sábado, 25 de setembro de 2021

Muralhas também desabam

 


 

Muralhas também desabam


Muralhas também desabam com os tremores
Como desabam os corações despedaçados
Cimento e pedras quando amassam as flores
Ferem qual lágrimas em rostos desesperados.

A turbulência nos céus amedronta os viajores
As turbulências da alma nos atormentam
A fúria dos mares apavoram os navegadores
As desilusões nos abatem e nos violentam.

Caminhos desertos maltratam e torturam
Como o sol ardente nos queima e devora
Quando vozes sufocadas apenas sussurram.

Mas quando as luzes do amor nos acenam
E a força da esperança brilha e se renova
Nos campos do sul flores amarelas vicejam.

Euclides Riquetti

Um doce pecado

 




Um doce pecado de amar

Um doce pecado
Que brota de algo gostoso
De algo muito desejoso
Um pequeno pecado...

Veio junto com as goiabas
Com o mamão cristalizado
Veio com seu aroma nas estradas
Para ser por mim consumado.

Um doce pecado
Que veio na manhã de chuva
Nas ondas dos figos e da uva
Um pequeno pecado...

Veio junto com as flores
Com as gérberas e as roseiras
Nas suas belíssimas cores
Da Holambra brasileira.

Um doce pecado
Das delícias da confeitaria
Um sonho que me delicia
Um pequeno pecado...

Veio num contágio especial
Pra me trazer contentamento
Pois, em meu poema universal
Vou levar-te meu pensamento.

Sim, porque, para o poeta sonhador
Doces, sonhos, frutas ou chás
Tudo vira verso de amor
Até os morangos, kiwis ou ananás!

Euclides Riquetti

O vento sutil que afaga o rosto

 

Resultado de imagem para imagens homem ao vento




Afaga-me o rosto o vento sutil
Acaricia-me com a maciez de suas mãos delicadas
Beija-me com os aromas das flores encantadas
A suavidade da manhã primaveril
E vem nutrir de amor minha alma esperançada.

Inunda-me de desejo o pensamento que devaneia
E que me leva até a fonte que me inspira
Sob os acordes da sedutora lira
Que a harmonia pelos ares  e espaços semeia
Atiça o fervor de um coração que  delira.

Doce musa que provoca o acanhado poeta
Que lhe desperta os sentimentos  já esquecidos
Que remete aos momentos eternecidos
E agiganta os instintos na hora mais incerta
Vem, vem  animar os meus instintos adormecidos
Vem!!!

Euclides Riquetti

Uma janela entreaberta

 


Imagem relacionada


Uma janela entreaberta
Uma porta fechada...
Haverá uma  hora certa
De sair para a calçada?

Um coração aberto
Uma alma delicada!
Qual será o seu pecado
Morena da pele bronzeada?

Uma lágrima sentida
Um olhar muito distante.
Por que assim, desiludida
Se a vida é tão importante?

Um pensamento guardado
Uma voz suave e bonita.
O seio me incita ao pecado...
Haverá uma palavra não dita?

Uma atitude que falta
O temor a uma paixão...
Por que não tirar a alça
Que prende o seu coração?

Uma manhã de sol quente
Uma tarde de verão.
Por que não ficam noite sempre
Noite de amor e paixão?

Um jardim com poucas plantas
Poucas flores, poucas rosas...
Por que não cultivá-las, tantas
Iguais a você, tão formosa???


Euclides Riquetti

De mãos e de braços dados com seu sorriso

 




Dize-me que me amas e eu direi que te amo
Dize-me que me queres e eu direi que te quero
Dize-me que precisas de mim e direi que preciso de ti
Porque, na noite longa,  eu te procuro e te chamo
No dia claro eu te busco  e com saudades te espero
Adoro quando vibras, quando, alegre, me sorris!

Dize-me que não há espaço para as lamentações
E que em cada novo dia esperas por mais uma vitória
Dize-me que nossas almas e nossos corações
Já têm um caminho juntos, compartilham uma história
Dize-me que nossos caminhos levam-nos sempre a um lugar
Onde possamos nos termos e nosso desejo saciar.

E, se tudo o que desejarmos se tornar verdadeiro
Se nossos sonhos puderem  ser compartilhados
Se nos pudermos entregar  um ao outro por inteiro
E nossos ideais puderem,  sempre,  serem alcançados
Viveremos ainda dias muito animados e prazenteiros
E caminharemos  juntos, de mãos e de braços dados.

Euclides Riquetti

Para Marilda e Graciele (poema-canção)

 


Resultado de imagem para fotos duas flores



Meninas que vejo sorrindo
Me deixam feliz e contente
Meninas de rosto tão lindo
Que bom tê-las perto da gente.

