sábado, 7 de outubro de 2023

Verdadeiramente... eu te amo!






Verdadeiramente... eu te amo!


Bom dia..eu te amo!
E digo isso do fundo do meu coração
Sinto por ti amor e paixão
Porque eu te amo!

Bom dia, eu te amo!
Falo de amor puro e verdadeiro
Amor de namorado companheiro
Porque eu te amo!

Bom dia, eu te amo!
E canto ao mundo, mesmo desafinado
Para dizer que quero amar e ser amado
Porque eu te amo!

Bom dia, eu te amo!
Porque o mundo nada é sem amor
O mundo nada é sem o charme da flor
Porque eu te amo!

Verdadeiramente!

Euclides Riquetti

Mãos mágicas

 


 




Mãos mágicas


Mãos mágicas, pintam os sonhos do poeta

Na tarde discreta

Quando brilha o sol

Ou quando a chuva é incerta!


Mãos mágicas afagam peitos

Acariciam ombros bem feitos

Moldados com a arte Divina

Com habilidosos jeitos...


Mãos mágicas

Afagam rostos de pele macia

Abanam com leveza e alegria

Acenam nas partidas doridas

Mas pintam vidas coloridas.


Mãos mágicas ternas e eternas

Sensuais

Magistrais

Suaves e ternas...


Mãos mágicas que escrevem poemas

Descrevem infortúnios e dilemas

Mas desenham flores

De todos os matizes e cores...


Mãos mágicas que já embalaram as crianças

Que nos trazem as mais saudosas lembranças:


Apenas mãos...

Mãos doces e santas

Mãos mágicas!


Euclides Riquetti

Quando o sol redesenhou o céu

 


  




Quando o sol redesenhou o céu

Quando o sol redesenhou o céu ao fim daquele dia

E matizou em cores quentes o horizonte ondulado
Revivi emoções ternas que há muito eu não sentia
Parecia que eu contemplava um santuário sagrado.

Veja quão bela é a nossa natureza santa e colossal
Os quadros que ela pinta através das mãos divinas
Quando  a harmonia se dispõe,  levemente natural
Quando as perdizes se acocoram pelas campinas...

Descubra meus versos por entre todo esse cenário
Retire de cada um deles a mensagem que quiser
Guarde para você os meus poemas num sacrário.

E, depois de saborear todo o meu carinho  sincero
Venha até mim para me dizer que você me quer
Traga-me todo o seu ser, seu amor puro eu espero!

Euclides Riquetti

Deixa que o perfume dos ventos te acaricie

 


 



Deixa que o perfume dos ventos te acaricie
Afague tua pele e beije teus  lábios que eu tanto desejo
Erice  teus cabelos macios  e aplaque  teus medos
Permite  que o perfume dos ventos se delicie...

Deixa que a brisa da noite refresque teu corpo fogoso
Apalpe teus seios, teus braços, com toda a ternura
Que leve pra ti  os aromas  e toda doçura
E que a noite se transforme em algo sublime  e gostoso.

Deixa-te navegar na distância numa  viagem bonita
Ultrapassar as barreiras que te impedem de ser feliz
Voa pelos ares da mente na imensidão infinita

Deixa  que teu rosto receba o carinho de minhas mãos
E sente  o seu  toque sensual que você sempre quis
Deixa-te trazer até mim, embalada pelo som da minha canção!

Euclides Celito Riquetti

Uma folha de papel na areia


 

 

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Perdi uma folha de papel na areia
Que alguém encontrou e me devolveu sorrindo
E, a manhã que poderia tornar-se feia
Deu lugar a um indescritível horizonte infindo...

Um pedaço de papel com uma das faces em branco
O espaço ideal para um poema de teor inefável
Descrevendo venturas ou simplesmente um pranto
Uma declaração de amor ou uma mensagem amável.

E, na manhã do sorriso largo, de tanta gente bonita
As galés flutuam, deliciosamente, sobre as águas
Decorando o mar azul na sua beleza infinita.

