sábado, 28 de outubro de 2023

Guerra, guerrilhas, violência e pânico – o saldo negativo de um outubro muito nefasto


      




       Há turbulência no ar, na terra, no mar. Os conflitos, a atividade bélica, os confrontos, a mistura dos interesses políticos, religiosos, ideológicos,  a ganância, o desprezo pela vida humana, povoam os quatro cantos do mundo, com maior ou menor intensidade. A guerra sanguinária, com vítimas dentre os civis, protagonizadas pelos terroristas do Hamas e o Estado de Israel, assusta as pessoas de bem no mundo. E, dentre nós, brasileiros, ainda temos os que defendem assassinos sanguinários, terroristas de marca maior. (E ainda há quem classifique como terrorismo, o vandalismo acontecido no coração dos Três poderes em Brasília no desastrado 08 de janeiro).

       A paz desejada está longe de acontecer. Guerra ou guerrilha, não importa qual a denominação, mas tudo é violência, são pessoas mortas, outras mutiladas, velhos e crianças sendo degoladas, horrores inaceitáveis para os tempos atuais. Enquanto isso, os Estados Unidos fazendo o seu jogo de um lado, e a Rússia e a China de outro. E o Governo brasileiro, com relação a isso tudo, titubeante!

       A cidade do Rio de Janeiro sendo palco de guerra, com mais de três dezenas de ônibus sendo incendiados, a ausência do Estado, a presença do perigo constante. E lembrando que, há pouco tempo, as forças de segurança militares do exército foram, por imposição das autoridades do Judiciário, “aconselhadas” a desocupar as áreas em que vinham atuando naquela cidade. Enquanto se age por questões ideológicas, a violência avança, as pessoas se sentem inseguras, o perigo é iminente.

      Ainda, aqui no território tupiniquim, seca no Norte e Enchentes no Sul. Incêndios destruindo os biomas no Norte, chuvas ocasionando desabamentos, pânico e desolação por aqui. A produção agropecuária prejudicada, a sinalização de alta dos hortigranjeiros pela menos oferta já é sentida. Quem faz compra nos mercados sabe muito bem do que eu estou falando.

       O Rio do Peixe não causou maiores danos nas cidades por onde passa. O Itajaí esteve bem monitorado a as barragens de contenção das águas ajudaram a salvar a situação contra um possível grande desastre. O Rio Iguaçu, que banha principalmente Porto União e União da Vitória, teve a terceira maior enchente da sua história. As queridas cidades gêmeas, onde vivi a maior parte de minha juventude, meus saudosos e relevantes tempos de universitário, ficaram com a maior parte de seu território urbano sob as águas. O Iguaçu costuma ter a elevação do nível de suas águas subindo lentamente e o mesmo processo se dá para o deságue, para a baixa das águas.

       Em 1983, a água permaneceu por 28 dias à altura da maçaneta da porta da entrada na casa de minha sogra, em União da Vitória, localizada a 300 metros de distância do rio. Neste ano, 70 por cento da área urbana ficou submersa. Vi os vídeos e as imagens da televisão. Meus caros amigos de longa data indo alojar-se nas casas de parentes ou amigos. Sem saída por rodovias tanto para o Paraná, quanto para Santa Catarina.

       Eleições em nível municipal à vista - Os dias estão com pressa. Num piscar de olhos, nos chegarão o Natal e o Ano Novo. Virão os desejos de Paz, Amor e Harmonia para o ano que virá. Dois mil e vinte quatro, anos dos milagres, das facilidades, do falar otimista: ano de eleições! A política fascina, encanta, ilude... As amizades são colocadas em risco, pessoas que têm pensamentos diferentes se antagonizam. Vêm as vitórias para alguns e as derrotas para outros. Pela simples lógica da aritmética, mais perdedores do que ganhadores, pois há mais candidatos do que cargos disponíveis. Enfim, ano de eleição, correm rios de leite e mel!

       A tese de eleições com candidaturas únicas a prefeito e vice e, por conseguinte, uma filtragem nas aos cargos proporcionais, com menos candidatos a vereador, é o sonho de muitas pessoas, de cidadãos comuns que querem a paz na política e a resolução dos problemas e conflitos. As cidades têm problemas de mobilidade, infraestrutura que precisa ser melhorada, saúde, educação e segurança com mais investimentos. Os sonhos vendidos nas campanhas geram expectativas geralmente não satisfeitas e o eleitor se frusta. Aqueles que precisam transitar por ruas barrentas nas chuvas, e poeirentas nas estiagens, estão cansados da falta de cumprimento das promessas. Queremos uma cidade melhor, queremos que os gestores escolham os melhores assessores, que realizem com eficiência a gestão de nosso dinheiro, com probidade e competência!

Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com


Publicado no Jornal Cidadela - JOAÇABA - SC

EM 25-10-2023

    

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Amigos, peço-lhes a gentileza de assinar os comentários que fazem. Isso me permite saber a quem dirigir as respostas, ok? Obrigado!