sábado, 26 de dezembro de 2020

Saí para te encontrar...no mar!


 


Saí para te encontrar, no mar.

No mar que me mete medo

Porque guarda muitos segredo

Muitas lendas, muitos enredos


Do amor, do querer e do amar...

Saí para te encontrar na manhã azul

Num mar do Sul.

Encontrei-te flutuando com teus pés descalços

Nas areias infinitas

Nas águas bonitas.

Encontrei-te caminhando no asfalto

Ao lado da areia do mar

Que me faz sonhar.

Encontrei-te sorrindo com teus olhos de esmeralda

E teu sorriso encontrou o meu

Que abraçou o teu.

Encontrei-te na manhã da maré verde e calma

E me senti livre, contente, feliz

E passei o dia livre,  contente, feliz

Contigo

E com teu sorriso lindo!

Euclides Riquetti

Que sejas feliz é o que me importa

 



Livra teu coração da turbulência
Não deixes que a inquietude tome conta de teu ser
Aja com sabedoria e inteligência
Não te deixes intimidar pela prepotência
Dê asas ä Fênix que há dentro de ti.

Procura encontrar um mar de águas brandas
Onde possas ancorar teu coração
Que seja possível buscar respostas francas
Onde ondas se transformem em espumas brancas
E possas ver  a esperança na imensidão.

Escreve tua historia com os termos certos
Tanto quanto  existe sal na água do mar
Mantém teus belos olhos bem abertos.

E, quando o desespero bater em tua porta
Chama-me que serei eu a te amparar
Pois que sejas feliz é o que me importa!

Euclides Riquetti

2020 - Um ano pra nunca mais nos esquecermos dele

 


 


       O ano que está por se findar vai ficar sempre muito presente na memória das pessoas que habitam nosso Planeta Terra. Ainda antes de seu início, já ouvíamos notícias de que na China surgia um vírus batizado de Novo Coronavírus, o qual ocasionava uma doença gravíssima que foi denominada Covid 19. Matou milhões de pessoas no mundo e, no Brasil, chegaremos quase que a 200.000 mortes por causa do vírus letal.
       Ao final da primeira quinzena de março, os brasileiros entraram em polvorosa, pois começaram a noticiar casos de infecções e mortes em nosso País. Aqui na região, começaram a editar decretos tanto e Estado quanto os municípios. Em nível nacional, querelas feias entre o Presidente da República, que dizia que o que estava acontecendo não passava de mais uma gripezinha. Confrontos com governadores, em especial com João Dória, de São Paulo, e mesmo com o STF -Supremo Tribunal Federal. Na verdade, a bagunça que começou lá atrás, persiste até hoje.
       O ministro da Saúde, Luiz  Henrique Mandetta, vinha se tornando a estrela dos acontecimentos, foi substituído por outro e depois por outro. E ninguém conseguiu resolver nada, até porque os outros países também não resolveram, e agora estão assustados porque o vírus, modificado, começa a dar grandes preocupações a partir do Reino Unido. No Brasil, os índices de contágio e de mortes vinham caindo, falava-se que era para continuarem com os cuidados, pois uma nova onda poderia surgir. No entanto, a primeira onda se prolongou e, no momento, ao findar o ano, a situação está gravíssima.
       Santa Catarina parecia ser um estado exemplar na tomada de medidas para amenizar a situação da pandemia, e quando tudo parecia ir para a normalidade, começaram a surgir muitos novos casos. As UTIs e as alas covid dos hospitais passaram a ficar lotadas, pacientes da nossa microrregião passaram a ser internados em outras, e tudo foi piorando. E continuamos a perder amigos e conhecidos.
       Para uma grande parte da população, parece que nada está acontecendo. Continuam reunindo-se em bares e outros pontos de reunião em busca de lazer, as transmissões do novo coronavírus acabaram por se acelerar, os mais jovens levam o mal para casa, as pessoas mais frágeis, idosas, ou com comorbidades começaram a passar mal e muitos perderam e continuam perdendo suas vidas.
       Acompanho as estatísticas, a situação de cada dia, e aquilo que nos trazia otimismo, agora nos traz a desesperança e as preocupações. Joaçaba e cidades circunvizinhas estão no alerta gravíssimo e assim estão quase todas as regiões e Santa Catarina. Enquanto isso, a busca, no mundo, por vacinas que possam trazer tranquilidade às populações. E, em nosso País, vergonhosamente, os políticos agindo irresponsavelmente e o judiciário ajudando a dificultar as coisas. Em alguns países as vacinas já estão sendo aplicadas. No Brasil, nenhuma delas, até o início desta semana, havia sido liberada dela ANVISA. Acompanhei muitos casos de reclamações, nos últimos 20 anos, pela demora daquela agência em aprovar o uso de medicamentos aqui no Brasil que já estavam aprovados e em produção em muitos países. Aqui, parece que sempre precisamos ser mais cautelosos do que em lugares onde a tecnologia e o conhecimento resultante de pesquisas estão muito à frente de nós. Claro que uma vacina que tem gerado tantas expectativas precisa de uma análise muito profunda para ser aprovada.
       Enquanto na Europa pessoas idosas estão sendo as primeiras a tomarem as vacinas, aqui em São Paulo, o mimado governador João Dória convidou os ex-Presidentes da República para serem os primeiros a tomarem a Coronavac, vacina chinesa que será produzia pelo Instituto Butantã, de São Paulo. Fernando Henrique Cardoso está disposto a tomar. José Sarney pediu que a enviem para Brasília que ele toma lá. Lula não respondeu ao convite e Fernando Collor teria dito que não tomará. Ora, por que não fazer a primeira aplicação num profissional da saúde, alguém que está lidando diretamente com os doentes, sujeito a morrer, como muitos já morreram?
       Aqui em Santa Catarina, na região de Presidente Getúlio, houve a ocorrência de chuva concentrada na semana passada, sendo que até a segunda-feira, havia a confirmação de 20 mortes, infelizmente, por causa das inundações e alagamentos. O Exército Brasileiro está presente no local, auxiliando a Defesa Civil e os órgãos de saúde, para que se possa ter, muito rapidamente, caráter de normalidade nas cidades atingidas. O Brasil precisa, sempre, de ações efetivas no combate aos eventos adversos e menos politicagem.
       Que venha o novo ano com menos problemas e que as novas administrações municipais possam retribuir às populações dos municípios tudo aquilo que receberam em forma de votos.
Tenhamos, todos, um Bom Natal e um Venturoso Novo ano de 2021.
Euclides Riquetti – escritor –

