sábado, 30 de dezembro de 2023

Sorriso de mulher






foto-miriam


Sorriso de mulher
Inspiração de poeta
Jovem, bonita, discreta
Mulher mãe, mulher mulher!

Sorriso exuberante
Amor, carinho, paixão
Desejo, luz, sedução
Mulher contagiante!

Sorriso que não envelhece
Sorriso doce e franco
Sorriso jogado a lanço
Que veio, ficou, permanece!

De repente, bateu uma saudade...

 



De repente, me bateu uma saudade...
Não sei de quem...
Não sei de onde...
Não sei por quê...

Acho que é o clima de Natal...
Que amolece o coração dos rudes...
Que enternece a alma dos brutos...
Que desperta a sensibilidade
Em tempos de fraternidade!

De repente, me bateu uma saudade...
Um sentimento que não se explica...
Que não se define...
Que não se reprime...
Que vem e que fica!

De repente, bateu uma saudade...

Acho que são os anos
Que nos fazem somar lembranças...
De nossos tempos de criança...
Mas que nos fazem sentir saudades!

Saudades de ti..,
Saudades de mim mesmo...
Saudades...
Apenas saudades!

Euclides Riquetti

Onde anda você?

 


 




Onde anda você, que saiu a caminhar pelos trilhos dos raios de meu  sol?
Onde anda você, que ainda não disse a ninguém para onde foi e nem quando vai voltar?
Onde anda você, que me fitava com seu olhar de brilho sem igual?
Onde anda você, com seus belos olhos de cor do mar?

Onde anda você, que no meu frágil coração causa turbulências?
Onde anda você, que me encantou  com sua voz e rosto angelical?
Onde anda você, que na minha vida traçou as linhas da benevolência?
Onde anda você, com sua beleza ímpar, beleza sem igual?

Talvez eu possa encontrar você no meio das estrelas que cintilam
Talvez eu possa encontrar você andando nos raios de meu sol ameno
Talvez eu possa encontrar você nas noites de sereno...

Talvez eu possa encontrar você em meio às luzes que ainda brilham
Sim, porque você será o alento para minh´alma tão sofrida
Será, por certo, só você, pois só você será a luz de minha vida!

Euclides Riquetti

Eu... e meu ócio!

 


 


Procuro um sócio

Para com ele dividir
Meu ócio...

Pode ser um sócio preguiça
Sem ideal, sem cobiça...

Um sócio sem dinheiro
Mas que seja bom companheiro.
Que goste de prosa
Que traga conversa prazerosa
Pra jogar fora
Pra terminar não ter hora...

Quero um amigo bom de papo
E que,  por acaso
Seja contador de casos...

Mas, se falar demais, boto-lhe esparadrapo!

Que traga uma erva
Da conserva
Para sorver um mate...
E que, destarte
Entro com a cuia e a chaleira
A bomba reluzente
E a água quente
Para na tarde fagueira
Tenho quase que por certo
Escrever um verso!

Mas se o sócio for uma sócia
Melhor ainda!
Sempre é bem vinda!

Foi domingo, depois Natal
Mais domingo
Ano novo
E, bem ou mal,
Domingo de novo!

Ócio, delicioso ócio
Nada de fazer negócio
Nada de concreto
Nem de abstrato
Nada de assinar contrato.

Apenas escolher um tema
E compor um poema!

Euclides Riquetti

Quero dar-te um abraço terno...

 


 



Quero dar-te um abraço terno
Um abraço simples, mas que seja eterno
Não mais descolar-me de ti:
Um eterno e terno abraço,  (em ti...)
Eterno, eterno abraço terno!

Quero levar-te o abraço do encantamento
O abraço que se perde no firmamento
E que se encontra, depois, ali depois do raio de sol
O abraço que se esconde... sob o branco lençol!
E que te percas em mim por um mágico momento...

Quero que aceites meu abraço dado
Quero que me apertes  no abraço apertado
O abraço na manhã que te surpreende
O abraço no teu corpo que me acende
E que busca o teu beijo sagrado...

Enfim, não te surpreendas, não
Com as reações de teu coração!
E não te assustes com minha ousadia
Nem  te incomodes com tanta rebeldia
Pois quero apenas tua atenção.

Quero dar-te um abraço terno
Quero ganhar teu beijo, quero muito, quero!

Euclides Riquetti

Quero ser o poema perfumado

 




Quero ser o poema perfumado que você devora
A rima preferida que me abandonou
O soneto alexandrino que se foi embora
A alça da blusinha que a gente rasgou...

Quero ser o poema inspirado que você deseja
Ou a canção romântica que você cantava
Que escrevo e apago antes que você o veja
Ou as toalhas enroladas que você guardava...

Quero ser o sonho doce  que nós dividimos
A ousadia vivida, o perigo iminente
Não quero acreditar que nós  desistimos
Que lutamos muito, mas não o suficiente.

Quero ser o futuro que sorri muito contente
Que ri do passado sem lógica ou explicação
Quero ser o reencontro que volta neste presente
Que me embala no sonho das notas de sua canção.