Meninas que prezo bastante
Meninas da alma inocente
Adoro seu tipo galante
Pureza e beleza presente.

Meninas, formosas meninas
Vocês são a inspiração
Os moços as acham queridas
E querem o seu coração.

Meninas do encanto e do sonho
Meninas, seu jeito me encanta
Meninas do rosto risonho
Meninas de alma de Santa.

Meninas da grande amizade
Vocês são a vida e a flor
Só querem a felicidade
Na forma mais pura do amor.

Meninas a grande vitória
É ser horizonte de luz
Não é a aparência ilusória
Que ao bom futuro conduz.

Por isso, queridas meninas
Dedico-lhes este poema
São versos alçados em rimas
Dos quais vocês duas são o tema.

Euclides Riquetti

(Marilda Esganzela e Graciele Amalcabúrio 
foram minhas alunas na Escola de Educação
Básica Prefeito Sílvio Santos, em Ouro - SC - 
Fi-lo numa aula de criação poética em que
meus alunos produziam seus poemas) 

Quando lavavam roupas nos rios - para reviver!

 



          Quando de minha infância, ainda não havia rede de distribuição e fornecimento de águas em Rio Capinzal. Destarte, as senhoras tinham que buscar locais onde houvesse água em abundância para fazer o serviço de lavar roupas. Poucas famílias possuíam máquinas de lavar para esse serviço. E, as máquinas existentes, a maioria de madeira, umas espécies de tinas, não deram ditadas de dispositivos que lhe permitissem o enxágue, a centrifugação ou pré-secagem da roupa, antes de que fosse estendida no varal. E poucas pessoas conheciam sabão em pó, o famoso "Rinso".

         Lembro que as donas de casa buscavam a beira dos rios para o serviço. Tinham uns "lavadores" de madeira, uma espécie de "rampa" que era colocada na margem, escorados em pedras, com uma base para o ajoelhar-se e um detalhe  retangular onde era depositada a pedra de sabão para que não deslizasse e fosse perder-se nas águas.  Muitas vezes, quando o sabão escapava das mãos das lavadeiras, eram o filhotes que buscavam recuperá-lo nas águas. Crianças pequenas, de sete ou oito anos, nadavam bem e tinham domínio das águas. Eu mesmo recuperei muitos para as senhoras. Em alguns lugares, onde havia pedras, as lavadeiras gostavam de bater e esfregar as roupas sobre elas, o que ajudava muito para que ficassem bem limpas.

          O Rio do Peixe era muito frequentado, havia alguns lugares próprios, onde o barranco era menor, áreas preparadas pelas pessoas para que as senhoras pudessem colocar seus lavadores e ainda para a ancoragem de botes, que ficavam amarrados em angicos ou mesmo em sarandis. Quando o rio ficava sujo por causa das chuvas, fazer o que? Fácil. Sempre tinham um tonel que recebia a água das calhas e tinha água armazenada, da chuva. E ainda grande parte das casas tinham cisternas, onde armazenavam grande estoque de água. Quem não as tinha, guardava água em tonéis.

          Mas, pelo menos cinco  destinos eram, principalmente, os mais utilizados para lavarem roupas: O valo da Usina Hidrelétrica da Família Zortéa; os rios  Capinzal e Coxilha Seca, afluentes do Peixe;  e as duas margens deste, tanto na Sede Municipal quanto no Distrito de Ouro, nas localizações abaixo da barragem de pedras.

          No Rio Capinzal, desde a foz junto ao do Peixe, até onde ele adentrava o perímetro urbano, no Loteamento Santa Terezinha, havia muitos pontos onde as roupas pudessem ser lavadas. As águas eram limpas, havia lambaris, jundiás, joanas e carás habitando-as. E, ali, logo abaixo do Grupo escolar Belisário Pena, havia um grande pomar de caquis, de propridade da família  Soccol, onde a margem facilitava muito o trabalho das senhoras. Havia diversos pontos utilizados em todo o curso do rio.

          Na margem direita do Peixe, logo após a entrada ao "Valo da Usina" , havia outro ponto bastante utilizado. Lembro que minha mãe, a Dona Aurora Stopassola, a Dona Iracema Surdi, minhas Tia Elza Baretta e Maria Lucietti Richetti, e outras tantas, tinham seus lavadores,colocados  imediatamente acima de uma comporta para brecar o excesso de água a alimentar a usina, que depois transformou-se numa fábrica de pasta mecânica, para a produção de papel e  papelão.