Publicado no Jornal Cidadela - Joaçaba - SC - 25-12-2020 - edição especial

Você é o sol, a luz, a água, o vinho

 



Você é o sol que me alimenta
Você é a luz que nunca se apaga
É a água que me sustenta
É  o vinho que me embriaga.

Você é a flor que mais me encanta
Você é a estrela que não se extingue
É minha força e minha esperança
É a cor que meu horizonte cinge.

E, por ser sol e ser luz
Por me alimentar e não se apagar
É a estrela que me seduz
É o vinho que me faz amar.

E, por ser flor e ser encanto
Encanta minhas tardes de verão
E, por ser a lágrima de meu pranto
Alenta as mágoas de meu coração...

Euclides Riquetti

Tu tens a mim e eu tenho a ti!



Entrego-te meu corpo e minha alma
Sem ressalvas
Para que os uses
E abuses.
Reservo-me a parte negra,  e dou-te a alva...

E te ofereço  meus beijos
Que se perdem com os teus
Que satisfazem teus desejos
E os desejos meus
Os que se avivam agora e os que hão de vir:
Tu tens a mim e eu tenho a ti!

Entrego-te,  de olhos fechados
Meu coração flechado
Despido
Livre, ou
Atingido
Pelo cupido!

Entrego-me o que tenho de mais sagrado:
A parte de min´alma sem pecado
E fico com o lado carvão.
(O lado escuridão)!

Entrego-te o melhor de mim:
Entrego-te meus versos, minhas estrofes e meus sonetos
Os limitados e os perfeitos
Os livres e os alexandrinos
Que só têm um destino:
Dizer que tu podes ter a mim
E que eu posso ter a ti!

Euclides Riquetti

sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

Vem afagar-me na noite de janeiro

 


Vem tua alma encontrar-se com a minha
Alegremente
E teu corpo encostar-se ao meu
Vem sutilmente...
Acariciam-me as tuas mãos
Suavemente
Beijam-me teus lábios
Docemente!

Vêm teus olhos fitar os meus
Com toda a tua candura
E tuas palavras encontrar as minhas
Com brandura...
És a musa que Deus me concedeu
De alma pura
A flor que colho e beijo
Com ternura!

Vem, alma escondida em corpo escultural
Vem afagar-me na noite de janeiro
Vem me levar contigo, pra qualquer lugar
Vem pra tornar-me teu amado companheiro

Vem, afaga-me
Leva-me
Ama-me

Na noite de janeiro!

O tempo nos mostrará (todas as verdades)

 



Não te aflijas se não te dão o devido valor
Não esperes compensações de onde não podem vir
Não te  preocupes se recusarem te dar o amor
Pois sempre haverá quem  olhará por ti.

O mundo é assim mesmo, tem  imperfeições
E estas são em número altamente expressivo
Mesmo os que amamos nos dão desilusões
Mas tu podes sempre contar comigo.