Euclides Riquetti

Azul é o mar

 







Azul é o mar
Dos pensamentos leves e  morenos
Dos olhos pequenos
Que me fazem sonhar
Porque o céu é azul
E azul é o mar!

Desfilam na orla
Os corpos sensuais
Correndo em si as almas
Que me confortam
Porque os corpos tais
Se banham e se queimam na orla!

Pecam-se em pecados os pensamentos
Que sobrevoam as ondas
E se perdem com o vento
E a água na vastidão da planície
É tudo como se tu existisses
Em todos os lugares do firmamento...

Porque azul é o mar!

Euclides Riquetti

Todos os mares do mundo

 



Todos os mares do mundo são seus
Desde os calmos aos mais bravios
Os que nascem nas geleiras e são frios
Todos os seus mares buscam os meus!

O mais perto de você, o mar Atlântico
Um oceano de águas e das paixões
De areias claras, de nítidas sensações
Que animam o poeta no tom romântico.

Os mares que povoam as madrugadas
Que ocupam seu pensamento jovial
São todos seus no seu espaço natural.

Então, sempre que estiver acordada
Fortaleça-se em mim, leia as estrelas
Que na noite escura você pode vê-las!

Euclides Riquetti

Reflexão para final de ano (crônica de memórias) - Aconteceu em Linha Bonita!

 


 


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          Quando criança ainda, numa de minhas férias escolares, fui passar um mês com meus avôs em Linha Bonita. Os Baretta  eram comerciantes, tinham um casarão que mais atrás servira também de pousada. E, naqueles idos de 1961, eu era bastante observador, cuidava dos movimentos das pessoas e daquilo que faziam. Lembro que,  nos domingos à tardinha, após os jogos de futebol, vinham os jovens de toda a redondeza para jogar baralho. E tomar umas "birotas". Naquele tempo não tinham geladeira, pois não tinham energia elétrica suficiente, embora a maioria das casas tivessem  um rodão d´água, que acionava um dínamo, que permitia clarear os ambientes apenas para umas duas, no máximo três lâmpadas. Então, a cerveja era resfriada num tanque de alvenaria, construído sob o assoalho de madeira, com água do poço, retirada com baldes de madeira também. E pediam para minha nona, Severina, cozinhar ovos na água, em dúzias, para matarem a fome no final de tarde.

          Lembro que um dos jovens senhores que vinham até lá era o Vitalino Bazzo, com chapéu de feltro cinza, terno da mesma cor, de um xadrez discreto. (Foi na década de 1970 que os paletós "xadrezão" entraram na moda. Combinavam com aquelas calças boca-de-sino e os cabelos longos das pessoas).  baldes do poço. E havia o Américo e o Nézio Módena, o Fernande Maziero, o Dirceu Viganó, o Nézio e o Vilson Rech, o Alcides Antonietto, o Nelson Falk, o Itacir Dambrós, o Valdir Baretta, que se misturavam com outros mais jovens e com meus tios. Tinham chapéu de feltro, que eram os chiques. Alguns, de palha. Comprei um aos 9 anos, quando já estava morando na cidade e trabalhava. Lavava louça e lustrava a casa para uma prima. Com meu primeiro salário, comprei um belo chapéu.... Ah, e trabalhar não tirou nenhum pedaço de mim, não me queixo disso, mas me orgulho, pois aprendi a valorizar todas as minhas coisas.

          Na época, havia um cidadão que vinha da Estação Avaí, que ficava do outro lado do Rio do Peixe ,o Sérgio Martins, e ia ver a namorada, filha de um dos muitos Barettas que ali moravam, do Serafim, a Lindamir, irmã da Nair.  E tinha algo que dava inveja a todos os outros: um par de galochas de borracha, pretas. Era um material bem elástico e flexível, um "sapato maior que envolvia um sapato menor", que não deixava que o de couro embarrasse, nem que nele entrasse umidade. E ainda tinha um guarda-chuva com as varetas de madeira, bem grande. Vinha a pé, passava pela balsa ou bote, vinha de uma distância de dois quilômetros e meio para ver a namorada. Quando passava defronte à bodega, todos o invejavam. Naquele tempo não conhecíamos ainda as capas  chuva, de nylon, que apareceram por lá apenas uns cinco anos depois. Imagine o sucesso dele se tivesse também uma capa de chuva. Ter uma, foi um de meus sonhos de adolescência, que não pude realizar, pois só "quem podia" conseguia ter uma. (Só consegui comprar um chapéu...)

          Era o tempo em que não havia tratores para trabalhar. Colhíamos trigo com foicinhas, usávamos as enxadas para carpir, as máquinas pica-paus para plantar milho. E trilhadeira alugada para colher o trigo. Havia máquinas acionadas a mão para debulhar ou moer milho. Depois vieram equipamentos a gasolina e os elétricos. Foi uma "revolução na roça".

