Há turbulência
no ar, na terra, no mar. Os conflitos, a atividade bélica, os confrontos, a
mistura dos interesses políticos, religiosos, ideológicos, a ganância, o desprezo pela vida humana,
povoam os quatro cantos do mundo, com maior ou menor intensidade. A guerra
sanguinária, com vítimas dentre os civis, protagonizadas pelos terroristas do
Hamas e o Estado de Israel, assusta as pessoas de bem no mundo. E, dentre nós,
brasileiros, ainda temos os que defendem assassinos sanguinários, terroristas
de marca maior. (E ainda há quem classifique como terrorismo, o vandalismo
acontecido no coração dos Três poderes em Brasília no desastrado 08 de janeiro).
A paz desejada
está longe de acontecer. Guerra ou guerrilha, não importa qual a denominação,
mas tudo é violência, são pessoas mortas, outras mutiladas, velhos e crianças
sendo degoladas, horrores inaceitáveis para os tempos atuais. Enquanto isso, os
Estados Unidos fazendo o seu jogo de um lado, e a Rússia e a China de outro. E
o Governo brasileiro, com relação a isso tudo, titubeante!
A cidade do Rio
de Janeiro sendo palco de guerra, com mais de três dezenas de ônibus sendo
incendiados, a ausência do Estado, a presença do perigo constante. E lembrando
que, há pouco tempo, as forças de segurança militares do exército foram, por
imposição das autoridades do Judiciário, “aconselhadas” a desocupar as áreas em
que vinham atuando naquela cidade. Enquanto se age por questões ideológicas, a
violência avança, as pessoas se sentem inseguras, o perigo é iminente.
Ainda, aqui no
território tupiniquim, seca no Norte e Enchentes no Sul. Incêndios destruindo
os biomas no Norte, chuvas ocasionando desabamentos, pânico e desolação por
aqui. A produção agropecuária prejudicada, a sinalização de alta dos
hortigranjeiros pela menos oferta já é sentida. Quem faz compra nos mercados
sabe muito bem do que eu estou falando.
O Rio do Peixe
não causou maiores danos nas cidades por onde passa. O Itajaí esteve bem
monitorado a as barragens de contenção das águas ajudaram a salvar a situação
contra um possível grande desastre. O Rio Iguaçu, que banha principalmente
Porto União e União da Vitória, teve a terceira maior enchente da sua história.
As queridas cidades gêmeas, onde vivi a maior parte de minha juventude, meus
saudosos e relevantes tempos de universitário, ficaram com a maior parte de seu
território urbano sob as águas. O Iguaçu costuma ter a elevação do nível de
suas águas subindo lentamente e o mesmo processo se dá para o deságue, para a
baixa das águas.
Em 1983, a água
permaneceu por 28 dias à altura da maçaneta da porta da entrada na casa de
minha sogra, em União da Vitória, localizada a 300 metros de distância do rio. Neste
ano, 70 por cento da área urbana ficou submersa. Vi os vídeos e as imagens da
televisão. Meus caros amigos de longa data indo alojar-se nas casas de parentes
ou amigos. Sem saída por rodovias tanto para o Paraná, quanto para Santa
Catarina.
Eleições em
nível municipal à vista - Os dias estão com pressa. Num piscar de olhos, nos
chegarão o Natal e o Ano Novo. Virão os desejos de Paz, Amor e Harmonia para o
ano que virá. Dois mil e vinte quatro, anos dos milagres, das facilidades, do
falar otimista: ano de eleições! A política fascina, encanta, ilude... As
amizades são colocadas em risco, pessoas que têm pensamentos diferentes se
antagonizam. Vêm as vitórias para alguns e as derrotas para outros. Pela
simples lógica da aritmética, mais perdedores do que ganhadores, pois há mais
candidatos do que cargos disponíveis. Enfim, ano de eleição, correm rios de
leite e mel!
A tese de
eleições com candidaturas únicas a prefeito e vice e, por conseguinte, uma
filtragem nas aos cargos proporcionais, com menos candidatos a vereador, é o
sonho de muitas pessoas, de cidadãos comuns que querem a paz na política e a
resolução dos problemas e conflitos. As cidades têm problemas de mobilidade, infraestrutura
que precisa ser melhorada, saúde, educação e segurança com mais investimentos.
Os sonhos vendidos nas campanhas geram expectativas geralmente não satisfeitas
e o eleitor se frusta. Aqueles que precisam transitar por ruas barrentas nas
chuvas, e poeirentas nas estiagens, estão cansados da falta de cumprimento das
promessas. Queremos uma cidade melhor, queremos que os gestores escolham os
melhores assessores, que realizem com eficiência a gestão de nosso dinheiro,
com probidade e competência!
Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com
Publicado no Jornal Cidadela - JOAÇABA - SC
EM 25-10-2023