sábado, 19 de outubro de 2024

Na ilha dos morangos, na ilha da magia

 


 


 



Fui nadar na ilha dos morangos

Nossa charmosa ilha da magia

Ali, onde dançam valsas e tangos

E o sol vem a pino ao meio-dia.


Nas areias pisam as estrangeiras 

Que tecem as mais finas tranças 

E tornam as mulheres faceiras

Enquanto vivo as lembranças...


Na ilha da magia têm amoras

Além de vermelhas framboesas

E rubras cerejas tão deliciosas

Como lábios doces de princesas.


Na ilha da magia os anjos moram

Vestidos de cetins cor de neve

Então meus olhos por ti choram

Esperando rever-te bem em breve!


Euclides Riquetti

Em busca do nada...

 


 


 



O sol causticante e o céu anil azulam o mar

Na manhã quente do início de dezembro

Enquanto fico aqui, absorto, a relembrar 

E, quanto mais eu penso, mais eu relembro.


O verão está prestes a anunciar sua chegada

Virá trazendo os carroceis de Papai Noel

E a paisagem, certamente, vai ser mudada

Pelo verniz das tintas postas pelos pincéis. 


Andam muitas pessoas por todos os lados

Como que fossem procurar  o tempo perdido

Devem haver remédios a serem buscados.


E eu, que também ando em busca do nada

Para reencontrar os melhores tempos vividos

Aqueles que restaram ao longo da estrada!


Euclides Riquetti

Se dói tua alma...

 


 


 







Se dói a tua alma de dor enferma
Doem meus braços que te seguram
Sofrimento e dor na vida efêmera
Doem meus olhos que te procuram.

Se tua alma enferma dói de paixão
Se dói de dor teu coração abalado
Se tua vida é um cantar sem emoção
Viajo pelo céu para estar a teu lado.

A dor d´alma é pior que a dos braços
Porque esta te maltrata em dia frio
Pois aquela, pior que meus cansaços
Mata com sua dor meu orgulho e brio.

Anda, então, busca o novo, o vivo
Rende-te aos novos e ousados desafios
Vem encontrar-me em meu atual abrigo
Busca novos ares mesmo que bravios.

Euclides Riquetti

Futebol no céu

 


 


Arquibancada e cabines de transmissão de nosso estádio da Baixada Rubra - do Arabutã FC - localizado em Ouro - SC - palco de grandes espetáculos, agora sentimos o vazio dos que se foram...

