sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Entregue-me seus sonhos, seus segredos!

Entregue-me seus sonhos
Seus desejos
Seus medos
Entregue-me seu olhar
Seus cabelos
Seus seios
Seu corpo de modelo...

Entegue-me tudo sem pedir nada em troca
Faça-me perguntas sem esperar respostas
Faça-me carinhos e diga-me coisas que nos importam
E eu  darei amor, abrigo, agasalho, e tudo de que gosta.

Entregue-me seus sonhos juvenis
Ternos
Eternos
Sutis...
Mas entregue-os.

Entregue-me tudo sem nenhum temor
Como se me estivesse dando apenas uma flor
Entregue-me seus lábios de cor delícia e de sabor cereja
Entregue-me sua alma que me acalenta e deseja.

Coloque suas mãos entre minhas mãos
E entre meus dedos seus delicados dedos
Entregue-me com  paixão  seus grandes segredos!
Apenas seus segredos...
Para que eu possa
Compreendê-los!...

Euclides Riquetti
26-10-2013

Só você é assim!

Do seu sorriso
Contagiante
Diferente
Exuberante
Atraente
É do que eu mais preciso
Para poder imaginar-me
No paraíso.

Do seu abraço
Do seu afago
Do seu beijo
Do seu agrado
(Do desejo exacerbado)
Também preciso
Pra chegar perto
Do paraíso
Que há em seu... sorriso!

O seu jeito de andar
O olhar com muito brilho
O seu modo de falar
O recado de seu sorriso...
Tudo isso me seduz
Me encanta, me  confunde
Você é um facho de luz
É a estrela que me conduz: É você.

Só você é assim!
Euclides Riquetti







quinta-feira, 24 de outubro de 2013

O vento que leva meus versos

O vento que soprou  na noite chuvosa
Não é o mesmo da manhã aprazível
Mas me traz uma mensagem indizível
Algo assim,  indescritível
Que vem de uma alma esperançosa.

O vento que embaralha as nuvens  escurecidas
Que move as ramagens verdes nas plantações
Aquele que embala os dóceis corações
Que aviva e desperta adormecidas paixões
É aquele que reativa esperanças já esquecidas.

O vento, (qualquer que seja ele, calmo ou violento)
De onde quer que venha e para onde quer que sopre
Que leva as folhas para o sul
E  que também as leva pro norte
É sempre meu companheiro
Leal, verdadeiro
A levar os versos de meus poemas românticos a todos  os lugares
A todas as pessoas
A todos os que os quiserem
A todos os que os desejarem
Inclusive a você!

Escrevo-os
Publico-os
Libero-os!

Com todo o carinho...para você!

Euclides Riquetti
24-10-2013





quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Jujubinha foi brincar... no mar!

Jujubinha foi brincar... no mar
Pular, andar, sentir as ondas
Do mar.
Jujubinha foi brincar... no mar
Foi banhar-se nas águas salgadas
Que poemavam as águas sagradas
E que a convidavam a brincar
No mar!

Jujubinha correu os pés na areia branca:
Queria conhecer uma Baleia Franca
Igual à que viu num filminho.

Mas, por sorte, a água gelada
Trouxe para a enseada
Alguém que veio nadando
No mar azul.

Veio do Polo Sul
Com a corrente do mar
Não se viu chegar
Mas chegou, enfim:
Era uma belo animal alado
Muito amado
Preto e branco
Um verdedeiro encanto:
Um indefeso Pinguim.

Foi lá, e junto com as outras crianças
Afagou o animal, carinhosamente.
E isso vair ficar
Em sua lembrança:

E, como que por uma mágica
Ele saiu da areia quente
E voltou pro mar.

Foi nadar!

Euclides Riquetti
23-10-2013



terça-feira, 22 de outubro de 2013

O Amílcar e o Campo de Libra ( nosso petróleo não é mais só nosso...)

          Liguei, ontem à noite, para o Amílcar. Tinha um objetivo muito nobre: Convidá-lo a nos encontrarmos, daqui a alguns dias, na praia de Canasvieiras, onde já nos encontramos em abril. Desta vez,  a intenção é de que ele leve também a sua Nena. Ficaríamos numa pousada, a Pousada do Professor, um confortável local de lazer de nossa ACP. E  lá aproveitaríamos para por nossa conversa em dia e relembrar de nossos tempos de Porto União da Vitória, quando lá moramos em nossa juventude.

