sábado, 24 de julho de 2021

Mãos mágicas

 



Mãos mágicas, pintam os sonhos do poeta
Na tarde discreta
Quando brilha o sol
Ou quando a chuva é incerta!

Mãos mágicas afagam peitos
Acariciam ombros bem feitos
Moldados com a arte Divina
Com habilidosos jeitos...

Mãos mágicas
Afagam rostos de pele macia
Abanam com leveza e alegria
Acenam nas partidas doridas
Mas pintam vidas coloridas.

Mãos mágicas ternas e eternas
Sensuais
Magistrais
Suaves e ternas...

Mãos mágicas que escrevem poemas
Descrevem infortúnios e dilemas
Mas desenham flores
De todos os matizes e cores...

Mãos mágicas que já embalaram as crianças
Que nos trazem as mais saudosas lembranças:

Apenas mãos...
Mãos doces e santas
Mãos mágicas!

Euclides Riquetti

Não te deixes abalar



Não te deixes abalar por nada neste mundo
Deixa que o barco da esperança flutue e navegue
Busca semear no solo mais fértil, mais fecundo
Lembra-te, sempre, de que "a vida segue"...

Não te deixes dominar por pressentimentos
Procura  gastar tuas horas com o aprender
Cuida de dar a teu coração o devido alento
Faze de cada instante um momento de prazer...

Não te deixes entregar aos vãos pensamentos
Não te maltrates com sofrimento desmedido
Não te deixes contagiar por ressentimentos!

Busca viver com otimismo e com muita euforia
Procura dar a ti mesma o verdadeiro sentido
Cuida de dar-te  amor, carinho e alegria!

Euclides Riquetti

Apenas uma chance...



Apenas mais uma chance

É do que eu preciso
Apenas um breve lance
Pra rever seu sorriso...

Uma chance de ouro
Uma chance, simplesmente
De reencontrar um  tesouro
Que se ocultou de repente...

Apenas uma vez, só uma
Quem sabe um pedido de perdão.
Será que não terei nenhuma
De ouvir a sua canção?

Uma chance para nós
Um chance que nos devemos
Para não ficarmos sós
Uma chance que merecemos...

Apenas isso...
Bem assim!

Euclides Riquettti

sexta-feira, 23 de julho de 2021

As péssimas avaliações dos Poderes da República e os seus gastos abusivos

 



       Já faz muito tempo que os três Poderes de nossa República estão em desgraça perante a opinião da população brasileira. A falta de seriedade da classe política e a busca de protagonismo nos cenários teatrais que são montados em Brasília e em alguns estados, tudo na tentativa de ganhar a simpatia do eleitor, sempre eivados de demagogia e fala fácil, fazem com que as pessoas, cada vez mais, detestem muitos desses atores. Ninguém tolera mais a enganação, quer na política, no futebol, no meio artístico e na imprensa. E, o que é preocupante, é que cresce a descrença no Poder Judiciário.

       Tenho procurado diversificar ao máximo minhas buscas de material para leitura informativa. No momento, o pessoal está pegando geral em tudo o que lhe incomoda. Notícias falsas ou verdadeiras estão aí, colocadas conforme a conveniência de quem as propaga. Uma, bem real, atraiu minha atenção nos últimos dias, disseminada por uma Rede de Televisão brasileira, referindo-se ao STF. Passei a buscar mais informações e vi que no primeiro semestre deste ano, o Supremo já gastou mais de meio bilhão de reais, o que nos projeta as despesas de mais de um bilhão em 2021. Temos 11 ministros de alta toga, sendo que cada um tem 269 funcionários. Uma estrutura fabulosa, com um capital intelectual de elevada monta, que poderia ajudar as coisas a fluírem, mas que não andam porque os políticos, principalmente do Congresso Nacional, e do Executivo, lhes dão muita mão-de-obra. E isso é fruto daquilo que os ministros têm plantado, pois são tão contraditórios entre si, que semeiam dúvidas em vez de clareza jurídica. Intrometem-se nos outros dois Poderes, Legislativo e Executivo, como se fossem os eleitos para legislar e executar.

       Os ministros do STF são colocados lá por indicação de presidentes da República e sua aposentadoria compulsória, que era aos 70 anos, passou aos 75, sob a justificativa de que quanto mais experientes, mais podem ajudar a nação. Há controvérsias. Há salários altos. Há vaidade. Há teatro e votos excessivamente demorados nos julgamentos. E há a indignação da população, que rejeita aqueles juízes. Ganharam o cargo que ocupam e devem obrigação aos que os colocaram lá. Vejam isso:

- Marco Aurélio Mello, ficou lá por 31 anos, foi colocado pelo primo Fernando Collor de Mello. Aposentou-se no início desta semana, dia 12 de julho de 2021.

- Ricardo Lewandoski, indicado por Lula em 2006, vai permanecer no STF até maio de 2023.

- Rosa Weber, indicada por Dilma Rousseff, em 2011, fica até  outubro de 2023.

- Luiz Fux, indicado por Dilma Rousseff em 2011, fica até abril de 2028.

- Cármen Lúcia, indicada por lula em 2006, fica até abril de 2029.

- Gilmar Mendes, indicado por Fernando Henrique Cardoso em 2002, fica até dezembro de 2030.

- Edson Fachin, indicado por Dilma Rousseff em 2015, permanece até fevereiro de 2033.

- Luís Roberto Barroso, indicado por Dilma Rousseff em 2013, permanece até março de 2033.

- Dias Toffoli, indicado por Lula em 2009, vai até novembro de 2042.

- Alexandre de Moraes, indicado por Michel Temer em 2017, fica até dezembro de 2043.