          E, relembrando dessas coisas, das galochas que caíram em desuso, lembrei-me do cinzeiro que meu pai ganhou de uma aluna, lá do Belisário Pena, do 4º ano, a Cássia.  Isqueiro  era um presente bonito para um aniversário, dias dos pais, formaturas. (Agora, eu não daria cinzeiros ou isqueiros para ninguém).  E davam também abotoaduras, algumas combinadas com um filete metálico que prendia a gravata, tudo ornando e combinando. E, antes ainda, as mulheres usavam luvas e  chapéus, que as tornavam mais elegantes. Bonitas não, pois bonitas elas já eram, apenas que os ornamentos as deixavam mais atraentes, chamativas, engraçadas.

         Hoje os sonhos de consumo são outros, criaram outras necessidades para nós, encontraram outras formas de nos atrair, contagiar. As máquinas de escrever foram substituídas por computadores com impressoras. Muitos deixaram de fumar e dar um isqueiro ou um cinzeiro de presente é coisa muito brega e deselegante. Luvas, agora, para o trabalho,  para pilotar motos, ou proteger contra o frio. As máquinas fotográficas convencionais foram substituídas por digitais. Os filmes de pelícola 35 mm estão dando lugar a sistemas digitalizados. As vitrolas , os gravadores de rolo ou fita, os toca-discos, deram lugar a mídias moderníssimas, chegando-se aos blue rays.

          Muitos  acessórios clássicos, tão presentes nas novelas e filmes de época e revistas  podem voltar à nossa mente nesses dias em que paramos para refletir a chegada de mais um final de ano. Pensar nos chapéus de feltro, nas abotoaduras, nas luvas das senhoras, nos isqueiros, nos cinzeiros, nas galochas, nas agulhas dos toca-discos e nos discos de vinil. Quanta coisa mudou e quanto ainda tudo vai mudar. Até as bodegas das colônias desapareceram, junto com a energia da juventude de muitos amigos que se foram ou que estão aí, resistindo ao tempo. Olhamos para trás e vemos um filme que nos traz simples, mas saudosas lembranças.  E nos resta pedir saúde a Deus, e que nossas ideias não caiam de uso, não se tornem obsoletas também!

Euclides Riquetti

A chuva sedutora que me faz sonhar

 


 








Uma chuva fresca, doce e sedutora
Nesta  cálida manhã de um pós-verão
Devolve-me a serenidade redentora
A calma que requer o meu coração!

Uma chuva de alento e promissora
Que reverdeja as folhas e os gramados
Das melancolias a tenaz reparadora
Instigadora dos encontros esperados.

Chuva que amaina almas turbulentas
Vem para refrescá-las e trazer alentos
Vem pra saciar nossas almas sedentas
Vem pra afagar os nossos sentimentos.

Vem, chuva suave que me faz lembrar
Da mulher amada que me faz sonhar!

Euclides Riquetti

Choveu, no penúltimo dia de dezembro


 


 




Choveu, no penúltimo dia de dezembro

Na metade de uma tarde quente de verão

Foi uma chuva mansa, graciosa, lembro

Uma coisa própria daquela estação! 


Caiu a abençoada para refrescar a noite

Para regar as roças  e todos os pastos 

Então, já clareou-se o céu no horizonte

E, de novo, ecoou o canto dos pássaros.


Pois que volte o ânimo aos plantadores

E que ela seja regular nos dias de janeiro

Eque Deus proteja os nossos agricultores.


A água é a dádiva, a maior das bênçãos 

É nosso bem precioso, útil e prazenteiro

Para nossas lágrimas, o maior dos lenços!


Euclides Riqueetti

De sol, de Canasvieiras, de areia...

 


 


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De sol, de Canasvieiras, das águas do mar
De cangas nas areias, de cor e de bronzear
De tranças, de morenice, de céu todo azul
De sabores, de brejice, dos ventos do Sul.

De ritmos, de danças, perfumes e de cantos
De istmos, de balanços, flores e de encantos
De toalhas brancas e de sandálias rasteiras
De maiôs vermelhos e de saias de rendeiras.

E assim se define a tarde quente e ensolarada
Assim se embeleza a vasta praia emoldurada
Redesenhada em todos os sorrisos e na beleza
Colorida por mulheres sensuais e incertezas!

Euclides Riquetti

sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

É noite

 


 




É noite, dos pensamentos sem dono
É noite de novo...
É noite das estrelas prateadas
Das almas condenadas (perdoadas??).
Mas é noite!

É a noite dos namorados
É a noite dos sonhos encantados...
É a noite das orações
Das dores nos corações...
É, sim, é a noite!

A noite é  dos amantes
Dos beijos provocantes
A noite é dos aflitos
Dos versos escritos e ditos
A noite é apenas a noite...

E, atrás daquela  janela
Alguém se esconde.
Atrás da cortina singela
Uma voz responde:
Estou aqui...
Pensando em ti!
Somente em ti.
Em ti...
(Aqui...)

Euclides Riquetti

Blog do Riquetti - Marca importante: Sete Milhões de visualizações!

