti, eu nem sei como explicar
É algo pequeno, pequeno, mas é do tamanho do mar.

O que eu sinto por ti, não se mede, não se diz
É algo tão irrisório, mas que me deixa feliz
O que eu sinto por ti, é um sentimento exultante
É algo de pouca importância, mas que me torna gigante.

O que eu sinto por ti, não há palavras que expressem
É algo tão misterioso, como se tu não soubesses
O que eu sinto por ti, está escrito em meu coração
É o que mais importa: Amor, Saudade, Paixão...

Euclides Riquetti

Zortéa - tempos que não voltam mais - reedição- para relembrar!

 




Cachoeira do Taimbé, em Zortéa. Terra de muitos encantos...

          Uma parte de minha vida, do início de 1977 ao final 1979, morei no Distrito de Zortéa, que pertencia ao município de Campos Novos. Lá eu convivia com três segmentos sociais distintos: Havia os professores e alunos da Escola Básica Major Cipriano Rodrigues Almeida; meus colegas de escritório da Zortéa Brancher S/A - Compensados e esquadrias;  e a turma do futebol, que atuava numa quadra de esportes com piso de cimento e no campo gramado do Grêmio Esportivo Lírio.

          Na condição de professor, eu atuava pela manhã e noite e, à tarde, no Departamento Financeiro da empresa, na função de controlar os débitos para com fornecedores e redigir correspondências. Traduzia as que chegavam do exterior e vertia para o Inglês  as que eram enviadas para o Reino Unido, Argentina, Haiti, Iraque, Arábia Saudita, dentre outros. E ainda emitia faturas pro-forma para a venda de compensados nas exportações. Foi uma época em que muito aprendi e muito me diverti. As pessoas, lá, eram muito felizes.

          Em 1978 a comunidade católica recebeu os Padres Missionários, com quem fizemos muita amizade. Havia o Padre Mantovani, que chamávamos de Gringo, era natural de Lacerdópolis, muito carismático, conseguiu envolver, com seus colegas, a comunidade local para a religião, para a busca do bem. E o envolvimento vinha com a escola, a família, a comunidade, e até a empresa, que realizava turnos de trabalho diferenciados de forma que os empregados pudessem participar das Missões.

          Bem, acabei envolvido de tal maneira que me tornei celebrante de cultos religiosos. Fiz isso durante dois anos. Mas, paralelamente, jogava minha bolinha, treinando nos finais de tarde e jogando aos sábados e domingos, preferencialmente futebol de campo. E, aí, me vem uma  história que me faz  rir:

         Marcamos um jogo  dos professores e maridos das professoras contra os alunos, para um domingo de manhã, às 10 horas. E, naquele domingo, era minha vez de celebrar o culto. Cheguei cedo à Capela, deixei meu fusca branco,  novinho,  estacionado "em ponto de bala" na estradinha ao lado dela, com meu kichutte na bolsa. Tão logo terminasse o culto, eu iria para o campo jogar.

          Fiz minha parte na celebração e quando eram nove e quarenta anunciei o canto final. E, enquanto cantavam, saí, liguei o fusca e desci para o campo. Jogamos alegremente, numa boa.

          Na segunda-feira, bem cedo, o amigo Darci Zílio, que era Ministro da Eucaristia, procurou-me: " O que aconteceu que você não deu a bênção final e saiu de  fuque,  sem terminar o culto?" Argumentei que eu acabara o culto, anunciara o canto e saíra para o jogo.

          O Darci me cai na gargalhada: "Seu maluco, você esqueceu de dar a bênção final!"  Todos ficaram um bom tempo esperando. Achavam que você tinha se sentido mal e saído às pressas. Como você não voltou,  eu mesmo dei a bênção!" Que vergonha!...

          Bem, há poucos instantes eu soube, pelo seu filho, Vanderley, via facebook, que o Darci já morreu há 8 anos...