Crônica em homenagem a amigos que se foram)  - reprisando

     O Táti, zagueirão do Arabutã, morreu e foi pro céu. Lá,  tinha uma organização de talentos, que eram alojados por setores. Eram pessoas que um dia brilharam aqui na terra e que o destino as levou para morar  lá em cima. Tinha o setor dos atletas famosos: Denner, Adilson, Dirceu e Everaldo, que morreram em acidente de carro; Garrincha, que bebeu além da conta; Serginho e Wagner Bacharel, que morreram em campo; e muitos outros, fora os europeus. Todos estes ouviam, atentamente, os conselhos do Mestre Telê Santana. Tinha o setor dos artistas: Cazuza, que teve aids; o Dollabella, que bebeu todas; o Chacrinha, que animava a Terezinha; o Bossunda, cujo o humor era maior que a bunda; Paulo Autran, esbanjando simpatia; o Paulo Gracindo, nosso Zeca Diabo;  Nair Bello, Mussun e Zacarias, que nos fizeram rir muitos dias ( e muitas noites de nossos invernos e verões). João Paulo agora forma dupla com Leandro, e até que combina:" Leandro e João Paulo"! Tinha também O dos talentos políticos: Rui Barbosa, que defendia a honra: Tancredo Neves, a democracia; Toninho Malvadeza, a Bahia; Brisola, que ia contra "os interésses" da burguesia; e Jânio Quadros, que tropeçava nos cadarços de seus sapatos tortos. O Airton Senna driblava as curvas do Reino de São Pedro, o Dílson Funaro dava cruzados nos brasileiros, enquanto os Mamonas Assassinas encantavam, com suas irreverências, os milhares de jovens que morreram, infelizmente, após as baladas de sábado à noite, em acidentes com carros e motos.
     O Táti olhou tudo, curiosamente, e procurava por algo. Caminhou por entre as árvores e em meio a muitas roseiras e cravos, lavou a cabeçona numa fonte de água, passou a mão nos olhos e, ao abri-los, deparou com um monte de conhecidos: Lá estava o Bailarino, com algumas sacolas, cheias de camisas, calções e meias: Havia as azuis  e brancas, da São José; as pretas e amarelas, do Penharol; as verdes e amarelas, do Grêmio Lírio; as brancas e pretasd, do Vasco da Gama; e,  finalmente, as brancas e vermelhas, do Arabutã. Sentiu-se em casa. Finalmente encontrara sua tribo: O Bailarino, poeta, sábio, filosofava e escalava o time: O Orlando vai ser o Goleiro, mas não pode cair do cavalo, pois o Roque Manfredini, que  ficou sepultado lá em Porto União, vai ficar na reserva, porque este jogo não é pra profissional. Na lateral direita, o Darci Moretto, pois o irmão dele, o Valcir Moretto, vamos aproveitar na ponta direita, que ele gostava de jogar também lá. na zaga, vamos deixar a posição vaga, pois logo,  logo vamos receber um zagueirão que está chegando, e vai ser a principal contratação da temporada. Na zaga, o Tchule, que além de bom de bola, gosta de tocar bateria e batucar um samba. Na esquerda, o Urco, que poderá ser o juiz; daí fica o Jonei Cassiano de sobreaviso, para aquele lado, pois ele sabe defender e apoiar muito bem. Cabeça de área, um problema que é fácil de resolver: deixamos o Olivo Susin mais plantado e o Alberi, que é acostumado a arrumar bombas injetoras, com liberdade pra sair jogando e injetar a bola no ataque. O Jundiá, que é liso e tá meio pesadinho, fica com a oito, armando pro Moretto na linha de fundo, pro Camomila, nas esquerda; e, no ataque, o Alcir Masson, nosso matador, bem na frente, chutando forte e reclamando com o juiz. Bem, eu, o Baixinho, escalo o time e entro lá pelo segundo tempo. O Rogério Toaldo, vai ficar de curinga, e me ajudar a cobrar a mensalidade.

     Aí chegou o Juca Santos, Glorioso Presidente, e perguntou: "e o Zagueiro, o Capitão, que você não escalou ainda?"

     Bailarino apontou para o lado e gritou: "Chega, Táti, que a número três tá guardada pra você! E daqui a pouco vai chegar um convidado especial: O Guaraná! vamos ter que arrumar uma brechina também pra ele".

Euclides C. Riquetti - Ouro - SC - escrita em 23-01-2008 e plublicada no Jornal  ""A Semana" - Capinzal-SC

Mergulhar em você...infinitamente

 






Eu queria mergulhar em você
Infinitamente...
Eu queria me jogar em você
Perdidamente...
E me inundar de seus  lábios  que atraem
Constantemente...
E olhar os seus olhos bonitos
Certamente...

Eu queria abraçar o seu corpo
Desejosamente...
E esquecer de meu mundo agitado
Num repente...
E gritar pra você que seus beijos
São ardentes...
E alimentar meus sonhos para que sejam reais
Para sempre...

E que você nem respondesse
Mas apenas dissesse:
"Eu também quero você!"

Euclides Riquetti

Palavras mágicas de amor

 


 


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Três palavras mágicas:

Querer
Beijar
Amar

Uma frase mágica:

Eu te amo!

Euclides Riquetti

É noite, dos pensamentos sem dono

 


 



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É noite, dos pensamentos sem dono
É noite de novo...
É noite das estrelas prateadas
Das almas condenadas (perdoadas??).
Mas é noite!