E, enquanto eu relembro de outras manhãs como esta
Quando  as horas apagam os ressentimentos e mágoas
Eu contemplo as ondas que me trazem o vento que refresca...

Euclides Riquetti

No show da vida

 

 




No show da vida não tem replay
Mas certamente que tem stop and go
Existem as coisas pelas quais optei
Venho de um lugar e sei aonde vou.

A vida é um show, sou um dos artistas
Onde tento me animar e também entreter
Se acumulo reveses,  há as conquistas
As vitórias que vêm do desejo de vencer.

Eu, você, todos, fazemos as escolhas
Se escolhemos mal, isso pode ser fatal
Como nas plantas crescem flores e folhas
Lutar pelo que se quer é muito natural.

Lutar sempre, buscar o que se quer
Lutar com garra e com todo o afinco
Estar preparado para tudo o que vier
Colocar em meu poema tudo o que sinto!

Euclides Riquetti

Enchente de 1983 - 40 anos!

 


 


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Rua XV de Novembro - Capinzal

SC - foto Rádio Capinzal




           Quantos anos tinhas no dia 7 de julho de 1983?  Então, se eras jovem ou criança, deves ter ficado com marcas em sua alma  que jamais serão esquecidas. Quem viveu as incertezas climáticas daquele início de inverno, sabe por quantas situações de anormalidade os moradores do Vale do Rio do Peixe passaram. E o mesmo ocorreu com os do Vale do Itajaí, em Santa Catarina, e os do Rio Iguaçu, na divisa entre os estados de Santa Catarina e Paraná, onde o volume de águas esteve acima dos parâmetros até então conhecidos.

          Ouro e Capinzal compõem meu cenário daquele tempo, quando eu morava em Ouro e tinha duas filhas, gêmeas, com 4 anos, Michele e Caroline. Eu era professor, atuava na Escola Sílvio Santos, e era possível perceber, já há um mês antes, que as chuvas torrenciais que caíram em junho prenunciavam novas chuvas e enchentes. Os dias alternavam-se quentes ou frios. Nos dias quentes, já era de se imaginar temporais, as águas do Rio do Peixe com elevação de seu nível normal. Na parte aos fundos da escola, as águas da chuva formavam um lago, cobrindo o pátio todas as vezes que chovia. Reclamavam que a drenagem era insuficiente, mas a cada nova chuva mais água vinha do "Morro dos Padres", e as valas e tubulações não davam conta de escoá-las. A Festa Junina, de Santo Antônio, ficou prejudicada. E, no dia 7 de julho, cedo as aulas foram suspensas, os alunos deveriam ir para suas casas, pois o rio já saía de sua caixa, os riachos da área rural estavam transbordando, e os alunos precisariam retornar para as propriedades rurais, para não ficarem ilhados em algum lugar.

          Lembro que os caminhões das Prefeituras de Ouro e Capinzal começavam a retirar mudanças das casas ribeirinhas, pois havia um histórico de enchentes que precisava ser respeitado. Dez anos antes, na Grande Enchente do Rio Tubarão, o Rio do Peixe chegara a meio metro dos trilhos da ponte férrea sobre o Rio Capinzal. A preocupação das autoridades era pertinente. Naquele tempo,  nem se sabia da existência de órgãos de Defesa Civil. As pessoas norteavam-se pelas informações que ouviam na Rádio Capinzal e na Rádio Catarinense, esta de Joaçaba. O Aílton Viel narrava, o Jorginho Soldi reportava, e todos ficavam com os ouvidos ligados ao rádio para saberem notícias. Com os ventos que precederam a enchente, foram tombadas as torres repetidoras de TV, e o acesso às informações vinha, mesmo, pelo rádio.

         Ainda na parte da manhã, lembro que o Celito Matté liderava um grupo de pessoas para por sacos de areia nas portas dos fundos do Ginásio Municipal de Esportes (André Colombo), mas, isso foi em vão, pois logo as águas adentraram à quadra, destruindo o belo piso de madeira. Foram lá para o sexto degrau da arquibancada. Destruiu documentos que estavam na Secretaria do Ginásio, peças do Museu Professor Guerino Riquetti, que estavam alojadas som a Biblioteca Municipal Prefeito Ivo Luiz Bazzo.