- Kássio Nunes Marques, indicado por Jair Bolsonaro em 2020, permanece até maio de 2047.

E agora, com a aposentadoria de Marco Aurélio, Bolsonaro vai indicar André Mendonça, 49 anos, que ficará até dezembro de 2047.

       Isso, sim,  que é vida mansa! Conforto de tudo o que é jeito, refeições “top da balada”, salário igual ou superior ao de Presidente da República, motorista, garçom,  holofotes, prepotência, arrogância... Por essas e outras, são pessimamente avaliados pela população que trabalha muito, é altamente tributada,  e ainda maltratada!

Euclides Riquetti – Escritor 

Publicado no Jornal Cidadela - Joaçaba - SC

em 16-07-21

 

Quando a solidão bater à sua porta

 



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Quando a tristeza bater à sua porta
Mande-a campear em outro lugar
Quando a melancolia bater à sua porta
Mande-a embora para não mais voltar...

Quando a dor bater à sua porta
Mande-a buscar outro ser pra torturar
Quando o sofrimento bater à sua porta
Mande-o navegar em outro e longe mar...

Quando a saudade bater à sua porta
Mande-a vagar na prata do luar
Quando a solidão  bater à sua porta
Diga-lhe não e não a deixe mais entrar...

Mas quando eu bater em sua porta
Por favor, me convide pra ficar..
Porque se o amor bate em nossa porta
É tempo de se viver e se sonhar...

Apenas isso...
Nada mais que isso!

Euclides Riquetti

Desafiando meus próprios limites - Um milhão e duzentas mil visualizações em meu Blog.

 



       Minha vida foi sempre cercada de desafios. Um ano, um mês, vinte e um dias. Nasceu minha irmã, Iradi Lourdes Riquetti (Ghidini). Já tínhamos um irmão mais velho, Ironi, quase sete anos. Vivíamos ali, no mesmo prédio escolar, uma casa de madeira, onde meu pai lecionava na Escola Isolada Santa Catarina, em Linha Leãozinho, Distrito de Ouro, município de Capinzal. Tínhamos, os três, o amor de nossos pais, Guerino (Richetti) Riquetti e Dorvalina Adélia Baretta (Riquetti). Então, fui levado para a casa de meus padrinhos, João e Rachele (Vetorazzi) Frank. 

       Primeiro desafio: Suportar a saudade de viver longe de meus pais e irmãos. Eu nem estava na casa deles quando nasceu meu irmão Hiroito, em Linha Bonita, para onde a família foi morar.

       De lá para cá foi um caminho de desafios. Aquilo que hoje classificam como bullying eu vivi na pele e no coração. Ao ir para a escola, aos oito anos, aprendi tudo rapidamente, queimei etapas e tive muito êxito. As pessoas diziam que eu era inteligente. Acredito que sim. Mas sempre havia os que queriam tirar onda com a minha cara. Primeiro, por causa de meu corte de cabelo, bem curto, mantendo um topeta na frente, acima da testa. Era assim que o Stefenito Frank, filho de meu padrinho, cortava. Depois, eu falava muito com o sotaque e o jeito do Talian, um linguajar de origem vêneta. 

       No antigo colegial, equivalente ao Segundo Grau Técnico, hoje Ensino Médio, fiz Contabilidade. Eu tinha muitos amigos. Então, quando no terceiro ano, um colega, para gozar de minha cara, insinuou que eu deveria ser o orador da turma. Estava apenas "tirando onda de mim". Mas eu sabia que, embora tivesse minhas qualidades e a boa capacidade para aprender as matérias, alguns me consideravam um ninguém. Isso aconteceu com outras pessoas que conheço, e que não receberam o devido e merecido valor. E hoje são pessoas vencedoras.  Na faculdade, cursei da FAFI, em União da Vitória, PR, e sempre tive muito apoio dos meus colegas. Obrigado a vocês!

       Constituí minha família, todos os meus familiares são exitosos!

       Alguns dos que me subjugavam tentaram o êxito na política, mas não foram longe. Eu, aos 35 anos, fui eleito prefeito de minha cidade, Ouro, com 57 por cento dos votos válidos. Sem gastar nada!

Fiz carreira no magistério público de Santa Catarina, aposentei-me como professor de Inglês e Português. Tive empresa e sítio rural, escrevi dois livros de crônicas e tenho poesias publicadas em algumas coletâneas em Santa Catarina, no Paraná e São Paulo. Sou colunista do Jornal Cidadela, de Joaçaba, onde discorro sobre os assuntos que mais me agradam: Política, Economia, Cultura, Turismo e variedades. Tenho poemas postados em diversas páginas nacionais e tenho meu blog. Tenho leitores em todos os continentes do mundo. 

       Hoje, por volta do meio dia, o Blog do Riquetti (www.blogdoriquetti.blogspot.com) atingiu 1.200.000 (um milhão e duzentas mil) páginas visualizadas. Tenho, como mencionei, muita propagação também em redes sociais. Tudo isso é motivo para satisfação. Sem vaidades, mas com alegria. E você, caro leitor, leitora, é um dos responsáveis pelo meu êxito como escritor virtual, blogueiro.  Não sou "influencer", mas sim uma pessoa que lê muito, tem sensibilidade e gosta de escrever.

Grande e carinhoso abraço e obrigado por me apoiar. A satisfação e o êxito de cada escritor dependem de ter leitores.

Euclides Celito Riquetti

Joaçaba - SC

23-07-2021

De todos os versos, o primeiro

 




Gastei muito papel, talvez o caderno inteiro
Para escrever o poema ideal
Algo fenomenal
De todos os versos, o primeiro
O bonito, terno, sensacional.