 


 





       Tenho que comemorar e quero que você comemore junto comigo. No anoitecer  desta última sexta-feira de dezembro e, consequentemente, do ano de 2023, por volta das 20 horas e 20 minutos, as estatísticas do www.blogdoriquetti.blogspot.com indicaram-me que já tenho o registro de sete milhões de páginas visualizadas no meu Blog. Tudo começou lá atrás, quando minha filha Michele, que está passando os dias de festas conosco, disse-me que eu deveria parar de escrever comentários nos blogs dos outros e que tivesse meu próprio blog. Ela mesma, que é publicitária de formação, idealizou e fez com que eu o tivesse. Saí publicando os poemas que eu tinha guardados numa caixa de papelão...

       Tomei gosto pelo afazer, fui compondo mais poemas, escrevendo crônicas e artigos, e melhorando minha audiência, Fui além das fronteiras de meu Brasil, conquistei leitores de muitos países, de todos os continentes. Seguidores permanentes e leitores eventuais. A média atual é de pouco mais de 5.000 páginas visitadas diariamente, entre 155.000 e 160.000 por mês. Imagino que no decorrer de 2024 eu obtenha dois milhões de visualizações...

       Para isso, continuo contando com você, leitor dos vales do Rio do Peixe e do Iguaçu, de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná, e dos demais estados brasileiros. Escrevo porque gosto, porque gosto de flores, de amor, de mar, de ventos suaves, de sol, areia, praia, estrelas, pássaros, de pessoas. Lamento as perdas e vibro com os ganhos e as chegadas!

       Ter a liberdade de escrever é muito auspicioso. Escrevo sobre o que gosto, uso termos, palavras e personagens que me fascinam e me encantam: 

       Então, meus caros leitores, agradeço pelas suas leituras. Viver a vida com alegria, com amor, com poesia! 

Euclides Riquetti  - Poeta e Cronista Sul Brasileiro 

29-12-2023


Visite o Blog do Riquetti

www.blogdoriquetti.blogspot.com 

Este poema atesta o que eu penso:


A liberdade é como o vento:

Sopra, ora para esta, ora para outra direção...

Liberdade é o fogo que queima a lenha, vira brasa e aquece a água e as almas.
É como o pássaro que voa no ar
A água que corre pelo vale
O canto da gaivota que plana, sem cansar
Sobre o mar.

Liberdade é um dia de sol:
É quando as nuvens  se escondem atrás do azul infinito
Ou a noite matizada por estrelas.
E, quando perco o rumo de meus olhos para vê-las
Se perdem na imensidão.

Liberdade é como o grito da vitória
O Soco no ar
O abraço comovido.
É o olhar sobre o vasto campo florido
Colorido!

Liberdade é poder não ter que  levantar-se cedo
É poder deslizar os pés descalços
No verde gramado
É poder sentar no banco da praça e dizer: Este lugar é meu, aqui é o meu lugar!

Liberdade é andar com a pessoa que se ama
Sem ter hora pra chegar
Em nenhum lugar.
E apenas poder...
Continuar a sonhar!

Euclides Riquetti

A barca do tempo a nos levar... (para um novo ano!)

 



 



A barca do tempo está a nos levar

Para um novo ano...

Na manhã nova ela vai ancorar

Num paraíso sacro ou profano

Onde possamos nos encontrar...


A barca carrega nosso legado

Armazenado pelo longo tempo

Traz nela toda a carga do passado

Vai sobre a água, contra o vento

Vai ancorar no ano que é chegado!


A barca é que leva nossas dores

E também leva as folhas leves

Leva os vasos com nossas  flores

Pelos anos vai, pela vida  segue

Pelo caminho cinza, ou de cores.


 Nós é que lhe damos direção

Temos nossas mãos e nossa mente

Nós é que seguramos o timão

Que dirigimos o que o coração sente

Escolhendo a realidade ou a ilusão!


Euclides Riquetti

Se as esperanças naufragarem...

 


 



Se as esperanças naufragarem, então

O que será de nossa vida

O que será da minha e da tua

Sem romance, sem o  lunar da lua?


Se as esperanças naufragarem, então

Só nos restará a despedida

Não haverá o que conserte o coração

E nossa vida vai ficar sem chão!


Elas não podem, então, naufragarem

As esperanças de nosso recomeçar

Deixe as coisas se acomodarem

A solução virá, virá de algum lugar!


É tudo como um romance de novela

Depois das tormentas, o sol reaparece

Fico aqui como eu fosse seu sentinela

Guardo a você a paixão que entorpece!


Euclides Riquetti

Zortéa - aniversário de 28 anos. `Parece que foi ontem...crônica de minhas memórias


   
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Área onde se localizava o campo de futebol do
Grêmio Esportivo Lírio, em Zortéa, deu lugar a
uma garagem/oficina e, agora, ao Paço Munici-
pal.

       Era o dia 16 de março de 1969, um domingo, com tarde bonita de sol outonal. Reuni-me com um grupo de amigos ali de Capinzal e Ouro.  Eu tinha 16 anos, estava no primeiro ano do curso de Técnico em Contabilidade, na antiga Escola Técnica de Comércio Capinzal, que pertencia ao sistema CNEC brasileiro, a Campanha Nacional de Escolas da Comunidade e fomos jogar futebol em Zortéa.

