sábado, 19 de julho de 2014

A perda da Lilian Clarice Hachmann Pizzamiglio

          Ao retornarmos de uma viagem, na sexta-feira, tomamos conhecimento da partida definitiva da Lilian Clarice Hachmann Pizzamiglio, na quinta-feira, 17. Nas comunidades de Capinzal e Ouro era conhecida como "Clarice".  Sempre foi assim, desde jovem era assim chamada. Fomos funcionários da mesma empresa em 1971, a Pagnoncelli Hachmann, de Capinzal. Ela atuava no escritório e eu no Posto Ipiranga, de propriedade da mesma. À época nos tornamos amigos. Antes eu a conhecia "de vista".

          Esse "conhecer de vista" consistia em que ela costumava passear, nas tardes de domingo, pela Rua Felíp Schmidt, em Ouro, dirigindo a pick up Willys de uma cor entre o gelo e o marfim, da família. "Passeava" devagar, com a  atenção focada na pista.  Na época, 1968, havia no vidro traseiro da caminhonete,  um adesivo em que estava escrito "Homelite", cuja pronúncia é "homeláite". Era a marca de uma motosserra muito utilizada na época para a derrubada de árvores para alimentar as serrarias. O pai dela, o Herbert Hachmann, comandava tal serviço na empresa.

         Uma coisa de que lembro bem é que as garotas da época diziam: "Lá vem a Homelite", com o i ponunciado como em português. Parecia-nos uma pessoa insensível e como se não tivesse amigos.

          Em 1971, quando eu trabalhava no Ipiranga, ela vinha, no início do mês, para trazer nosso envelope de pagamento  dos ordenados. Trazia os valores em cédulas de cruzeiros. Como eram muitos os funcionários da empresa, preferiam pagar em dinheiro, poupando o serviço de datilografar uma grande quantidade de cheques. Ainda, vinha semanalmente abastecer o Opala do seu pai e "passar um ar" e realizar uma limpezinha na parte interna, ou mesmo uma lavagem no carro. Foi nessa época que descobri que ela era bem diferente do que imaginava. Era simpática, atenciosa e cordata.

          Os anos se passaram, saí para estudar em União da Vitória e depois trabalhar em Zortéa,  e quando voltei ela já era esposa do Odilon Pizzamiglio, que adquiriu a Livraria Central, em Capinzal, a mesma que, alguns anos antes, pertencera ao Alfredo Casagrande. A Clarice trabalhava com o marido e cuidava dos filhos pequenos.

        A Clarice e o Odilon tiveram dois filhos: o Thales, casado com a Edsangla,  que lhe deram um neto e uma neta. E o Arlon, que casou-se com a Laura e lhes deram uma neta. O Thales foi colega de minhas filhas no Mater Dolorum. Nessa época, a partir de 1984, passei a encontrá-la muitas vezes, quando ela ia buscar os meninos naquela escola, ao final das aulas, no período da tarde. Adiante, tivemos uma convivência social com o casal.

           No início deste ano, infelizmente, constatou-se que estava gravemente doente. Foi levada para tratamento no Hospital do Câncer de Barretos. Em junho,  retornou,  e seu estado de saúde estava muito agravado. Passou a ser atendida no Hospital São José e, depois, no Nossa Senhora das Dores, de Capinzal. Tinha dores fortes, mas o pleno apoio do familiares e das amigas, que lhe dispensavam os melhores cuidados.

          Agora, resta-nos lembrar com carinho de uma esposa e mãe dedicada e muito orgulhosa de seus filhos e netos.  Que Deus a tenha em seu Jardim Celestial,  onde possa recontrar suas muitas amigas que a precederam no caminho para a Eternidade. Que tenha as devidas compensações pelo bem que praticou em sua vida terrena.  E, aos familiares, nossas mais sentidas condolências.

Com um afetuoso abraço em todos!

Euclides Riquetti
19-07-2014

Obra-prima

Pensei em produzir uma obra-prima
Algo que marcasse, que ficasse eternizada.
Quem sabe um poema com boa rima
Quem sabe uma foto envernizada.

Pensei em produzir uma obra-prima
Algo que ninguém houvesse ainda feito.
Podia ser uma escultura pequenina
Podia ser um monumento perfeito.

Pensei em buscar  uma obra-prima
Algo raro, quem sabe inimaginável.
Podia ser uma  composição divina
Uma ópera de lírica admirável.

Pensei, repensei, tentei, retentei...
Busquei tirar algo de minha inspiração
Fui longe, longe, mas sabes quem eu encontrei?
Foste tu, bem escondida...no fundo de meu coração!

Euclides Riquetti

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Nas Dunas de Genipabu (aventuras com emoção!)