          E, no Rio do Peixe, logo abaixo da barragem, nas duas margens, dezenas de locais próprios para serem colocados os lavadores, até o limite Sul da cidade. centenas de senhoras se alinhavam, com seus cestos de roupas e lavadores, próximo do rio. Depois, já em casa, com baldes de água bem limpa retirada dos poços, com anil adicionado, enxaguavam as peças brancas para que tomassem uma cor mais alva. Nessa época também começaram a utilizar "Q Boa", a única água sanitária então conhecida.

          Com o tempo, felizmente, veio o serviço de captação, tratamento e distribuição de águas  pelo Simae, no início da década de 1970, quando eram prefeitos, respectivamente, Apolônio Spadini e Adauto Colombo, em Capinzal e em Ouro. Mas, infelizmente, as águas de nosso Rio do Peixe deixaram de ser as mesmas. Houve o cresimento das cidades à montante e,  com isso,  a implantação de muitas indústrias, desde Caçador. E as lavouras da bacia hidrográfica passaram a utilizar defensivos agrícolas. Também se perdeu muito do respeito que se tinha pelas águas. E nossos rios ficaram  poluídos, sobraram poucos peixes. Também, com a danificação da barragem, menos água passou a ficar retida ali. E a paisagem perdeu muito de sua beleza.

          Gosto de lembrar e registrar essas atividades, pois refletem, além da história, as dificuldades que as pessoas tinham para algumas atividades que hoje são muito facilitadas pelas tecnologias. Bem melhor acionar o botão do automático da máquina de lavar do que ficar, algumas tardes por semana, ajoelhadas, com o corpo arcado sobre o lavador...

Euclides Riquetti
13/04/2013

Na noite serenada

 


 




Na noite serenada
Bem de madrugada
Eu te encontrei.

Estavas caminhando
Quem sabe procurando
Me encontrar na estrada
Bem de madrugada
Na noite serenada.

Na noite serenada de março
Também te procurei
E eu não disfarço...

Viramos dois caminhantes
Duas almas errantes
Que vagavam naquela estrada
Divinamente serenada.

Naquele sábado de março
De baixo para cima
E de cima para baixo
Com os pés descalços.

Era um corpo desnudo
De mãos dadas e pensamentos afinados
Sintonizados
Despidos de tudo.

Apenas vestidos de amor e de paixão
Andávamos sem destino
Procurando abrigo
No nada
Na noite estrelada
Mas serenada!
.
Euclides Riquetti

sexta-feira, 24 de setembro de 2021

Na praia, de mãos dadas

 





Na praia, de mãos dadas

Vivendo a espera do verão

Energias já bem renovadas

Novos tempos de emoção.


Alimentando a fantasia

Sonhos buscados e vividos

Ah, é tanta minha euforia

Nada de corações partidos!


O pensamento meu em ti

Foi assim e assim o será

Foi assim quando era guri

Amor que veio para ficar!


Girou a roda do moinho

Água rolou, água desceu

E você no meu caminho

É só o que Deus me deu!


Euclides Riquetti

25-09-2021










Se quer a liberdade...

 


 

Resultado de imagem para imagem liberdade

Se quiser a liberdade, conquiste-a
Faça tudo sem magoar ninguém
Mas nunca perca isso de vista:
Pessoas sofrem se perdem alguém!

Se quiser a liberdade, busque
Conquiste-a, sim, gradativamente
Mesmo que sua luz facial se ofusque
Outra virá para brilhar novamente!

A liberdade é um direito de todos
Como é direito do poeta poetar
Libertar-se dos enganos e engodos
É uma forma de se auto-amar!

Mas, quando a liberdade aprisiona
Que vantagem há em tê-la?
Se muita dor ela gera e ocasiona
Será que ela vale mesmo a pena?!

Euclides Riquetti

O vento que sopra na tarde




E que move as folhas da planta
Traz-me paz, sem mais alarde
E faz-me sentir qual criança.

Quando a primavera  chegou
Começou a mudar a paisagem
A flor se abriu, desabrochou
No vaso que abrigou a folhagem.

A juventude é assim:
Surge bela, como a flor
Ocupa os canteiros do jardim
Abre-se em sonhos de amor.

Ah, setembro - primavera!
Tempos de vida e de cor
Vem o sol que a gente espera
Traz na  tarde seu fulgor.
 
Euclides Riquetti

Meu soneto saiu para encontrar o teu

 



Meu soneto saiu para encontrar o teu

Soltou-se de mim sem o teu endereço

E eu, que te devoto meu maior apreço

Nem sei se teu coração já o recebeu...


Mandei-o que fosse, com mil cuidados

E todas as recomendações necessárias

Não se iludir em tentações perdulárias

Cuidar bem de todos os teus predicados. 