       Arrendamos a pick-up Willys da Marcenaria São José para nos levar. O motorista, Manoel Sartori, o Manoelito, que estava no Exército, no 5BE, de Porto União, levou atrás do assento uma leiteira de alumínio com água e pedras de gelo, pois o radiador da caminhonete costumava esquentar porque estava com um pequeno vazamento. O pai dele, o saudoso e simpático Waldemar, nos fizera um grande favor em deixar que ele nos levasse de caminhonete.

       Nosso grupo era formado por jovens que não tinham nenhum prestigio nas cidades de Capinzal e Ouro. Eu havia levado uma bronca do treinador Orestes Francisco Antunes, nosso treinador no juvenil do Arabutá Futebol Clube, num treino lá no estádio da Baixada Rubra, na antiga SIAP, hoje Parque e Jardim Ouro. Não gostei e passei a jogar para o time da Siap, que tinha o João Machado, o Joãozinho da Dona Berta (neto dela), como "Presidente Faz Tudo". Jogávamos num campinho que se situava ao norte de onde há o trevinho de acesso ao estádio do Arabutã, no Parque e Jardim Ouro. Ao lado dele havia a casa do saudoso amigo e adiante colega de trabalho, Antenor Rodrigues. Na ponta direita do campo, no sentido campo do Arabutã para a atual Escola Municipal Felisberto Vilarino Dutra, havia uma palmeira. O Joãozinho da Berta, que adiante casou-se com a saudosa Ivone Thomé,
e era um ponteiro muito veloz, mas que corria com a cabeça abaixada, de vez em quando driblava aquela palmeira, para não chocar-se contra ela.

       Pois bem, chegamos em Zortéa para o jogo preliminar. O Grêmio Lírio, onde atuei como lateral direito de 1977 ao início de 1980, estava sonhando com um belo estádio, que seria inaugurado adiante, num memorável jogo contra o Ipiranga de Erechim. Elízio Susin e Olivo Susin  já jogavam com muita classe e habilidade no time adulto de lá. Mas, naquela tarde, durante a partida de fundo, por alguma razão, o Olivo, que vira nosso jogo,  vira nosso jogo,  ficou ali, conosco, ao lado do campo, na parte Sul, enquanto algumas pessoas ouviam, no rádio, um jogo do Vasco da Gama contra o Bangu, no Rio de Janeiro. Adiante, esse local sediou a Garagem e o Almoxarifado a Zortéa Brancher - Compensados e Esquadrias - e agora a Prefeitura Municipal de Zortéa.

       Bem, o jogo contra o juvenil do Lírio, nós vencemos por um a zero. Joguei de centroavante, acho que foi porque eu era alto, já beirando 1,80 m de altura, chagando, adiante, aos 1,83. E marquei o gol da vitória contra o time do Armando Susin, do Hermes, do Tarugo Ulisses Gonçalves), e do Neco Susin. Eles tinham um goleiro "de enxerto", o Ascelide Parizotto, que era do Ouro e morava de pensão no casarão que pertenceu ao Marcos Fortunato Penso, depois ao Idalécio Antunes. Pois me passaram a bola e eu driblei dois zagueiros e olhei ameacei chutar no canto esquerdo do goleiro Parizotto, que tinha o apelido de "Bonitão", que gostava de jogar com o cabelo bem arrumado, como o elegante Heleno, que jogou no Botafogo do Rio. Ele foi para o canto esquerdo dele e eu apenas tive o trabalho fácil de tocar no outro canto, fazendo o gol da vitória.

       Naquele tarde, aprendi que, além das calças Lee, importadas, que eram o sonho de todo o jovem, existiam as calças Levi´s, jeans com uma textura excelente, que quando desbotavam ficavam com umas linhas dos entrelaçados de algodão na vertical mais aparentes, dando a ideia de listras naturais. Pois o Olivo Susin estava usando uma delas. Era motorista de um caminhão Mercedes-Benz L-1111, cor azul, predecessor de L-1113 e viajava para Cascavel e Foz do Iguaçu, de onde dava uma escapada ao Paraguay e de lá trazia, vez por outra, alguma encomenda. Ele foi o pioneiro no uso da famosa Levi´s no Baixo Vale do rio do Peixe.

       Bem, mas voltando ao caso do jogo do Vasco com o Bangu, (para quem o Vasco perdeu ontem, 23-03-2019, por 2 a 1, no estádio de São Januário, no Rio de Janeiro), naquele dia o placar foi de 1 a 1. Isso porque o goleiro Valdir Appel, do Vasco, de baixa estatura mas muito bom entre os arcos, ao tentar arremessar a bola para o ataque, para que chegasse ao jogador "Dé Aranha", acabou se arrependendo e arremessando a bola contra suas próprias redes. Esse fato foi marcante e relembrado na noite de ontem, durante o jogo contra o Bangu.