          Na segunda-feira fomos às Dunas de Genipabu no município de Extremoz, ao Norte de Natal, no Rio Grande do Norte. Nessas, foram gravadas muitas cenas da novela Flor do Caribe, da TV Globo. Um lugar indescritível, não é à toa que foi escolhido para as gravações. Centenas de buggies,  com habilidosos condutores,  levam pessoas, de todas as idades, para os passeios por diversos locais. A paisagem é belíssima. Imensidões de  areias brancas. Nas elevações é possível ver, ao longe as extensões de areia que bordam pequenas áreas vegetadas.  Dezenas de lagoas e mangues, onde é possível ver os caranguejos andando sob as árvores nos locais de encontro com do rio com o mar.

          O Rio Potengi, ao encontro com o Oceano Atlântico, é margeado por mangues. As lagoas em meio às dunas são formadas pelas águas das chuvas. Estas, são filtradas pelas areias e chegam ao rio e, depois, ao mar, sem nenhuma poluição. Adornam as areias e a vegetação. Paisagens exuberantes.

          Além das areias, dos pequenos bosques,  das lagoas e dos buggies coloridos e barulhentos, veem-se alguns pontos de parada, onde se encontram instaladas barracas que vemdem água de coco. Ali,  paga-se dois  reais por um coco com água, gelado, e o canudinho. Alguns cobram três reais, conforme a cara do turista. Mas há cerveja, água, refrigerantes e castanhas de caju.

          Alguns atrativos fisgam os turistas: passeio em camelos onde as pessoas são posicionadas sobre os dromedários usando turbantes árabes. Um passeio de jegue de uns dois minutos, o suficiente para uma foto interessante, vale dois reais. Alguns, os de mais coragem, fazem o "aerobunda" e os "esquibunda", que consistem em, o primeiro, andar em tirolezas e,  este, em descer rampas de grande declividade deslizando sobre vias de lona plástica. Numa dessas, com água correndo na "pista", as pessoas descem sobre pranchas de surf, indo parar numa barreira com câmaras pneumáticas de caminhões. Os mais endoidados ultrapassam a barreira e são parados numa rede de proteção. É uma brincadeira bem camicaze.

          Mas, o que é muito emocionante, mesmo, é o passeio com buggy. A cada curva,  nos dá a impressão que o veículo vai tombar. Os pilotos realizam manobras perigosíssimas. As pessoas gritam e quanto mais gritam, mais loucuras eles fazem. Na saída para o passeio, os pilotos perguntam se querem passeio "com emoção" ou "sem emoção". "Com emoção" é um passeio para por à prova a resistência do coração do turista. Não recomendo para pessoas que têm problemas cardíacos. Em nosso buggy, estávamos com as amigas Marlene e Alessandra (Leal) Segalin, de Capinzal.

         Nosso grupo, de Joaçaba, com 15 pessoas, participou de todas as manobras. Ainda bem que o Luiz Wieser, joaçabense, marido da Célia, que tem sido nosso companheiro em viagens de recreação, alertou a todos que era preciso ter coragem para ir na aventura, pois dá a impressão que os veículos andam a uns 200 Km por hora, devido ao barulho dos motores, estrondoso. Mas, na realidade, andam a 40 Km por horas, apenas. A Joana Trombetta e sua irmã, Lurdes, também se emocionaram com o passeio. O José Volpato e a Nilva, sempre comedidos.  Ele descobriu que acontecem acidentes fatais nesses passeios. Eu soubera um pouco antes, mas não falei nada para não assustar ninguém. Apesar de os pilotos serem hábeis, não há garantia de plena segurança. A Maria Joaquina Guerreiro,  também Joaçabense, é nuito corajosa e determinada.  A idade não é problema. Elegante e ágil, passou pelas mais fortes "emoções". Parece uma criança se divertindo muito. Havia o Perotoni e a Vera, esposa deles, que foram os organizadores da excursão. O "Pero" é uma espécia de "faz tudo". A Vera faz a parte diplomática... Resolvem os problemas das pessoas. A amiga Nelci Pelizzaro Marcon, socorreu as que precisaram de remédios quando encostaram as pernas nos escapamentos superaquecidos dos buggies. A viveu intensa emoções. A outra integrante, Neide Abati, é funcionária do CERT, aqui de Joaçaba. Integrou-se perfeitamente à turma.

          Ninguém fugiu da raia! Todos participaram, efusiva e entusiasticamente das brincadeiras. Os pilotos também são guias exímios. Conhecem cada detalhe dos lugares. Contam histórias que nos maravilham. Fazem piada de tudo, inclusive de si mesmos!

           Valeu a pena ter conhecido as Dunas de Genipabu, próximo da cidade de Natal, no Rio Grande do Norte. Recomendo isso a você tmbém, amigo leitor!

Euclides Riquetti
18-07-2014

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Pés descalços

Pés descalços
Acariciam as calçadas
Abandonadas.
Corações em percalços
Com batidas descompassadas
Retumbam em almas maltratadas
Rejeitadas, mutiladas.


Pés nus buscam caminhos de luz
E pisam na relva umedecida
Adormecida
Sustentando o corpo que seduz.