Não te aflijas ele não é como tu queres
Pois cada coisa tem o seu devido momento
Busque em ti mesma a calma, não te desesperes.

O tempo nos  mostrará  todas  as verdades
As razões que fazem os acontecimentos
O verdadeiro caminho da felicidade.

Euclides Riquetti

Reflexão para final de ano (crônica)

 


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          Quando criança ainda, numa de minhas férias escolares, fui passar um mês com meus avôs em Linha Bonita. Os Baretta  eram comerciantes, tinham um casarão que mais atrás servira também de pousada. E, naqueles idos de 1961, eu era bastante observador, cuidava dos movimentos das pessoas e daquilo que faziam. Lembro que,  nos domingos à tardinha, após os jogos de futebol, vinham os jovens de toda a redondeza para jogar baralho. E tomar umas "birotas". Naquele tempo não tinham geladeira, pois não tinham energia elétrica suficiente, embora a maioria das casas tivessem  um rodão d´água, que acionava um dínamo, que permitia clarear os ambientes apenas para umas duas, no máximo três lâmpadas. Então, a cerveja era resfriada num tanque de alvenaria, construído sob o assoalho de madeira, com água do poço, retirada com baldes de madeira também. E pediam para minha nona, Severina, cozinhar ovos na água, em dúzias, para matarem a fome no final de tarde.

          Lembro que um dos jovens senhores que vinham até lá era o Vitalino Bazzo, com chapéu de feltro cinza, terno da mesma cor, de um xadrez discreto. (Foi na década de 1970 que os paletós "xadrezão" entraram na moda. Combinavam com aquelas calças boca-de-sino e os cabelos longos das pessoas). E havia o Américo Módena, o Fernande Maziero, o Dirceu Viganó, o Nézio e o Vilson Rech, o Alcides Antonietto, o Nelson Falk, o Itacir Dambrós, o Valdir Baretta, que se misturavam com outros mais jovens e com meus tios. Tinham chapéu de feltro, que eram os chiques. Alguns, de palha. Comprei um aos 9 anos, quando já estava morando na cidade e trabalhava. Lavava louça e lustrava a casa para uma prima. Com meu primeiro salário, comprei um belo chapéu.... Ah, e trabalhar não tirou nenhum pedaço de mim, não me queixo disso, mas me orgulho, pois aprendi a valorizar todas as minhas coisas.

          Na época, havia um cidadão que vinha da Estação Avaí, que ficava do outro lado do Rio do Peixe ,o Sérgio Martins, e ia ver a namorada, filha de um dos muitos Barettas que ali moravam, do Serafim. E tinha algo que dava inveja a todos os outros: um par de galochas de borracha, pretas. Era um material bem elástico e flexível, um "sapato maior que envolvia um sapato menor", que não deixava que o de couro embarrasse, nem que nele entrasse umidade. E ainda tinha um guarda-chuva com as varetas de madeira, bem grande. Vinha a pé, passava pela balsa ou bote, vinha de uma distância de dois quilômetros e meio para ver a namorada. Quando passava defronte à bodega, todos o invejavam. Naquele tempo não conhecíamos ainda as capas  chuva, de nylon, que apareceram por lá apenas uns cinco anos depois. Imagine o sucesso dele se tivesse também uma capa de chuva. Ter uma, foi um de meus sonhos de adolescência, que não pude realizar, pois só "quem podia" conseguia ter uma. (Só consegui comprar um chapéu...)

          Era o tempo em que não havia tratores para trabalhar. Colhíamos trigo com foicinhas, usávamos as enxadas para carpir, as máquinas pica-paus para plantar milho. E trilhadeira alugada para colher o trigo. Havia máquinas acionadas a mão para debulhar ou moer milho. Depois vieram equipamentos a gasolina e os elétricos. Foi uma "revolução na roça".

          E, relembrando dessas coisas, das galochas que caíram em desuso, lembrei-me do cinzeiro que meu pai ganhou de uma aluna, lá do Belisário Pena, do 4º ano, a Cássia.  Isqueiro  era um presente bonito para um aniversário, dias dos pais, formaturas. (Agora, eu não daria cinzeiros ou isqueiros para ninguém).  E davam também abotoaduras, algumas combinadas com um filete metálico que prendia a gravata, tudo ornando e combinando. E, antes ainda, as mulheres usavam luvas e  chapéus, que as tornavam mais elegantes. Bonitas não, pois bonitas elas já eram, apenas que os ornamentos as deixavam mais atraentes, chamativas, engraçadas.