Foram-se meus quatorze versos rimados

As quatro estrofes ricamente delineadas

As ideias, todas, muito bem articuladas.


Foi a paixão oculta e teu nome soletrado

Foi-se, meu soneto sem vocativo e aposto

Agora só quero que o receba com gosto!


Euclides Riquetti









Deixe-me ver seus olhos de perto

 


Resultado de imagem para imagens olhos atraentes de mulher



Deixe-me ver seus olhos bem de perto
Fitá-los um pouco, um pouco que seja
E poder tocar seus lábios,  por certo
Sentir seu delicioso sabor de cereja.

Deixe-me tocar a pele de seu rosto
Sentir de perto o perfume que atrai
Acariciar  seu dorso e seu pescoço
Sentir seu corpo que se descontrai.

Deixe-me abraçá-la com leveza
Envolvê-la com carinho e sedução
Admirar, com os olhos,sua beleza
Sentir o pulsar de seu coração.

Deixe-me ficar o tempo que preciso
O suficiente para tê-la com paixão
O necessário para absorver o sorriso
Para amá-la com ardor e devoção...

Apenas isso...
Nada mais que isso!

Euclides Riquetti

Mulher carinhosa

 


 

Resultado de imagem para imagens buques de flores



Mulher carinhosa, mãe gentil
Inteligente, bonita e elegante
Rendo-lhe a homenagem sutil
Imaginando-a feliz, fascinante
Alma tão serena, olhar pueril
Maravilhosamente cativante!

Como flores que me aprazem
Antes de um escaldante verão
Raízes profundas que jazem
Muito bem fincadas no chão
Indescritível é sua imagem
Grande é seu doce coração.
Nome de santa e de coragem
Amores de amor e de paixão
Nas noites que se refazem!

Real, constante e verdadeira
Imagem em poemas diversos
Que escrevo à minha maneira.
Um nortear para meus versos
Espalhados pelas ladeiras
Todos pelo mundo dispersos
Trazidos à vida prazenteira
Indo embalar-se  no universo!

Euclides Riquetti

Siga, sempre, o caminho de sua intuição

 

Resultado de imagem para foto mulher numa encruzilhada


Siga o caminho da intuição

Siga, sempre, o caminho de sua intuição
Vá, através dele, ao encontro do que quer
Escute as palavras que lhe dita o coração
Siga, determinada, sua intuição de mulher.

Ande, pelas estradas longas e tortuosas
Pelas passagens estreitas ou pelas largas
Busque as paragens calmas e virtuosas
E deixe para trás as almas mais amargas.

Mova-se com a leveza da branca pluma
Mas voe com as asas de sua imaginação
Ouça, na manhã, o canto suave da graúna.

E, quando chegar ao seu destino buscado
Comemore  suas conquistas com vibração
Viva a alegria pelos obstáculos superados.

Euclides Riquetti

quinta-feira, 23 de setembro de 2021

Viva a vida intensamente

 




Viva a vida intensamente
Viva tudo com muita alegria
Pois tudo pode acabar de repente
E você ficar só na nostalgia.

Viva a vida em todas as horas
Em todas as horas de seu dia
Não deixe o tempo ir-se embora
Que fique a canção sem melodia.

Viva a vida simplesmente
Agarre todas as suas emoções
Jogue o jogo do contente
Curta a beleza das paixões.

Viva a vida em cada momento
Exale amor, propague a amizade
Nada a atrapalhar seu pensamento
Apenas busque a felicidade!

Euclides Riquetti

Onde está minha Canção de Acalanto? - Reviver e agradecer a quem me influenciou a escrever poemas e crônicas!

 


 



       Em1972, quando ingressei no curso de Letras-Inglês da Fafi - Fundação Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de União da Vitória - Paraná, mergulhei nos meus estudos e na minha principal determinação, que era aprender Inglês a qualquer preço. Para reforçar minha aprendizagem e principalmente para garantir uma boa proficiência em conversação, paralelamente ao curso universitário matriculei-me no curso do Instituto de Idiomas Yázigy, que era de propriedade de meu professor Geraldo Feltrin.

       Eu estava muito motivado a aprender e devorava os materiais do Yázigy e de meus professores Geraldo, de Inglês, e de Francisco Boni, em Literatura Inglesa e Norte-americana. No cursinho, tínhamos os discos compactos com as lições em Inglês Americano. Eu procurava verificar as diferenças de pronúncia e também de algumas grafias entre o British English e o American English. 