       Joguei no Grêmio Esportivo Lírio de 1977 ao início de 1980, como lateral direito, uma das melhores épocas de minha vida!

       Em 1977 voltei ao Zortéa para atuar como professor de Inglês e Português na Escola Básica Major Cipriano Rodrigues Almeida, levado pelos compadres Aníbal Bess Formighieri e Vitória Brancher. onde morei por três anos. De lá, guardo excelentes lembranças, pois ali tivemos  nossas filhas, gêmeas Michele e Caroline. Jamais imaginaria, no dia daquele jogo, que o mundo desse tantas voltas, e que aquele lugar viesse a se tornar palco de tantas outras cenas por mim vividas!

Euclides Riquetti
24-03-2019 -  50 anos depois... Reeditado em 23-03-2023 - 54 anos depois...

O dia em que eu conheci Pelé (Em Capinzal) - primeiro ano de falecimento é hoje!

 


 


       Foi em 1989. Eu era prefeito da cidade de Ouro - ao lado de Capinzal, aqui no Baixo Vale do Rio do Peixe, em Santa Catarina. Fui convidado pelo Sr. Altair Zanchet, Diretor da então Perdigão Agroindustrial, hoje BRF, de Capinzal, para recepcionar Edson Arantes do Nascimento, Pelé, Rei do Futebol, 49 anos, que visitava a planta daquela empresa na cidade onde nasci. Ele se fazia acompanhar de Davi Cardoso, consagrado ator do cinema brasileiro, (galã da novela A Moreninha). Estavam vindo do Pantanal Matogrossense, onde filmavam uma película sobre a Caça aos Jacarés, Pelé e Cardoso eram policiais federais, no filme. Combatiam os caçadores já na época. 

       Ele se fazia acompanhar de um dos filhos do saudoso Saul Brandalise, acho que o Saulzinho, proprietários da Perdigão. Conhecê-lo, foi uma alegria. O pessoal foi tietar o Pelé, e vi que não perceberam que o ator Davi Cardoso era o seu colega. Ambos foram muito receptivos, a simplicidade estava expressa em seus movimentos, expressões e atitudes.

       No início, abordei o Davi Cardosso, falei que, na juventude, eu vira o filme Férias no Sul, em que ele andava de lambreta com a namorada, a bela atriz e Miss Brasil Vera Fischer. Que as filmagens foram em Blumenau e Gramado, cenários com muitas flores, em especial hortênsias. Falou-me que perdera as eleições a prefeito no Mato Grosso do Sul, e que se admirava de eu, tão jovem (35 anos) tivesse sido eleito em Ouro. Contou-me algumas passagens da vida dele, de seu irmão também ator global Mário Cardoso, e dos negócios que tocava com seus familiares, em negócios imobiliários, e outros assuntos. 

       Fizemos uma passagem por toda a fábrica e o Pelé esbanjava simpatia. Quando passamos pela oficina de manutenção, ele mesmo reuniu todos os mecânicos para uma foto. Pediu para um dos rapazes que estava agachado para que ficasse de pé, pois ali, naquela posição, era o lugar dele mesmo, o lugar da camisa dez. Depois, ao passarmos por uma sessão de cortes de frangos, havia uma jovem que recebia caixas com coxas de vários pesos. Ela, com a mão direita, pegava uma a uma e colocava na balança eletrônica. Vi o peso e as classificava, com diferenças de cinco gramas, atirando-as na caixa correspondente ao seu peso. O Pelé ficou encantado com a habilidade da garota. Foi lá, tirou uma foto com ela (Fotógrafo era o Jaime Baratto e o cinegrafista Arderbal Gaspar Meyer, o Barzinho). Elogiou-a muito e disse que gostaria de que ela jogasse futebol com ele, que ela tinha as mesmas habilidades. O Rei era humilde, bem humorado, carismático e afável para com todas as pessoas.

        Por que o Pelé veio para nossa cidade? A resposta me veio numa oportunidade em que fomos para Videira, junto à Sede da Perdigão, com o Nadilce Dambrós, o Valêncio José de Souza e o Frei Nélvio Davi  Colle. Na ocasião, fomos solicitar ao Sr. Saul Brandalise, presidente do Grupo Perdigão, apoio para a restauração da matriz São Paulo Apóstolo, de Capinzal. Fomos contemplados com grandes benefícios. Pessoalmente, falei diversos assuntos com Brandalise, que era tio de meu compadre Aníbal Bess Formighieri, marido da Vitória (Brancher), que era sobrinho do empresário. Ele me falou, entre outras coisas, que Pelé só concordava gravar comerciais e produtos se ele mesmo comprovasse a sua qualidade e se conhecesse os métodos de produção, considerando os aspectos ambientais e de não utilização de mão de obra que não fosse perfeitamente legal e com métodos dignos.  