          No meio da manhã, com a ajuda do primo Hélcio Riquetti, retiramos a mudança da colega professora Elzira, levando para o andar de cima da casa da mãe dela. O fogão a lenha, pesado, deixamos no andar de cima do sobradinho de seu irmão Kiko, que à tardinha  também foi alcançado pelas violentas e barrentas águas do Rio do Peixe.   E os caminhões se alinhavam na Felip Schmidt e Jorge Lacerda para carregar os estoques das casas comerciais e mudanças. Em Capinzal, ao anoitecer, as águas chegavam ao Depósito do Supermercado Barcella, ao do D´Agostini, às Casas Pernambucanas, Bradesco, Rodoviária, Fórum da Comarca, Hotel Beviláqua, cobriram a ponte Governador Jorge Lacerda,  também a ponte próxima ao Moinho Crivelatti e todas as outras possíveis passagens do Sul para o Norte do Centro de Capinzal, no rio do mesmo nome. A nova Central Telefônica, da Telesc,  que havia sido inaugurada poucos dias antes, foi invadida pelas águas. Eu havia comprado telefone e só tivemos o prazer de utilizá-lo por um, dia. Depois ficamos sem, por mais de um mês, apenas com um ramal improvisado, na Prefeitura de Capinzal,

          Quando entardecia,  as águas invadiram a Praça Pio XII, em Ouro. Retiramos a mudança do colega Jerônimo Santanna, com a pick-up do Luiz Toaldo. Depois fomos retirando a da casa do amigo Selvino Viganó. Lembro que do guarda-roupas de cerejeira, novo, fixo, só pudemos levar as portas. Logo depois, riui a primeira casa acima da Ponte Pênsil, em Ouro, onde funcionou a fábrica de ladrilhos do Iraci Toigo (antes anida fora do Armédio Pelegrini). E, ao mesmo tempo, 96 casas que se localizavam entre a estrada-de-ferro e o rio, em Capinzal, foram sendo derrubadas em série, pela violência das águas.

         O Agnaldo de Souza, Agente da Estação Férrea, marido de minha colega Professora Gracita, colocou a mudança na Estação, mas a água chegou lá também. Salvou apenas uns sacos com roupas, que ficaram sujas de óleo que vinha do norte, misturado às águas...

          No Parque e Jardim Ouro, 12 casas que se situavam na Rua Voluntários da Pátria, a Beira-rio, foram levadas pelas águas. A ponte próxima à Igreja de Caravággio no Rio Leãozinho, foi coberta pelas águas, bem como a SC 303, próximo ao Ramal Lovatel. Em Snata Bárbara o Lajeado dos Porcos cobriu-se pela enchente. Em Lacerdópolis a parte próxima ao Lajeado Nair foi a primeira a ser atingida, depois toda a área central da cidade.

          Já noite, as águas continuavam a subir, atingindo a Loja D ´Agostini, a Serraria da São José, no Campo,  a tipografia Capinzal, a ferraria do Luiz Segalin, a Funilaria do Santo Segalin,  a Comercial Maestri, o Bamerindus, o Bolão Ouro, a Auto Mecânica Ouro, a Prefeitura, o Posto de Saúde, enfim, dezenas de casas comerciais e centenas de residências.

          E ficamos sem energia elétrica, sem água potável, pois o ponto de captação do SIMAE foi totalmente destruído. Nos mercadinhos e armazéns foram vendidas todas as velas que dispunham em seus estoques. A gasolina acabou nos postos. Nos açougues faltava a carne. Alguns gêneros de primeira necessidade faltavam nas lojas. As farmácias haviam sido inundadas. A Rádio catarinense anunciava que  a ponte de concreto armado Emílio Baungart, que ligava Joaçaba a Herval D ´Oeste, fora destruída. E que o Rio Itajaí e o Iguaçu faziam horrores com os moradores de cidades como Rio do Sul, Blumenau, Itajaí e Porto União da Vitória. Nossa Ponte Pênsil também teve o madeiramento de suas cabeceiras arrancado dos cabos de aço de sustentação. Enfim, foi um Deus-nos-acuda!