          É, fiquei devendo uma pro amigo Zílio, que me ajudou naquela. Agora, é rezar um pouco pra que ele tenha a recompensa, lá em cima, por tudo o que sempre fez pelos amigos e comunidade de Zortéa.

Euclide Riquetti
20-11-2012

É noite...

 







É noite, dos pensamentos sem dono
É noite de novo...
É noite das estrelas prateadas
Das almas condenadas (perdoadas??).
Mas é noite!

É a noite dos namorados
É a noite dos sonhos encantados...
É a noite das orações
Das dores nos corações...
É, sim, é a noite!

A noite é  dos amantes
Dos beijos provocantes
A noite é dos aflitos
Dos versos escritos e ditos
A noite é apenas a noite...

E, atrás daquela  janela
Alguém se esconde.
Atrás da cortina singela
Uma voz responde:
Estou aqui...
Pensando em ti!
Somente em ti.
Em ti...
(Aqui...)

Euclides Riquetti

O que eu sinto por ti...

 






O que eu sinto por ti, é amor do mais profundo
É algo tão simples, simples, mas do tamanho do mundo
O que eu sinto por ti, eu nem sei como explicar
É algo pequeno, pequeno, mas é do tamanho do mar.

O que eu sinto por ti, não se mede, não se diz
É algo tão irrisório, mas que me deixa feliz
O que eu sinto por ti, é um sentimento exultante
É algo de pouca importância, mas que me torna gigante.

O que eu sinto por ti, não há palavras que expressem
É algo tão misterioso, como se tu não soubesses
O que eu sinto por ti, está escrito em meu coração
É o que mais importa: Amor, Saudade, Paixão...

Euclides Riquetti

Um porto seguro

 





Um porto seguro


Busque encontrar um porto seguro
E navegar nos mares da tranquilidade
Evite as turbulências do céu escuro
Busque a calmaria nos dias de tempestade.

Busque viver com pessoas otimistas
Com gente que a respeita e lhe quer amar
Mais vale ter poucos amigos leais e realistas
Do que ter muitos em quem não  confiar.

Busque tornar seus dias alegres e prazenteiros
Ter alguém simples, mas com que possa contar
Para compartilhar seus medos, para  juntos sonhar.

Busque os encantos mais puros e verdadeiros
A sinceridade nos gestos, o sorriso mais largado
Busque apenas ser feliz e me ter ao seu lado...

Euclides Riquetti

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QUANDO A POESIA BROTA DO FUNDO DO CORAÇÃO

 




Quando a poesia brota do fundo do coração
Ela pode vir em gentil forma de poema
Ou mesmo como letra de uma bela canção
Algo que encanta, não importa o tema...

O sentimento poético é nato no ser humano
Não tem por que ser entendido ou interpretado
Que seja aceito pelos seres em tempos insanos
Quando o mundo confuso nos parece virado...

Benditas as poetas e as mulheres escritoras
Que levam aos leitores suas maravilhas criadas
Benditos os escritores das almas sonhadoras.

Que usem o talento e lhes venha a inspiração
Deus os ilumine nas tardes e nas madrugadas
Coloquem no papel os sentimentos do coração!

Euclides Riquetti

Quando vi o sol brilhar


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Quando vi o  sol a brilhar
Vi sua silhueta se confundindo
Com um visual muito lindo...
Com o escuro dos montes e das ilhas
De suas pedras andarilhas
Que querem rolar pro mar...

Quando busquei a inspiração fatal
Para lhe fazer um poema que a encantasse
Algo que, profundamente, a marcasse
Imaginei-me a sussurrar em seu ouvido
Flechado pelas setas do cupido
Enquanto me embevecia com o vento matinal...

Meu ser alado voou sobre as areias clareadas
Depois sobre a água furta-cor
Então embrenhou-se nas nuvens algodoadas
E foi abraçar meu grande amor!