É a noite dos namorados
É a noite dos sonhos encantados...
É a noite das orações
Das dores nos corações...
É, sim, é a noite!

A noite é  dos amantes
Dos beijos provocantes
A noite é dos aflitos
Dos versos escritos e ditos
A noite é apenas a noite...

E, atrás daquela  janela
Alguém se esconde.
Atrás da cortina singela
Uma voz responde:
Estou aqui...
Pensando em ti!
Somente em ti.
Em ti...
(Aqui...)

sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Como palavras sem verso

 


 


 



Sou como palavras sem verso, canção sem melodia

Sou verso sem estrofe, sou estrofe sem um poema

Este é meu dilema, meu infortúnio, meu problema

Sou ser perdido no tempo, sou refém da nostalgia...


Sou caminheiro sem rumo, minha estrada eu procuro

Sou andarilho da estrada, tenho uma luz a me guiar

Por isso eu não me perco, vou seguindo rumo ao mar

Sou apenas o poeta que acende tuas luzes no escuro!


Receba meu carinho, guarde o meu abraço afetuoso

Registre em seu caderno estes meus versos escritos

Guarde-o bem em sua estante, deixe em lugar vistoso

Leia-os ao sentir saudades com seus olhos bonitos!


Euclides Riquetti

O vento sutil que afaga o rosto

 


 

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Afaga-me o rosto o vento sutil
Acaricia-me com a maciez de suas mãos delicadas
Beija-me com os aromas das flores encantadas
A suavidade da manhã primaveril
E vem nutrir de amor minha alma esperançada.

Inunda-me de desejo o pensamento que devaneia
E que me leva até a fonte que me inspira
Sob os acordes da sedutora lira
Que a harmonia pelos ares  e espaços semeia
Atiça o fervor de um coração que  delira.

Doce musa que provoca o acanhado poeta
Que lhe desperta os sentimentos  já esquecidos
Que remete aos momentos eternecidos
E agiganta os instintos na hora mais incerta
Vem, vem  animar os meus instintos adormecidos
Vem!!!

Euclides Riquetti

Nas brancas areias das dunas

 


 


 





Vêm as ondas verde-esmeralda banhar meus pés
Enquanto o vento atiça as brancas areias das dunas
Lá nas águas jazem as negras galés
Quando as vagas se requebram em alvas espumas.

Nas cinzentas manhãs do pré-verão
As verdades rebatem à minha porta
E uma dor leve açoita meu coração
Que já não tem certeza de que você se importa.

E em cada grãozinho de areia trazido
O despertar de um sentimento já adormecido
Reanimado pelas águas que balançam.

E em cada corpo que baila, bronzeado
Está você em seu presente e seu passado
Enquanto os anos avançam...

Euclides Riquetti

Como se já fosse sábado...

 


 


 




Engraçado...
Hoje me pareceu...
Como se fosse
Um dia de sábado!
E amanhã seria domingo
Um dia muito lindo!

Ora, meu pensamento faz calendários
Cria dias imaginários
Conforme sua conveniência...

Meus interesses se sobressaem
Enquanto as pessoas se distraem
E fogem da subserviência...

Fogem dos controles a lógica
Da vida metódica
O medo da mudança...

Mas há horas que se procuram
Novos e animadores horizontes:

Os horizontes que inspiram o poeta
Ele e sua pena indiscreta
Que corre sobre os papéis
Com versos amenos ou...
Cruéis!

Mas o poeta acanhado
Dá o seu recado:
O mundo é apenas uma passagem
E é preciso ter coragem
Para os novos desafios
Sejam nos dias chuvosos
Seja nos dias de estio.

E, não sei por que motivo
Mas há algo aqui comigo
Que me induz e impulsiona
A dizer que o que aprisiona
A ninguém faz bem.

E que todos os dias possam ser como os sábados
Com os pensamentos motivados
A pensar que o amanhã seja mais um domingo
Sempre adorável, sempre muito bem vindo!