         Hoje os sonhos de consumo são outros, criaram outrs necessidades para nós, encontraram outras formas de nos atrair, contagiar. As máquinas de escrever foram substituídas por computadores com impressoras. Muitos deixaram de fumar e dar um isqueiro ou um cinzeiro de presente é coisa muito brega e deselegante. Luvas, agora, para o trabalho,  para pilotar motos, ou proteger contra o frio. As máquinas fotográficas convencionais foram substituídas por digitais. Os filmes de película 35 mm estão dando lugar a sistemas digitalizados. As vitrolas , os gravadores de rolo ou fita, os toca-discos, deram lugar a mídias moderníssimas, chegando-se aos blue rays.

          Muitos  acessórios clássicos, tão presentes nas novelas e filmes de época e revistas  podem voltar à nossa mente nesses dias em que paramos para refletir a chegada de mais um final de ano. Pensar nos chapéus de feltro, nas abotoaduras, nas luvas das senhoras, nos isqueiros, nos cinzeiros, nas galochas, nas agulhas dos toca-discos e nos discos de vinil. Quanta coisa mudou e quanto ainda tudo vai mudar. Até as bodegas das colônias desapareceram, junto com a energia da juventude de muitos amigos que se foram ou que estão aí, resistindo ao tempo. Olhamos para trás e vemos um filme que nos traz simples, mas saudosas lembranças.  E nos resta pedir saúde a Deus, e que nossas ideias não caiam de uso, não se tornem obsoletas também!

Euclides Riquetti

Traz-me a voz do vento o teu sorriso

 



Traz-me a voz do vento o teu sorriso
De que eu preciso!
Traz-me teu rosto sorridente
Que perpassa portas, janelas, jardins
E que chega até a mim
Em  teu perfume envolvente.

Traz-me o barulho do vento o teu ninar
O teu sonho
O teu semblante risonho
Que vem me acalmar!

Traz-me o vento tuas palavras doces
Dizendo-me que fostes
Andar ao mar.

E  o sol te deixou mais morena
Com teus cabelos cacheados
E teus ombros bronzeados
Uma  mulher bonita, dócil, serena!

Traz-me  a voz do vento o teu sorriso
E é meu destino
Te esperar!

Euclides Riquetti

De Alfred Hitchcock e de Rogério Sganzerla

 



          Neste quinta feira, 09 de janeiro, será  aniversário do falecimento do cineasta brasileiro Rogério Sganzerla. Partiu aos 57 anos, em 2004,  depois de acometido por doença grave. O Joaçabense ainda tem um crédito a cobrar de nossa cidade: uma mostra de seus filmes, dentre eles "O Bandido da Luz Vermelha", de 1969, que o projetou na sétima arte. Uma considerável filmografia, interrompida com sua morte. Inspirado em  Orson Welles, mas buscando sua linha própria conforme sua índole contestadora,  e  ainda  em outros ícones do cinema mundial, foi um dos principais produtores do cinema brasileiro. Longas-metragens, curtas e documentários cumpuseram uma fiilmografia de 27 películas, dentre elas Copacabana, Mon Amour e Carnaval na Lama. Seu último filme, o Signo do Caos, foi rodado em 2003.

          Num desses canais de Telecine, assisti, ao final da tarde, ao filme "Hitchcock - Biografia", uma produção norte-americana de 2012, do Diretor Sacha Gervasi. Conta a história dos tempos em que o cineasta produziu "Psicose" (Psycho), em 1960. Ele é interpretado por Anthony Hopkins e sua esposa, Alma Reville,  por Helen Murren. A belíssima Scarlet Johansson vive a protagonista de Psicose. A película biográfica mostra os eventos que acontecem durante o período de filmagem deste fabuloso filme. O drama de ter que por em risco sua  própria casa para bancar Psicose, com a anuência da mulher, quando ninguém mais queria patrocinar seus filmes. É uma biografia bem disfarçada, um drama que nos envolve do começo ao fim do filme. Psicose teve um orçamento muito reduzido em razão da falta de apoio: US 800.000.00  - mas faturou US 60.000.000.00 nas bilheterias dos cinemas de  todo o mundo. Quando achavam que ele estava ultrapassado, com sua inteligência e criatividade, surpreendeu o mundo.

          Algumas nuances de Hitchcock, que imprimia na vida real e nos filmes o mesmo método de observação da realidade, com ousadia, determinação e inteligência, estão  muito bem transparecidas em toda a ação do filme. Mistério, terror, horror presentes em seus filmes. Na biografia, apenas mostrados indiretamente.   Mostra-nos, ainda, que em sua vasta filmografia houve o dedo opinativo de Alma, sua esposa.  Tirei a conclusão de que a presença dela foi fundamental para o seu sucesso. Seus filmes denotam suspense e fogem do convencional "água-com-açúcar" costumeiro.