          Mas sobrevivemos. Cada cidade buscou, de uma forma ou outra, recuperar-se, com ajuda do Governo federal e Estadual. Blumenau, para recuperar a autoestima, criou a Oktoberfest. Em União da VItória, criaram uma área ambiental nos pontos mais vulneráveis, acima da Ponte do Arco. Em Capinzal, o Prefeito Celso Farina obteve doação de casas de madeira que foram retiradas das obras da Usina de Itaipu, as quais eram utilizadas para alojar operários em sua construção,  e as  implantou na Cidade Alta, em São Cristóvao, e  criou a  Área de Lazer" (Arnaldo Favorito) ali onde antes havia 96 casas. Também aproveitou para remover as famílias que ocupavam áreas próximas à estrada-de-ferro, acima da ponte Irineu Bornhausen, levando-as para a Cidade Alta e arborizando o local. Em Ouro, o Prefeito Domingos Boff construiu casas nos altos do Parque e Jardim Ouro, onde agora se situa o Centro Comunitário do Bairro Alvorada. E projetou  um conjunto de casas da pela Cohab, que dei continuidade na condição de Prefeito, em 1989.

          Registros fotográficos de Jaime Baratto, Olávio Dambrós e de Nélito Colombo, dentre outros, mostram a gravidade da situação na época.

          Só de lembrar me dá vontade de chorar. Agora, 40 anos depois, parece que tudo aconteceu ontem.

Euclides Riquetti

Eleições sem reforma eleitoral

 




       Terminando o prazo para votação da mini reforma eleitoral e o projeto de lei não foi votado. Isso significa que as regras para as eleições de 2024, que elegerão prefeitos, vices e vereadores, serão as mesmas das de 2020. Isso definido, os partidos poderão ter clareza sobre como se programar para o lançamento de candidaturas ao Executivo e Legislativo no próximo ano. As pessoas que desejarem trocar de partido podem fazê-lo até seis meses antes do dia das eleições.

       O Senado Federal, agora, está abrindo os olhos em relação às decisões do STF. Para dar um troco, estão querendo limitar o tempo de permanência no cargo dos ministros do mesmo. Muito justo que se estabeleça um prazo para o exercício do cargo. Afinal, ganham-no como compensação pelo comportamento político, e praticamente se eternizam no Poder. Não precisam do voto popular e nem de concurso para chegar lá.  Suas decisões estão sendo grandemente contestadas.

       As eleições municipais estão cercadas de grandes expectativas. Muitos que sonham com um mandato quebram a cara. Faltam-lhes os votos! Então, vou reiterando as teorias de política e gestão pública do exitoso e competente Prefeito Rudi Ohlweiler, de Treze Tílias: Apoio à Indústria e à Habitação. Nilvo Dorini, de Capinzal, também é um político muito bem sucedido. Rudi e Nilvo são populares e não populistas. Ganhar pleitos eleitoral está na realidade deles.  Agem com equilíbrio. Mirar-se  neles é uma forma de pautar a vida quando se deseja entrar para a política não apenas como coadjuvante, mas como candidato. Então, candidatos a prefeito e vice, o que acham?

       Candidatos empresários em Joaçaba a Prefeito e Vice: Agora, além dos nomes dos empresários Hipólito Kramer e Sérgio Bucco, outro nome ganha corpo nos meios políticos e empresariais: Sérgio Parizotto. Carismático, muito bem sucedido no comércio e liderança respeitada no meio associativo, tem tudo para emplacar uma candidatura a prefeito ou vice.