Apenas assim...

Euclides Riquetti

Até as plantas choram

 


 



 


Até as plantas choram

Porque

Os tempos estão muito difíceis

Há incertezas

Perdas

Desolação...


Os sorrisos estão escondidos

Apagados

Ocultos

Decepção...


Vidas são perdidas

Ficam as saudades

Sonhos são destruídos

Há a impotência para a reação..


Só a fragilidade

Uma falta de perspectivas

Muitos Enganos

Difícil realidade...


Bem assim!


Euclides Riquetti

O dia em que eu conheci Pelé (Em Capinzal)

 


 


       Foi em 1989. Eu era prefeito da cidade de Ouro - ao lado de Capinzal, aqui no Baixo Vale do Rio do Peixe, em Santa Catarina. Fui convidado pelo Sr. Altair Zanchet, Diretor da então Perdigão Agroindustrial, hoje BRF, de Capinzal, para recepcionar Edson Arantes do Nascimento, Pelé, Rei do Futebol, 49 anos, que visitava a planta daquela empresa na cidade onde nasci. Ele se fazia acompanhar de Davi Cardoso, consagrado ator do cinema brasileiro, (galã da novela A Moreninha). Estavam vindo do Pantanal Matogrossense, onde filmavam uma película sobre a Caça aos Jacarés, Pelé e Cardoso eram policiais federais, no filme. Combatiam os caçadores já na época. 

       Ele se fazia acompanhar de um dos filhos do saudoso Saul Brandalise, acho que o Saulzinho, proprietários da Perdigão. Conhecê-lo, foi uma alegria. O pessoal foi tietar o Pelé, e vi que não perceberam que o ator Davi Cardoso era o seu colega. Ambos foram muito receptivos, a simplicidade estava expressa em seus movimentos, expressões e atitudes.

       No início, abordei o Davi Cardoso, falei que, na juventude, eu vira o filme Férias no Sul, em que ele andava de lambreta com a namorada, a bela atriz e Miss Brasil Vera Fischer. Que as filmagens foram em Blumenau e Gramado, cenários com muitas flores, em especial hortênsias. Falou-me que perdera as eleições a prefeito no Mato Grosso do Sul, e que se admirava de eu, tão jovem (35 anos) tivesse sido eleito em Ouro. Contou-me algumas passagens da vida dele, de seu irmão também ator global Mário Cardoso, e dos negócios que tocava com seus familiares, em negócios imobiliários, e outros assuntos. 

       Fizemos uma passagem por toda a fábrica e o Pelé esbanjava simpatia. Quando passamos pela oficina de manutenção, ele mesmo reuniu todos os mecânicos para uma foto. Pediu para um dos rapazes que estava agachado para que ficasse de pé, pois ali, naquela posição, era o lugar dele mesmo, o lugar da camisa dez. Depois, ao passarmos por uma sessão de cortes de frangos, havia uma jovem que recebia caixas com coxas de vários pesos. Ela, com a mão direita, pegava uma a uma e colocava na balança eletrônica. Vi o peso e as classificava, com diferenças de cinco gramas, atirando-as na caixa correspondente ao seu peso. O Pelé ficou encantado com a habilidade da garota. Foi lá, tirou uma foto com ela (Fotógrafo era o Jaime Baratto e o cinegrafista Arderbal Gaspar Meyer, o Barzinho). Elogiou-a muito e disse que gostaria de que ela jogasse futebol com ele, que ela tinha as mesmas habilidades. O Rei era humilde, bem humorado, carismático e afável para com todas as pessoas.