       Logo no meu primeiro ano, o professor Geraldo nos trouxe uns discos com os sucessos internacionais daquela época. Dentre eles, o disco de B.J.Thomas, com seu sucesso Rock and Roll Lullaby. Fizemos a tradução em grupo. Dei algumas cópias datilografadas e outras manuscritas para alguns amigos.

       No decorrer do meu curso, tínhamos como professor de Português o Nelson Antônio Sicuro, que muito me incentivou a escrever poemas. Aprendi muita teoria literária também com o professor Francisco Filipak. Literatura Brasileira como o professor Nivaldo, que vinha de Curitiba e usava camisa Volta ao Mundo amarela. 

       No último ano,1975, eu já tinha um bom domínio em todas as matérias. Já conseguia compor poemas com razoável qualidade, conhecia as técnicas de métrica e rimas. Quando conheci os alexandrinos, sonetos com 12 sílabas fonéticas em cada verso, fiquei encantado e me desafiei. Então compus meu primeiro soneto, ainda por cima alexandrino, com o título "Uma canção de acalanto", e me inspirei na música de B.J.Thomas.

     De meus poemas de adolescência  juventude nada me estou. Não guardei sequer uma redação, um caderno, nem que fosse de Matemática. À medida que ia vencendo as séries, ia eliminando tudo. Só me restaram os dois poemas que estão no livro Prismas Volume IV que o Nelson Sicuro publicou em 1976, na Coleção Vale do Rio Iguaçu, com os títulos "Tu" e "Uma Oração para Você. Na época, comprei 5 deles, doei para familiares ou amigos e não tenho nenhum para mim.  Aqui estou colando a canção que me inspirou, que fez parte de minha vida e que fez muita gente chorar, quem sabe mesmo você, querida leitora.>

Rock And Roll Lullaby

She was just sixteen and all alone
When I came to be
So we grew up together
My mama child and me
Now things were bad and she was scared
But whenever I would cry
She'd calm my fears and dry my tears
With the rock and roll lullaby

And she sing sha na na na na na na na
It will be all right sha na na na na na
Sha na na na na na na na
Now just hold on tight

Sing it to me mama (mama mama ma)
Sing it sweet and clear, oh!
Mama let me hear that old rock and roll lullaby

You made it through the lonely days
But Lord the nights were long
And we'd dream of better moments
When mama sang her song
Now I can't recall the words at all
It don't make sense to try
'Cause I just knew lots of love came thru
In that rock and roll lullaby

And she sing sha na na na na na na na
It will be all right
Sha na na na na na na na
Now just hold on tigh

I can hear you mama, mama, mama, mama
Nothing loose my soul
Like the sound of the good old rock and roll lullaby

Rock de Ninar

Ela tinha apenas 16 anos e completamente só
Quando eu passei a existir
Então nós crescemos juntos
Minha mamãe criança e eu
Agora as coisas estavam ruins e ela estava assustada
Mas sempre que eu chorava
Ela acalmava meus medos e enxugava minhas lágrimas
Com um rock n' roll de ninar

E ela cantava sha na na na na na na na
Vai ficar tudo bem sha na na na na na
Sha na na na na na na na
Agora apenas aguente firme

Cante para mim mamãe, (mamãe, mamãe, ma)
Cante doce e claro, oh!
Mamãe deixe-me ouvir aquele velho rock de ninar

Você conseguiu atravessar aqueles dias solitários
Mas Senhor as noites eram longas
E nós sonhávamos com momentos melhores
Quando mamãe cantava a canção
Agora eu não consigo lembrar todas as palavras
Não faz sentido tentar
Pois eu só sabia que muito amor vinha através
Daquele rock n' roll de ninar

E ela cantava sha na na na na na na na
Vai ficar tudo bem
Sha na na na na na na na
Agora apenas aguente firme

Eu posso ouvir você mamãe, mamãe, mamãe
Nada liberta minha alma
Como o som do bom e velho rock n' roll de ninar...


Euclides Riquetti - 

Dia do Escritor - 25 de Julho. Leio, portanto escrevo! - homenagem a quem me ajudou a tornar-me escritor!

 


 

 



 
Euclides Riquetti - Declamando para crianças no Centro de Educação Infantil Mundo Encantado - Joaçaba - SC

 Declamando num dos eventos de Canto, Arte e Poesia - Capinzal - Ouro - SC 
 
          De tanto me chamarem de  escritor, acabei até acreditando que o fosse. Ou que o seja ..  Não sou lá de dar muita importância a publicar livros, até tive poemas editados em coletâneas, mas nunca tirei o tempo para organizar um sequer, embora tenha material para pelo menos uma dúzia deles: uns oito de poemas, três de crônicas e um de História, esta relatando acontecimentos do Município de Ouro desde a sua colonização, época em que seu território era denominado Distrito de Abelardo Luz, pertencendo à Colônia de Palmas, Paraná.

