O Brasil vive uma guerrinha chula que abrange uma realidade
factual e uma virtual. Sim, estamos em plena Guerra dos Ovos. Esta vem
sucedendo a das carnes e do café. Os atores são aqueles que buscam os holofotes
os dedilham os teclados para competir num campo que está se tornando vasto: O
dos espectros ideológicos, políticos e sociais. A tenda do circo mundo está
cada vez maior. E os palhaços tropeçam entre si no picadeiro. Os iludidos e os
engajados surfam ou se afogam em suas narrativas, crenças e idiotices, Os
vidiotas e os netidiotas se digladiam. O jornalismo raiz está desaparecendo, os
comunicadores são torcedores de alguma forma: estão no Lado A, no B ou no C de
centro. Enquanto isso, a vida do cidadão comum vai ficando cada vez mais
difícil.
A oposição ataca
falando na picanha prometida, no café, nos combustíveis, nos juros altos, nos
impostos escorchantes. O Governo faz malabarismos para conter a desgraça
estrutural, gasta mais do que deve, busca foras de comunicação que não fazem
mais efeito e o povo reclama. O Governo de torna impopular e as eleições de
2026 fazem-no correr contra o tempo, vivendo situações pelas quais não
imaginava passar. Os preços dos produtos se balizam nas oferta e na sua
procura. Então, economizemos justificativas e narrativas. O arroz e o feijão
estão baratos, o óleo de soja oscila, o tomate idem. A carne, os chocolates e
os ovos estão caros. O material de limpeza e higiene você tem muitas opções de
compra, com preços para todos os bolsos.
O conjunto de
falas, falácias, falações, ações e atitudes tem crescido, cada qual se defende
como pode e, como diria o comentarista esportivo, a melhor defesa é o ataque.
Isso se aplica aos esportes, mas não cola em todos os outros campos. Se atacar
indevidamente, vem chumbo grosso de volta.
Pontes –
rodovias – estrutura básica – Há quantos anos estamos regredindo em termos de
estradas transitáveis e seguras, em estrutura básica para logística, em
evolução das artes correntes, que são o suporte de segurança das rodovias,
principalmente nas BRs, da malha rodoviária federal? – E a resposta eu tenho: 4
décadas, quase 5!
Trabalhei na
concessionaria da Mercedes-Benz do Brasil em União da Vitória, Paraná, de 1972
ao inicio de 1977. Cinco anos na mesma empresa, a fila de espera para os
clientes receberem seus caminhões dos modelos mais tradicionais era de 4 a 6
meses, os mais potentes, os “lançamentos”, conseguiam-se em menos de um. Mas
ainda eram dúvida na cabeça dos transportadores. As rodovias federais
asfaltadas eram as mesmas de hoje, mas eram novinhas, e o movimento era bem
menor, havia menos veículos transitando. Os governos eram cobrados para
investimentos em armazenagem, pois muitos produtos eram perdidos por não terem
lugar para serem armazenados até o seu escoamento. As cooperativas obtinham do “governo da
ditadura”, empréstimos a juros subsidiados, construíam grandes armazéns para
secagem e depósito de grãos. Os produtores ganhava dinheiro e plantavam no
jargão de “Plante que o João Garante”.
Agora, os planos
de produção são alardeados, dinheiro é
disponibilizado produtor. Mas temos as intempéries... Já as tínhamos nos
anos70. Olhavam-se os “rabos de galo” no céu do Rio Grande do Sul para esperar
pelas chuvas em janeiro aqui em Santa Catarina. A produtividade não era tão
generosa como é hoje, pois temos grandes avanços tecnológicos. Mas temos
significativas perdas, agora não só pela insuficiência de armazenagem, mas
pelo alto custo da energia elétrica, os buracos nas estradas, os pedágios, o
IPVA, o seguro do veículo e os juros dos financiamentos.
A imprensa
desinformada, tendenciosa quando velha viciada e ingênua quando nutella, pouco
contribui para que os brasileiros possam
viver melhor. E o dinheiro que deveria ser utilizado para melhorias e
construção de novas rodovias ou ferrovias, vai para manter uma estrutura
paquiderme de executivo, legislativo e judiciário.
Os problemas das
cidades – Todos conhecem os problemas de mobilidade, violência e moradia, das cidades grandes. Estes chegaram às médias
e nem as pequenas, como as nossas, já não conseguem escapar deles. Mas no nosso
meio, ainda é possível que a população aja em conjunto e se consegue uma
mitigação deles, reduzindo seus impactos. As conferências das cidades são a
oportunidade de os cidadãos se se expressarem para manifestarem suas ideias, Se
todas as classes sociais, profissionais, comerciais e produtivas se fizerem
representar, poderemos ter grandes resultados. E, para as gestões municipais,
podem ser um bom norte para planejarem seus investimento no presente e no
futuro. Quem anda nas nossas ruas, a pé, de bicicleta ou em veículo motorizado,
sabe onde há aperto em seu calo. Participemos das Conferências das Cidades em
nível local.
Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com
Minha coluna no Jornal Cidadela - de Joaçaba SC -
Em 28-03-2025
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