Eu queria, certamente, encantar
Chamar toda a tua atenção
Fazer teu coração balançar
Tua cabeça repensar
Despertar amor e paixão...

Gastei todo o meu papel
Risquei e rabisquei ternamente
Até embaralhei minha mente
Busquei retratar com  pincel
Algo belo e  surpreendente!

Eu queria, certamente, chamar
Toda a sua  atenção
Dos seus olhos cor de mar
Os seus sonhos, seu sonhar
Sua alma e seu coração...

Sinceramente
Verdadeiramente
Apaixonadamente...
Apenas isso!

Euclides Riquetti

Dia da Gratidão




          No Dia de Reis, Dia da Gratidão, Sinto-me como um Rei. Tenho saúde, minha  família tem saúde. Quero ser grato ao Deus Rei, Nosso Senhor, Dono do Universo, Timoneiro de nossos destinos.

          A algumas pessoas devo muita gratidão: Ao meu pai e minha mãe, que me geraram. E me protegeram. Meu pai esforçou-se para dar-nos a melhor educação. Minha mãe lavou roupa para fora para que não nos faltassem as coisas. E, nós, filhos, cada um escolheu o destino que julgou ideal e conveniente. Ao padrinho João Frank e à madrinha Raquel, que cuidaram de mim até os oito anos, quando fui para a escola e voltei a morar com os pais. Ao Nono Vitório e à Nona Severina, que além de tudo eram amigos. Ao Tio Vitório, a quem quero muito bem.
          Meu irmão Ironi, pagava-me as roupas quando fui para a Faculdade, em União da Vitória, em 1972. O Hiroito (Tio Piro) dava-me seus rapatos novos e ficava com os meus velhos. A Iradi, o Vilmar e o Edimar davam-me forças. cada um da maneira que podia, torcendo por mim. E me apoiaram sempre..

          No tempo de Faculdade, a colega Maria de Fátima Caus Morgan me dava apoio moral, e até o seu noivo e marido, o Paulo Sérgio. Não esqueço deles. O Leoclides Fraron levou-me morar na República "Esquadrão da Vida". Lá, meus colegas de República me deram muita força.

          Os professores Nelson Sicuro, Geraldo Feltrin, Franciso Boni, Fahena Porto Horbatiuk, Abílio Heiss, a Abigail, a Rosa da Maia, O Filipak, o Nivaldo, Padre Leo e Leopoldo  e os outros,  também me  dearm força. O Sidnei, que vinha à Faculade com os sapatos esbranquiçados de cal, o Mineo Yokomizo, que me  deu um sapato nº 39 e eu calçava 42; o Osvaldo e os outros repeblicanos;  o Silvestre Schepanski, o Altamiro, o Vilsom, o Mauro, e o Solon Carlos Dondeo, o patrão  Jorge Mallon, que me deram força lá na Mercedes-Benz, em União da Vitória. O Roque Manfredini, conterrâneo que me dava moral e que era o goleiro titular no Iguaçu, que enfrentava as feras do Coritiba e do Atlético, e que nos orgulhava muito. Todos foram grandes amigos e incentivadores.

          Depois, a Mirian, sempre presente, cuidando de nossos filhos,  a mãe dela, que me dava um prato de sopa quando eu não tinha dinheiro para comprar,  Dona Ana; os seus irmãos, os cunhados, todos. O Tio Celso que bancava a tropa e a  Tia Sirlei, conselheira de todos;  o Tio Jorge, que se preocupa com todos e a Tia Rosane;  o Milo, que apoia o Kiko (que era uma velinha bem comportada), a Tia Bea, que faz macarronada, o Tio Cláudio, que cuida bem da Mirtes, que pinta quadros bonitos, o Tio Sírio, que foi morar no céu, ...

          Depois, no Zortéa, a Dona Vitória e o Compadre Aníbal,  a Marlene de Lima, a Alias e o Ticão, a Dona Holga e o Sadi Breancher, a Oliva Andrade, a Alda e o Messias, a Isolda, a Teresinha Andrade, o Isaías Bonatto, o Alcides Mantovani, a mãe dele, o Célio Tavares e a esposa, o Olivo Susin e a Rose, o Xexéu, o Preto e o Baixo, o Lourenço Brancher, o Seu Guilherme, e quantos outros. E aos colegas do Sílvio Santos.

          Depois, em Ouro, o Sr. Ivo Luiz Bazzo, que me encaminhou para a política, todos os seus familiares, pelo bom exemplo que sempre foram e o incentivo que nos deram. E aos 57% dos eleitores ourenses que me elegeram Prefeito em 1988 em Ouro. Aos meus colaboradores da época, o Caio, a Celita, O Ade, o Neri e o Amantino, o Válter, bem como os outros.

          Ao Clarimundo Bazzi e à Eloídes, ao Tio Arlindo e à Tia Elza, que me deram emprego em minha aadolescência.

          Ao Shirlon Pizzamiglio, que escolho para que represente TODOS os outros meus amigos. Ao Severino Dambrós para que represente TODOS os que jogavam conosco no time de  Veteranos do Arabutã.

          À Dona Ezide Miqueloto e à Zanete e o Neri, na casa de quem deixávamos as crianças quando íamos trabalhar.

          Seria infindável minha lista de pessoas a quem devo gratidão.

          Aos meus filhos Michele, Caroline e Fabrício, à neta Júlia, aos genros Daniel e Buja, à nora Luana. Aos meus novos vizinhos, que nos acolheram.

          A todos, minha GRATIDÃO ETERNA.

