sábado, 5 de abril de 2025

Eu quisera ser...

 


 




Eu quisera ser

Aquele que te encanta

Que te faz tremer...

Enquanto cantas.


Eu quisera ser

Como o beija-flor

Que no alvorecer

Te beija com amor...


Eu quisera ser

Como o sol brilhante

Que te leva a ter

Calafrios a todo o instante...


Eu quisera ser

A canção que tu cantas

E poder te dizer

O quanto me encantas...


Eu quisera ser

Um poeta terno

E poder merecer

Teu amor eterno...


Eu quisera ser

O grande inspirador

E poder te dizer

Que sou teu único amor!


Euclides Riquetti


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Olhos nos olhos

 


 


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Olhos nos olhos, peito no peito
Lábios nos lábios, coração com coração
Quero-te amar assim, desse nosso jeito
Quero-te querer com amor e paixão!

Quero divagar junto contigo
Viajar no tempo e te encontrar no espaço
Quero chorar no teu ombro amigo
E percorrer os caminhos que eu mesmo traço!

Quero-te beijar nas noites estreladas
Dar-te carinhos quando anoitece
E afagar teu corpo nas tardes nubladas.

E quando perceberes o quanto eu te amo
E notares que também pra ti o amor acontece
Guardarei os versos com que há muito te chamo!

Euclides Riquetti

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Bela tarde de sol

 


 



Bela tarde de sol, muito inspiradora

No cenário, uma paisagem redentora

No arvoredo, a canção do passaredo

No céu, o anilado que anula o medo

Porque é sábado de sol bem dourado!


Bela tarde de sol animador dos entes

Nas ruas velhas desfilam os viventes

Tomam rumos que nem escolheram

Vestem roupas que as mãos teceram

Que lhes trouxeram os anjos alados!


Na bela tarde de sol, eu me lembro

Houve esperança no último setembro

Vieram novos meses e outras estações

E nenhum alento aos nossos corações 

Que buscam a liberdade tão sonhada.


Pois que venha outro novo setembro

Mais um outubro e outro dezembro

Que nos volte logo o calor do verão

Para reanimar meu pobre coração

Para que a vida leve seja retomada!


Euclides Riquetti

Deixe-me entrar em seus pensamentos

 


 







Deixe-me entrar em seus pensamentos
Sejam eles puros, ou então atrevidos
Deixe que eu invada o seu íntimo ser
Eu e meu coração frágil ou... tímido!

Deixe-me conhecer sua alma por dentro
O seu lado cinza  e o seu lado branco
Quero ser um anjo a chegar para ver
Se há algo além de beleza e encantos...

Deixe-me perguntar se me ama e deseja
Se represento algo, se bastante me quer
Ou se não passo de um sonho vivido
Algo a inundar seu corpo de mulher...

E, na configuração do que quer que veja
Delineie a imagem de um anjo protetor
E, se tudo parecer que não faça sentido
Ao menos creia nos desígnios do amor!

Euclides Riquetti

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Atire, em mim, a sua primeira pedra!

 




Atire, em mim, sua primeira pedra
Alveje-me com toda a força de sua raiva
Com todo o ódio que sua alma encerra
Com a turbulência de sua mente sem alma...

Fale-me com a força de sua eloquência
Expulse-me de sua mente com furor
Jogue-me na lama com sua insolência
Atire em mim sua frustração e seu rancor...

Ataque-me nas ondas do mar revoltoso
Alimente minha sede com a água salgada
Queime-me com o sol quente e fogoso
Que agride minha pele sofrida e desgastada...

Faça de mim o alvo de suas agressões, mas
Cuide para que os papéis não se invertam
Pois só quem semeia o bem colhe a paz
Só com luz e amor os anjos se contentam!


Euclides Riquetti

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O Tchule, o Urco e o Mário Ferro - personagens de minha cidade!

 


 




Escudo de nosso Arabutã FC - no qual joguei
futebol com o Tchule e o Urco - O Mário fazia
a manutenção geral do gramado do estádio,
localizado na Baixada Rubra - em Ouro - SC


          No dia em que os brasileiros comemoram o Dia Nacional da Consciência Negra,  minha mente se voltou para alguns amigos com quem convivi e que, ao partirem, me deixaram com muitas saudades. São pessoas que marcaram época em Capínzal e Ouro  pela sua maneira de ser e posso até arriscar a classificá-los como figuras folclóricas: O José dos Anjos, conhecido como Tchule; Vivaldino dos Santos, o Urco; e Mário Borges da Rosa, o Ferro.