          Mas, voltando ao Rogério Sganzerla, que foi para São Paulo para correr em Interlagos ainda antes de completar os 18 anos e se transformou em cineasta, para se ter noção da importância dele no contexto cultural do final da década de 1960, no maior sucesso da cantora bahiana Gal Costa, sucesso de 1969, em que ele lançou "O Bandido da Luz Vermelha", ela cantava:

"Meu nome é Gal, tenho 24 anos
Nasci na Barra Avenida, Bahia
Todo dia eu sonho alguém pra mim.
Acredito em Deus, gosto de baile, cinema
Amo caetano, Gil, Roberto, Erasmo, Macalé
Paulinho da Viola, Lanny, ROGÉRIO SGANZERLA
Jorge Ben, Rogério Duprat,
Wally, Dircinho, Nando
E o pessoal da pesada"

Dois grandes do cinema, guardadas as devidas propoções. Produziram fora do padrão convencional, produziram o diferente, merecem minha homenagem pelo seu talento!

Parabéns, Hitchcok, parabéns,  Sganzerla! 

Ângelo Sganzerla, irmão do Rogério,  faleceu há pouco tempo, também era cineasta. Enfrentou um câncer e perdeu a vida muito cedo. Quando eu o encontrava, batíamos belos papos. A mãe deles, Dona Zenaide Clementina, centenária já, e a irmã, Zenaide, e o irmão Albininho,  moram aqui no centro de Joaçaba e é impressionante a lucidez de "Dona Clementina". Ser amigo deles todos é uma alegria para mim, pois sempre fui admirador do Rogério. Pessoas bem sucedidas, mas muito simples.  

Euclides Riquetti
10-01-2014

Há um horizonte azul a nos esperar

 



Há um horizonte azul a nos esperar
E corpos que  flutuam embalados em canções
Nas ruas da terra , através das gerações.
No azul da cor do céu, no  azul da cor do mar.

Há um horizonte azul  a nos amparar
Em todas planícies verdes deste mundo
Nos mares que cobrem do sol  rotundo
E ombros que me esperam pra chorar.

Havia um horizonte azul no teu olhar
Que me buscou entre os andantes do universo
E um doce abraço teu a me chamar:

Agora, em cada nova manhã de invernos e verões
O Poeta   te exalta  em prosa e verso
Ó  musa de meus encantos e paixões!

Euclides Riquetti

quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Papai Noel esteve aqui

 



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Foi Natal outra vez
Veio e foi-se o Papai Noel
Sobraram  presentes e papel
Tudo de bom ele fez.

Veio chegando em seu burrinho
Foi entrando pela janela
E da maneira mais singela
Deixou-nos os presentinhos.

Só ele entende de  sonhos
Sabe o que queremos ganhar
Na hora de presentear
Conhece os bons e os medonhos.

No Dia do Menino Jesus
Por Deus e Maria abençoado
Nossos sonhos são realizados
Graças ao Menino de Luz.

Tenhamos muita sabedoria
Pra entender todo esse mundo
E que o amor mais profundo
Traga-nos paz e harmonia.

Vale pra mim e pra ti
Que acreditamos no Bom Velhinho
Foi agora, há um pouquinho:
Papai Noel esteve aqui!

Euclides Riquetti

Há uma loba voraz dentro de ti!

 



Há uma loba voraz dentro de ti
Capaz de atacar e de ferir...
Há uma alma oprimida e  assustada
Esperando a hora de ser libertada
Para buscar o teu "Ser Feliz":
Sim, há uma loba faminta dentro de ti!

Garras e  dentes afiados
Um coração que não quer ser domesticado
Mas que procura a desejada  liberdade:
O direito de ter o amor puro e verdadeiro
E de sentir a merecida felicidade
Em todos os dias ...  e no ano  inteiro.

Solta um uivo forte e assustador
E liberta-te do mundo opressor!
Exercita até mesmo a tua vaidade
Distribui sorrisos, abraços,  beldade!

Faze valer a tua capacidade infinita
De ser mulher poderosa e loba  bonita
De amar, de querer e de ser desejada!

Solta teu uivo, corajosa mulher
Há uma  loba voraz dentro de ti
Pois só  queres amar e também ser amada!

Euclides Riquetti

Eu queria ser os pingos da chuva

 


Eu queria ser os pingos da chuva
Que molham você
Que escorrem pelo seu corpo
Que alisam seus cabelos loiros
E que beijam seus lábios vermelhos!

Eu queria ser o sol que seca sua roupa
Os lábios que enfeitam sua boca
E que você admira no espelho
E que a tornam uma bela mulher
Mas você não me quer...

Eu queria ser a letra da canção
Ser também o seu repetido refrão
Mas você não me quer

Eu queria ser a noite de lua
A parreira onde você colhe as uvas
Mas você não me quer...

Então só me resta pensar
Desejar
Escrever
E ser os pingos da chuva
Que refrescam a uva
Que você colhe!