           Minha predileção, em termos de poemas, é pelo soneto. Fui influenciado pelo meu saudoso e competentíssimo professor Nelson Sicuro, na FAFI, em União da Vitória, em que me formei em Letras/Inglês no ano de 1975.  Influenciado pelo também saudoso professor Francisco Boni, li dezenas de livros de Literatura Inglesa e Norte-americana. Tudo foi-me ajudando a formar meus conceitos e meu estilho. Escrevi, em 1974, um soneto "Uma Canção de Acalanto". Não guardei cópia, não memorizei. Tinha conseguido compor um "alexandrino" com rimas ricas, raras e métrica perfeita, isorrítmico. Que pena! Até compus um poema com o mesmo título, mas nunca próximo daquele.

          Em 1960 eu estava prestes a completar 8 anos e não ia à aula regular ainda. Eu voltara a morar com a família, já disse aqui no blog, depois de ter saído de casa (levado, né?...) com menos de 14 meses de vida, quando nasceu minha irmã,  Iradi. Meu pai me levava com ele,  uma ou duas vezes  por semana,  até a Escola de Linha Savóia, em Capinzal, onde ele lecionava. Era a maneira que a família tinha de me tirar de casa. E ele me ensinava a escrever minhas primeiras sílabas.  Eu gostava de ouvir os alunos lerem a cartilha em voz alta e achei que iria aprender a ler também. E isso de ler me aconteceu nos dois primeiros anos de aula no Mater Dolorum, em Capinzal também.

      Pois que, no dia 25 de julho daquele ano, houve a  realização do primeiro Festival do Escritor Brasileiro, acredito que em São Paulo, organizado pela  União Brasileira de Escritores. O escritor  João Peregrino Júnior era o seu presidente, e Jorge Amado o vice-presidente, e eles criaram, então,  o Dia do Escritor, numa homenagem a todos aqueles que têm habilidades ( e vocação...) para, através das palavras articuladas, escrever  relatos, histórias, fantasias, sentimentos e vivências. Sou sentimentalóide e saudosista. Imaginei, um dia, tornar-me escritor. Acho que estou conseguindo.  Li e  escrevo muito, Sou, portanto, escritor!

          Tenho meus ídolos. Não leio livros badalados, leio aqueles cujos autores considero que merecem ser lidos. Desde  a Condessa de Ségur, passando por  Machado de Assis, Jorge Amado, Cecília Meirelles, Charles Dickens, Edgar Alan Poe, Camões e Camilo Castello Branco,  Abílio Diniz, Ivonisch Furlani, José Cleto, Eloí E. Bochecho,  e Vítor Almeida, não importa se famosos ou não, leio-os. E por ler muito, escrevo muito.

         Então, neste Dia do Escritor Brasileiro, desejo homenagear a todos os que, de uma ou outra forma, expressam seus sentimentos e relatam os fatos que lhes são ditados pela vivência e o conhecimento. Ainda veremos o povo brasileiro transformado em leitor, mesmo morando num país onde até um ex-presidente disse, uma vez, que não gostava de ler...

Euclides Riquetti
25-07-2015
Dia do Escritor!


Palestrando para alunos do Colégio Mater Dolorum em Capinzal - SC

Com uma leitora, no CMD - em Capinzal - SC

Volte pelo mesmo caminho

 






Volte pelo mesmo caminho, mas volte
Ultrapasse os obstáculos e barreiras
Deixe que seu coração dengoso se solte
Que busque a sua realidade verdadeira...

Volte pelo caminho em meio às flores
Mesmo que no rude tapete de betume
Deixe-se invadir num mundo de cores
Feliz e  faceira como um vagalume...

Volte, e no seu caminho me reencontre
Onde quer que eu esteja me procure
Passe pelas estradas, passe pelas pontes
Que a trazem de volta vinda de alhures.

De Sul, de Norte, do ensolarado Leste
Venha mergulhar neste pequeno mundo
Ou, então,  me volte pelo lado do Leste
Venha para me dar o seu amor profundo.

De qualquer lugar, por qualquer estrada
Desde que volte porque quer voltar
Venha, sim, venha minha musa encantada
Para meus sonhos de novo embalar!

Euclides Riquetti

Houve um dia um sol

 


 

Resultado de imagem para imagem mulher com sorriso de sol




Houve um dia um sol que brilhou em você
Mas que, talvez, por alguma razão
Com o tempo apagou-se e foi embora
Um sol que nasceu em seu coração
Isso já faz tanto tempo, é coisa de outrora...