          De comum com eles, em alguma época de minha vida vesti a camisa do nosso glorioso  Arabutã FC. Os dois primeiros como jogadores e o último como um aficcionado pelo Rubro da Baixada.

          Conheci o Tchule ainda na infância, tinha um irmão, o Jânio, que chamávamos de "Chefo". O pai deles chegou a aposentar-se como funcionário da Prefeitura de Ouro. O Tchule era uma figuraça. Quando ria, seus dentes brancos eram bem realçados em sua tez morena. Muito simpático, inteligente, habilidoso com os pés, no futebol, e com as mãos e braços no repicar  das baquetas em sua bateria no tempo de "Os Fraudsom". Gostava muito de samba, era muito fera. Trabalhei com ele no Posto Texaco, ali no Ouro, da Família Dambrós. Éramos lavadores e lubrificadores de carros e caminhões. Trabalhávamos muito.

          Jogava no Arabutã, era zagueiro central habilidoso, mas sabia jogar nas outras posições. Quando voltei de União da Vitória e fui morar em Zortéa ele apareceu por lá, no tempo em que estive fora havia jogado no Grêmio Lírio. Na mesma época, a notícia de que foi acometido por uma hepatite que, mal curada, levou-o para o mundo dos mortos. Até hoje guardo seu sorriso bonito e sua maneira educada de resolver as coisas. Uma vez emprestei-lhe minha jaqueta branca e ele me emprestou um de cor gelo, ainda quando lavávamos carros. Era a maneira que tínhamos para ir aos bailinhos...

          Com o Urco, jogamos bola nos veteranos do Arabutã. Além de lateral esquerdo vigoroso, era um bom marcador. Às vezes atuava na zaga. Era também árbitro da Liga e trabalhava no Serviço de Inspeção  Federal na Perdigão, junto com o Bisteca, o Cheiroso e o  Kojak.  Levou azar o amigo, pois foi acometido de Leucemia. Fez transplante de medula óssea em Santa Maria, RS, mas com o tempo a mesma voltou e ceifou-lhe a vida, deixando os filhos, que foram meus alunos na Escola  Sílvio Santos.

          O Mário Ferro foi uma das figuras mais folclóricas que conheci. Só usava camisa de vermnelho encarnado, do Arabutã. Na falta de uma, podia ser do Internacional. Trabalhou na conservação do Estádio do Arabutã, era muito caprichoso. Mesmo depois de sair de lá, defendia o clube e o patriomônio como se dele fossem. Aos domingos, ia a pé pela rua de asfalto, meio cambaleando, e chegava ao campo, ficava torcendo de pé, junto ao alambrado. Mesmo não estando perfeitamente sóbrio, sabia tudo o que se passava no gramado. Reclamava do juiz, lamentava as derrotas e invadia o campo após as vitórias.

          Muitas vezes, no frio do inverno, de madrugada, batia lá em casa. Não queria nada, não entrava, só queria me comprimentar. E perguntava: "Ondé que tão as geminha? Tão durmindo? E a zoinho preto?" Eu ficava um bom tempo lá com ele e ele pegava seu chapéu de aba larga e ia embora. A vizinhança gostava dele, as crianças gostavam dele. De vez em quando filava uma prato de comida na Dona Ézide Miqueloto e depois de brincar com as crianças, a Caroline, a Michele, o Fabrício, o Maxuel, o Felipe, o Júnior, a Evelyn, a Aquidauana e o Thiago,  se mandava. na rua, ia abanando pra todo mundo, conhecia todos e todos o conheciam.  Gostava de ir ao sítio do Nízio Dal Pivo, no Pinheiro do Meio, onde era bem tratado e até ajudava a fazer cachaça no alambique. Viveu a maior parte de sua vida sozinho e, quando foi a Joinville ver uma filha, ficou por lá e morreu. Acho que perdeu seu habitat natural...

          Três pessoas boas, simples, que muito marcaram a vida de muita gente. Que angariaram a simpatia nossa e das pessoas que os conheceram. Então, no Dia Nacional da Consciência Negra, quero homenageá-los, bem como a todos nossos irmãos afrodescendentes. Estejam com Deus, Tchule, Urco e Ferro!

Euclides Riquetti
21-11-2013

Além de ti há o mar...

 


 


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Além de ti há o mar
Uma imensidão azul que te desafia
Um sol que te agride com ousadia
E que tu não o podes enfrentar.