Euclides Riquetti

Sinta-se carinhosamente abraçada...

 



Sinta-se carinhosamente abraçada
Desejada
Beijada
Amada...

Sinta-se completamente querida
Envolvida
Sentida
Enternecida....

Sinta-se uma mulher pousada nas nuvens flutuantes
Cortejada por andantes
Por ávidos amantes
Como nunca antes...

Sinta-se a mulher formosa
Bonita e poderosa
Que me encanta,me atrai
Me balança por demais
E me estonteia
E que me chama para deitar-me
Contigo na areia.

E eu vou...

Euclides Riquetti

Doce pecado de amar

 


Doce pecado
Da maçã vermelha
Da lingerie preta
Do beijo roubado.

Doce pecado
Do sangue  quente
Dos lábios ardentes
Do desejo malvado.

Doce pecado do corpo  molhado...
Da gula que teima
Do fogo que queima
Da incontrolável  paixão.

Doce pecado
Da mente mundana
Na alma insana
Do prazer desregrado, indecente, impensado...


Doce pecado que não tem dor
Doce pecado de sexo, com ou  sem  amor
Na noite sem cor...

Doce pecado que não quer perdão
Doce pecado da doida  ilusão
Que arde no peito...

Apenas um suave e delicioso pecado
Sem apego
Sem medo
Sem punição
Assim, desse jeito
Escrachado, largado
Mas apena pecado....

Doce e eterno pecado de sonhar
Pecado de gostar
Pecado de amar!

Pecado...

Euclides Riquetti

quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

Não me deixe só

 



Não me deixe só
Perdido em devaneios
Sonhando com seus olhos meigos
Não me deixe só!

Nunca me diga não:
Cuide para que eu não fique sem chão
Ajude-me a ser luz na noite escura
Ajude-me,  você e sua alma pura
A ser o claro na escuridão
E não me diga não!

Não me deixe só
Perdido em indagações
Em dúvidas e desilusões
Não me deixe só...

Nunca me diga não:
Cuide para que eu não me torne  um vilão
Ajude-me para que sempre me sinta protegido
Ajude-me para  que não eu não seja um  bandido
A ser a força que brota  do amor
E  não me diga não!

Não me deixe só
Não me diga não
Ajude-me por amor, não por dó
Ajude-me a tornar feliz o meu coração!

Ajude-me:
Não me deixe só!!!

Euclides Riquetti

Sorriso de criança

 



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Nada é mais autêntico que o sorriso da criança
Pois nele há singeleza, beleza, ingenuidade
Suas palavras simples  denotam sinceridade
Tempo do qual se guarda a mais saudosa lembrança.

Gestos muito simples, modos sempre delicados
Olhar sutil, bondade no seu coraçãozinho
A proteção materna que a atende com carinho
A segurança ao ter seus pais presentes e dedicados.

Sorriso de criança,  enternecedor e contagiante
Belíssima transpiração de inocência e de docilidade
Sorriso de criança, encantador e  deslumbrante.

Sorriso de criança, dos sorrisos o mais risonho
Inspiração para o poeta, para os pais felicidade
Sorriso de criança, um mundo de amor e de sonho.

Euclides Riquetti

Na noite serenada

 



Na noite serenada
Bem de madrugada
Eu te encontrei.

Estavas caminhando
Quem sabe procurando
Me encontrar na estrada
Bem de madrugada
Na noite serenada.

Na noite serenada de março
Também te procurei
E eu não disfarço...

Viramos dois caminhantes
Duas almas errantes
Que vagavam naquela estrada
Divinamente serenada.

Naquele sábado de março
De baixo para cima
E de cima para baixo
Com os pés descalços.

Era um corpo desnudo
De mãos dadas e pensamentos afinados
Sintonizados
Despidos de tudo.

Apenas vestidos de amor e de paixão
Andávamos sem destino
Procurando abrigo
No nada
Na noite estrelada
Mas serenada!
.
Euclides Riquetti

O Natal que chega...


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Chega, de novo, o Natal das Crianças
No mundo todo, o Natal de Jesus
O Natal das canções e das belas lembranças
O Natal das noites de luz.

O Natal que aguça a tua sensibilidade
O Natal do Menino envolto em mantos
Que enseja partilha e caridade
Mas também  saudades e copiosos prantos.

Vem o esperado Natal do presentes
Da Missa do Galo, das renas e dos trenós
No Norte o frio, no Sul as noites quentes
Natal do amor pleno ou dos corações sós...

Espero o Natal que chega amanhã
Dos docinhos, das uvas, peras e panetones
Das  ceias com aves, pêssegos e maçãs
De "emotions, emoções e emociones".