Euclides Riquetti


Flores com sabor de vinho, de mel...













FLORES COM SABOR DE VINHO, DE MEL
Se te mandarem flores com sabor de vinho
Com cores alegres, sutis e envolventes
Recebe-as com afeto, amor e carinho
Guarda-as em  vasos de vidro,  transparentes.

Se te mandarem flores com sabor de mel
Com as cores mais doces, gentis e puras
Coloca-as a adornar santos num capitel
E reza pelas almas negras, cinzas, escuras.

Se te mandarem lírios brancos ou amarelos
Lembra-te de que eles são frágeis à luz solar
Embora sejam divinos, perfumosos e singelos
Guarda-os à sombra pra que possam durar.

Se te mandarem rosas simples da estação
Ou sempre-vivas, flores do campo,  margaridas
Girâneos e  mesmo cravos de máscula paixão
Absorve-os como tudo o que há de bom pra vida.

Flores com sabor de vinho, mel e com perfumes
Flores de ternura e encanto sem medida
Flores transcendem eras, lugares e costumes
Flores, o que há de melhor em nossa vida!

Euclides Riquetti

Pais – as lembranças saudosas que todos temos!

 



Pais – as lembranças saudosas que todos temos!

       Todos nós temos saudosas lembranças de nossos pais. Poucos de nós, de nossa geração, ainda tem a felicidade de tê-los. “Pais são pais”, e isso nos basta. Muito ou pouco atenciosos, cada um deles ama ou amou seus filhos à sua maneira. Vemos, em nós mesmos, os pais que tivemos e os pais que podemos ser.

       O Dia dos Pais se tornou uma grande festa comercial. Mas a tônica da vida é familiar, sensível, cristã. Nesta semana, encontrei num supermercado local uma filha que acompanhava a sua mãe e a ajudava a escolher as coisas para colocar em seu carinho. Iam, sorridentes, em meio às prateleiras, buscar o que queriam. Cumprimentei-as e dei-lhes os parabéns! À cândida senhora por estar ali, chegando à casa dos oitenta, lúcida e com a energia compatível à sua idade. Queriam saber o porquê da saudação. Falei que era porque via naquela mãe a figura que todos queriam para ser sua.  E me lembrei da minha, dela e de meu pai.

       Os pais foram nosso alicerce. Das atitudes deles somos o resultado. Bem ou mal criados, parte vem da orientação deles, mas cabe a nós tentarmos ser melhores. Ajudar nossa família, sociedade e mundo a serem melhores. Ter o pai ou a mãe, ou ambos, ainda vivos, é um privilégio imedível.

       Lembro-me do esforço de meu pai para que nós estudássemos. Todo o pai que eu seu filho tenha um pouquinho a mais, que seja, de escolaridade. Um pouco mais de patrimônio físico, moral, intelectual. Mas isso depende de nós!

       Meu pai nasceu em Caxias do Sul e veio criança para o interior do atual município de Ouro. Foi para o Seminário Camiliano de Iomerê e depois para São Paulo. Morou e estudou na Vila Pompeia, viu jogos do Palestra Itália, ajudou a conduzir a cadeira de rodas do Comendador Francesco Matarazzo se sua mansão até à Capela do Seminário, antes do amanhecer, para participar das santas missas. Lá, aprendeu a ser carpinteiro, pedreiro, professor. E orgulho-me em dizer que ele tirava notas altas nos estudos, dominou o Latim, o Italiano e o Francês. Estudou Filosofia. Tocou órgão e piano, cantou em coral, conhecia partituras. Vestia terno desde a adolescência, viveu lá durante a Segunda Guerra Mundial. Fugiu do seminário após dar uma martelada no dedão do pé de um colega,  que se tornou o Padre Albino Baretta. Viveu clandestino em São Paulo por dois anos e, depois, veio com um mascate para a casa de seus pais, na Linha Bonita, no tempo em que “quem tinha um olho já era rei”!

