O ano que
está por se findar vai ficar sempre muito presente na memória das pessoas que
habitam nosso Planeta Terra. Ainda antes de seu início, já ouvíamos notícias de
que na China surgia um vírus batizado de Novo Coronavírus, o qual ocasionava
uma doença gravíssima que foi denominada Covid 19. Matou milhões de pessoas no
mundo e, no Brasil, chegaremos quase que a 200.000 mortes por causa do vírus
letal.
Ao final da
primeira quinzena de março, os brasileiros entraram em polvorosa, pois
começaram a noticiar casos de infecções e mortes em nosso País. Aqui na região,
começaram a editar decretos tanto e Estado quanto os municípios. Em nível
nacional, querelas feias entre o Presidente da República, que dizia que o que
estava acontecendo não passava de mais uma gripezinha. Confrontos com
governadores, em especial com João Dória, de São Paulo, e mesmo com o STF
-Supremo Tribunal Federal. Na verdade, a bagunça que começou lá atrás, persiste
até hoje.
O ministro
da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, vinha se tornando a estrela dos
acontecimentos, foi substituído por outro e depois por outro. E ninguém
conseguiu resolver nada, até porque os outros países também não resolveram, e
agora estão assustados porque o vírus, modificado, começa a dar grandes
preocupações a partir do Reino Unido. No Brasil, os índices de contágio e de
mortes vinham caindo, falava-se que era para continuarem com os cuidados, pois
uma nova onda poderia surgir. No entanto, a primeira onda se prolongou e, no
momento, ao findar o ano, a situação está gravíssima.
Santa
Catarina parecia ser um estado exemplar na tomada de medidas para amenizar a
situação da pandemia, e quando tudo parecia ir para a normalidade, começaram a
surgir muitos novos casos. As UTIs e as alas covid dos hospitais passaram a
ficar lotadas, pacientes da nossa microrregião passaram a ser internados em
outras, e tudo foi piorando. E continuamos a perder amigos e conhecidos.
Para uma
grande parte da população, parece que nada está acontecendo. Continuam
reunindo-se em bares e outros pontos de reunião em busca de lazer, as
transmissões do novo coronavírus acabaram por se acelerar, os mais jovens levam
o mal para casa, as pessoas mais frágeis, idosas, ou com comorbidades começaram
a passar mal e muitos perderam e continuam perdendo suas vidas.
Acompanho
as estatísticas, a situação de cada dia, e aquilo que nos trazia otimismo,
agora nos traz a desesperança e as preocupações. Joaçaba e cidades circunvizinhas
estão no alerta gravíssimo e assim estão quase todas as regiões e Santa
Catarina. Enquanto isso, a busca, no mundo, por vacinas que possam trazer
tranquilidade às populações. E, em nosso País, vergonhosamente, os políticos
agindo irresponsavelmente e o judiciário ajudando a dificultar as coisas. Em
alguns países as vacinas já estão sendo aplicadas. No Brasil, nenhuma delas,
até o início desta semana, havia sido liberada dela ANVISA. Acompanhei muitos
casos de reclamações, nos últimos 20 anos, pela demora daquela agência em
aprovar o uso de medicamentos aqui no Brasil que já estavam aprovados e em
produção em muitos países. Aqui, parece que sempre precisamos ser mais
cautelosos do que em lugares onde a tecnologia e o conhecimento resultante de
pesquisas estão muito à frente de nós. Claro que uma vacina que tem gerado
tantas expectativas precisa de uma análise muito profunda para ser aprovada.
Enquanto na
Europa pessoas idosas estão sendo as primeiras a tomarem as vacinas, aqui em
São Paulo, o mimado governador João Dória convidou os ex-Presidentes da
República para serem os primeiros a tomarem a Coronavac, vacina chinesa que
será produzia pelo Instituto Butantã, de São Paulo. Fernando Henrique Cardoso
está disposto a tomar. José Sarney pediu que a enviem para Brasília que ele
toma lá. Lula não respondeu ao convite e Fernando Collor teria dito que não
tomará. Ora, por que não fazer a primeira aplicação num profissional da saúde,
alguém que está lidando diretamente com os doentes, sujeito a morrer, como
muitos já morreram?
Aqui em
Santa Catarina, na região de Presidente Getúlio, houve a ocorrência de chuva
concentrada na semana passada, sendo que até a segunda-feira, havia a
confirmação de 20 mortes, infelizmente, por causa das inundações e alagamentos.
O Exército Brasileiro está presente no local, auxiliando a Defesa Civil e os
órgãos de saúde, para que se possa ter, muito rapidamente, caráter de
normalidade nas cidades atingidas. O Brasil precisa, sempre, de ações efetivas
no combate aos eventos adversos e menos politicagem.
Que venha o
novo ano com menos problemas e que as novas administrações municipais possam
retribuir às populações dos municípios tudo aquilo que receberam em forma de
votos.
Tenhamos, todos, um Bom Natal e um Venturoso
Novo ano de 2021.
Euclides Riquetti – escritor –
Publicado no Jornal Cidadela - Joaçaba - SC - 25-12-2020 - edição especial
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