Que venha, pois,  o Papai Noel
Com a neve no Norte,  ou aqui tropical
A pé, em trenó, ou num carrossel
Só pra te dizer: Feliz Natal!

Oh, oh, oh, oh!!!

Euclides Riquetti

Está chovendo agora, amor!

 




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Está chovendo agora, amor
Enquanto você dorme...
E eu não quero que você acorde
Quero apenas que sonhe comigo
Um sonho de fantasia e de cor!

Estou pensando agora, amor
Enquanto a chuva cai de mansinho
E eu estou aqui sozinho
Desejando estar ali contigo
Pra lhe entregar uma flor...

Estou sonhando agora, é quase dia
E imaginando apenas nós dois
Uma cuia de chimarrão e depois
Um abraço bem mais que de amigo
E então nos perdermos, guria!

Veja, está chovendo muito, amor...
E eu estou escrevendo este poema
Cujo teor, cujo tema
O tema que eu tanto persigo
É o romance, sem sofrimento, sem dor!

Euclides Riquetti

terça-feira, 22 de dezembro de 2020

O Natal está chegando, minha gente!

 



Voltam a repicar os sinos que anunciam o Natal
É dezembro no país tropical!
As cidades se embelezam para receber o bom velhinho
Que virá no trenó com renas,  ou montado num burrinho.

Os olhos das crianças brilham de alegria
As mães correm atrás de meninos e meninas
Que querem andar no trenzinho
Que querem ganhar um brinquedinho.

As vitrines das lojas com aquele visual atentador
A atiçar a  imaginação do consumidor...
"Mamãe, pede pro Papai Noel trazar pra mim
Um ursinho grandãããão assim!..."

Não faltarão festas nem presentes
Nem rostinhos bonitos e risonhos
Nem mensagens bonitas, certamente
Nem corações cheios de sonhos:

Pois o  Natal está chegando, minha gente!

Euclides Riquetti

Sorriso de mulher

 





foto-miriam


Sorriso de mulher
Inspiração de poeta
Jovem, bonita, discreta
Mulher mãe, mulher mulher!

Sorriso exuberante
Amor, carinho, paixão
Desejo, luz, sedução
Mulher contagiante!

Sorriso que não envelhece
Sorriso doce e franco
Sorriso jogado a lanço
Que veio, ficou, permanece!

Euclides Riquetti

Eu escolhi ser feliz! (E você?)

 






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Eu escolhi ser feliz, muito, faz tempo!
Fiz as escolhas certas, sim, e vivo bem
As coisas boas se colhe em cada momento
As coisas ruins se superam também.

Escolhi ser poeta por minha pura opção
Escrevo poemas em qualquer hora
Nem sequer dependo de ter inspiração
Pois isso é algo que vem e vai embora!

Escolhi viver todos os dias ensolarados
Deliciar-me com a as horas de calmaria
Procurar a felicidade mesmo nos nublados
Nos dias chuvosos, viver a harmonia!

Escolhi ser feliz e viver com paixão
Deixar os lamentos para quem aprouver
Viver a realidade, amar com o coração
Viver o hoje e o amanhã, o tempo que vier!

Euclides Riquetti

Versos e versos

 




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Reverto meus versos em reversos
Reverto emoções em mais emoções
Acalento ilusões e paixões
Paixões e ilusões
Em meus revertidos versos!

Meus versos traduzem saudosismo
Não há neles vitórias
E muito menos (in) glórias
Somente há palavras simplórias
Não há neles heróis, nem heroísmo!

Meus versos são livres, como livre é a chuva
Como é livre a água que corre
E vai quebrando as curvas.
Como é livre o sol que os montes cobre
Como é livre a noite que vem... quando o sol morre!

Euclides Riquetti

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Um poema de amor e paz

 



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Estou te escrevendo este poema
Faço o que todo o poeta faz
És uma flor roubando a cena
Em meu soneto de amor e paz.

Um poema de muita alegria
Um sonho de cor e sedução
Pinto o cenário que um dia
Deu-me à luz muita paixão.

Descrevo flores e perfumes
Com seus mais finos odores
Teus olhos são os meus lumes
Desenho-os em multicores.

Nada há que mais  me envolva
Não  há nada que me apraz
Nada há mais  que me revolva
Do que um poema de amor e paz!

Euclides Riquetti

Poder sonhar ( a liberdade )

 











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A liberdade é como o vento:
Sopra, ora para esta, ora para outra direção...
Liberdade é o fogo que queima a lenha, vira brasa e aquece a água e as almas.
É como o pássaro que voa no ar
A água que corre pelo vale
O canto da gaivota que plana, sem cansar
Sobre o mar.

Liberdade é um dia de sol:
É quando as nuvens  se escondem atrás do azul infinito
Ou a noite matizada por estrelas.
E, quando perco o rumo de meus olhos para vê-las
Se perdem na imensidão.