       A História de meu pai, que completaria 10 anos neste dia 11 de agosto, tem pautas interessantes, já as mencionei em crônicas. Além de nossas boas e saudosas lembranças, ficou a Biblioteca Professor Guerino Riquetti, o museu que leva seu nome e desapareceu por maus cuidados do Poder Público, a Escola Professor Guerino e uma rua, na área central de Ouro com o seu nome. Ainda restam muitos de seus alunos que, quando os encontro, me contam belas histórias dele como professor e diretor de escola. Então, você que ainda tem o seu, comemore efusivamente! O abraço, o telefonema carinhoso, o reconhecimento, fazem muito bem a ele. Lembre-se que a perspectiva de caminhada dele

      Capinzal sem Expovale em 2023 – O prefeito Nilvo Dorini reuniu as principais entidades de Capinzal e comunicou que não patrocinará a realização da tradicional Expovale. Os representantes delas concordaram com os argumentos. Um milhão e meio de investimentos para um evento é muito dinheiro. Foi-se o tempo em que algumas empresas bancavam tudo. As prefeituras podem e devem investir na promoção de suas empresas, da cultura de seu povo. Mas, se tudo ficar nas costas delas, também é desperdício de dinheiro. Sou amplamente favorável a que as coisas aconteçam. Mas “do couro precisa sair a correia”!

       Turismo sazonal- Estive, nos últimos dez meses, fazendo turismo. Canasvieiras por cinco vezes, Chapecó, Balneário Camboriú, Aparecida, Rio e Petrópolis, Bonito (MS) e, recentemente, Ametista do Sul e Machadinho. Nos destinos, de carro, avião ou ônibus, conheço novas pessoas e faço muitas amizades. Escrevo sobre os locais e busco conhecimentos, além de lazer. No domingo, em Canasvieiras, um casal de idosos, septuagenário,  me falava (e opinava) sobre a dificuldade dos comerciantes nas cidades praianas durante o inverno. Diziam que o turismo precisa ser promovido em âmbito local. Que os órgãos de turismo deveriam liderar e organizar as entidades e agências a promover a rotação local. Oferecer as hospedagens a baixíssimo custo e organizar deslocamentos facilitados e baratos. O mesmo vale para nossas cidades. A falação sempre é grande, mas os efeitos e resultados são ínfimos. Não pode liderar ações de turismo quem não conhece, quem não viaja, quem não aprende!

Euclides Riquettti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com

 

 Meu artigo no Jornal Cidadela - Joaçaba - SC

Em 10-08-2023

Parabéns a você, pai!

 



Parabéns a você, pai, que em nenhum momento abandonou o seu filho querido

Parabéns a você, filho, que em nenhum instante se esqueceu de seu pai amado
Parabéns a você, pai,  que lhe deu muito amor e muito carinho
Parabéns a você, filho, que retribuiu com respeito ao pai dedicado.

Parabéns, pai, que nunca mediu esforços para que o filho crescesse na harmonia
E buscasse na vida retribuir com honradez e  com dignidade
Parabéns, pai, que renunciou ao conforto pessoal em favor da família
E que, quando teve que partir, deixou em todos muitas saudades.

Parabéns, pai, que exerce a paternidade com responsabilidade
E que coloca, em favor dos filhos, a renúncia aos privilégios
Que sabe educar com carinho, firmeza e amabilidade.

Parabéns a você, pai, que mais do que apenas colocar um filho no mundo
Legou-lhe a dignidade, a educação e os sentimentos mais régios
Que o tornam merecedor de seu reconhecimento e de seu  amor profundo.

Euclides Riquetti

Reze por mim que eu rezo por ti

 



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Reze por mim que eu rezo por ti


Reze por mim que eu rezo por ti
Rezo pela Nossa Senhora de Guadalupe
Rezo na Capela que temos aqui
E peço a Deus que sempre me desculpe.