Além de ti há o mar
Majestoso, atrevido e valente
Misterioso, voraz e imponente
E  que tu não o podes dobrar.

Além de ti há o mar
Cujas águas voláteis te cortejam
Como meus olhos que te devoram e desejam
E que te quer para te embalar.

O mar, apenas o mar...
O mar de milhões de anos
Que lava teus medos e teus enganos
E que alimenta teu sonhar.

O mar, simplesmente um mar
A te fazer pensar
A sentir saudades
De eu querer te amar...

Apenas te amar!

Euclides Riquetti

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sexta-feira, 4 de abril de 2025

Nas areias macias

 


 




Brincam, as crianças, nas areias macias
Correm atrás de bolas multicoloridas
Jogam-se nas águas espumosas, frias
Mergulham gaivotas buscando  comida.

O vento fresco borda desenhos criativos
Os pés desnudos repisam nos castelos
Erigidos pelas mãos ágeis das meninas
Areia e água trazida no balde amarelo.

Descreve o poeta a cena do amanhecer
O camelô a oferecer as cangas e saias
A confeiteira acena com doces de prazer
Passam os namorados felizes pela praia.

O camelô vende óculos, bonés e viseiras
Vende sanduíches, churros ou cocadas
Tem batida deliciosa, caipira brasileira
Cuias pra chima habilmente torneadas.

Passam vendendo milhos e pamonhas
Pulseiras do mais bonito artesanato
Bolsas, mantas,  e roupas medonhas
Badulaques e muitos outros artefatos.

Assim é nossa praia bela e hospitaleira
Um pedaço de céu, areia e muito mar
Água que atrai, nossa bela Canasvieiras
Lugar de viver, tomar sol, rir e nadar!

Euclides Riquetti

Nossas escolhas

 


 


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Todo o ser detém o poder do livre arbítrio
E, por ele, pode fazer suas escolhas
Pode amparar-se em sólido edifício
Ou agarrar-se à fragilidade das folhas.

Por escolhas erradas, poderá se arrepender
Pelas retilíneas, haverá o bem-usufruir
Mas tudo isso dependerá de cada ser:
De como se entregar ou de como reagir.

Se as escolhas equilibrarem razão com paixão
Se encontrará o ponto de serenidade
Não se maltratará um frágil coração.

Mas, se as escolhas se assentarem na ilusão
No sonho fútil, distante da realidade
Se terá que arcar com a dor da decepção.

Euclides Riquetti

Anda, poeta da noite...





Anda, poeta da noite, cantor de boemia
Procura a forma de dizer a poesia...

Anda... Procura a dona desta noite: a prostituta
Não te preocupes com moral ou com conduta!

Afinal...
A noite é o dia, a noite é o claro do cantor
E a viola, é a glória do incansável tocador!

Anda...Anda, menestrel de nosso tempo moderno
Dize aos ouvintes que teu canto é eterno!

Que o amor é a rima, a rima do teu verso
E que no mundo, só o poeta escreve o certo...

Afinal...
O poeta, pra ser rei, só se for rei pobre
Pois se o rei é poeta, esse rei é nobre!

Anda, tocador de viola, em seu bom repente
Nas praças e palcos faze-te presente
Leva a alegria ao coração partido...
E não ter aborreças com o amor perdido!

Pois, se hoje és tu e amanhã não és
Pode vir um louco e beijar teus pés...

Vai, Anda...Cavaleiro andante das estradas
Cantando em bares, clubes e pousadas.
Sê mais guerreiro do que foi o romano
E não te intimides com o soberano!

Afinal...
De que vale o ouro, esse vil metal
Se a vida rica é sempre tão banal?

Anda, soldado bravo, anda pelo mundo!
Cabelos longos, barba espessa, olhar profundo.
Grita pra todos que esta vida é uma grande festa
E que não há outra cidade como esta!

Afinal...
Onde se encontram os tesouros que procuras?
Aquelas almas sem pecados, brancas, puras?
Busca teu caminho entre os bons e o bem...
Busca teu caminho sem o mal!
Euclides Riquetti

Poema publicado na coletânea catarinense
"Santa Catarina Meu Amor" - da Academia de 
Letras  do Brasil, sessão de  de Santa Catarina, 
na qual sou Imortal, ocupando a cadeira número 19. 