Houve um dia um sol que cativou você
Mas que se traduziu apenas numa mera ilusão
Talvez seus raios não fossem tão fortes
E acabaram deixando-a sem chão
Assim perdida, sem rumo e sem norte...

Acho que foi um sol de inverno com raios tímidos
Ou de verão com os raios agressivos
Só não foi o sol que aqueceu você...

Acho que foi um sol falso, sem firmeza, nem cor
Não foi o da beleza, nem  o da franqueza
Que não lhe deu amor, que não lhe deu amor
Apenas dor, decepção,  muita dor...

Mas poderão vir outros dias de sol e de fulgor
Trazendo alegria, carinho e  afeto
Nas manhas amenas e nas tardes de calor!
O carinho esperado, o afago certo:
O sol que vai merecer você!

Euclides Riquetti

Andar nas nuvens

 





Resultado de imagem para imagens namorados nas nuvens

Fui andar nas nuvens,flutuar
Buscar não sei o quê
Fui nem sei por quê
Mas fui passear!

Seria o  passeio dos justos
Ou da desolação?
Seria preocupação
Ou vazão a instintos brutos?

Fui andar perto do céu azul
Fui encontrar a paz
Pois é assim que se faz
Aqui no meu amado Sul...

Seria a busca das verdades
Das respostas escondidas
Para as dores sentidas
Para as aflições e as vontades?

 Fui com propósitos e propostas
Fui flutuar nas nuvens brancas
Procurar almas tão santas
Que me dessem as respostas!

E, agora, já sei o porquê
De ter ido buscar ali
Remédio pra dor que senti:
Encontrar você!

Euclides Riquetti

Quando tudo parecer ruir

 


 


Resultado de imagem para Fotos mão de Deus abençoando


Quando tudo parecer ruir, como que a desabar
Quando sumirem os nossos sonhos acalentados
Porque, talvez, nunca foram bem alimentados 
E nosso mundo, trêmulo, nos parecer desandar...

Quando tudo parecer impossível, difícil demais
E as coisas estiverem muito longe, inatingíveis
Como que se os céus se tornassem incoloríveis
E virmos  que as esperanças não retornam mais...

Quando as cortinas alvas deixarem de balançar
Porque foram trocadas por panos escurecidos
E os cantos dos pássaros forem todos substituídos
Dando lugar à desafinação de uma tempestade...

Quando se dissiparem os nossos largos sorrisos
Porque nossos rostos se perdem nas lembranças
E, mesmo as crianças, perceberem as mudanças
Diante de nossos olhares frios  e entristecidos...

Então deverá nos vir a Mão do Mestre Divino
Sobrepondo-se a nosso corpo e nossa alma
Trazendo a bênção que nos anima e acalma
E que mandará embora nossos desatinos!

Euclides Riquetti

Morre meu tio Arlindo Baretta (Ouro - Capinzal)

 

 




(Rose, Tia Elza, Tio Arlindo e netos)

       Notícia do início da noite: Faleceu, há pouco, Arlindo Baretta, antigo comerciante e açougueiro aposentado, morador da cidade de Ouro - SC, na casa dos 91 anos de anos de idade. Seu Arlindo era irmão de minha mãe, Dorvalina, e deixa a esposa Dona Elza, as filhas Salete, Celita, Sirlei e Roselei. 

       Além de ter muita admiração por ele, fui seu empregado ao final da década de 1960, quando eu ainda era adolescente, como auxiliar de balconista em armazém de secos e molhados, e açougue. Seu comércio era localizado na Avenida Felip Schmidt, centro da cidade de Ouro, em edificação de nossa família. 

       Nascido em Linha Bonita, antigo Distrito de Rio Capinzal, era filho do comerciante Victório Baretta e de Severina Coltro Baretta. Casou-se com Elza Dambrós e moraram na comunidade natal, em Linha Dambrós e depois na área central da cidade. Em Linha Dambrós, trabalhava nos cuidados de um chiqueirão de Severino Baretta e, posteriormente na cidade, no açougue da Comercial Baretta, localizado na Rua Giavarino Andrioni. A partir de 1967 passou a trabalhar com negócio próprio e, adiante, como açougueiro dos supermercados Barcella e  Supermercado Dona Amália, da família D Agostini, em Capinzal. 

       Muito habilidoso em seus serviços profissionais, uma pessoa muito forte, era muito conhecido nas cidades gêmeas, Ouro e Capinzal. Gozava dos cuidados e do carinho de seus familiares, que sempre estravam presente em sua casa. A última vez que lá estive, foi em março de 2020, quando lhes entreguei um convite para o lançamento de meu segundo livro de crônicas. 