Peço, em todas as minhas orações
Proteção por toda a nossa família
Peço aos santos de minhas devoções
Que nos guardem em suas vigílias.

Peço forças para nossas fragilidades
Que dê nos dê alento nas aflições
Que, com toda a sua  generosidade
Nos proteja contra as perdições.

Reze por mim que eu rezo por ti
Peço a proteção do Senhor Bom Jesus
Para que te faça muito, muito feliz
Ele que teus passos guia e conduz.



Eucides Riquetti

Enquanto você sonhava

 




Enquanto você sonhava
Eu...sonetava!
Procurava sonetar com rimas perfeitas
Nada de frases feitas...
Pois eu...carpintava!

Carpintar poemas é predileção
Compor sonetos é uma alegria
Mergulhar em redondilhas é dedicação
Desafiar-se em alexandrinos é ousadia!

Carpintar poemas é como pintar quadros
Da renascença ao Cubismo
Ironias me soam como descalabros
Sou romântico de pré-realismo!

Então, enquanto você sonhava
E eu sonetava meus sonetos
Com duas quadras e dois tercetos
Eu também sonhava!

Euclides Riquetti

Sorrindo na chuva

 



Sorrindo na chuva


Fico olhando pra você, que se vai feliz
Pela rua cinzenta, com cheiro de luar
Anda, livremente, buscando o seu mar
Sonha acordada com os versos que fiz.

Fico imaginando o que a anima tanto
O que a faz andar sorrindo na chuva
Tão protegida como a mão numa luva
Adeus às tristezas, adeus aos prantos.

Vai, esbaldando-se em sua felicidade
Na busca da recomposição de seu eu
Envolta no frescor da pura liberdade.

Vai, flutuando nas nuvens das certezas
Colhendo os frutos do pomar que é seu
Majestade coroada com sutis realezas.

Vai, feliz, sorrindo na chuva!

Euclides Riquetti

sexta-feira, 11 de agosto de 2023

Um horizonte azul cor do céu

 


 




Há um horizonte azul a nos esperar
E corpos que  flutuam embalados em canções
Nas ruas da terra , através das gerações.
No azul da cor do céu, no  azul da cor do mar.

Há um horizonte azul  a nos amparar
Em todas planícies verdes deste mundo
Nos mares que cobrem do sol  rotundo
E ombros que me esperam pra chorar.

Havia um horizonte azul no teu olhar
Que me buscou entre os andantes do universo
E um doce abraço teu a me chamar:

Agora, em cada nova manhã de invernos e verões
O Poeta   te exalta  em prosa e verso
Ó  musa de meus encantos e paixões!

Euclides Riquetti

Meus braços estendidos









Não derrames lágrimas que não sejam por alegria
Não deixes que te atormentem por motivos banais
Não aceites que te insultem em nenhum de teus dias
Não permitas que te entristeçam nunca, jamais!

Anda, vai em busca do que te possa fazer muito feliz
Anda, vai realizar nos horizontes azuis o teu sonhar
Anda, vai encontrar  a voz doce que sempre te diz:
Que na vida há muitas  formas de querer e de  amar.

Saiba que em todas as estradas haverá espinhos
Que a maioria dos  problemas podem ser superados
Que o mundo te dará  oportunidades e novos caminhos...

E que,  tanto no céu azul,  quanto nos campos floridos
Sempre haverá canções bonitas, ou sonetos rimados
Um coração muito aberto,  e meus braços estendidos!

Euclides Riquetti

Bom entardecer, guria!

 






Bom entardecer, guria!
Quem sabe tomes um chimarrão
Comas uma cuca da Nona
Escute o tocar da acordeona
No entardecer deste rincão!

Bom entardecer, guria!
Escuta a gaita que geme
O sol a rebombear no horizonte
A ricochetear no pernoite
Enquanto que a alma treme!