        Por que o Pelé veio para nossa cidade? A resposta me veio numa oportunidade em que fomos para Videira, junto à Sede da Perdigão, com o Nadilce Dambrós, o Valêncio José de Souza e o Frei Nélvio Davi  Colle. Na ocasião, fomos solicitar ao Sr. Saul Brandalise, presidente do Grupo Perdigão, apoio para a restauração da matriz São Paulo Apóstolo, de Capinzal. Fomos contemplados com grandes benefícios. Pessoalmente, falei diversos assuntos com Brandalise, que era tio de meu compadre Aníbal Bess Formighieri, marido da Vitória (Brancher), que era sobrinho do empresário. Ele me falou, entre outras coisas, que Pelé só concordava gravar comerciais e produtos se ele mesmo comprovasse a sua qualidade e se conhecesse os métodos de produção, considerando os aspectos ambientais e de não utilização de mão de obra que não fosse perfeitamente legal e com métodos dignos.  

       Sobre o Pelé, que todos chamavam de Edson na ocasião, quero registrar que virei grande fã dele. E nunca imaginei que o garoto de quem ouvi falar pela primeira vez na Copa de 1958, e eu tinha 5 anos, uma dia se tornaria meu ídolo, e eu pudesse conhecê-lo e passar um dia com ele. Registrando que, na oportunidade, além do staff da Perdigão e o seu, estávamos lá eu, Prefeito Municipal de Ouro, SC, Irineu José Maestri, Prefeito de Capinzal, Celso Farina, ex-prefeito de Capinzal, Altair Zanchet, Diretor local da Perdigão, Frei Nélvio Davi Colle, da Paróquia de São Paulo Apóstolo, Ademir Pedro Belotto, locutor da Rádio Capinzal, Jaime Baratto, fotógrafo (Stúdio Foto Real), Ronaldo de Oliveira, fiscal e veterinário da Inspeção Federal. Havia uma senhora, a mãe do Serginho, que fez café e o Pelé elogiou o café dela.

       Por alguns dias, Pelé vai ocupar as principais mídias de comunicação do Brasil e do Mundo. Para a História, haverá a eternização como o Rei do Futebol. Para meu coração vascaíno, a honra de ele ter atuado pelo Gigante da Colina. Para todos nós, a certeza de que o Pelé, na pessoa do Edson, ficará em nossa memória como um ser humano magnífico.


Euclides Riquetti

29012-2024


Pés descalços

 


 





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Pés descalços
Acariciam as calçadas
Abandonadas.
Corações em percalços
Com batidas descompassadas
Retumbam em almas maltratadas
Rejeitadas, mutiladas.


Pés nus buscam caminhos de luz
E pisam na relva umedecida
Adormecida
Sustentando o corpo que seduz.

O corpo que atrai
E que distrai
Furta meus pensamentos pecaminosos
Libidinosos...
E me mergulha nas águas
Me afoga nas mágoas.

Algo me atira às incertezas do momento
Que vaga lento, lento
Como a nau que vai
E se perde no infinito
Bonito...
Bonito, mas cheio de ruelas obtusas
Confusas
Como eu!

Euclides Riquetti

Viciei-me em você

 


 



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Viciei-me em você
Deliciosamente
Freneticamente
Viciadamente!

Viciei-me em você
Com toda a energia
Com a sua alegria
Com sua maestria!

Viciei-me em você
Não devia ser assim
Deveria gostar de mim
Gostar, amar,  enfim!

Viciei-me em você
Viciei-me errado
O vicio do pecado
Desalmado!

Deliciosamente
Freneticamente
Viciadamente!

Euclides Riquetti

quinta-feira, 17 de outubro de 2024

Pedi pra garça levar meu recado

 



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Pedi pra garça levar meu recado
De menino travesso
De menino apaixonado
E entregar pra gaivota
Que bronzeia suas costas
Na beira do mar...

Pedi pra garça que lhe dissesse
Que em alguma cidade
Há alguém que não a esquece
Que a ama de coração
Que reza por ela com devoção
Em algum lugar...

E a garça cumpriu com a missão:
Levou o poema do poeta
Para alojar em seu coração!
E o recado mandado
Pelo romântico enamorado
Se espalhou pelo ar.

