Águas de setembro
Mergulho nas chuvas das primeiras águas de setembro
Que descem dos cântaros que se deitam no céu escuro
Já fiz isso em outras épocas, nos tempos que relembro
E, em cada novo ano, eu navego na mente e te procuro.
Regam as águas as terras, as gramíneas e os arvoredos
Molham e atiçam o solo dos campos brotados, floridos
Rolam pelas encostas cinzentas e cortam os vilarejos
Reverdejam os pastos que a geada deixou enegrecidos.
As águas de setembro nos remetem aos saudosos dias...
Elas chegam, lavam os perfumes dos corpos e das almas
Mas não conseguem apagar as saudades, nem as alegrias.
As águas de setembro nos remetem ao passado distante
E afagam as peles lisas e caem brandas nas flores alvas
E eu te componho versos a toda a hora, a todo o instante!
Euclides Riquetti
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