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Um rosto fascinante

 



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Procuro, nos céus, um precioso elemento
Algo que me substancie e me reenergize
Busco, nas ondas infinitas do firmamento
Um rosto fascinante que te identifique!

Vasculho, por entre as estrelas e meteoros
O semblante sutil do rosto bem delineado
Sai-me o suor de tenro odor de meus poros
Para colar-se na pele de teu corpo molhado.

Procuro, nos mergulhos das vãs procuras
Mergulho no universo da paixão exacerbada
Anseio pela frágil ilusão em noites impuras.

E te encontro nas respostas de sonetos líricos
De versos nas estrofes por mim declamadas
E eu te abraço e beijo os teus lábios lívidos!

Euclides Riquetti

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Você, as flores e o mar!

 


 


Você, as flores e o mar!


Tu adornas as flores coloridas e elas te adornam
São belezas que se encontram e se harmonizam
Tu és emoldurada pelas flores que te contornam
Sois imagens que em minha mente se eternizam.

Não importa qual seja o dia ou seja a distância
O que conta é o que tu fazes e o que representas
Para mim, cada minúcia tem forte importância
Cada gesto teu tem sua relevância e sua essência.

Teu rosto vem a mim em meio às nuvens claras
Sobrepõe-se à calmaria e exuberância dos mares
A imensidão se reveste de uma dimensão ignara.

Teu pensamento vem a mim e o meu te encontra
Como num encontro romântico de dois olhares
Sem obstáculos, com amor, alma aberta e pronta.

Euclides Riquetti

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Vagam, na noite, pensamentos mundanos

 


 

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Vagam, na noite, pensamentos mundanos

Vagam pensamentos na noite escura
Levam meus pecados até o seu coração
Vagam nas ondas da imaginação.
Sobrepõem-se às  turbulências, pedras e agruras
Vão buscar alento na imensidão.

Vagam meus pensamentos que se misturam aos seus
Levam-lhe os desejos que excitam minha  mente
Vagam sem amarras, abertamente
Levam aos seus lábios os beijos que são meus
Vão dizer a você o que minha alma sente.

Pensamentos entendem códigos indecifráveis
Têm a liberdade que o corpo não tem
E criam cenários inimagináveis.

Pensamentos, ah, pensamentos mundanos
Vaguem libertos até encontrarem meu bem
Alguém que possa entender meus sentimentos profanos.

Euclides Riquetti

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No silêncio da madrugada


 


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No silêncio da madrugada


Acordo na madrugada, num repente
Apenas a música do silêncio e da magia...
Não há mais barulhos, foi-se a gente
Na fresca madrugada, calma e silente
Apenas uma leve nostalgia!

Na madrugada do lençol macio, da cama quente
Um frágil pulsar de corações
Nos corpos que se encostam levemente
Quando  amantes  se perdem sutilmente
E brotam mil amores, mil paixões.

É no silêncio da madrugada que eu escuto seu coração
Não sei  de onde, mas manda-me sua música contagiante
De seu pulsar harmônico embebido de paixão.

É na madrugada que meu pensamento move-se no ar
E vai em busca  de seus olhos cativantes
Vai em busca de encontrar seu belo olhar...

Euclides Riquetti

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Não quero que me abraces se não quiseres

 


 





Não quero que me abraces se não quiseres
Quero apenas que me queiras se quiseres
Não quero que me beijes se não desejares
Quero apenas que me desejes se desejares.

Não sou perfeito em minhas perfeições
Tampouco imperfeito nas imperfeições
Não sou o certo que foi convencionado
Tampouco sou incerto para  ser acertado.

Não sou como uma água que contamina
Nem um veneno que te possa contagiar
Beber de mim não é o que se determina.

E, nas minhas perfeições e imperfeições
E em todos os teus quereres e no desejar
Apenas perguntas, apenas interrogações.

Euclides Riquetti

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quinta-feira, 3 de abril de 2025

Quando a lua cheia chegar

 


 



Quando a lua cheia de novo chegar
Para por romance nos corações dos namorados
E voltar-nos o seu  brilho lunar prateado
Estarei esperando por seus olhos encantados
Que me fazem viver, sentir, respirar...

Quando, solitário,  eu ouço a suave sinfonia
Da natureza que repousa abençoada
Que me cobre com seu manto sagrado
E eu olho para a imensidão estrelada
Sou arrebatado por tênue nostalgia.

Ah, doce sensibilidade de poeta
Vem me confortar com sua inspiração
Vem me animar a alma e o coração
Vem trazer-me a palavra certa
Que me faz rimar amor com paixão.

