Tons amarelos outonais bordam as folhas
Que começam a cair para entapetar o chão
Chega o outono e elas, sem outra escolha
Não têm mais nada a fazer, esta é a opção.
Depois de terem vivido seu papel natural
De terem energizado as plantas e jazido
E sombreado o rosto da mulher colossal
Descansam por seu roteiro já cumprido.
É assim seu ciclo como é o de nosso destino
De partir depois de realizarmos uma missão
De nascer, de amar, de ter os filhos queridos
Porque depois do outono, volta-nos o inverno
E, depois deste, nos brilhará o sol de um verão
Reencontros que nos permitem os afagos ternos.
Euclides Riquetti
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