Euclides Riquetti
06-01-2012 - Dia da Gratidão

Como um jogo de sedução

 



Não quero que me vejas como um fútil galanteador

Nem  quero despertar em ti uma faísca de paixão

Quero apenas que sinta em mim um poeta sonhador

Não como alguém vulgar que faz o jogo da sedução...


Não imagino que possamos dar luz a uma realidade

Apenas que possamos surfar nas ondas de uma ilusão

Em cada verso far-te-ei  uma jura de lealdade

Em cada um de meus poemas um recado ao teu coração...


Quero, sim, que penses em mim, como quero pensar em ti

Quero, sim, que tu me queiras, como eu quero te querer

Quero, sim,  que escrevas na noite, como quero escrever aqui...


Quero, sim, te seduzir, com palavras de amor e paixão

Quero, sim, que tu te percas, como quero me perder

Quero, sim, que guardes pra mim, a tua alma e teu coração...

Euclides Riquetti

Cadê o sol?

 






Cadê o sol?
Será que ele se escondeu atrás daquelas nuvens espessas
Cinzentas e travessas?

Cadê o sol
Que me quis abandonar
Aqui nas areias do mar?

Cadê o sol?
Pra onde será que ele fugiu
Quando contigo me viu
Sorridente a andar
Pela orla do mar?

Será que ele saiu em protesto
Com medo dos reclamantes
Que fizeram seu  manifesto
Por causa das águas vazantes
Que trouxeram desconforto
Pra que ia para o aeroporto?

Cadê o sol
Que sumiu bem na hora
Em que a maré mareou
Que, de fato, te assustou
E te fez ir embora?

Euclides Riquetti

No Gramado da casa - o poema

 


No gramado de minha casa caem peras

São peras verdes, peras amarelas
Frutas pesadas, mas singelas
No meu gramado me caem lágrimas e estrelas.

No gramado de minha casa choram emoções
De ver a criança deslizando os pés delicados
E os beija-flores buscando o adocicado
(No meu gramado acalentamos corações).

A pitangueira, ali, atrai os passarinhos
Ela, com os  pequenos frutos alaranjados
Eu, aqui, com os meus zelos e cuidados
Jogando alpíste para os pequeninhos.

E as bergamoteiras acanhadas
Sombreiam as pequenas jaboticabeiras
Ameaçadas pela corpulenta ameixeira
Reverenciam as  laranjeiras carregadas.

E vêm canários, pardais ou tico-ticos
De todos os lados, até de azul  penugem
Nem se vê de onde, mas de repente surgem
Trazendo raminhos nos pontudos bicos.

É a natureza que sobrevive à fúria  humana
Antagonizando com os blocos de concreto
Contra o vidro, o cimento, o prumo certo
Majestosa força, soberana!

E os caquizeiros, respeitosos, aguardam o entardecer.
Buscam encontrar o aroma da romã
Que não vem, porque a mão humana, esta vilã
Não lhes sobrou lugar para crescer.

Euclides Riquetti

quinta-feira, 22 de julho de 2021

Fez-se noite o dia de tempestade

 


 

Fez-se noite o dia de tempestade
Em que escureceram no céu as nuvens cor de asfalto
Fez-se noite a manhã, perdeu-se a claridade
A negritude tomou a tarde como que de assalto
Choveu, à noite, no campo e na cidade.

Fez, Deus, que chovesse a chuva dos justos
A chuva que lavou as almas dos pecadores
Que energizou os gramados e os arbustos
Que regou as terras da plebe e dos senhores
A chuva que inspira os sábios e os incultos.

Fez, a chuva violenta,  os danos e os estragos
Pôs pânico nos canários, pardais e nas andorinhas
Veio em gelos esféricos, ovais ou alongados
Maltratou os espinhos  e as ervas daninhas
Estraçalhou as flores nos jardins florados.

A chuva calma e amena, gentil e  reparadora
Parceira do sol, abençoada, chuva leve e  divina
Que cai doce e serena , fresca e redentora
Poe as cores de volta e a  paisagem  recombina
Cumpre seu papel na natureza sedutora...

Euclides Riquetti

Nossa Natália nas Olimpíadas de Tókio.

 

"Parabéns, Natália - Campeã do Grand Prix em Bangcoc, na Tailândia"  - é uma reprise - mas vamos acompanhar a  fera que saiu da AJOV - Joaçaba para conquistar o mundo!





                            Natália, 12, eleita a melhor jogadora do Grand Prix!


                                Camisa 12 Natália, comemorando com suas companheiras

          Se andamos muito mal no automobilismo, com desempenho sofrível no Campeonato Mundial de Fórmula 1, no Voley Feminino nossas jogadoras estão sobrando. Na manhã de hoje, (horário brasileiro), as meninas do Brasil venceram a equipe rival dos Estados Unidos, por 3 sets a 2, abrindo caminho e motivação para se buscar o Ouro Olímpico no Rio de Janeiro, daqui a um mês.

          A conquista do Décimo-primeiro título do Grand Prix, no ginásio Huamark, em Bangcoc, na Tailândia, fez com que os brasileiros comemorassem efusivamente  o grande feito.

         Aqui em Joaçaba, torcemos pela nossa seleção e por uma jogadora em especial, a Natália. A jogadora Natália Zílio Pereira nasceu em Ponta Grossa, no vizinho estado do Paraná, e veio morar aqui com apenas um ano de idade. Seu pai casou-se com uma joaçabense e aqui veio para jogar futebol. Os familiares dela ainda aqui residem.