       A todos os filhos e netos o carinho meu e de minha família. Semrpe admiramos o casal Arlindo e Elza, duas pessoas muito queridas e acolhedoras. 


Carinhosamente,


Euclides Celito Riquetti

22-09-2021

Azul como o som do mar

 



Azul como o som do mar
É o céu azul
Do norte...do sul
Do universo estelar.

Castanhos como a estrada
São seus olhos pequenos
E tudo o que nós temos
É uma alma esperançada.

Verdes são as folhas
Que no outono amarelam
E que as águas levam
Junto com nossas escolhas.

Vermelha é a rosa
Com pétalas de veludo
O amor é tudo
E a vida é formosa.

A cor da noite é cinzenta
A da bebida é transparente
E causa num repente
A nossa sonolência.

Lábios de suave rosado
Alma de branca alvura
Eu, você e a doce doçura
O amor doce, o amor amado!

Azuis são nossos sonhos
Azuis como o som do mar!

Euclides Riquetti

Rosas de Setembro

 





E setembro chegou...
O arvoredo ficou bem tinturado de verde natural
Os ipês amarelos coloriram a primeira tarde da pré-primavera
O roxos contrastaram com o alaranjado das corticeiras
O outono esqueceu-se de derrubar algumas folhas que já feneceram
E o perfume das flores das pereiras, laranjeiras e pessegueiros colore cada quintal:
Setembro chegou!

E, com ele, as roseiras abriram seus brotos e nos contemplaram com as rosas
Seus espinhos desapareceram, ficaram ocultos atrás de pétalas e folhas
Rosas champanhe, vermelhas, rosadas e majentas
Cravos vinhos, brancos, rosa-branco matizados
Azaleias rosa-vivas,  brancas e  beijos multicores
Cravilhas  e  calanchuês esperam, ansiosos, pelas margaridas!

Já vieram as florinhas amarelas do campo, as sempre-vivas
As orquídeas se grudaram nos troncos apodrecidos
Os copos-de-leite se avolumaram junto aos agriões do riacho...
Calêndulas e crisântemos enfeitam jardins e girâneos as floreiras das sacadas
Mas  eu espero os girassóis, os girassóis são meus sóis...

É setembro
É tempo de alegria, vibração
É tempo de agitar o coração
Setembro, é apenas setembro
O meu setembro, o teu setembro, o nosso setembro...


Euclides Riquetti

quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Morre meu tio Arlindo Baretta (Ouro - Capinzal)

 




(Rose, Tia Elza, Tio Arlindo e netos)

       Notícia do início da noite: Faleceu, há pouco, Arlindo Baretta, antigo comerciante e açougueiro aposentado, morador da cidade de Ouro - SC, na casa dos 93 anos de anos de idade. Seu Arlindo era irmão de minha mãe, Dorvalina, e deixa a esposa Dona Elza, as filhas Salete, Celita, Sirlei e Roselei. 

       Além de ter muita admiração por ele, fui seu empregado ao final da década de 1960, quando eu ainda era adolescente, como auxiliar de balconista em armazém de secos e molhados, e açougue. Seu comércio era localizado na Avenida Felip Schmidt, centro da cidade de Ouro, em edificação de nossa família. 

       Nascido em Linha Bonita, antigo Distrito de Rio Capinzal, era filho do comerciante Victório Baretta e de Severina Coltro Baretta. Casou-se com Elza Dambrós e moraram na comunidade natal, em Linha Dambrós e depois na área central da cidade. Em Linha Dambrós, trabalhava nos cuidados de um chiqueirão de Severino Baretta e, posteriormente na cidade, no açougue da Comercial Baretta, localizado na Rua Giavarino Andrioni. A partir de 1967 passou a trabalhar com negócio próprio e, adiante, como açougueiro dos supermercados Barcella e  Supermercado Dona Amália, da família D Agostini, em Capinzal. 

       Muito habilidoso em seus serviços profissionais, uma pessoa muito forte, era muito conhecido nas cidades gêmeas, Ouro e Capinzal. Gozava dos cuidados e do carinho de seus familiares, que sempre estravam presente em sua casa. A última vez que lá estive, foi em março de 2020, quando lhes entreguei um convite para o lançamento de meu segundo livro de crônicas. 

       A todos os filhos e netos o carinho meu e de minha família. Semrpe admiramos o casal Arlindo e Elza, duas pessoas muito queridas e acolhedoras. 


Carinhosamente,


Euclides Celito Riquetti

22-09-2021