Liberdade é como o grito da vitória
O Soco no ar
O abraço comovido.
É o olhar sobre o vasto campo florido
Colorido!

Liberdade é poder não ter que  levantar-se cedo
É poder deslizar os pés descalços
No verde gramado
É poder sentar no banco da praça e dizer: Este lugar é meu, aqui é o meu lugar!

Liberdade é andar com a pessoa que se ama
Sem ter hora pra chegar
Em nenhum lugar.
E apenas poder...
Continuar a sonhar!

Euclides Riquetti

Caio Zortéa - saudosas lembranças, 26 anos depois de ter-nos deixado...

 




Antonio Carlos Zortéa Neto

          Todos os anos, no dia 21 de dezembro, lembro-me do amigo Antônio Carlos Zortea Neto - o Caio. Conhecia-o da adolescência, quando perambulava pelas pacatas ruas de Capinzal, com os amigos de sua idade. Gostava de futsal nas quadras do Mater Dolorum e do Padre Anchieta, de teatrinhos, de brincadeiras ingênuas.  Dizem que, em casa, ajudava a cuidar dos irmãos pequenos, sabia até dar-lhes banho e trocá-los. Tinha sempre um sorrisinho discreto, de "bom menino". Esse sorriso se conservou por toda a sua vida, abreviada num acidente ocorrido na SC 303, ali onde passo todos os dias. E, em todas as vezes, lembro-me dele. A cada ano, nessa época, a paisagem de fundo se constitui pelo mesmo paredão de rochas e, acima, um milharal verdejante. Agora, muito mais verde após dias com chuvas...

           Quando voltei de União da Vitória para minha região e fui lecionar  em Duas Pontes como professor, fui convidado a trabalhar também na Zortéa Brancher, fábrica de compensados e esquadrias para os mercados nacional e internacional. O Caio era o Diretor Industrial, seu irmão Hilarinho Diretor Financeiro, o Pai Hilário Diretor Presidente, o tio Guilherme Brancher  Diretor Florestal, o primo Lourenço Diretor Comercial, o primo Aníbal Diretor Administrativo.

          Era muito fácil lidar com o Caio, uma figura humana extraordinária. Sempre fora  assim,  perdera a mãe ainda criança,  buscava nas pessoas a compreensão e o carinho. Tinha um Zoológico particular, com muitos animais. Não era de ostentações, tinha uma bela e elegante namorada, a Vera, que costumo chamar de "Moça Bradesco". Costumava contar algumas histórias como aquela do passarinho entre as mãos de um homem, uma metáfora possivelmente, para exemplificar e elucidar uma mensagem que quisesse passar para a gente.

          Mais adiante, trabalhou em minha campanha, foi meu colaborador, quando me elegi para um cargo público em Ouro, tínhamos até umas combinações em código para lidar com algumas situações, nos entendíamos muito bem.  Liderava, com a Vera, o Antônio Maria Hermes e outros, o Grupo Escoteiro Trem do Vale, do qual minhas filhas e os filhos deles e de muitos amigos faziam parte. Participava de gincanas, empenhando-se como se fosse a última batalha de sua vida. Dava o melhor possível para sua família, adorava suas belas crianças. Dócil, afetuoso, excelente pai e esposo. Cidadão honrado, honesto e exemplar. Tenho as melhores lembranças do amigo Caio. Guardo comigo, até hoje, o texto que, com emoção e dificuldade em controlar-me,  li na Missa de sua despedida, na Igreja Matriz.

          Na Primavera de 1994, Caio coloca uma placa num terreno dos Miqueloto, bem defronte a minha casa, com a seguinte frase: "Vera, Tibi, Deka, Manu e Greta - amo vocês mais do que ontem e menos do que amanhã!.  E, no primeiro dia do Verão, o acidente.

          Lembro-me que eu estava na regional de Educação, em Joaçaba, conversando com o Professor Sérgio Durigon, quando entrou um telefonema, do Valcir Moretto, dizendo-me que o Caio estava no Hospital São Miguel, ali pertinho, mas nada mais havia a fazer, tinha se acidentado e perdido a vida. Foi de cortar o coração. Ficamos muito chocados, abalados. E, em seguida, toda aquela sequência triste, com o corpo levado para sua casa e depois para o Ginásio Municipal de Esportes André Colombo, e para a definitiva morada ao lado da bela mãe, em Capinzal...

          Hoje passei pelo local da tragédia às 13 horas, mais ou menos o horário em que tudo aconteceu. São dezoito anos passados. Revivi tudo, como se fosse aquele dia. E senti saudades. Saudades que só sentimos por quem muito prezamos...

Euclides Riquetti

Redigido em 21-12-2012