          Natália é uma grande bloqueadora, atleta de compleição física forte, tem uma pancada forte e usa a camisa 12 da seleção, o mesmo número que usa para atual pelo Rio de Janeiro.
Iniciou-se como atleta na AJOV, treinou muito, foi bem cuidada e hoje nos representa muito bem. Um dos primeiros a observar que ela tinha talento, ainda quando era adolescente, foi o jornalista Maceió, então colunista de esportes do Jornal A Notícia, de Joinville, Santa Catarina.

         Agora vamos ficar na torcida para que ela conquiste o Ouro Olímpico mais uma vez. Os problemas de saúde, que precederam a última Olimpíada, ficaram para trás.

        Parabéns à Natália, ilustre representante de Joaçaba nas Olimpíadas do Rio de Janeiro.

Euclides Riquetti
11-07-2016

Pobrezinho, mas bem perfumado! (crônica de humor saudosista)

 





          Tenho ótimas lembranças e saudades de meu amigo Padilha. Trabalhei com ele de 1972 a 1977 no Mallon, em União da Vitória. Iniciamos na Rua Clotário Portugal 974, e depois nos transferimos lá para a BR, um pouco depois do Café Primor, da família Krügger dos Passos. O Padilha era o perfeito "gente boa"! Ele o Sapo (Alcir Teixeira), eram os bambas em Caixa, Diferencial e Motor.

          O barracão da oficina, agência Mercedes-Bez, era enorme. Havia a parte que dava de frente para a rua, em que, no térreo, trabalhávamos na Seção de Peças eu, o Mauro (Iwanko) e o Altamiro (Beckert). No kardex, a Alvina (Nunes Lell).  Nosso chefe era o Silvestre Schepanski, um compridão  que viera de Canoinhas. Jogara futebol no Santa Cruz. Tinha uma Synca Chambord em que a bateria não ajudava muito. Vinha de biclicleta para o serviço. Na oficina, o Solon Carlos Dondeo, que tinha uma novíssima Variant verde-oliva, comandava a tropa. O Carlos Konart era o recepcionista, que tinha o cargo charmoso de "Consultor Técnico". O Polaco (Dionízio Horodeski), o Justino (Polzin), o Miguel (Semianko) e  o Ilmo, lidavam com caixas e diferenciais. O Sr. Luiz era ótimo chapeador. O Sr. Pedro, com o genro Airton, faziam a parte de ferraria.

          O Padilha vinha à janelinha da Seção de Peças: "Bom dia, Euclides! O Respeito é a chave de todas as portas!". Eu o cumpimentava, ria. O Padilha era um ótimo astral, sempre tinha uma palavra amiga, um jeito bom de motivar os colegas. Pegava no pé todos. E ainda perguntava: "Como está a bonitona lá de cima? Será que vai trazer a folha hoje (de pagamento)? Referia-se à Sandra (Probst), uma moça de uns 19 anos, do escritório.  E emendava; Ah, seu eu fosse mais novo!!!

          De certa vez, o Padilha cometeu uma gafe sem tamanho. Ficou um tempão envergonhado. Ocorre que tínhamos um freguês, proprietário de um caminhão Mercedes LP-321, um "cara chata", azul, o Luiz Carlos Daldin. O Daldin tinha cabelo raspado, cabeça bem calva. Pois naquele dia viera um gaúcho muito parecido com ele e do mesmo tamanho, usando calças US Top, e com um caminhão idêntico ao dele. Precisava trocar uma mola da suspensão. Caminhão consertando, ele sentou ali defronte à recpção, ao lado esquerdo da entrada da oficina e ficou tomando um chimarrão. Havia uns exemplares do "Jornal O Comércio" e "Traço de União" para lerem,  e algumas revistas. Pois o Padilha veio com a mão suja  de graxa lubrificante  Marfak e passou na cebeça careca do cara. Este, virou-se e olhou para o Padilha sem entender nada. O Padilha endoideceu! Passou a mãe engraxada na cabeça do cara errado.  Só faltou ajoelhar-se para pedir desulpas...  E os colegas vieram, todos, para ver o que acontecia.Uns zoavam e outros tentavam ajudar o mecânico a explica-se. Ainda bem que o gaúcho era "do bem e da paz", entendeu a brincadeira e foi lavar a careca com uma estopa embebida em gasolina...

          O Padilha era muito feliz. E nos fazia felizes. Muitas vezes chegava na janela faceiro, cantando ou assobiando e dizia: "Pobrete, mas alegrete! Café preto, mas bem doce! Pobrezinho, mas bem perfumado!" Assim era nosso colega Padilha, o simpático amigo de quem nunca mais tive notícias...

         Tenho muitas saudades de meus colegas lá da Mercedes da Rua Clotário Portugal. Depois, mudamos lá para a BR, onde novos funcionários foram contratados e a turma ficou bem maior...

         Lembro, sempre com muita alegria, dos bons momentos que vivemos ali!

Euclides Riquetti
20-06-2014

Jamais te perder...

 




Mar...
Luar....
Olhar...
Sonhar! (Querer)

Flor...
Amor...
Calor...
Dor! (Sofrer)

Navegar
Divagar...
Namorar...
Amar! (Pretender)

Canção...
Paixão...
Emoção...
Coração! (Viver, viver!, viver!)

E, entre verbos e substantivos
Te ver... tecer... te ter...
E, entre versos (re) sentidos:
Teu ser...
Apenas te querer.
(Jamais te perder!)
 
Euclides Riquetti

Em seu sorriso prateado

 









Tento encontrar em seu sorriso prateado
Aquele belo sorriso que já foi sereno
Aquele sorrisão dourado
Que adornava seus lábios de veneno...