Bom anoitecer, guria!
E escuta o barulho dos céus
Dos corpos penados que choram
Porque os deuses demoram
Pra vir acudir tantos réus!

Bom anoitecer, guria!
Veja o negrume na imensidão
Pois já é hora do aconchego
De dormir o sono sem medo
Enquanto se acalma o coração!

Euclides Riquetti

O dia em que eu conheci "A Peste" de Albert Camus

 


     
Albert Camus

Ou, um breve ensaio sobre os dias atuais...

      Há exatos 36 anos completados neste dia 22, ou seja, em 22 de julho de 1984, no dia mais frio daquele ano, tive um grave acidente jogando futebol, no Estádio da baixada Rubra, em Ouro, pelo Arabutã FC. Uma fratura grave na Tíbia e duas no Perônio!  O fato resultou em minha crônica "O dia em que minha vida virou ao avesso", que tenho no blog e num de meus livros.
   
       Nos primeiros dias subsequentes, o amigo professor e então Diretor da Escola de Educação Básica Belisário Penna, José Mauro Lehmkhul, foi visitar-me em minha casa, lá no Ouro. Levou-me dois livro do escritor Albert Camus, "O estrangeiro" e "A Peste". Devorei-os, assim como outros e ainda a revista de circulação semanal "Isto É" e o jornal "A Notícia", de Joinville. Canais de TV disponíveis, na época, eram a TV Piratini, da Rede Tupi, de Porto Alegre; e a TV Coligadas, afiliada à Globo, de Blumenau. (Noventa dias de gesso, muita dor, inclusiva com injeções de morfina. Fui atendido no hoje HUST. Dr. Tanaka foi o médico que me atendeu, fez o trabalho como tinha que fazer. Em casa, quando o efeito da anestesia passou, senti dores horríveis).

       O Argelino Albert Camus nasceu em 07 de novembro de 1913, na Argélia, e faleceu aos 46 anos, em 04 de janeiro de 1960, na França. Trabalhou como tanoeiro, mas, mesmo de família pobre, cursou o Ensino Médio, a Faculdade, e concluiu Mestrado e Doutorado. Foi goleiro de futebol da seleção universitária da França, é renomado escritor, e ganhou o Prêmio Nobel da Literatura em 1957. Sugiro a você, caro leitor, que procure ler sobre a vida desse fenômeno da Literatura Mundial, inclusive sobre suas posições políticas e filosóficas.

      Além dos dois livros já mencionados, foi bem sucedido em "O Mito de Sísifo" e "O Homem Revoltado". Foi autor de diversas obras. Hoje, se você pesquisar no google sobre "Albert Camus - A Peste", vai encontrar 1.820.000 resultados. Em razão da pandemia do novo coronavírus, "A Peste" tem sido buscado constantemente por leitores muito qualificados, que buscam entender o que se passa hoje, assustadoramente, no mundo. No Brasil, a partir da segunda quinzena do mês de março deste ano, Camus passou a ser pesquisado intensamente em razão do que escreveu em 1947.