       Obras em andamento em Joaçaba – Há muitas obras em andamento na área urbana de Joaçaba. Várias intervenções simultaneamente. Mas algumas são iniciadas e interrompidas. Carecem de planejamento e organização. Quem está no ramo, precisa saber de que materiais, ferramentas, equipamentos e mão de obra,  precisará  para a execução das obras para as quais foi contratado, mediante processo licitatório. O desconforto para quem anda nas ruas é tanto para os condutores de veículos quanto para os pedestres. Mobilidade, já limitada, está prejudicada. Prefeitura precisa fiscalizar e cobrar diretamente os empreiteiros para que os impactos sejam reduzidos.

       Por outro lado, a reclamação com relação a entulhos depositados nas margens das ruas, em especial nos bairros, é enorme. Também se contesta a qualidade dos serviços. Aqui no Nossa Senhora de Lurdes estão realizando melhorias num pequeno espaço defronte ao Ginásio de Esportes daquela escola. O trabalho está sendo bem executado pela empreiteira. Porém, a parede longitudinal do dito Ginásio foi pintada sem o prévio serviço de reparação. Coisa de gente amadora. E ainda há quem encontre justificativas, dizendo que a comunidade é que não cuida do ginásio.

        Ora, paredes levantadas com tijolos aparentes, quando são vazados de alguma forma, sofrem com a deterioração normal do tempo e das intempéries. Então, precisamos de capricho e não de justificativas. É o caso de termos alguém que seja o fiscal que vai fiscalizar o fiscal, me disse um empresário nesta semana! Por outro lado, no mesmo equipamento comunitário, o serviço de fixação de umas lâminas de fibra (tipo telhas), que vai entre a parede e o telhado, foi muito bem feito. Quem o fez, merece elogios.

       A proximidade das eleições faz com que funcione o burburinho político. A cobrança sobre quem está nos cargos aumenta. A população quer aquilo que esperava e não foi contemplada. O eleitor, como o freguês, sempre tem razão!

Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com

 

Sentir tua voz que vem de longe

 


 


Sentir tua voz que vem de longe


Vim sentir tua voz que vem de longe

Perceber que ela ecoa nos rochedos

Vem de algum lugar onde te escondes

Vem para abraçar os meus segredos!


Vim ouvir os versos dos teus cantos 

As notas das canções que só tu cantas

A melodia que se abraça em teu pranto

E te conduz pelos lugares onde andas.


Se em redondilhas exalto ternamente

Os dotes que te trouxe a tua natureza 

É nos sonetos que te cortejo fielmente.


Mas é nos versos livres, soltos, brancos 

Que eu te falo com toda a afável sutileza

Que tua beleza é que me encanta tanto!


Euclides Riquetti


www.blogdoriquetti.blogspot.com

Meus medos e meus segredos

 


 

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Meus medos e meus segredos

Tenho medo de meus muitos medos
Não de meus segredos...
Tenho lá minhas preocupações
Vivo, intensamente, todas as emoções
Pois pra viver nunca é cedo!

Há uma fragilidade emocional
Algo que até  parece banal...
Não sei se é por zelo desnecessário
Se é cuidado extraordinário
Mas só quero nosso bem, não o mal!

Conflitos, que fiquem longe de mim
Que toda a confusão tenha fim...
Prefiro o sol que doura ao céu cinza
E que nenhum raio me atinja
Que cresçam as flores no jardim!

Sou apenas um ser comum
No contexto complexo, apenas mais um
Que quer viver normalmente
Nem sei quão intensamente
Aqui, ali, e ou em lugar algum

Apenas isso...
Bem assim!

Euclides Riquetti

Os ventos que vêm do mar

 


 

Os ventos que vêm do mar
Me trazem  os murmúrios da antiga canção
Me lembram o amor e a louca paixão
Os ventos que vêm do mar.

Os ventos que vêm do mar
Despertam sentimentos adormecidos
Instintos que  jazem  escondidos
E que voltam a se  animar.

Os ventos que sopram pro mar
Levam de volta os meus lamentos
Que se vão a velejar.

Os ventos que sopram pro mar
Levam as tristezas e os meus sofrimentos
Para me deixarem em paz.