          Entabulei  a conversa inicial, mas ele logo me  foi pergundando: "Ô, Riquetto, come que tá? Num foi fazê proposta pra comprá Petróio no Pré-sal? Pensei que tu tava rico e tivesse ido lá também!"

          Tive que rir. É claro, e ele bem sabe que no meu bule não tem café pra isso. De petróleo, apenas para por no tanque do carro e ainda só usar quando necessário. Mas em se tratando do Amílcar tudo se pode esperar. Disse-lhe isso e ele falou que só estava brincando, que sabe muito bem quem eu sou e quais as minhas condições. Mas falou-me que estava confuso com o que viu no Jornal Nacional e com o que a Presidente da República falou em Rede Nacional, logo após este.
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          "'Óia, Riquetto, a zente num sabe nem im quem mais acreditá. Durante todo o dia as rádia, até a Colmeia do Porto,  divulgarum que tavum protestando no Rio de Zanero porque que iam vendê nosso petróio. Me alembrei que o Montero Lobato uma veiz disse que ö petróio é nosso. E sempre pensei que assim fosse, que a Petrobrais era nosso e o petróio também. I agora falum im um  trilhão de reais pra mór de o governo arrecadá cum tanto petróio de lá do Campo de Libra. mais me pergunto: Se é tudo tom fácile anssim porque que num tirum sozinho sem precisá de sociedade com os chineis e franceis? Minha cabeça asso que num tá mais funcionando direito, Riquetto. Num consigo absorvê umas cosas que dizem na tevê e nas rádia. Asso que tô me emburrecendo."
          "Olha,amigão, então somos os dois  a emburrecer porque pelo que o Governo fala äcabou-se a pobreza", vamos ter muito dinheiro, 75% para a Educação e 25% para a Saúde. Claro que isso não é coisa para acontecer de uma hora para outra. Nós já vimos quantas coisas que no passado nos pareciam boas e que depois não eram tanto, como algumas provatizações. O dinheiro foi sendo mal gasto e o patrimônio nosso foi-se deteriorando,como por exemplo o caso de nossa estrada de ferro."

           Lembrei a ele de que, em 1972 um superintendente da Petrobrás que dirigia a implantação da Usina do Xisto, em São Mates do Sul, veio dar-nos uma palestra na Fafi, em União da Vitória. E ele disse-nos que o Brasil produzia 600 mil barris de petróleopor dia mas que o consumo poderia ser de um milhão. Agora estamos produzindo 4 vezes o que produzíamos e não temos o suficiente, tendo que importar. Uma política equivocada de fazer desenvolvimento e geração de empregos através da indústria automoilística,  faz com que não produzamos o suficiente. E o o homem disse que as reservas de petróleo conhecidas no Brasil e no mundo dariam para 10 anos e as reservas prováveis por mais 10. Concluí que o petróleo acabaria em 1992 e agora, 21 anos depois, estamos aí a comemorar nossas reservas do Pré-sal.

          "Ma, será que vão isminuí o precio da gasolina, intón?  porque com tanto petróio dá pra fazerem isso... Veza que quando tem muito tomate e batatinha o precio vai lá para basso..""

         Falei que os nossos produtos vão por essa política da oferta e da procura, mas que os do Governo são controlados por ele. Então nem esperando sentados não vamos ver isso acontecer.

          Loroteamos mais um pouco e tive que dar andamento ao fim da conversa. Prometeu-me que trará a sua Nena para irmos passar uma semana na praia. Quer andar de escuna pirata. Vamos fazer isso nesste verão. E vamos deixar para ver o que acontece com o nosso petróleo. Enquanto isso, o cadáver de nosso nacionalista Monteiro Lobato vai-se revirando lá no seu túmulo...

Euclides Riqueti
22-10-2013



segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Diaga-me apenas uma palavra bonita

Diga-me apenas uma palavra bonita
Mas que brote de seus lábios rosados
Que se perca em meio aos raios dourados
Na imensidão infinita.

Do céu, este  teto  belo e azulado
Que abençoa essas praias  benditas:
Sempre ternas e hospitaleiras
Santas e belas, prazenteiras.