Veja o que foi escrito por Amanda Liliany, aluna de RelaçõesInternacionais do UniCeub:
 A peste, de Albert Camus, é uma história que se passa em uma cidade pacata, mais conhecida como Orã, em que se mostra como um surto de Peste Negra mudou e influenciou a vida dos habitantes. Como é narrado no inicio, Orã é uma cidade tranquila, cinzenta e muito industrializada, em que os cidadãos viviam para trabalhar e formar suas famílias. Bernardo Rieux, o médico e narrador dessa história, acompanhou o aparecimento de números cada vez maiores de ratos mortos e coincidentemente pessoas doentes por toda a cidade. Com o grande número de baixas de seus pacientes, Rieux, apesar de não querer acreditar, convoca uma reunião com a prefeitura e surpreende a todos dizendo que o que realmente estava acontecendo, em Orã, era uma epidemia de peste bubônica e que se não houvesse o controle da doença em dois meses poderia matar metade da população. A peste chegou de repente e não havia explicações concretas, os personagens principais nem tentam especular, vivem um dia de cada vez, sem procurar significados e fazem o que podem, são pessoas comuns tentando sobreviver ao acontecimento.
A obra de Camus é muito impactante, pois deixa evidente o sofrimento que a população passa desde as mortes até o momento que ocorre a quarentena na cidade. A quarentena foi abordada como uma fase difícil para todos os moradores, pois viviam tristes e indolentes, separados dos entes queridos e também, por terem a convicção de que eram prisioneiros. A cidade foi fechada para o resto do mundo, até mesmo o envio de cartas foi proibido por ser um possível meio de transmissão da doença. A todo o momento, o livro, sugere reflexão e nos faz levantar sérios questionamentos acerca de como nos colocamos diante dos outros, principalmente quando esses estão em situação de risco. Rieux foi uma peça chave, pois ele por um lado abriu mão de sua vida pessoal pois sua mulher estava fora, numa casa de saúde, para se dedicar inteiramente à população daquele local, e os outros médicos que aplicavam-se 24horas por dia para tentar salvar a população dessa peste que estava carregando consigo varias vidas.
A descrição do hospital é chocante, no chão havia um lago desinfetante e no centro um conjunto de tijolos que formava uma ilha, nesta ilha, o doente era examinado por Rieux, despido, lavado e depois locado para outra sala. Os pátios das escolas eram usados como leitos, onde quase quinhentos já estavam ocupados. Até que em certo momento, as pessoas começaram a ficar violentas tentando burlar a segurança nas barreiras para fugir, e Rambert, um jornalista que havia pedido um atestado para sair e se encontrar com sua amada estava entre eles. Com isso, os jornais publicaram novos decretos sobre a proibição ao tentar sair da cidade e guardas a cavalo e patrulhas faziam a ronda no local, matando cães e gatos que poderiam transmitir pulgas contaminadas.
Passado o mês, as coisas tomaram uma proporção maior e Rieux em uma conversa com sua mãe lhe diz que o soro vindo de Paris parecia ter menos eficácia que o primeiro, e que uma nova forma de epidemia havia aparecido, a peste pulmonar. Rieux foi interrompido por Tarrou, que trouxe a notícia de que todos os homens válidos serviriam para ajudar a combater a peste. Separados em grupos, eles fizeram o melhor que podiam para reduzir a doença. O que não significa que o contágio cessou, as mortes chegaram a passar de 700 por dia e os enterros aconteciam o mais rápido possível com o mínimo de riscos para os outros, o que deixavam as famílias tristes e ofendidas, mas no momento em que se vivia em Orã, não existia mais a capacidade de se pensar em como os outros morriam.
Um dos momentos mais impactante da obra, é quando Camus dita que a prefeitura decidiu afastar os parentes dos enterros, pois com a falta de caixões e panos para mortalha, covas foram feitas para que homens e mulheres fossem enterrados sem nenhuma distinção e cobriam-nos de cal e terra, deixando espaço para corpos futuros. Em um trecho diz que a diferença que pode haver entre os homens e os cães, por exemplo: o registro ainda era possível; essa comparação do homem ao animal é algo que choca o leitor, porém é valido por conta do cenário vivido naquela época.
Em dezembro, os casos de melhora começaram a aparecer, dados pela injeção de soro que Castel preparara a peste perdia com rapidez a sua força. A doença partiu assim como tinha chegado, misteriosa e quieta. Após perder seu amigo Tarrou e saber por telegrama que sua esposa também se foi, meses depois os portões foram abertos e organizaram-se festejos para o tão esperado dia do encontro.
Rieux finaliza o livro dizendo que a peste não morre e não desaparece, ela simplesmente dorme e espero com paciência chegar o dia em que acordará os ratos e os mandará morrer numa cidade feliz.
       Amigo leitor, amiga leitora, tire suas conclusões, veja tudo o que vem acontecendo no mundo e no Brasil, faça sua parte, cuide-se, pois só o tempo vai dissipar a nuvem negra que paira sobre nós!
Abraços    -   Euclides Riquetti - 23-07-2020

Meu sorriso foi-se com o vento

 



Foi-se embora meu sorriso, foi-se com o vento
Saiu de mim e foi-se de repente
Deixou-me no infortúnio e no lamento
Foi-se, assim, infelizmente!