Saudades de seu sorriso largado
Saudade do seu humor e encantamento
Daquele seu jeitinho despojado
Que atiçou meus francos sentimentos...

Há saudade, sim, e por mais que eu tente
Lembro-me de você ao pisar nas areias
Meu coração há muito já se faz descrente
Enquanto olho para o mar de Canasvieiras...

É isso mesmo, tudo é bem assim
Me faz lembrar você o mar extenso
Eu a quero aqui presente junto a mim
Para lhe dar carinho e amor imenso!

Euclides Riquetti

Adoro ouvir você cantar

 



Adoro ouvir você cantar
Pois quando canta, me contagia
Me traz a paz de que eu preciso
Me devolve toda a alegria!

Adoro ouvir você cantar
Pois quando canta,  eu me esqueço do mundo
Fico ouvindo e vendo seu sorriso
E mergulho num êxtase  profundo!

Adoro ver você alegre e contente
Pois sua alegria me envolve e me anima
E o meu coração também sente
Seu doce olhar  de menina!

Adoro estar perto de você
E poder dividir meus sonhos por inteiro
Beijar seus lábios e dizer
Que amo seu jeito brejeiro!

Adoro ouvir você cantar
Porque canta as românticas canções
Aquelas que me fazem sonhar
E me provocam emoções
Conjugando o verbo amar
E me trazendo recordações.

 Adoro ouvir você cantar!

Euclides Riquetti

Um Príncipe Poeta

 

Eu quisera ser
Um príncipe encantado
Aquele por ti esperado:
Alto, ágil, sedutor!
E, de ti, apenas poder  receber
E também te dar meu  amor!

Eu quisera merecer
Um pouco de tua atenção
Que me quisesses de paixão:
Ter teu olhar envolvente
Poder fazer-me perceber
Sentir-me desejável  e atraente!

Um príncipe galante e sorridente
Vestindo roupas brancas adornadas
Que,  com sua espada  afiada
Desafiasse os teus infortúnios e medos.
E que, no manejar  da lâmina reluzente
Cavalgasse por entre florestas e vinhedos...

Um príncipe encantado, sim!
Envolto em vestes de cetim
Um príncipe cavalheiro, na certa:
Um príncipe poeta!

Euclides Riquetti

O dia em que minha vida virou ao avesso - 37 anos depois! (Dias de muita dor...)

 





Em pé: Valdomiro Correa, treinador; Zucco,
Altair Secchi, Ademir Rech, Euclides Riquetti
(eu mesmo..., o mais alto de todos), 
Vicente Gramázzio, Malmir (Mazzo) Padilha.
Agachados: Domingos dos
Santos (Mingo Balbina), Valência de Souza,
Braguinha Ramos, Carmelino Nora e Sérgio
Scarton. Meus companheiros da época, eu
tinha 31 anos.


          O dia 22 de julho de 1984 me é inesquecível. Tinha tudo planejado: jogar bola, ir a uma festa, descansar para na segunda trabalhar. Levantei-me cedo, peguei a sacola com minhas chuteiras, despedi-me da família e fui para o Estádio do Arabutã. Era o dia mais frio do ano,  um domingo.  Tivéramos duas semanas de férias escolares e, no dia seguinte,  haveria o reinício das aulas. Queria aproveitar bem meu domingo. Depois do jogo, me encontraria com a família e amigos numa festa de batizado.

          Ali, ao lado do Estádio, havia uma sede recreativa onde seria realizada a festa do batizado da Aquidauana, uma bebezinha,  filha do compadre Neri Miqueloto e da Zenete. Fui o primeiro a chegar ao campo. Havia neblina e frio, muito frio. A promogênita deles, que atualmente cursa um doutorado nos Estados Unidos.

          Nove horas e já estávamos em campo. O treinador Valdomiro Correa deu-me a camisa branca com  mangas vermelhas, número 4,  jogaria como quarto zagueiro, fazendo dupla com o Fank.  Normalmente eu jogava com a 2, na lateral direita. Nesta atuou  o Mantovani, que era apelidado de "25". Era o mais maduro da turma. Na esquerda, o Mingo Balbina. Eu tinha 31 anos e estava em plena forma física. E me achava velho... Tinha ossos fortes, minha mãe sempre dizia que me deu muito cálcio quando criança. E eu achava que jamais pudesse machucar-me, era muito corajoso nas jogadas, não tinha medo de que algo me pudesse acontecer...

          Placar ainda em branco e nossos adversários fazendo pressão. Formávamos linha de impedimento, já tínhamos um ótimo entrosamento e sempre que jogávamos, nos  adiantávamos quando o adversário iria lançar a bola. Deixávamos os desavisados sempre impedidos. Nossa média de idade era bem acima da deles e tínhamos que dispor de nossa esperteza para enfrentá-los. E, num desses lances, quando saímos, um de nossos jogadores deu condição legal de jogo para os adversários. O Tita, de 16 anos, muito habilidoso e veloz, recebeu a bola e saí atrás dele. Quando ele entrou na grande área e ia fazer o gol, alcancei-o e dei toda a força possível para cortar a bola. Nesse instante, veio o goleiro, meu companheiro, num carrinho, e me atingiu. Foi um estouro. Disseram-me o Mafra, o Marcon e o Nito Miqueloto, meus companheiros, que pareceu um tiro de revólver 38. Senti que algo de muito ruim me havia acontecido. Eu não queria acreditar: O que iriam dizer meus familiares? Como iria dar aulas no dia seguinte?