Diga-me apenas uma  palavra sedutora
Que venha lá do fundo de sua alma pura
(Algo assim, sensual, provocadora...)
Que me traga a  suavidade e candura.

Mas se a palavra, porém,  lhe faltar
Faça com que me chegue um  recado
Mande-me pelo  murmúrio do mar
O  seu coração acalentado.

Que esperarei, esperarei...
Como sempre tenho esperado!

Euclides Riquetti
21-10-2013



domingo, 20 de outubro de 2013

O homem que matutava e os ombros da Letícia Sabatella

          O Apolinário matutava. Não era jeca, não era analfabeto. Tinha até pós-alguma coisa, acho que graduação, mas matutava. De vez em quando matutava e falava, baixinho, que era para que ninguém percebesse e não o achasse louco. Louco não era. Era normal como todos os outros meio anormais que estão por aí, matutando. Pensava no seu time que andava perdendo muitas. Não havia treinador que desse certo. O caso era de pouco sebo nas canelas. E a gurizada não quer mais saber de por o sangue nos olhos. Todo mundo quer sombra e água fresca, mesmo que seja à noite.
 
          Matutava o Apolinário. Não que matutar fosse sua predileção. matutava por matutar. E, enquanto matutava, contava. Não era o "contar causo", era o contar de fazer contas, contas "de mais" como a professora ensinou muito bem na primeira série. Na segunda, já as contas eram bem maiores, com mais algarismos. Algarismos são aqueles pequenos desenhos que hoje chamam de dígitos. E, matuta vai, matuta vem, e nada de respostas para suas indagações. Pensava na novela do horário das sete, "Sangue Bom". E constatava em sua matutice que pouco havia de bom no sangue daquela tropinha chamada elenco. Não nas pessoas deles, mas de suas personagens. Ah, que vontade de dar uma surra na Damáris. Podia ser na Gládis, aquela desavergonhada da irmã dela que está tentando o Lucindo...Não! Esses três fazem a parte boa, a engraçada da novela. Não merecem nehum castigo. Seria um sortilégio fazer isso, Santo Deus!

          Estava o Apolinário a matutar. Não havia outra coisa a fazer enquanto caminhava. As moçoilas e os rapazotes passavam, iam pra frente, pra trás. Certamente que não matutavam, não precisavam disso, nem tinham tempo para isso, tinham que falar ao telefone celular: " E aí, mano?! Vamos fazê umas quabrada na náite?! O Apôli não entendeu nada. Nem queria entender aquela falação sem graça. As "mâna", então, grudadas no seu Infinity-pré, também de nhém nhem:  "Oooooiiiii, lindaaaaa! Como cê tá massa!  - e o Apolinário, definitivamemente, nem queria ficar perto de gente assim. Continuava a pensar na novela: Quanta gente aquela Maiara/Amora, Amora/Maiara enganou antes de descobrirem todas as sacanagens que aprontou na novela! Pior que ela, só a mãe dela, a Bárbara Hellen. Elas são duas tranqueiras, bem que se merecem. Bonitinhas, mas ordinárias, como diria o Nélson Rodrigues... Mas tem o Bento que é gente boa. Tem sangue bom!

         Tendo matutato já um tantão,  o Apolinário pensou em virar o pensamento para outro lado. Uma psicóloga, uma vez, dissera para sua namorada que,  quando ela tivesse um pensamento runho,  era pra tentar pensar num pensamento bom, algo que deleitasse, que desse prazer. Então, ele começou a pensar nas personagens boas da novela e fixou-se na Verônica. A verônica, pra quem não sabe, é a mesma Palmira Valente que deixa seus afazeres de publicitária para exercitar seu hobby, cantar no Cantaí. E como ela canta! Com certeza seu vídeo vai bombar na internet. Mas a parte melhor, mesmo, a que mais toca o coração desapegado do amigo fica por conta dos ombros da Letícia Sabatella. Ah, que ombros! Você já reparou? Não? Então veja a novela e depois você vai ver se o Apolinário não tem razão. É um navio de areia para o seu caminhãozinho. Ah, se é! Como são belos os ombros da Letícia Sabatella.

Euclides Riquetti
20-10-2013