Euclides Riquetti

São cinco horas e...chove! - ( E fare che, lora?!)

 



São cinco horas, exatamente

Tomo meu chima com o dourado mel 

E exerço meu ofício de menestrel

Enquanto chove, chovidamente

Copiosamente!


E o dia prometes ainda mais:

Raios, sustos, tormenta anunciada

Na nossa atmosfera desarticulada

Está tudo imprevisível demais...

Aiaiaiaiaiai, Aiaiaiaiaiai!


Chove em Canasvieiras e Itapema

Em Chapecó, Ouro e Capinzal, muito chove

Em Porto União da Vitória, ali pode

Só não chove em Ipamena

Porque lá, tem a Garota de..., só love!


Mas a preocupação é com o telhado

Pois chove de encher uma bacia 

Chove de noite e de dia

Meu guarda-chuva com raio quebrado

Isso eu não queria...


Mas chove! (E far che, lora?!)


Euclides Riquetti

07-10-2023






As espumas brancas das águas do mar

 


 


(Praia de Canasvieiras - na Ilha da Magia - Florianópolis - SC -com vista

da pequena Ilha do Francês, onde habitam as sereias. )


As espumas brancas das águas do mar

Trazem, levam e lavam as areias

E, na pequena ilha, se escondem sereias

Que minha imaginação vêm povoar. 


As espumas brancas açoitam meus pés

Que se banham nas ondas agitadas

E as belas senhoras ali jazem, deitadas

Enquanto se balançam, ao longe, as galés.


E minha mente navega pelo universo

Vai encontrar-te onde quer que estejas

Enquanto te escrevo poemas dispersos.


Ela busca teu sorriso leve e sereno

E te oferece algo que tanto desejas

Um corpo que atrai qual doce veneno.


Euclides Riquetti

Não me importa qual o perfume das flores

 




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Não me importa qual o perfume das flores
Todas elas me atraem  e me seduzem
Não importa quais sejam as suas cores
Mas sim os encantos que produzem...

Não importam quais as mãos que as plantaram
Todas o fizeram com amor e com carinho
Não importa com quais  águas as regaram
Ou se tenham ramos ternos  ou de espinhos...

Importa-me, sim, que sejam flores, apenas isso
Que possam deleitar-nos com sua doce singeleza
E que possam sorrir  com todo o garbo e todo o viço...

Flores de todas as cores, matizes e perfumes
Flores que inspiram os poetas por sua beleza...
Flores que te entrego porque tu  me seduzes...

Euclides Riquetti

sexta-feira, 6 de outubro de 2023

Saudade existe em mim e em ti

 


Saudade existe em mim e em ti
Saudade existe porque existimos
Porque um dia algo nos uniu
Desde o momento em que nos vimos.

Saudade é uma dorzinha bem gostosa
Que mantém acordados nossos sentidos
Vem de uma lembrança bem prazerosa
Mantém acesos os nossos instintos.

A saudade de alguém nos ajuda a viver
A desejar que volte pra perto de nós
É um verso de amor que  não se consegue esquecer.

Saudade, sempre saudade, simples saudade
Corações que lutam pra não ficarem sós
Apenas buscando a felicidade!

Euclides Riquetti

Bailam as nuvens cinzentas




No céu tímido, bailam as nuvens cinzentas
Para comporem o cenário matutino celestial
Enquanto as horas caminham suaves e lentas
E eu me transporto no imaginário colossal.

Cantam os pássaros com a vinda do dia claro
Adornam com suas penas a paisagem natural:
É um amanhecer com aquele sentimento raro
Algo indescritível, novo, que nunca vi igual.

Passam os carros com seus ruídos e barulhos
E eu os ouço em todas as suas idas e vindas
Rangem suas latas e pneus nos pedregulhos.

Passam também meus pensamentos ousados
Passam em mim as paisagens verdes e lindas
Enquanto eu revivo meus sonhos já passados!