         Meu colegas vieram acudir-me. Estavam apavorados. Olhei para minha perna direita e o pé estava desgovernado. A perna dobrou-se, apenas a pele mantinha o pé preso ao meu corpo. Uma fratura na Tíbia, duas no Perônio, e os ossos esfacelados. Uma senhora contusão! Tiraram minhas chuteiras, minhas meias. Uniformizados,  não conseguiam achar as chaves dos carros para levar-me ao hospital. Ficaram todos atrapalhados. Vi o Irineu Miqueloto (saudoso...), que viera de Ponta Grossa para o batizado de sua sobrinha, pedi para que me socorresse,  e ele, apavorado, no alambrado, procurava nos bolsos as chaves de seu carro, e nada! Até se esquecera de que não estava de carro lá.  Havia deixado o carro com a esposa e nem se lembrava disso.  Estavam todos desorientados...

          Enfim, os amigos Vilson Farias, atual Vice-prefeito de Capinzal, e o Alvanir Mafra, com o Fusca deste, resolveram que deveríamos ir de imediato para o hospital, no fusca. Colocaram-me no banco traseiro,  o Mafra dirigia e o Farias me dava apoio moral. Iríamos direto pra Joaçaba, onde haveria ortopedista no Hospital Santa Terezinha.

          Na estrada, eu olhava para o espelhinho retrovisor e via que estava pálido, meus cabelos molhados, o rosto muito suado. Não sentia dor, ainda, porque estava com o corpo muito quente, havia  corrido muito e por mais de meia hora. Não me conformava por aquilo estar acontecendo comigo...

          Em menos de meia, hora estávamos nas ruas centrais de Joaçaba, onde não haia asfalto ainda. Quando o carro trafegava sobre sobre os paralelepípedos do calçamento, os ossos pareciam espinhar os músculos e doía muito, muito. No Hospital Santa Teresinha, fui posto na numa maca, e o médico Dr. Marino, ortopedista, colocou uns saquinhos de areia nos lados da perna, imobilizando-a. Como que se  a mão de Deus tirasse a dor, senti-me aliviado. Veio o raio-x, o gesso, envolvendo toda a perna até a bacia. Não havia necessidade de cirurgia, graças a Deus. Apenas 90 dias no gesso. Levaram-me para casa. Eu estava chateado porque minha família não pudera participar da festa da Aquidauana. mas não sentida dores. Até que passou o efeito da anestesia,  quando passei por dores insuportáveis. Ligaram para o hospital e indicaram-me injeções para alviar a dor que um rapaz, meu aluno, o Neodir Zanini, veio aplicar, junto com o pai dele, o Nadir. jovem, trabalhava na Farmácia São Pedro.  A dor  ia e voltava...

         À noite, demorei para dormir. Depois sonhei. Sonhei que estava numa bela tarde de sol, lá no mesmo campo, jogando futebol, mas na lateral esquerda, com a camisa 6. Jogando contra o Clube 4 S de Linha Sul, marcando o Joãozinho Baretta, um primo. Ele estava de camisa verde e eu marcando-o.
Muitos dias com dores, passei os primeiros vendo na TV as Olimpíadas de Los Ângeles, torcendo pelo Brasil, em especial pelo goleiro Gilmar Rinaldi, que defendeu até pênaltis. E nos deu a Medalha de Prata. O Gilmar foi nosso companheiro de bola no campinho, ali no Ouro, quando vinha passar as férias na casa de sua irmã, a Matilde, que era nossa inquilina. Jogava no Inter, depois jogou no São Paulo, na Udinese, num clube do Japão e no Flamengo.

          Seis meses depois, estava eu de volta aos campos. Mudei meu jeito de jogar, mais cauteloso, usando menos a força e mais a inteligência. Percebi que nosso corpo tem limites, esta foi minha lição. E consegui correr atrás da bola por mais 25 anos, apenas com 3 meses de interrupção em 98, quando estourei menisco e ligamentos, pondo até parafuso de titânio no joelho esquerdo, que está ali até hoje. Estou até pensando em voltar a jogar,  agora na Primavera...

          Realmente,  aquele domingo, 22 de julho de 1984, meu mundo ficou de pernas pro ar. Mas sobrevivi!

Euclides Riquettii

quarta-feira, 21 de julho de 2021

Um convite ao pecado

 



Você é um convite disfarçado ao pecado

Uma via longa e de mão única

Uma perdição bucólica e  bem úmida

E o meu escorregar planejado!


Você é um convite irrecusável

Um entardecer promissor

O desejo avassalador

Uma faísca de paixão insaciável!


Você é o anjo da noite escura

A incandescência da vela que queima

Minha teimosia que tanto teima

Um convite à mundana aventura!


E eu sou o poeta muito ousado

Que viaja na imaginação pecadora

Que vai beijar sua pele sedutora

Que quer  ser seu especial convidado


A pecar!


Euclides Riquetti

22-07-2021


Venha, entre na pista, e dance!

 



No fim de tarde, no domingo livre
Vai ter balada, ter agito e dança
Vai ter embalo e vai ter festança
No fim de tarde, no domingo livre!

Entre no ritmo com toda a harmonia
Venha comigo,  é nossa grande chance!


Venha pra pista, venha logo e dance
Venha pra pista viver o romance!
Venha pra pista no domingo  livre
Venha pra pista, venha logo e dance!


Entre no ritmo com toda a harmonia
Venha comigo,  é nossa grande chance!

Seja no clube ou na danceteria
Venha encontrar-me e me dê uma chance
Venha pra pista no domingo livre
Venha pra pista, venha logo e dance!


Entre no ritmo com toda a harmonia
Venha comigo,  é nossa grande chance!