O corpo que atrai
E que distrai
Furta meus pensamentos pecaminosos
Libidinosos...
E me mergulha nas águas
Me afoga nas mágoas.

Algo me atira às incertezas do momento
Que vaga lento, lento
Como a nau que vai
E se perde no infinito
Bonito...
Bonito, mas cheio de ruelas obtusas
Confusas
Como eu!

Euclides Riquetti

terça-feira, 15 de julho de 2014

Viver e ser feliz!

Medos
Segredos
Anseios
Devaneios!

Dizer
Ver
Crer
Viver!

Dizer segredos
Ver devaneios
Crer nos anseios
Viver  sem os medos.

Viver aqui
Viver ali
Viver em ti
Viver por ti.

Viver, viver, viver
Viver e acreditar
E poder dizer, dizer:
Perto de ti ... ficar, ficar!
Ficar, bem perto de ti, sem medo!
E ser feliz!

Euclides Riquetti 

Natal - Em ritmo de aventuras!

          Estivemos em Natal. Sempre tivemos interesse em conhecer o Nordeste Brasileiro. Ver, de perto, como são as pessoas, os costumes, a sua História, a paisagem. Estar ali, na realidade próxima, nos permite sentir tudo com maior intensidade. Chegamos na  sexta-feira, O aeroporto se situa num município limítrofe, 45 Km distante da "Ponta Negra", onde ficamos no Hotel Safári que tem um cafezão daqueles muito especiais. Atendentes atenciosos, cordiais e amáveis. Tudo muito organizado.

          O novo aeroporto é muito bonito. Está com índice de modernidade entre os 4 mais modernos do mundo. Realmente, a Copa ajudou muito a cidade de Natal. A Arena das Dunas, aquela em que o uruguaio Luiz Soares mordeu o italiano, muito bonita. O entorno, embora ainda não concluído, também oferece praticidade para a mobilidade. A praia longa me lembra Canasvieiras. Toda a Ponta Negra é muito movimentada. Centenas de hotéis e restaurantes, bares, lojas. Muito artesanato e muito doce de caju e castanhas. No hotel, suco de caju e acerola, tapioca, e muitos doces e salgados diferentes dos com os quais estamos acostumados no Sul. Mas, nas pessoas, vejo modos idênticos. Nem parece que estamos distantes.
Meus colegas também tiveram impressão assim.
         Visitamos o Forte dos Reis Magos. Uma fortaleza projetada e implantada dentro de uma formidável lógica de defesa para as guerras. Os portugueses eram mais espertos do que a História nos mostra. Tinham um forte muito bem aparelhado e uma logística interna perfeita. Acho que os engenheiros e arquitetos deles eram simplesmente criativos e capazes. Um guia muito jovem, Rivelino, nos ensinou muito. Luzimário, outro guia e motorista da van que nos transportava, também um jovem muito comunicativo. Fazia piada de tudo. Conhece, perfeitamente, a história de Natal e de cada um de seus pontos turísticos. Aprendi muito com ele.

          Conhecemos o Mercado Municipal,  onde é vendido o artesanato local. E ainda um antigo presídio que foi transformado num conjunto de lojas com produtos do Rio Grande do Norte e gastronomia, o Centro de Turismo. No andar superior, uma Galeria de Arte fenomenal. Conheci um casal de Córdoba, bem jovem e simpático, que fotografei ao lado da Maria Bonita. Dela e do Lampião, contei-lhes a história de nossos heróis do Sertão  e até cantei para eles: "Acorda, Maria Bonita, levanta vai fazê o café, que dia já vem raiando, e a polícia já tá de pé... "

          Sobre a Copa do Mundo, os potiguares têm muito de bom a falar, pois vieram muitos turistas e isso representa a vinda de outros. Resta saber se tudo aquilo que foi começado, realmente seja terminado,  O domingo foi de muita aventura e conhecimentos. Ao final do dia, alguns caíram na água da Praia de Ponta Negra.  A temperatura de verão é convidativa. O Turismo acontece o ano inteiro. É o local mais próximo da Europa e isso facilita muito.

          A história deste lugar maravilhoso e encantador vou deixar que você, leitor, busque conhecer por conta própria. Há, ainda, muito o que contar, o que farei nos próximos dias.

Grande abraço!

Euclides Riquetti
13-07-2014

domingo, 13 de julho de 2014

Lá fora

Vá lá pra fora
Olhe as estrelas
É possível vê-las
Bem agora. ( Ainda não são ... 23 horas...)

Olhe pro céu infinito
Negritude prateada
Noite abençoada
Firmamento bendito.

Pense comigo:
A noite é dos sonhadores
Dos  sentimentos avassaladores
E eu me perco contigo.

As estrelas, o céu, os sonhos
Os teus olhos risonhos
Os teus pensamentos (medonhos?)
Me tornam menino, menino!

E alguém imprime um destino:
Você!

Euclides Riquetti