       Sobre o Pelé, que todos chamavam de Edson na ocasião, quero registrar que virei grande fã dele. E nunca imaginei que o garoto de quem ouvi falar pela primeira vez na Copa de 1958, e eu tinha 5 anos, uma dia se tornaria meu ídolo, e eu pudesse conhecê-lo e passar um dia com ele. Registrando que, na oportunidade, além do staff da Perdigão e o seu, estávamos lá eu, Prefeito Municipal de Ouro, SC, Irineu José Maestri, Prefeito de Capinzal, Celso Farina, ex-prefeito de Capinzal, Altair Zancher, Diretor local da Perdigão, Frei Nélvio Davi Colle, da Paróquia de São Paulo Apóstolo, Ademir Pedro Belotto, locutor da Rádio Capinzal, Jaime Baratto, fotógrafo (Stúdio Foto Real), Ronaldo de Oliveira, fiscal e veterinário da Inspeção Federal. Havia uma senhora, a mãe do Serginho, que fez café e o Pelé elogiou o café dela.

       Por alguns dias, Pelé vai ocupar as principais mídias de comunicação do Brasil e do Mundo. Para a História, haverá a eternização como o Rei do Futebol. Para meu coração vascaíno, a honra de ele ter atuado pelo Gigante da Colina. Para todos nós, a certeza de que o Pelé, na pessoa do Edson, ficará em nossa memória como um ser humano magnífico.


Euclides Riquetti

29012-2022


Que venha um novo ano com saúde e muita alegria!

   Que venha um novo ano com saúde e muita alegria!

       Desejar um Próspero Ano Novo não pode ser um simples chavão de nosso linguajar! Desejar que as pessoas tenham êxito, saúde, bem-estar e muita alegria, quando brotados de nosso coração, deve ser uma atitude a ensejar a felicidade de outrem. Querer o bem ou o melhor para nosso semelhante é algo sublime. Engrandece o emissor e alegra o que recebe.

        O ano de 2023 foi muito conturbado. Começamos com as confusões logo após a posse de lula, já estava em curso a guerra da Rússia contra a Ucrânia, depois o ataque do grupo Hamas contra Israel. Um calor sem precedentes assolando o Planeta Terra, os que se acham entendidos apresentando soluções para acabar-se com o aquecimento global. O Governo distribuindo esmolas, prática que começou com Fernando Henrique Cardoso, continuaram com os governos de esquerda e direita e vamos continuar assim.

       Os índices de aproveitamento escolar, a evolução do ser humano, uma vergonha. Estamos involuindo! Passamos vergonha nos exames que avaliam a capacidade de aprender nossa língua e a fazer contas. Português e Matemática, o fracasso de nossas gentes. A Educação protagonizando as ideologias, tudo muito filosófico, progressista ou conservador, mas aprender, que é bom, quase nada!

        Fomos e continuaremos a ser induzidos por mídias que massificam, a classe política ocupa os mais generosos espaços nos meios de comunicação, os produtores de publicidade e propaganda nos encantam com as belas peças publicitárias e gastamos mais do que podemos gastar ou mais do que deveríamos.

       As querelas políticas, as desavenças entre artistas da telinha e, agora das redes sociais, as encrencas em que se metem os jogadores de futebol, pelos quais a grande massa nutre profunda paixão, tiram o povo da razão e os faz navegam pelos incertos e desconhecidos mares da ilusão. E, como aquele velho chavão: “E assim caminha a Humanidade!”

        Tudo é muito bonito, comprável, consumível, absorvível e inspirador. Tudo feito para nos iludir, enganar, vendermos quinquilharias. Ah, isso custa dois e pouco... Dois e noventa e nove! As caixas dos mercados não precisam mais digitar, os códigos de leitores de barras absorvem o dígito 9 que, nos tempos do lápis no papel de embrulho ou a calculadora Facit, eram calculados como zero. Um quilo de frango caipira por R$ 19,99! Um kg de abacate ou de tomate por R$ 11,99. Um de pepino comum por R$ 6,99. O abacaxi, se for feinho, vai por R$ 4,99 por unidade. Se for grande, pesado, bem apresentável, por R$ 5,99 por quilo. E assim fomos e vamos sendo conduzidos para o consumo de muitas outras coisas. Mas comida, leitores, precisamos dela para sustentar nosso corpo.

       No mundo bonito, bem descrito e bem pintado, vamos sobrevivendo. Enquanto isso velhos, crianças e mulheres vão sendo maltratados, muitas vezes assassinados. A vida banalizada há muito tempo, os direitos humanos sempre em pauta, o culpado é quem apanha e quem morre. Há uma considerável e refutável inversão de valores. Pois que, em 2024, algumas coisas possam ir voltando aos seus trilhos normais. Que o bom-senso prevaleça, que as pessoas corram menos, bebam menos, rezem um pouco, ao menos.

       Mas, o que eu quero mesmo, leitor, leitora, é que vocês tenham muita saúde no ano que está por se iniciar. Sem saúde nada somos, de nada vale o capital amealhado. A energia e o ânimo precisam estar em nosso corpo e nossa mente. Um 2024 com plena saúde a vocês!