Nos fins de tarde de todos os domingos
Nos dias de embalo com muito romance
Te esperarei quero bailar contigo
Venha comigo, venha logo e dance!


Entre no ritmo com toda a harmonia
Venha comigo,  é nossa grande chance!

Euclides Riquetti

Ousadia

 



O toque gentil  de tuas mãos em meu rosto
O toque sutil de minhas mãos em teus ombros
O toque melódico de tuas palavras em meus ouvidos
O toque romântico de meu ser em teus sentidos...

O toque delicado de teus braços em meu corpo
O toque suave de minha pele em tua pele alva
O toque perfumado de teu peito em meu peito
O toque dadivoso de meu olhar em teu olhar.
O toque de teus beijos ardorosos em meus lábios
O toque de meus beijos em teus lábios rosados.

O toque sensível do tudo de mim em ti
O toque inimaginável do tudo de ti em mim
A perdição do momento desejado
A perdição no pecado
O amor consumado
Sem fim...

Tu estás em mim e eu estou em ti
Sem nenhum medo:
Apenas paixão, amor segredo!

Desejo de mim por ti, por ti, por ti
Desejo de ti por mim, por mim
Desejo imedível, ousado
Pecado, imersão, pecado!

Euclides Riquetti

Impossível não sentir saudades

 



É impossível não sentir saudades

De quem a gente já amou ou ama

E isso é uma incontestável verdade

Se a mente sofre, o coração reclama.


É impossível viver-se na solidão

Não ter com quem dividir sorrisos

Nem ter alguém para pegar a mão

Para aconselha em dias indecisos.


Que ama quer ser também amado

Não se pode cultivar a melancolia

Todo sonho deve ser compartilhado.


Quem sente saudades tem amor a dar

Quer receber amor e viver na alegria

É viver o amor em todo tempo e lugar.


Euclides Riquetti

21-07-2021


Euclides Celito Riquetti -

Poeta e cronista catarinense

Detentor do Blog do Riquetti

www.blogdoriquetti.blogspot.com






Hora de não fazer nada

 



É hora de não fazer nada
De dar trela pro ócio e mais nada
É hora de jogar as pernas pro ar
Deixar os braços por conta,  na rede deitar.

Hoje é dia de não fazer nada
De ser um  dia de apenas lembrar
E quem sabe lavar a calçada
E no seu rosto pensar e pensar.

Pisar na grama, molhada, molhada
Olhar pro céu na manhã deste agosto
Jogar água nos pés, e  na escada
Deixar o resto e ficar absorto.

Agora é hora de escrever poesia
Ficar lembrando da vida passada
Lembrando de boleros que dão nostalgia
Quem sabe lembrando de antiga jornada...

É apenas hora de não fazer nada
De curtir a lembrança da amada
De escrever poesia e sentir alegria
De sentir alegria e escrever poesia..
(E mais nada!.

Euclides Riquetti

Atrás da luz do sol

 




Atrás da luz do sol está o seu sorriso
Estão seus olhos meigos e brilhantes
Uma mulher muito doce e cativante
Com rosto de fada, com cabelo liso

A luz do sol me provoca e me atiça
Com seu inefável fogo de esplendor
Traz  essências de perfume e de flor
Cheiro de mulher, de mulher noviça.

Luz que se esconde atrás da luz solar
Luz que se embaralha no astro-rei
Luz que vem a mim para me beijar...

Atrás do astro sol há uma outra luz
Muito mais forte do que eu imaginei
Uma luz eu me atrai e que me seduz!

Euclides Riquetti

Há uma luz que virá

 







Há uma luz que virá
Com o brilho bem forte
Um brilho que te dará
Uma direção, um norte.

Uma nova luz brilhará
Te dará um caminho
Uma rosa desabrochará
Uma flor com espinhos.

Mas tu os vencerás
Dobrarás cada um deles
E, ao fim, triunfarás
Quebrarás todos eles.

Então virá o belo dia
A noite bem dormida
O sol te dará a alegria
A felicidade merecida.

As bênçãos Divinas
Que sobre ti irão cair
Te darão auto-estima
E voltarás a  sorrir!

Euclides Riquetti

terça-feira, 20 de julho de 2021

O valor da Amizade - No Dia do Amigo - Minha homenagem aos meus caros leitores



 
Eu quero que tu sintas
Sinceramente
O valor da amizade
Que existe entre a  gente.
Eu quero que tu sintas que me preocupo
E se eu tiver algumas falhas
Aqui me desculpo!

Eu quero que tu sintas
Que sou teu amigo
Que tenho um coração
Bastante afetivo.
Eu quero que tu sintas que podes confiar
Que eu sou teu companheiro
Em todo dia e lugar!


Minha amizade é como a tua
Leal, firme, verdadeira
Tem o encanto da lua
A fidelidade companheira.
Minha amizade é simples mas sincera
É amizade o ano inteiro
E tão pura como o ar... na Primavera!

Euclides Riquetti

Poemar

 








Fui poemar
Fui rabiscar umas letras
Na beira do mar
Fui poemar.

Poemei versos rimados
Poemei poemas e poemetos
Compus poemas em tercetos
Tentei alexandrinos compassados...
Compus o que a alma me pediu
Compus o que meu coração permitiu
Mas compus!

Fui poemar
Numa manhã com sol.
Encontrei nuvens chuvosas
Ondas volumosas
Gaivotas que voavam,  ruidosas
Pranchas que surfavam, silenciosas.

Fui poemar
Lembrei, poemei, amei
Amei, lembrei, poemei
Poemei olhando pro mar
E encontrei você
No meu imaginar
Lá no mar...

Euclides Riquetti