Não sei onde meu sorriso foi campear
Mas sei que não voltou, desapareceu
Nada mais que me leve a comemorar
Onde será que ele se escondeu?

Foi-se meu sorriso, foi-se pra chorar
Ausente, oculto, sem a maior reação
Talvez buscando novo porto pra ancorar
Buscando um novo porto-coração!

Não sei se é ainda é possível recobrá-lo
O que fazer para que retorne, enfim
Mas bem que eu pretendia recuperá-lo
E tê-lo aqui bem junto a mim!

Euclides Riquetti

Procure a felicidade ... com a força de seu coração

 



Procure a felicidade com a força de seu coração
Busque-a nos lugares mais simples e escondidos
Busque-a nas praias, nas praças e nos caminhos
Busque-a com os meios que lhe oferece a razão...

Procure a felicidade nas horas do seu dia
Desde os primeiros  claros  da manhã
Faça dessa sua busca uma tarefa bem sã
Refute as tristezas e enalteça a  alegria.

Busque, em todos os invernos e  todos os verões
Busque  a sua felicidade que você tanto procura
Viva as mais belas de todas as emoções;

E, ao encontrar as respostas que você tanto quer
Retribua com carinho e com toda a sua doçura
Com seu jeito formoso de menina  e de mulher...

Euclides Riquetti

Um coração num papel de seda

 




Desenhei um coração num papel de seda
E nele escrevi versos de amor e paixão
E quero agora  apenas  que você os leia
E que retribua com um de sua própria mão.

Quero que guarde meu coração-poema
E que me entregue o  que você escreveu
Pra ter certeza de que com este sistema
Terei o seu e você terá o poema meu.

Um poema simples, curto, mas sincero
Com palavras escolhidas  com todo o cuidado
Um poema assim  é apenas o que eu quero.

Quero que ele  me seduza e  contagie por inteiro
E que me deixe ainda muito mais enamorado
Pra viver um sentimento puro e verdadeiro!

Euclides Riquetti

Frias madrugadas

 






Frias madrugadas 

Frias madrugadas do inverno gelado
Das geadas brancas
Do sol que se levanta
E vem agigantado...

Frias madrugadas que precedem
O céu azulado
O dia ensolarado
As bênçãos que as mães nos conferem...

Frias madrugadas dos pensamentos
Das cândidas orações
Das singelas recordações
Que nos traz o som do vento...

Frias madrugadas dos aflitos
Que esperam que o dia venha claro
Que esperam pelo nosso amparo
Que esperam por um futuro mais bonito...

Frias madrugadas
Em que permaneço acordado
Esperando pelo dia abençoado
Rezando para que sejas...abençoada!

Enquanto espero que amanhã
Seja, para você, um grande e alegre novo dia!

Euclides Riquetti

Amar intensamente

 


Um homem feliz - Jornal da Orla

Amar intensamente

Velocidade presente
Inquietação
Mas nada de acomodação...
Muito buscar
Muito querer
Agir com determinação!

Agitação moderada
Controle da ansiedade
Busca da felicidade...
Amar pra ser amado
Ter alguém ao seu lado
Sentir saudade!

Lutar incansavelmente
Liderar
Calcular
Sentir o que o coração sente
E, invariavelmente...
Amar intensamente!

Simplesmente...assim!

Euclides Riquetti