        Perdas muito sentidas ao final de 2023 – O ano foi marcado por perdas de pessoas muito queridas nas nossas cidades. Homens, mulheres, alguns que viveram por décadas e outros que partiram bem jovem. Aqui em Joaçaba, muito sentidas as perdas de Luciana Cristina Francener Groth e Aparecida Milani Slongo, Ivo Maximiliano Faccin. Ainda, Eroni Schlindwein, operador de máquinas da Prefeitura de Joaçaba era bem quisto pelos colegas de trabalho e a população em geral.  Todos meus amigos. E. no pós-Natal, os empreendedores Tadeu Margarida e Carlos Adão Tratsk, o Carlão. Margarida foi o fundador da Limger, (Limpezas Gerais), na década de 1970. Evoluiu para as Organizações Limger e tornou-se referência em segurança, higienização e outros serviços. Carlão foi meu amigo de longa data, um cidadão que vivia a cultura, o carnaval, a enologia e as flores. Tinha coração de poeta!

       Aos familiares de todos, e de outros tantos, minhas mais sentidas condolências.

Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com 


Publicado no Jornal Cidadela - Joaçaba - SC

Em 28-12-2023

O vento que sopra na tarde

 



O vento que sopra na tarde
E que move as folhas da planta
Traz-me paz, sem mais alarde
E faz-me sentir qual criança.

Quando a primavera  chegou
Começou a mudar a paisagem
A flor se abriu, desabrochou
No vaso que abrigou a folhagem.

A juventude é assim:
Surge bela, como a flor
Ocupa os canteiros do jardim
Abre-se em sonhos de amor.

Ah, setembro - primavera!
Tempos de vida e de cor
Vem o sol que a gente espera
Traz na  tarde seu fulgor.
 
Euclides Riquetti

As linhas doces e a beleza de seu semblante

 


Quando a esperança renascer das cinzas

E então o  verde corar todos os gramados
Quando as florinhas amarelas voltarem
Nos campos do Sul de céu azulado...

Quando os seus cabelos forem sacudidos
Pelo vento fresco da manhã de solidão
Quando sua voz movimentar os sentidos
E eu poder ouvir a sua doce canção...

Quando no horizonte eu puder vislumbrar
A silhueta imaginária de seu corpo elegante
Quando na noite, de novo,  puder recordar
As linhas doces  e a beleza de seu semblante..

Eu saberei que valeu a pena!

Euclides Riquetti

Nuvens escuras bailam no céu (agora)

 


                                                    Poema e foto em tempo real - Joaçaba - SC

Nuvens escuras bailam no céu (agora) 

Nuvens escuras bailam, freneticamente, no céu acinzentado

Sopra o vento, violento, e balança as folhas e as galhadas

Tremem o caquizeiro, os eucaliptos, os milhos plantados 

Atiçam-se os ainda verdes frutos, escondidos nas ramadas. 


Escondem-se as pessoas ao escurecer de nosso céu do sul

Barulhos de trovões afugentam os animaizinhos assustados

E eu espero que me volte o costumeiro e encantador azul

Do firmamento e sua vastidão, deste meu mundo amado.


Que nos venha a chuva, que seja calma, fresca e abençoada

Que possamos recebê-la felizes, para ser do solo a irrigação

Que Deus a mande, que faça germinar a semente lançada.


Majestosa natureza, nossa mais real e venerada Divindade

Nunca a maltratemos, cuidemos Dela com carinho e devoção

Entendamos seus desígnios, louvemo-la com toda a dignidade. 


Euclides Riquetti

29-12-2023

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Com tintas de todas as cores, pinte sua vida!

 


 




Com tintas de todas as cores, pinte sua vida!

Com tintas de todas as cores, pinte sua vida!

Desenhe-a com a maior força de expressão

Riscos suaves na tela nova, embranquecida

Memórias a serem eternizadas por sua mão!


Com sensibilidade, faça tudo com maestria

Imagine um cenário a ser pintado com paixão

Dê-lhe toques de beleza com toda a harmonia

E coloria cada detalhe com elevada precisão!


Faça de contas que sua tela é como o caderno

Onde você escreve as suas magistrais poesias 

Tire do presente o que quer que fique eterno! 


Eu pego suas juras de amor para as transformar 

Eu carpinto nesses versos sua saudosa nostalgia

E vou fazendo este soneto enquanto ouve o mar!


Euclides Riquetti

Havia um sol a aquecer a tua aura serena


 


 



Havia um sol a aquecer a tua  aura serena

Um sol que migrou e foi brilhar lá bem longe
Pra encantar uma tímida e frágil falena
Que além do meu vale verde se esconde.

Havia um brilho lunar a pratear teus encantos
Um luar que amenizou a aflição de tua alma
Pra acalmar os teus ais, teus choros e prantos
E fazer-te mais doce, mais terna e  mais calma.

Havia um pedido de perdão e um desculpar-se
Pois um de nós dois, certamente que errou
Um pergunta sem resposta, apenas um calar-se.

Um calar-se que faz sofrer, que nos fere e pune
Mas que não apaga um sentimento que ficou
Pois o tempo que apaga é o mesmo que une....

Euclides Riquetti