Euclides Riquetti

Quando a tarde se encontra com a noite

 


 



Quando a tarde se encontra com a noite, depois do longo dia
Me transporto no tempo, mergulho no universo
Sinto uma leve saudade, uma gostosa nostalgia
Algo que me impele e me embala nos meus próprios versos.

Quando as estrelas desfilam diante de meus olhos inquietos
E o voo das andorinhas atiça as folhas verdes que balançam
A sinfonia do vento me atrai e me mantém desperto
E eu busco você nas palavras que me inspiram e me encantam.

Quando os ruídos da noite começam a se silenciar
Minha inquietação se transforma em ternura e alento
E meus olhos silentes fecham-se no meu divagar.


Então me revolve na alma cinzenta e  que  num novo dia
Eu possa lhe compor um poema enquanto sopra o vento
Possa projetar nos nossos  sonhos  a nossa  poesia...

Euclides Riquetti

Buscando o nada eu te encontrei

 



Buscando o nada eu te encontrei

Estavas sorrindo ali naquela praia

Havia biquíni sob sua minissaia

Te conto o resto em another day!


Busquei o nada naquelas areias 

Finas e brancas, macias, cristal

Na água verde só há algas e sal

Nada de musas, nada de sereia!


Lembrei de ti, te quis de verdade

Foste minh´alma, mia inspiração

Te busquei envolta em tua ilusão

E me deixas aqui, eu e a saudade.


Buscando o nada eu te encontrei

Tu eras a sereia da qual eu falava

Por isso agora eu tanto lembrava

Foste a mulher que eu tanto amei!


Euclides Riquetti

06-10-2023









As naus da solidão...

 


 


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Navegam, vagarosamente, nos mares de minha mente
As naus da solidão...
Vão de porto em  porto, vão de mar em mar
Procurando meu corpo para ancorar
Dando as costas à imensidão.
Navegam nas profundezas dos tempos, suavemente...

Navegam, através dos ventos e das as correntezas
Para  buscarem a doce calmaria
Que só eu lhe posso oferecer
Que só eu posso lhe conceder.
Navegam as naus da nostalgia
Pelos mares ignotos das  incertezas...

Navegam, lentamente, plenas de almas solitárias
As naus da solidão...
Vão, nas tardes, na noites, nas manhãs
Em suas andanças libidinosas  e vãs
Buscando a ilusão.
Navegam, sutilmente, as  naus solitárias!

Euclides Riquetti

Em busca do nada...

 


 



O sol causticante e o céu anil azulam o mar

Na manhã quente do início de dezembro

Enquanto fico aqui, absorto, a relembrar 

E, quanto mais eu penso, mais eu relembro.


O verão está prestes a anunciar sua chegada

Virá trazendo os carroceis de Papai Noel

E a paisagem, certamente, vai ser mudada

Pelo verniz das tintas postas pelos pincéis. 


Andam muitas pessoas por todos os lados

Como que fossem procurar  o tempo perdido

Devem haver remédios a serem buscados.


E eu, que também ando em busca do nada

Para reencontrar os melhores tempos vividos

Aqueles que restaram ao longo da estrada!


Euclides Riquetti

O Voo da Garça

 




O voo da garça


A garça voa o voo leve da alma
Voa a garça
Voa como a branca pluma, com graça
Voa a garça.

E no voo breve, voa lenta, calma
Voa com toda a graça a garça.

Voa o infinito, voa por instinto
Voa sobre o monte a a garça...
E pousa na torre da igreja
Ou na árvore da praça
Voa a pousa a garça.

E seu voo atrai o disperso
O menino, o esperto
O velhinho, o passante
E voa de novo a garça.

Vai, seguindo os trilhos dos raios de sol
Cortando o azul, a garça.

E pousa suavemente sobre a nuvem
Uma nuvem feita branco lençol...
E descansa outra vez a garça!



(A garça povoa os meus sonhos, orienta minha vida.
A garça é meu ser, é você, sou eu...
A garça é meu norte seguro, é minha inspiração...
É minha emoção transmitida no papel...)


Euclides Riquetti