Vem ensinar-me a esperar
A lua cheia voltar!
Euclides Riquetti

Aquela estrela que cintila no céu


 



Aquela estrela que cintila no céu e me vê
Que me olha mansamente
Com seu olhar sensual
Com seu brilho atraente
Que me faz sentir-me contente
Feliz, disposto, jovial
É você! Só pode ser você...

Aquela estrela por quem me importo
Com a  qual me preocupo sempre e  sempre
E que diz importar-se comigo também
Que está sempre presente em minha mente
Para quem declamo meus repentes
Precisa ser minha e de mais ninguém
Pois nela me animo, revivo e conforto...

Aquela estrela que faz brotar a faísca da paixão
Aquela estrela deixa o perfume no ar
Aquela estrela que mexe com meu coração
Que vai e que volta mas vem me encontrar...

Aquela estrela vem no pensamento e não sai
Aquela estrela que chega até mim e não passa
Aquela estrela pendurada no céu que não cai
Que me olha, me beija, me encanta e me abraça...

Euclides Riquetti

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Caem lágrimas do céu

 




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Caem lágrimas do céu e dos olhos meus
Pois eu choro a dor de meu maior lamento
O choro de meu indisfarçável sofrimento
Choram os crédulos, os crentes e os ateus...

Choram os anjos, como choram os arcanjos
Das divas e sereias, das virgens os gemidos
E assim choram as águias os seus prantos
Lamentam as gaivotas pelo voo perdido...

Cobrem o céu as nuvens densas e escuras
Os raios de sol se acanharam e fugiram
Prometem mais águas vindo das alturas...

E eu me perco nas lembranças, eu reflito
Já não seco minhas lágrimas que sumiram
Olho pro céu enegrecido e apenas medito...

Euclides Riquetti

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João Libório - o vendedor de bananas - crônica de memórias

 


 





          Pessoas podem ocupar generosos espaços em nosso imaginário. E, mesmo que esse espaço seja compactado e armazenado lá no fundo da nossa consciência, é possível que,  de um momento para outro,  ele nos volte à memória, como se as personagens, os ambientes, os fatos, estivessem, de novo, desfilando em nossa frente. E, para determinados seres, não importa se a fortuna os contemplou, se seus nomes ocuparam os noticiários ou as páginas dos jornais ou livros de história. Importa, mesmo, é que essas personagens nos tenham deixado boas lembranças e que, quando elas nos voltam, a realidade parece refazer-se e nos trazer a alegria de uma saudosa e maravilhosa lembrança.

          É possível viver dignamente, estar bem, ficar bem, continuar bem, ter o carinho dos familiares, amigos e vizinhos, quando se tem a bondade na alma, a simpatia se estampando no semblante, a elegância nos gestos. É possível, sim, marcar a presença na cidade,  mesmo sendo um quase que anônimo cidadão, ter a admiração das pessoas, construir uma biografia simples mas recheada de méritos. E o mérito principal ser o de ter vivido e deixado os outros viverem.

          Na minha infância, em muitas de minhas tardes e manhãs, eu presenciava a passagem de um cidadão de altura mediana, magro, rosto fino, pele morena (como diria o Dr. Vítor Almeida, cor de cuia!)  que, alçando alternadamente nos braços  uma cesta de vime, oferecia no comércio, nas casas, ou mesmo para os que andavam despretenciosamente nas ruas, pequenas pencas de bananas,  João Libório. Belas e saudosas lembranças de sua fala calma e macia, de seus gestos delicados, da singeleza de seus modos.
(Não, não é preciso ser "poderoso" para cativar ou influenciar os outros. É preciso ter, em si, algo que nos caracterize, que nos dê uma marca, que nos identifique, que faça com que os outros nos percebam...)

          Pois o Seu João Libório, com seu nome inteiro, assim, não apenas João, nem apenas Libório, vendia-nos bananas, em pencas com oito, nove, dez, onze bananas, dependendo do tamanho de cada uma delas. Mas pencas que dificilmente tinham seu peso distanciado de 1 Kg. Ora, tinha ele tanto conhecimento de seu afazer, que apenas pelo olhar ou por segurar nas mãos uma das pencas, sabia dizer exatamente o seu peso, nem precisava usar de uma balança para verificar isso. Ninguém duvidava dele. E vendia uma cestinha de bananas pela manhã e outra à tarde. Apanhava-as em dois pontos de abastecimento: o Depósito de Bananas do Augusto Hoch ou a Bodega do tio Adelino Casara, em Capinzal. Saía à rua e já tinha os fregueses certos. E, ainda, havia os colonos que estavam a visitar a cidade nas bandas do Ouro ou do Capinzal, e que compravam uma, até duas pencas, para levar para casa. Não era uma fruta rara, mas na época tudo era difícil, não havia os supermercados, os sacolões, como há hoje, onde pudesse ser comprada.