E todo mundo viu
Todo mundo percebeu
E todo mundo sentiu
Que um poeta louco
Quer pelo menos um pouco
Seus lábios beijar!

Euclides Riquetti

Braços e mãos que encantam


 



Teus braços e mãos muito me encantam
Quando se movem para me fazer carinhos
Quando, leves, abrem caminhos
Para meus olhos que se levantam
E buscam encontrar-te ... de mansinho

Teus braços e mãos me envolvem e  me seduzem
Me deleitam com o ardor de seus beijos profanos
Me animam aos sonhos e desejos mundanos
Pelos caminhos da sedução me guiam e me conduzem
E assim me encontro no teu corpo e nos amamos.

Teus braços e mãos que se levantam com leveza
Me atiçam ao sabor da mais terna das paixões
Me incitam a viver as mais fortes emoções.

Teus braços e mãos que são a âncora da beleza
Me chamam para dividir a alegria e o doce sabor
Me convidam para sorver as delícias do amor!

Euclides Riquetti

Quando a chuva molhou as roseiras

 






Quando a chuva molhou as tuas roseiras
E as gotículas pousaram sobre a tenra folha
Os  cravos bailaram, serenos, nas fileiras
Ali dispostos, solitários, sem ter quem os colha.

Jazem, felizes e exalam seu perfume masculino
A excitar o mais erótico pensamento
A mesclar-se em meio ao frescor matutino
Com seu doce aroma de encantamento.

Cravos e rosas, uma comunhão singular
Na manhã que chegou um tanto acabrunhada
Rosas e cravos, lembranças sutis a me atiçar.

Sonhos, lembranças, paixão e beleza
Na tarde que te deixa deslumbrada
Lembranças, sonhos, majestosa realeza.

Euclides Riquetti

Beije-me, no silêncio, na noite...

 


 


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Beije-me, em silêncio, na noite...
Beije-me,  em silêncio, na noite,  me beije
Ou então minta e diga-me que não me quer
Permita-me entender o seu jeito de mulher
Mas, por favor, jamais me deixe...

Beije-me, em silêncio, na manhã de luz
Ou então finja dizendo que não sou nada
Com beijo de musa, mulher ou namorada
Com aquele beijo delicioso que me seduz...

Beije-me, em silêncio, na tarde ensolarada
Ou então me cante uma daquelas canções
Aquela que violenta as minhas emoções
Mas que me atrai para a doce amada...

Beije-me, em silêncio, apenas faça assim
E lhe darei em troca todo o meu coração
Mas, se não me quiser, ainda peço perdão
Porque quero apenas que acredite em mim!

Euclides Riquetti

Te esperando na beira do mar

 


 



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Ficarei te esperando
Na beira do Mar
Pra te ver mergulhando
Pra te ver nadar...

Serei como a areia
A afagar os teus pés
Bela e  doce sereia
Doce e  bela mulher...

Nas águas do Arroio, sim
Quando vais te banhar
Vais te lembrar de mim
De mim vais te lembrar...

Nas tardes mais quentes
Nas manhãs mais frias
Pensarás como sempre
Na nossa alegria...

Pois estarei te esperando
Na beira do Mar
Num Arroio  nadando
Pra poder te abraçar...

Euclides Riquetti

Um rosto fascinante


 




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Procuro, nos céus, um precioso elemento
Algo que me substancie e me reenergize
Busco, nas ondas infinitas do firmamento
Um rosto fascinante que te identifique!

Vasculho, por entre as estrelas e meteoros
O semblante sutil do rosto bem delineado
Sai-me o suor de tenro odor de meus poros
Para colar-se na pele de teu corpo molhado.

Procuro, nos mergulhos das vãs procuras
Mergulho no universo da paixão exacerbada
Anseio pela frágil ilusão em noites impuras.

E te encontro nas respostas de sonetos líricos
De versos nas estrofes por mim declamadas
E eu te abraço e beijo os teus lábios lívidos!

Euclides Riquetti