          E, nesta manhã, ao acordar bem cedo, não sei se para sugerir-me o escrever de uma crônica, não sei realmente por qual  motivo, mas algo me trouxe à tona a imagem do João Libório. De origem simples e humilde, um homem honesto, um pai zeloso, um cidadão exemplar, nunca teve telefone, provavelmente não teve aparelho de tevê em casa, jamais imaginou que pudesse ter um carro... Mas nunca  perdeu sua credibilidade, jamais deixamos de confiar na decência e seriedade com que nossa personagem levava a vida e nos deixava bons exemplos, dentre eles o de como tratar bem as pessoas com quem convivemos ou com que nos relacionamos!

Minha homenagem ao João Libório, de cujos descendentes não tenho nenhuma notícia, mas que devem estar por aí vivendo honrosamente como ele viveu.

Euclides Riquetti
04-10-2013

quarta-feira, 2 de abril de 2025

Abra sua alma encantadora

 






Abra sua alma encantadora
E deixe-me chegar...
Brilhe em sua aura sedutora
E deixe-me entrar...
Espalhe seu largo sorriso
Por todo o caminho...
Deixe que eu lhe proporcione
Todo o meu carinho!

Abra seu sempre afável coração
E deixe o amor chegar...
Abra para a forte paixão
E deixe-a  entrar...
Estenda-me sua mão delicada
Para que eu a pegue...
Quero ternamente segurá-la
Apalpá-la de leve...

Deixe-me fazer isso!
Apenas quero fazer isso...
Bem assim!

Euclides Riquetti

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Não há estradas sem pedras (poema e crônica)

 





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Não há estradas que não tenham pedras
Poucas das roseiras não têm espinhos
Mesmo se o céu não mostrar as estrelas
Ainda assim haverá um bom caminho.

Não há mares sem águas revoltosas
Nem calmaria durante as tempestades
Atitudes precipitadas são desastrosas
E não haverá amor sem cumplicidade.

Para os conflitos haverá sempre saídas
Para as dificuldades haverá  solução
A regra é  andar de cabeça erguida
E manter a mente centrada na razão.

Equilíbrio, postura e perseverança
Asas para que voe toda a imaginação
Acreditar no amanhã e ter esperança
E colher os resultados que lhe virão!

Euclides Riquetti

Eu que o diga: Há 16 dias, caí um baita tombo na estrada do meu sítio,
resvalando nas pedras soltas e rolantes, dando com o pé direito numa
pedra firme, que estava no meio do caminho. Me arrastei até minha 
Strada, tomei um analgésico, consegui vir até casa. Pelas experiências
de quando fraturei duas partes do perônio e  uma de tíbia, com esfa-
celamento ósseo, na perna direita, em 1984;  e noutra vez, em que rompi 
ligamentos e menisco no joelho esquerdo, em 1998, em que guardo um 
parafuso de titânio, colocado pelo Doutor Terri Guérios, (de União da
Vitória, ambas as ocorrências no estádio do Arabutã, em Ouro, eu 
mesmo me avaliei e constatei que nada havia de grave. Somente 
nesta semana consultei o Doutor Erlo Lutz, da unidade de saúde aqui
perto de casa,  em Joaçaba, para me certificar de que tudo estava bem.
E estava. Nada além de uma luxação, que me causou muitas dores.
Ele e suas auxiliares, Flávia de Lucca (Catanduvas SC) e Scalsavara 
(Campos Novos), me disseram que tudo o que eu vinha fazendo estava certo. E me recomendou aplicar  compressas de gengibre ralado e de erva baleeira, que me fora indicadapela amiga leitora Lúcia, lá de Ouro.!
Mais uns dias e volto à ativa lá no sítio, onde estou construindo meu
refúgio, que deverei batizar como "Galpão da Poesia".
Abraços em você, leitor, e obrigado por me prestigiar, acessando 
]meu blog e lendo minhas publicações.

Euclides Riquetti
02-04-2025
www.blogdoriquetti.blogspot.com